Capítulo 69: Noivos
- O que achas de sair-mos daqui?- Perguntou no meu ouvido.
- Estava a ver que nunca mais perguntavas!- Sorri no seu ouvido e inspirei o seu doce perfume. Ela estava perfeita hoje, não que nos outros dias não estivesse.
Fomos saindo de mansinho enquanto todos ainda dançavam. Finalmente estávamos fora do salão, corremos até lá fora:
- Espera!- Disse a rir-se. Tirou os sapatos e continuou.
- Oi?! Isto é bom!- Parei de repente ao passar pela cozinha, porque vi uma cozinha de chocolates e uma garrafa de champanhe.
Como estava tudo uma confusão por causa do jantar, nem tive de disfarçar a minha entrada. Peguei em dois copos e no pretendido e saí.
- Que é que foste fazer?- Perguntou.
Mostrei a garrafa e os copos e passei-lhe os chocolates. Ela riu e saímos pela porta dos fundos que dava para a piscina.
Sentámo-nos na beira da piscina. Estendi-lhe um dos copos e depois vazei um pouco de champanhe, enquanto ela comia um chocolate.
- Eu hoje não estou com frescura para aquilo!- Soltou uns ganchos invisíveis no seu cabelo, que logo, caiu
comprido sobre os ombros.
Eu babei-me com aquela visão.
*
- A sério?!- Ri.
- Podes crer!- Comeu mais um bombom.- Tu eras péssima!
- Tu não sabes o pior! Uma vez, quando eu tinha 11 anos. Eu tinha um péssimo vício de me sentar de lado nas cadeiras, tipo... apoiar as pernas onde se põem os braços. Então uma vez a minha mãe já não sabia o que me havia de fazer e obrigou-me a fazer uma coisa: tirar as cuecas!
Ele engasgou-se e eu ri. Ele chorava de tanto rir.
- É... nessa noite nem andei a direito e não soltava as mãos do vestido. Sabia lá se alguém reparava na minha falta de peça de roupa?! E depois desse dia, eu nunca mais me sentei assim. Principalmente, porque a minha mãe ameaçou fazer aquilo novamente, qualquer idade tivesse eu.
Ele estava vermelho e já só faltava saltar para dentro da piscina para se acalmar um pouco.
- Não tem assim tanta graça!- Fingi que amuei.
- Pois não, amor. Tu já sabes que o meu sentido de humor é péssimo!- Ainda se estava a rir muito.
Atirei-lhe algumas gotas de água para acabar com aquilo e até que foi bem sucedido.
- Hey!! Eu demorei uma eternidade para vestir isto!- Olhou-se.
Eu sorri.
- Mas valeu o esforço.- O ultimo chocolate era do sabor favorito do Justin, portanto dei-lho à boca.
Ele pareceu surpreendido mas aceitou.
- Sofia!- Chamaram.
- Eu mesma.- Despertei.
- A sua mãe está louca à sua procura!- A empregada estava bastante ofegante.
- Vou já...- Revirei os olhos.
A mulher correu para dentro.
- O dever chama!- Disse eu de forma irónica.
O Justin sorriu ao olhar-me.
- Que foi?- Senti-me tola e sorri boba.
Eu gostava que toda a sua atenção fosse toda para mim, mas não sabia muito bem o que dizer nessas alturas.
- És bonita.- Acariciou a minha bochecha.
Depois levantou-se e ajudou-me. Dica: se usarem um vestido com corte de sereia em seda tenham em linha de conta que não se vão conseguir mexer muito.
- Sofia...- Foi até à grande porta e trancou-a.
Isto está a ficar interessante, sim senhor!!
