Capítulo 61: Dois anos depois... Ainda há complicações
O tempo foi passando. Eu e o Justin estávamos melhor que nunca, discutiamos de vez quando é verdade, mas resolviamos sempre. Eu era feliz com ele e eu conseguia ver pelos seus olhos que ele era feliz comigo.
Eu não sabia que fazer se o perdesse, como é que nós estamos juntos à quase 2 anos?!
Mas esta semana tudo mudou. O Chris e a Keira tinham voltado de Inglaterra por umas semanas, estávamos todos num café a trocar piadas e assim, até que o Chris dá um envelope ao Justin.
Ele abre e lê atentamente. Vi que tinha o brasão real de Inglaterra. Estaria tudo bem?
- O que é?- Perguntei tentando ver o tema da carta.
- Eu lamento, mas... eu não posso mostrar.- Disse de forma triste.- É uma missão de Inglaterra.
Ok, choque!!
Eu sei que disse que ele para mim seria sempre Inglês, mas... passaram-se dois anos. Não esperam que uma princesa aceite que o seu namorado faça missões para outro país, certo?! Ele pode contar coisas que viu e não devia de ter visto à minha tia e isso não pode acontecer.
- Sofia, eu sei que a ideia não te agrada mas... eu sou assim, é isto que sou. Eu sirvo o meu país, e vou quando sou chamado.- Olhou nos meus olhos.
- Justin, eu percebo mas... tenta ver o meu lado: é estranho. Eu não posso aceitar isto. Tu para mim vais ser sempre inglês, mas por favor, pede nacionalidade monegasca.
Sim, eu pedi isto mesmo.
Ele ficou a encarar-me:
- Lamento, mas não vai acontecer Sofia.
O quê?!
- Justin, se tu parasses de fazer missões não havia problema, mas tu continuas a responder a missões de Inglaterra!
- Desculpa, mas eu tenho de voltar. O avião parte amanhã.
Ele ia trocar-me pelo seu país?! Por um pedaço de terra que nunca o tratou como merecia?! Ele tinha sido abandonado durante missões!! Eles fizeram dele palhaço da última vez!
Eu... eu fiz tudo por ele, eu faria qualquer coisa por ele...
Voltei para o palácio contrariada. Ele tinha ido na direção oposta.
Quando cheguei um superior doa serviços secretos chamou-me para um sitio privado.
O meu pai não estava a usar o seu gabinete, portanto usei-o:
- Passa-se algo de errado?
- Princesa, achamos que o cofre real está em perigo. Intersetamos umas mensagens... andam a planear um assalto.
- Quem?
- Não conseguimos identificar.
- Inglaterra?
- Não.- Confirmou. Melhor assim.- Quais são as ordens?
- Ponha-me ao corrente se algo mais se passar, redobrem a guarda no cofre, quero agentes no telhado, e dentro do edifício, vigiem condutas de ar, esgotos... Todo o tipo de entradas. Eles não vão levar nada daqui!
...
- Então... temos de defender o cofre?
- Sim, Chris.
- É a nossa missão?!
- Sim, Chris.
- Justin, eu não sou agente secreto!!
- Christian Beadles!! Estás a parecer uma gaja de TPM!!- Resmunguei.- A carta que recebi não era para mim, era para a Sofia, e não era de Inglaterra! Era daqui, não sei como é que aquilo te foi parar às mãos! Temos de proteger o cofre!
- Porquê?! Não é meu!!
- Mas vai ser da Sofia um dia, eu tenho de ajudar!!
- E eu tenho de arriscar o meu coiro por isso?!- Perguntou irónico.
Eu fervi.
- Chris, se fosse ao contrario eu também te ajudava. Agora, por amor de Deus, faz-te homem e vamos resolver esta porra o mais rápido que podermos.- Disse rosnando-lhe.
