Capítulo 67: Veleiro
- Muito bem, hoje vamos treinar...
- Anda! Hoje está sol e calor, podíamos alugar um iate e dar uns mergulhos.- Atirei.
- Bem, eu... não vejo porque não. Só temos de mandar preparar o iate real.
- Sério?! Ok.- Disse pondo as mãos nos bolsos.
- Vou trocar-me.
Boo ya!
- Onde vais Sof?- A Keira intersectou-me. Eu procurava algum biquíni branco. Para além de ser super sexy, favorecia o meu escasso bronzeado.- Vais dar um mergulho?
- Só e apenas com o Justin.- Cortei.
- Sofia tens um evento de...
- Hoje não dá mãe! Hoje o dia é para mim e para o Bieber!- Disse indo trocar-me para a casa de banho.
- Sofia!- Repreendeu.
- Levo o veleiro!- Peguei na sacola.
- Acho que o iate chega!- Disse em.l tom de repreensão.
- Mãe, somos da realeza: porquê comer bifana se podemos comer bife do lombo?!- Disse irónica.
- Se tu vais, eu vou!- Disse a Keira.- Vou chamar o Chris!
- O quê?! Não!
- Boa ideia meninas. Sofia, vou chamar o teu pai.
Oh não!
Revirei os olhos e fui ter com o Justin.
- Estás pronta?- Sorriu-me e deu-me um beijo.
- Não sou só eu...- Disse olhando o chão.
- Chris, ainda hoje!!- Ouviu-se a Keira.
- Desculpa, não pude fazer nada. Gostava tanto que tivéssemos um tempinho só para nós...- Suspirei.
- Não faz mal, afinal de contas ainda tenho as tuas aulas.- Sorri ao ouvi-lo.
- Filipe!! És sempre o mesmo! São apenas 3 malas!
- Desculpa se já não tenho aqueles músculos todos! Também me podes ajudar aqui!
Levei a mão à testa.
Eles estavam a embaraçar-me! Custava muito pedir ajuda a um empregado?!
- Estamos prontos!- A Keira chegou com o Chris.
- Eu também!- A minha mãe apareceu com um fato de banho azul escuro, com um pareu à cintura, um chapéu muito grande e uns óculos de sol escuros e vintage.
- Cheguei!- Disse o meu pai ofegante.- Obrigada pela ajuda querida! É sempre um prazer ter Grace do Mónaco na equipa.- Disse irónico, limpando o suor a um lenço que tinha no bolso.
- Não fiquem para trás!- Disse rabugenta. Hoje era o meu dia com o Justin!!!
Eu só espero que quando fui pequena, tenha interrompido muitas noites "calientes" entre os meus pais!
...
- Tu não tinhas dito iate?- Olhou enorme veleiro estupefacto.
- Sim, no séc. XVIII isto era um iate, agora é património da família real.- Disse simples, entrando no navio com as suas coisas.
- Bom dia princesa.- O capitão disse-me.- Majestade!- Fez uma vénia ao meu pai.- Alteza!- Fez uma reverência à minha mãe.- Podemos partir assim que desejarem.
- Estamos prontos!- Dissemos todos em conjunto.
Eu não sabia muito de barcos, mas o pouco que sabia foi este capitão que me ensinou. Ele sempre foi o capitão dos barcos da família real.
Alguns marinheiros levaram-nos aos nossos "quartos", deixei as minhas coisas e vesti apenas uns shorts por cima do biquíni. Estava em tronco nu, tapada apenas pelos dois triângulos brancos e com a cruz de namoro do Justin. Será que aquilo de casamento era a sério? Faltava muito para o pedido? Eu não me estava a ver casada.
- Sofia!! Vai já trocar de roupa!- Porra! Mas nem usar um biquíni eu posso?!
- Lamento mas não vai acontecer, mãe! Sou maior e vacinada!- Subi para a proa.
A Keira estava a tomar uns comprimidos para os enjoos. Da ultima vez, nós alugamos mesmo o iate e o convés ficou inutilizável durante meses.
- Pronta?- Ouvi aquela voz que tanto me agradava.
- Desde que nasci!
- É por isso que te amo!- Selou os meus lábios nos seus e fomos para a ponta da proa. Os dois. Inflexíveis e inquebráveis.
Ele com as mãos nos bolsos, eu de cabelo ao vento, inspirando a brisa marinha com um sorriso, sem me mexer.
Instalamos à uns anos jacuzzi e piscina no convés, pelo que... o meu pai adorava andar de barco ultimamente.
Eu fui para a piscina com o Justin.
Todo o dia foi assim, mergulhos na piscina, mas também muitos no mar.
Eu preferia no mar.
À hora de jantar comemos no covés e adivinhem: ostras e lagosta!
Uma ótima altura para o Justin meter o que lhe ensinei em pratica. Lancei-lhe um olhar de incentivo.
...
Bem... Não foi perfeito, mas podia ter sido pior.
É hora de dormir e até já estou deitada na minha cama, mas não consigo adormecer.
Sabem aquele pressentimento de que algo vai acontecer, mas não sabem quando nem onde? Pois... eu estou assim.
*
Finalmente aquela miúda saiu da minha frente!
Vocês sabem o que é terem a vossa namorada com um biquíni daqueles na vossa frente e terem aquela louca vontade de o rasgarem e fazerem o que podem e não podem com ela?! É sufocante!!