- Eu tenho uma coisa para te dizer.- Pausou. Ele parecia assustado, ou nervoso, ou inseguro... eu sei lá! Até a mim ele já me estava a meter nervosa!- Tu foste o único amor verdadeiro que eu tive, desde que eu aprendi a escrever a palavra amor...- Deus, ele estava a referir-se aos pais biológicos... está a fazer-me chorar!!- E sinceramente és a única rapariga rapariga que me entende. Tu já sabes como me sinto, sem sequer abrir a boca. Estás sempre lá para mim, aconteça o que acontecer. És uma teimosa irreversível, mas eu gosto tanto de ti assim, também és uma curiosa sem cura, mas isso é bom. Eu sei que houveram momentos em que pensaste que isso era mau, mas não é. Por tu seres assim, é que me descobris-te, o meu verdadeiro eu. Aquele que eu tanto quis manter escondido. És tão inteligente e perspicaz que todas as raparigas deviam tomar o teu exemplo. És bonita e cada vez que olho nos teus olhos, vejo amor, mesmo quando faço porcaria... como, à umas horas, e isso é muito querido, porque se for preciso eu chego mais perto para veres que os meus são iguais!- Ri ao ouvi-lo.- Eu provávelmente tinha muito mais qualidades para enumerar, mas... eu estou bloqueado portanto...- Começou a procurar qualquer coisa desesperadamente dentro dos bolsos, eu quase que ri. Só não o fiz, porque não o queria constrangir mais.- Eu sei que estava aqui... Cá está!!
Ajoelhou-se na minha frente. AI O MEU CU!! QUÉ ISTO?!
- Sofia Margarida Antonieta da Graça Custódia, se achares que eu sou capaz de te fazer tão feliz como me fazes a mim, eu confesso na minha cabeça soa bem, não sei como saiu.- Disse e eu ri, entre as lágrimas, de forma a aliviar um pouco o clima.- Aceitas casar comigo, Justin... Justin... O teu noivo?- Disse em pânico, arranjando maneira de se safar da parte do nome.
Eu não acredito que ele estava tão nervoso que de esqueceu do próprio nome. Parecia um tomatinho! Eu nunca o tinha visto assim!!
- Sim!! Sim, sim, sim, sim, sim! Eu aceito Justin!- Ele pôs-me a bonita aliança de ouro branco com uma grande safira azul com alguns diamantes e assim que me largou a mão saltei para os braços no auge da minha felicidade.
- Sof...- Disse a rir-se.
SPLASH!!
Nem é preciso dizer onde é que acabámos de cair.
- Eu amo-te! Eu amo-te! Eu amo-te! Eu amo-te!- Disse entre os beijos que dávamos.
- Mas eu amo-te mais!- Beijou os meus lábios com voracidade. A principio soltei um guinchinho, mas depois habituei-me aquilo era tão bom.
Eu estava noiva do homem que eu amo!! Nunca esperei...
Sinceramente eu já tinha visto mais longe o dia em que ia pôr-me de joelhos e pedi-lo em casamento.
- Olha o que fizeste: eu pareço um panda encharcado!- P.S: Quando o vosso namorado vos pedir em casamento das duas uma: ou ficam longe da piscina, ou não levam eyeliner.
Ele sorriu e pegou num lenço dentro do bolso, estava encharcado, mas a intensão conta. Limpou o o excesso de maquilhagem.
- Muito melhor! Já agora, quando casar-mos, proíbo-te a maquilhagem!
- E eu proíbo-te o tabaco!
- É justo!- Admitiu e beijou-me novamente, pondo as mãos na minha cintura e acariciando-me.
- Tu fazes-me feliz, Sofia.- Admitiu contra os meus lábios, com a testa encostada à minha. Sentido sorrir.
- Tu também me fazes feliz, Justin Drew Bieber!- Disse divertida.
- Tens de me apontar isso.- Riu mais aliviado.
- Como é que decoraste o meu nome e não te lembraste do do teu?!- Ri.
- Tu sabes que eu não consigo fazer tudo ao mesmo tempo, não sou mulher!
Ambos rimos.
Ouvimos um estrondo e olhá-mos assustados.
- Ali está ele! Prendam-no!!- Era a empregada de à pouco, com dezenas de guardas e... os meus pais.
- Eita! Pra quê isto?!- Perguntou quando o algemaram.
- Ei! Larguem-no! O que é que se passou?!- Tentei impedir.
- Pois eu não sei, mas a tua mãe chamou o armamento todo.- O meu pai pôs as mãos nos bolsos.- Desamarrem lá o coitado, ele é inglês, não se dá em cativeiro.