A Keira estava no palácio com a Sofia e pelo que percebi a Charlotte e o George vinham passar uns dias ao Mónaco, enquanto os pais iam numa visita de estado qualquer aos Emirados Árabes Unidos.
Eu e o Sr. Rabichas tínhamos de tentar achar o dia do assalto e prepararmo-nos, claro que tínhamos uma alminha penada em Inglaterra a dar-nos uma mãozinha.
- Alguma coisa Ryan?
- Népia, ela ainda tem a roupa toda!- Resmungou.
- O quê?!- Eu/Chris.
- Quer dizer, isto ainda não tem nada e tal...
- Olha Ryan, se enquanto eu estiver a arriscar o meu pelo, tu estiveres a ver RedTube, quando eu chegar a Inglaterra, se tiver vivo claro, enfio-te uma bala pelo cu acima. Entendido?!- O Chris estava mesmo puto.
- Si... sim!- Disse a medo.- Ora deixa ver... Não, nada ainda. Continuem à procura!
Reviramos os olhos e vigiamos novamente os pontos estratégicos.
- Esperem! Oiçam isto: o Harry fugiu da cadeia de alta segurança!- Disse o Ryan.
- Quer dizer... fugir não fugiu, pagou uns trocos para sair de lá.- Disse a verdade que todos ali sabiam.
- Ele tem todas as razões para vir atrás da Sofia.- O Chris contou o óbvio.
- Se ele for esperto, não o fará. Ele sabe que estou com a Sofia e não ia arriscar o pêlo.
- Tu não o podes matar! Ele pertence à família real!- Disse o Chris.
- Matar?! Não. Eu demiti-me apenas isso. É pouco ético, eu namorar uma futura monarca e servir o país de outro.
- Quer dizer que já não vamos fazer missões juntos?!- Ouvi fungar.
- É... parece que não Ryan.- Disse carregando a minha arma.
- Eu vou só ali, eu já...- Ouvimos ele ir-se embora e depois uma grande choradeira. Alguém se esqueceu de desligar o micro do PC.
- Não comentes, tu sabes como o Ryan é sensivel.
- Eu sei, foram tantas missões. Ele esteve sempre ali, sempre do outro lado. Podes crer que se não fosse ele, eu já não estava aqui a esta hora.- Ele safou-me muito, ele advertia-me sempre.
- Voltei, afinal era só o vento e não a campainha.
Sorrimos os dois.
- Arranjei!- Disse.
- Boa! O que é que temos?- Perguntou o Chris.
- Ham... não sei... está encriptado, eu nunca vi nada assim... eu não consigo aceder.
Pensei um pouco. Estávamos a combater um inimigo verdadeiramente difícil. O Ryan já conseguiu aceder aos registos da CIA (de forma anónima, claro) já pirateou a KGB e deu uma pesquisa pela MI6 quando lhe pedi, ele conseguia infiltrar-se em tudo.
- Espera!- Ele disse.- Tem um tipo de código qualquer. Acho que é latim ou assim...
- Como assim acho?! Não tiveste aulas de latim no convento?!- Sim, acreditem ou não os pais do Ryan meteram-no a estudar num convento até decidir ir para o colégio militar.
Eu não sou expert, mas acho que estava na altura do Ryan se confessar, ele anda com uma mente mais suja que a minha.
- Latim?- Liguei-me.- Porra!
- O quê?!- Ryan/Chris.
- A Opus Dei!- Disse assustado.- Ryan, desliga o computador! Isso é um vírus!!
- Ok, ok... Eu só... boa, já pifei um PC.- Disse revoltado.
- Estavas ligado ao MI6, ou à internet?
- Só à net.
- DESLIGA ESSA MERDA RYAN!! VAI AO MI6 E DESLIGA A CENTRAL! DESLIGA TUDO!!- Eu acabei de perder o "secreto" dos serviços secretos de Inglaterra.
- Eu não apanhei.- O Chris estava à nora.
- Chris, quem está a planear isto não é o Harry, é o Vaticano.
