Aposta feita?
Antoniette Topaz
Estar de volta a Riverdale, não era meu sonho, mas estava longe de ser aquele inferno que vivia no internato. Depois de dois anos do meu ensino médio, trancada em uma escola enquanto me aproveitava de garotas, me descobriram, quando algumas meninas reclamaram por eu não retribuir os sentimentos delas. Bom, umas cinco colegas minhas me denunciaram dizendo que eu era uma pervertida, elas não pareciam tão convencidas disso quando estavam em minha cama.
Meus pais sempre souberam a filha que tem, sendo assim se surpreenderam da minha duração de dois anos no colégio, mas agora retornei para casa e me senti mais viva do que nunca. Passei o verão consertando minha moto para poder ir para a nova escola, meus pais não quiseram me dar dinheiro para consertar. Tudo bem, não tenho merecido, mas pouco me importava só queria um veículo para não ficar caminhando por ai.
Nunca cheguei a ter grandes amigos em Riverdale, por ser uma menina rebelde, a maioria dos pais afastavam seus filhos de mim. O único que realmente foi meu amigo era Jughead, nos encontramos várias vezes no verão e ele até me ajudou com minha moto. O garoto sempre sonhou em ter uma moto como a minha, a sua por era um pouco mais antiga e velha. Não tínhamos a mesma condição, sempre fui mais rica que o Jug, mas nunca me importei com isso, ele sempre foi um bom amigo.
No primeiro dia da tão falada Riverdale High, apostamos uma corrida para ver quem chegaria primeiro. Jughead ficou para trás bem ligeiro, o motor da minha moto era muito melhor do que a dele. Quando pisamos em frente a escola, riamos como antigamente e eu me sentia feliz por nossa amizade nunca ter mudado.
— Você é Antoniette Topaz?
Assustei-me com a voz ao meu lado, virei o rosto encarando uma ruiva mais alta que eu e pelo seus saltos ficava ainda mais. Os cabelos naturais caiam por seus ombros formando pequenos cachos ao final, havia um batom vermelho em seus lábios carnudos e um delineado bem marcado nos olhos. Suas roupas curtas, vermelhas e coladas ao corpo me faziam salivar.
— Sou.
Respondi, em êxtase com o mulherão a minha frente.
— O diretor pediu para mostrar a escola para você. – tentou sorrir, mas não conseguiu, parecia estar sendo obrigada. — Sou Cheryl Blossom, presidente estudantil.
Apresentou-se, mas não me estendeu a mão.
— Tudo bem, eu mostro tudo a ela.
Jug falou, o encarei quase comendo com os olhos. A garota era linda e poderia ser minha primeira presa, mas meu amigo parecia estar acabando com isso.
Porra, ela poderia ser uma foda incrível.
— Tanto faz, smurf. – a ruiva falou revirando os olhos. — Só diga ao diretor que fui uma ótima acompanhante.
— Claro que digo.
Murmurei com um sorriso travesso nos lábios, acredito que a mesma não viu já que deu as costas antes mesmo de me ouvir. Não deixei de reparar em sua parte traseira, com certeza essa ruiva é muito gostosa.
— Toni!
Jughead chamou minha atenção.
— Nem tente, essa ai é pior que você.
— O que? – franzi a testa o encarando. — Pode me contar tudo.
Meu amigo fez sinal para que eu o seguisse, andamos pelos corredores da escola e parecia bem mais movimentado que o internato. Jughead me encaminhou para uma sala onde havia um pequeno computador, folhas por todos os lados e um quadro empoeirado. Sentamos um ao lado do outro e o garoto riu antes de começar a falar...
— Cheryl Blossom, pode perguntar a quem quiser todos a conhecem.
Jughead falou como um escritor que narra a história, isso era típico dele.
— Todos a intitulam como abelha rainha, uma destruidora de corações que mesmo tendo tantos aos seus pés, nunca fez questão de se apaixonar. A ruiva na verdade, adora pisar nos sentimentos de todos sem pena alguma. É isso, todos a querem, mesmo sendo lésbica assumida até os garotos desejam, mas ninguém a têm.
— Porra... – murmurei. — Quer mesmo ser escritor ein, fez todo esse drama para me falar de mais uma riquinha mimada? Sei muito bem do poder dos Blossom.
— Mas não sabe o principal. – ajeitou sua postura na cadeira. — Cheryl é filha única, quando se assumiu lésbica a mãe não aceitou e o que ela fez? Colocou a própria mãe para fora de casa, hoje a abelha rainha vive com sua avó já que seu pai faleceu a alguns anos.
— Minha vida é muito mais interessante que a dela.
Dei de ombros.
— Aliás, como pode ver a Cheryl não vai muito com a minha cara.
— Por que você é bolsista?
— Não sei ao certo, nunca gostou de mim.
Parecia tranquilo sobre isso, concordei. Ele não deveria se estressar por causa de uma mimadinha que tem tudo nas mãos enquanto ele batalha por sua vaga na escola. Encarei Jughead, sentindo uma leve irritação pela ruiva provavelmente ser uma babaca com todos.
Será que todos anos que tive fora, meu amigo esteve sempre sozinho?
— Ei, você ainda gosta de tirar fotos?
Perguntou, abrindo um sorriso.
— Amo. – confessei. — Minha câmera ficou aqui em Riverdale, mas nesse verão tirei muitas fotos com ela.
— Então, vai me ajudar com esse jornal.
Abriu os braços, corri meu olhar pelo local empoeirado.
— Isso é um jornal?
— Ainda não, mas vai ser. Nós vamos fazer ser.
A animação de Jughead me contagiava tanto que eu desejava meu último ano do ensino médio sendo o melhor de todos, meu pensamento foi rapidamente na ruiva esnobe, sentia que de alguma forma teria que coloca-la em seu lugar. Pelo jeito se acha a dona do mundo aqui na Riverdale High, mas isso deveria mudar, com certeza serei a pessoa que fará isso.
— Você disse que a Blossom não se apaixona, certo?
Perguntei, divagando.
— O que foi? Quer mesmo ficar com ela? É furada, Toni.
— Só quero algo para me divertir e ela parece ser um passatempo perfeito.
— No que está pensando?
Sorri travessa para meu amigo, pensando que Cheryl pode tornar meu ano bem mais empolgante. Preciso de algo para focar, um desafio e ela é um perfeito. Nossa, mal cheguei nessa escola e já estou adorando o que posso causar.
— Você adora minha moto, não é?
Jughead franziu a testa.
— Sabe que sim.
— Então, se até as férias Cheryl não estiver apaixonada por mim, minha moto é sua.
— Está louca? São apenas quatro meses pra conquistar aquela pedra de gelo.
Ele riu negando.
— Isso é uma aposta? – assenti confirmando. — O que tenho que dar em troca?
— Sua moto.
Falei como se fosse óbvio.
— Nem fudendo.
— Qual é, Jug? Me ajude a tornar esse ano mais animado.
— Tanto faz. – rendeu-se. — A Cheryl nunca vai se apaixonar, ainda mais por você, são igualzinhas.
— Aposta feita?
Estendi a mão em sua direção.
— Feita.
Apertamos as mãos, sorrindo.
Me aguarde, Blossom porque vai se apaixonar por mim.
|1° Essa fanfic será tipo Secret Love Song que sei que vocês gostaram MUITO.
2° A fanfic é no mundo Riverdale, mas os serpentes não existem, o Jason não existe e nem o Clifford porque está morto, será mais explicado depois.
3° É inspirada na musica Cry Baby da Demi Lovato.
Qualquer dúvida me perguntem nos comentários, é isso, até mais...|
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