O Justin massajou os pulsos livres.
- Porque é que estão encharcados? E... eu não me lembro de ver esse anel antes.- A minha mãe ainda não tinha chegado lá.
- A coisa foi simples: o Justin pediu-me em casamento, com a felicidade desequilibrámo-nos e caímos dentro da piscina, aí apareceu a mal-amada da empregada e estragou o clima.
- O... o quê?!- Ambos.
- Anotem: EU ESTOU NOIVA!! DEUS, EU VOU CASAR!!- Pulei para os braços dos meus pais.
Que me abraçaram com força, emoção, muitas lágrimas e um sorriso.
A minha mãe puxou o Justin para o abraço e ficou melhor ainda!
- Pedes o divórcio ou rompes com o noivado e a guilhotina volta a ser legal.- Avisou o meu pai baixinho.
- Não se preocupe, eu não sou tão louco assim.- Abraçou-me com mais força.
- Cuida da minha menina, Justin.- A voz do meu pai saiu embargada. Já estou eu a chorar outra vez...
- Eu vou cuidar, prometo!
- Eu sei cuidar de mim!- Resmunguei.
- Nós sabemos!- Disseram os 3 a rir.
- Sofia, mas o que é que...- A Keira estava estupefacta ao chegar e absorver as novidades.
- Keira, já provaste os canapés? Isto está demais!- O guloso do Chris vinha atrás.- Porque é estamos a gravar a cena de um filme meloso de baixo orçamento?!- Lambeu uns dedos.
A Keira deu-lhe um encontrão e ele lá percebeu.
- Finalmente!! Sou o padrinho, né?!- Riu já certo da resposta.
- Mais devagar, cabeça de texugo!
- Ryan!!- Dissemos todos felizes e surpresos.- Eu estive perto de 3H a fingir que ouvia aquele fraldinhas, e não foi para nada! Eu é que vou ser o padrinho!
- Pois vais Ryan!- Garantiu o Justin com as mãos nos bolsos, aquela cara... Ele ia fazer merda, adoro!!
- Chupa!- O Ryan tinha ganho o ano.
- Porque quando o meu filho/filha nascer tem de ter um exemplo a seguir, ou lá o que é o Chris. Os meus filhos não vão ter um padrinho que passa os dias a bater punheta!
Eu ri. Hey!!
- Aguenta! Pausa! 5 minutos!- Parei o carrocel.
O Justin olhou-me sorrindo.
- Falaste num filho, mas logo a seguir ouvi plural.
- Sério?! Nem dei conta...- Desviou o olhar.
- Justin...!!
- Ok, tá... uns 5 ou 6 não parece nada mal.- Admitiu.
- 5... 5 ou 6?!- Acho que até fiquei mais pálida que o costume.- Vais ser tu a parir isso tu, não é?!
Ele riu. Que raiva.
- Homens! São sempre os mesmo!- A minha mãe revirou os olhos e com razão.
- Dois e a loja fechou.- Estendi a mão como se fosse um contrato.
- 4 e pronto.- Decidiu.
- 3!- Impus.
- 2, e fechei!
- Ah!!- Ganhei.- Feito!
- O qu... Own!! Fizeste batota!- Resmungou.
- Não fiz não!- Deitei a língua de fora.
...
- Deus, este vestido está pesadíssimo!- Disse assim que entrei no quarto.
- Um segundo!- A Keira desceu o fecho do vestido e eu saí de dentro.
- Obrigada.- Entrei na casa de banho de forma a aquecer-me rapidamente e vesti algo confortável para dormir.
- Ainda ontem estávamos a brincar aos Nenucos e agora já vais casar.- Disse sentada no meu cadeirão.
Absorvi.
- É... parece que sim.- Pensei um pouco.- E se eu falhar Keira? E se for ele a falhar? E se isto tudo for um grande erro?
- Não é.- Sorriu.- Sabes que o amas, sabes que ele te ama a ti. Sejam felizes. Agora nas alturas más ou boas, se ele fugir ou se não estiver presente... é porque não presta mesmo.
- Keira!- Atirei-lhe a almofada e ri.- Eu queria algo positivo!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro