A novata não beijava bem?
Cheryl Marjorie Blossom
Junto de Rosemary, terminava dos últimos preparativos para a festa. A mulher de um pouco mais idade que minha mãe, foi contrata assim que a mesma foi embora desta casa com o objetivo de cuidar de Nana. O tempo passou e Mary – como gosto de chama-la, se tornou minha figura materna, seus cuidados comigo e minha vó fizeram com que eu me apegasse a ela.
No verão, lhe dei férias para descansar com sua própria família e isso resultou em mensagens, ligações diárias da mais velha perguntando se estava tudo bem. Hoje era o primeiro dia dela de volta, já que voltei aos estudos e não poderia dar total atenção a minha vó. Rosemary sempre apoia minhas ideias, sente orgulho de mim e me trata como uma filha, é minha mãe de coração.
— São muitos convidados, querida?
Mary perguntou quando terminávamos de colocar salgadinhos em uma mesa ao lado de fora, o freezer com bebidas também ficava por ali e havia uma pequena peça com banheiro para que ninguém precisasse entrar em minha casa. Odiava o fato de só pensar em alguém incomodando minha avó.
— Bom, eu acho que a escola toda.
Encolhi os ombros, Mary riu negando.
— Seus amigos vem?
— Sim, os namorados também. – revirei os olhos. — Aliás, se qualquer um perguntar... Eu e Nana estivemos viajando no verão, tudo bem?
— Mas vocês não estavam.
Franziu a testa.
— Ignorei eles o verão todo e precisava de uma desculpa.
— Ta bom, Cher. Agora suba e vá se arrumar, eu fico até você estar pronta.
Agradeci, sorrindo e lhe beijando a bochecha. Corri para meu quarto, em busca de meus trajes que estavam até mesmo separados. Não demorei muito, o horário de todos chegarem estava muito perto. Coloquei uma bela maquiagem em meu rosto, a parte de cima de meu biquíni era vermelho enquanto usava um short jeans azul, eu não iria entrar na piscina mesmo.
Quando desci, Mary avisou que meus amigos já haviam chegado e que Nana estava em seu quarto. Nos despedimos, a mesma pediu para que eu me cuidasse e ligasse se houvesse qualquer coisa, concordei partindo para fora da casa. Foram minutos torturantes em meio aos casais enquanto não chegava ninguém, mas Archie – que também faz parte do nosso grupo, mas voltou de sua viagem só hoje a tarde, me salvou da melosidade.
Em meio a conversas aleatórias e alguns goles em minha bebida, o local foi enchendo de pessoas. Em pouco tempo uma falação junto da musica alta começou a me irritar. Isso não era muito comum, adoro festas, mas o verdadeiro motivo da irritação era que Antoniette a garota que eu queria hoje, não havia chegado. Depois de virar meu copo, cansei de espera-la e corri meu olhar pela festa, parando em uma morena que também me olhava. Gina, uma vixen que poderia saciar meu desejo hoje. Sei que a mesma sempre esperou por uma oportunidade comigo, nossas trocas de olhares só cinfirmam isso.
— Cheryl.
Uma morena muito conhecida parou em minha frente assim que iria dar passos para falar com Gina. Josie parecia bem alterada, revirei meus olhos e cruzei os braços esperando a mesma falar.
— Não tenho certeza se quero te deixar em paz. – começou. — Sabe, eu passei as férias pensando em nós e no que poderíamos ser...
— Josie, não existe nós! – esbravejei. — Nunca existiu e nem vai existir. Todos sabem como sou e você sabia quando me levou para sua casa.
— Mas pensei que...
— Não deveria ter pensado nada. – a cortei. — E estou agradecida que me livrou de seus dramas diários ao pedir para sair do grêmio estudantil.
Cuspi as palavras. Josie me encarou negando, lágrimas se formavam em seus olhos e não deixei de revirar os meus ao perceber o quanto sentimental essa garota é, em poucos segundos já não estava mais em meu campo de visão. Tive que aguenta-la ano passado, esse ano não deixaria ficar me atormentando com suas declarações de amor estúpidas.
Amor é estúpido. Onde eu estava com a cabeça ao pensar em me envolver com alguém? Só de ver Josie assim se humilhando por mim por causa desse sentimento me faz querer ficar em minha vida de cafajeste.
— Porra, você é má, Blossom.
Girei meus calcanhar dando de cara com Antoniette. Finalmente. Pensei, a analisando de cima a baixo. Usava uma regata branca e pela marca de seus seios estava sem sutiã, um short preto e os cabelos longos estavam enlaçados em duas tranças que caia por seus ombros.
— Não ouviu isso de mim por ai?
— Até ouvi. – deu de ombros. — Mas não pensei que fosse tanto.
Revirei os olhos.
— Agora sabe! Veio receber seu agradecimento?
— Nah.
Franziu o nariz.
— Só vim curtir mesmo, preciso me enturmar um pouco.
Uma pequena risada escapou por meus lábios.
Ela achava mesmo que iria me negar dessa maneira? Eu dei indícios do que queria e sabe disso. Agora chega aqui em Thistlehouse tentando me deixar na vontade? Ah, essa novata realmente não me conhece.
— Quer se enturmar sem ao menos vir com trajes de banho?
Arqueei as sobrancelhas.
— E por que não poderia entrar assim?
Olhou para o próprio corpo e fiz o mesmo. Meus pensamentos foram para longe imaginando aquela regata branca molhada em seu corpo, marcando seus seios e a barriga chapada.
— É, bem que poderia.
Mordi os lábios a olhando, não me importando do que poderia pensar.
— Você não vai entrar?
Fez sinal com a cabeça em direção a piscina, ignorando meu gesto. Meu olhar correu para a água onde vários estavam ali se divertindo. Nunca entraria naquela água, não ao saber que alguém pode ter mijado nela ou cuspido.
— Com esses imundos? – neguei com a cabeça. — Nem pensar, amanhã mesmo vou mandar trocar essa água.
— Você é bem mimada mesmo.
Olhei para ela novamente.
— Mimada?
Arqueei as sobrancelhas.
— Ainda nem agradeceu pelo pneu.
Cruzou os braços, com certeza estava me testando.
— Não tem problema, faço isso agora mesmo.
Abri um sorriso, aproximando meu corpo do seu. Encarei seus olhos castanhos que fixaram nos meus, vacilando algumas vezes para meus lábios, umedeci os mesmos sentindo o clima entre nós ficar pesado. Conseguia ver o quanto ela estava me desejando, ainda mais quando suas mãos tocaram meu corpo agarrando minha cintura e puxando-me contra o seu. Nós arfamos juntas com o contato.
Levei minha mão até o seu pescoço sentindo sua pele macia, inclinei meu rosto e acabei com a distância que estava me torturando. Meus lábios tocaram os seus, os movi deslizando minha língua para dentro de sua boca e sentindo seu gosto. Menta, Antoniette sabia que isso iria acontecer. Sorri em meio ao beijo com o pensamento. A morena enlaçou um de seus braços em minha cintura enquanto e outra pressionava minhas costas em busca de mais contato. Fiz o mesmo colocando minha mão em sua nuca e sugando seus lábios macios.
Não sabia se era por causa do ritmo do beijo acelerado, minha falta de sexo durante meses ou se essa garota realmente é quente, mas sentia que minha calcinha estava ficando úmida apenas com aquele contato. No momento, não me importava se havia alguém olhando, sempre gostei de demonstrar minhas conquistas, mas dessa vez era diferente eu estava quase devorando Antoniette.
O ar estava faltando, a morena acalmou nosso ritmo e eu deslizei seu lábio inferior por entre meus dentes, sentindo suas mãos apertarem cada vez mais minha cintura. Nossos corpos continuaram pressionados por ela, estávamos ofegantes e com os olhares conectados pegando fogo. Passei minha língua nos próprios lábios, a provocando e abri um sorriso.
— Quer entrar na minha casa, uhn?
Descansei meus braços em seus ombros.
Antoniette riu.
— Agora entendi. – balançou a cabeça. — Você só deixa entrar em sua casa a garota com quem quer transar.
— Esperta, acertou em cheio.
Pisquei em sua direção, sorrindo maliciosamente, mas o mesmo logo se desfez quando Antoniette começou a se afastar tirando até mesmo minhas mãos de seu corpo. Franzi a testa, inclinando levemente a cabeça para o lado, não entendo sua reação.
— Foi mal, mas não quero ser conhecida como “a novata que foi para cama com a abelha rainha no primeiro dia”.
Fez aspas no ar, revirei os olhos.
— Além do mais... Não estou afim.
A encarei, surpresa com suas palavras.
Não estava afim do que? De mim? De transar comigo?
Gargalhei, negando com a cabeça.
— Você é engraçada, sabia. Aceitou todas minhas investidas, acabou de me beijar como se quisesse me comer aqui mesmo e vem dizer que não está afim? Me poupe.
— Bom, como eu disse você é mimada e acha que todos caem aos seus pés. – abriu um sorriso irônico. — Mas eu não.
Abri minha boca para xinga-la, mas já era tarde. Antoniette passou por mim, virei minha cabeça a acompanhando com o olhar e a mesma estava indo embora. Quem essa novata pensa que é afinal? Nem é tão gostosa assim. Fechei meus punhos, bufando com o comportamento da morena. Procurei alguma alma que estivesse prestando atenção em nós, mas nenhuma graças a Deus, não que fosse um crime alguém me negar, mas era melhor ninguém ficar sabendo.
— Então, Cheryl. – Gina apareceu em minha frente, sorrindo. — A novata não beijava bem?
Encarei a morena, analisando-a de cima a baixo. Estava apenas de biquíni e com uma bebida em mãos. Tenho que confessar, Antoniette parecia ter um corpo dos deuses, mas Gina também era linda e eu não iria deixar uma qualquer estragar meu dia, certo? Mordi os lábios, sorrindo com a língua entre os dentes e me aproximei mais de Gina.
— Por que ainda estamos falando mesmo?
Beijei sua boca, sendo retribuída de imediato.
Não me importava muito com quem fosse, mas eu iria transar hoje.
|Eu sei que tenho que postar na outra fic, mas não cinsegui escrever uma palavra ainda ta sendo difícil me despedir dos "irmãos blossom" mas vou conseguir, eu juro.
Toni negou a Cheryl, mas ela não parece ter ficado abalada - e acho que era isso que Toni queria, mas bem... No próximo capitulo a Toni vai ficar uma fera. Por que sera? 👀|
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