Tirei a minha t-camisa (sim, porque estamos a jantar com a família real, minha gente) e ouvi um barulho de passos do lado de fora. Ignorei. Provavelmente era o Chris a escapulir-se para o quarto da Keira.
Olhei a minha cama e quando me ia a sentar oiço o barulho de algo como... uma arma a ser carregada!!!
Abri a gaveta da mesinha de cabeceira e tirei a minha arma, correndo dali para fora. Estava um tipo todo vestido de preto, incluindo a cara a entrar no quarto da Sofia.
- Ah não! Tira as patas dessa porta!- Disse destravando a arma.
Ele recuou e disparou contra mim, mas desviei-me. Correu lá para fora e o Chris saiu assustado e a vestir uns boxers do quarto da Keira. NÃO É O MOMENTO DISSO MANO!
- Pega numa arma e se alguém entrar aqui, dispara! Não te atrevas a deixar alguém entrar ou sair do quarto da Sofia!
- Tá bom!
Saí dali debaixo e olhei em todas as direções ao chegar ao convés, mas não vi ninguém. Dei mais uma volta e vi dois vultos e disparei. Acertei num, mas conseguiu entrar na lancha ao lado do veleiro.
- Tu não!- Puxei o outro e apontei a arma, bem no meio das suas costas.- Mãos no ar, virado para mim, AGORA!- Disse já meio enervado.
O individuo virou-se para mim com as mãos no ar, como se tivesse sido apanhado na má altura. TEMOS PENA! EU ESTAVA QUASE A DORMIR!
- De joelhos.- Disse apontando o chão com a minha arma.
Ficou igual.
- DE JOELHOS AGORA!! EU NÃO ESTOU COM PACIÊNCIA PARA JOGUINHOS, PUTO!
Desta vez obedeceu.
- Melhor assim.- Peguei na sua carapuça e tirei-lha.
A minha boca bateu no chão.
- Sei que sou linda, mas até aqui há mosca, portanto fecha "o portão".
- Filha da mãe!
- Estou aqui!! Onde é que eles estão?!- O Filipe vinha a correr com uma arma na mão e um tobe vermelho de veludo com coroas douradas.
A sério?! É assim que eu vou acabar a minha vida?!
*
- Chris deixa-me sair daqui!- Disse já farta de bater na porta trancada. O Justin tinha-me tirado a minha arma.
Saber que antes de ir para Inglaterra, uma arma era uma coisa estranhissíma para mim... É a vida.
- Sofia eu já te disse que não. Se o Bieber sabe arranca-me as bolas com pausinhos chineses!
- EU FAÇO BEM PIOR SEU FILHO DA MÃE!! EU SOU QUEM MANDA AQUI!- Soquei a porta.
- Mas mesmo assim... eu consigo ter mais medo do Bieber.- Comentou.
- Ai quando eu sair daqui...
*
- Que é que tu queres Catherine?
- Não é da tua conta.- Respondeu com um sorriso nos lábios. Nem sabem o quanto isso me enerva!
Peguei no seu cabelo e falei no seu ouvido:
- Assim que entras num veleiro que não te pertence, em que eu e o resto da família real do Mónaco estamos dentro, passou a ser. É bom que fales, ou já sabes bem o que te consigo fazer!
O Filipe só olhava.
Ela sorriu sádica. Eu andei com esta louca?! Onde é que estava Deus nessa altura? De férias?!
- Vamos voltar a encontrar-nos, Bieber!- E depois uma bomba de fumo foi atirada na nossa direção.
- Fugiu!- Disse depois de muito tossir.
- Foi melhor assim, também não tínhamos onde a prender.- Pôs a mão no meu ombro.- Vamos para dentro. Havemos de ter outras oportunidades.
- Infelizmente...- Suspirei.
Eu queria a Sofia em segurança e esta... pedra no sapato, não estava a deixar.
*
- Chris, é a ultima vez que eu...- Soquei a porta, mas senti um punho agarrar-me com gentileza.
- Oi.- Disse com uma voz doce e um sorriso carinhoso.
- Nem oi, nem meio oi! Porque é que me deixaste aqui trancada?!
- Porque te podias magoar se saísses.- Fechou a porta depois de entrar.
Eu tenho uma grande vontade de gritar com ele, mas ele só queria o melhor para mim, e tinha um sorriso bonito e uns olhos fofinhos e aquele abdominal ali mesmo...
- Ok... mas não voltes a repetir.- Abracei-o.- Estás gelado.- Disse com a minha bochecha colada no seu peito.
- Eu não sinto frio.
Own... que fofinho!!
- Anda! Podes dormir aqui comigo.- Disse com simplicidade, como se nada fosse embora estivesse nervosa para dentro.
- Nem penses! Eu tenho coragem, mas não sou estúpido, se o teu pai me apanha aqui...
- Se não saíres do pé da porta depressa é bem possível que ele tomar medidas.
Ele saiu do pé da porta e ficou a olhar-me.
- Boa noite. Podes deitar-te se quiseres, mas se quiseres dormir de pé...- Disse tentando não rir.
- Sim.- Disse ligando o Tico e o Teco novamente e deitou-se ao meu lado.
Eu aproveitei e coloquei a minha cabeça no seu peito, onde ele começou a fazer um cafuné confortável.
- Contas-me uma das tuas histórias?- Perguntei e depois beijei o sei peito de forma carinhosa.
- Porque não?!- Sorriu e beijou a minha testa.- Estávamos no norte da Coreia do Sul...
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