- O que é que o Vaticano quer daqui?!
- Eu não sei, mas tenho de descobrir. Eles são os serviços secretos mais eficientes que existem, Chris!! Desde os primórdios, bem... quase...
- Não entendo.
- Bom saber que o loiro aqui sou eu?- Desabafei.
- Chris, a vida de Cristo não foi assim tão pura e clara como a igreja quer transparecer, Jesus também pecou, não tantas vezes, mas pecou. Se alguém sabe a igreja católica fica desacreditada e vai ruir. O cristianismo é maior religião do mundo, e isso não podia acontecer. O problema é que nós ainda não percebemos o que é que eles querem daqui.
- Que fixe, tipo... Código Da Vinci!!
- Sim, mais ou menos.- Revirei os olhos.
- Tens de avisar a Sofia!
- Não, não acho boa ideia.- Suspirei.- Eu quero-a quieta! Ela vai meter-se no meio e piorar a confusão e vai pôr-se em perigo e já é difícil o suficiente lutar sem levar um tiro, quanto mais lutar e tentar que a tua namorada não leve um tiro!
- Felizmente a Keira não é passada da breca!- Agradeceu.
- Sim, eu tive sorte com a minha baby, não somos assim tão diferentes.- Sorri certo de mim, ajustando o revólver.
O telemóvel do Chris tocou.
- Malta, depois de amanhã! Eu acho que vai ser depois de amanha!
- Perfeito!- Disse arrumando a mochila.- Não contes a mais ninguém.
O Chris desligou.
- Finalmente vou fazer alguma coisa de interessante da minha vida!
*
- Olá prima!!- A Charlotte saltou-me para o colo.
- Olá, lindona!!- Sorri beijando-lhe a testa.- Como correu a viagem?
- Passou o caminho todo ou a chorar ou a dormir!- O George revirou os olhos.
- Eu tenho medo!- Retaliou a pequena noa meus braços.
Sorri.
- Charlotte, a prima sabe que é a primeira viagem que fazes sem os pais, mas... é normal, tal como é normal ter medo. Não chores.- Beijei-lhe a testa.
O meu pai e a minha mãe vieram cumprimentá-los. Fiquei sozinha no pátio.
Lembrei-me do Justin, não falávamos à alguns dias, estaria tudo bem entre nós?
Liguei-lhe.
- Yow!! Ligas-te aqui pró Bieber. Neste momento não posso atender, liga mais tarde ou fala após o sinal. Bip!!
Sorri.
- Olá, amor. Não nos vemos à alguns dias. Está tudo bem entre nós? Espero que estejas bem. Não sei se já estás na missão de Inglaterra, mas boa sorte.- Suspirei.- Toma cuidado, Justin, por favor. Eu preocupo-me muito contigo. Beijos... Amo-te. É a Sofia, já agora.
Desliguei e suspirei. Eu não queria que ele se zanga-se comigo, eu não queria estar mal com ele.
Além disso os serviços secretos também me andam a dizer que em princípio amanhã é o assalto... que stressante!
- Prima, o Justin?- A Charlotte apareceu.
- A prima não sabe, Charlotte.- Olhei o chão.
- A avó disse que vocês namoravam.- Disse inocente com a sua boneca na mão.
- É... parece que sim.- Sorri fraco.
- Ele está bem?
Olhei-a muito fixamente.
- Eu espero que sim, Charlotte, ou então vamos ter um problema em mãos.- Sentei-me na relva.- A prima gosta muito do Justin, não quer que nada de mal lhe aconteça.- Olhei o verde do chão e arranquei um pouco, distraída.
- O mano foi buscar isto antes de sair-mos.- Entegou-me uma foto dobrada.
Desdobrei. Uma fotografia minha com os 1D, o Niall estava muito gato.
- Charlotte, se o Justin não aparecer em menos de uma semana, a prima vai buscá-lo!- Disse convicta.
"With you love nobody can drag me down!"
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