Capítulo 58: Namorados ❤️
Ok, tem calma, respira... Como é que se respira, puto?!
Eu vim falar com o pai da Sofia. Esperem, deixem-me remodelar, eu vim falar com o REI porque quero pedir em NAMORO a FILHA dele, que apenas por acaso é PRINCESA, e posso acabar numa cela fria e húmida.
Deus me ajude.
- Entre!- Ouvi quando bati.
Eu vou embora!
Não, tu não vais!! Tu ganhas-te 2 medalhas de honra, levaste 1 tiro e nunca vacilas-te! Não vais deitar tudo a perder por uma miúda!
Entrei.
- Posso, magestade?- Eu acho que o meu pénis me traiu e me trocou por uma vagina!!
- Justin! Claro, senta-te!- Ele até parecia feliz por me ver.
Sentei-me como ele pediu.
- Estiveste muito bem hoje de manhã.- Felicitou-me.- E obrigada por tudo o que fizeste pela minha filha.
Agora tenho um peso na consciência! Obrigada, hã?!
- Obrigada e... não foi nada.- Sorri.
- Mas não vieste aqui para falar sobre isso...
- Não, não vim.- Borrei-me todo!!- Eu vim falar consigo... sobre a Sofia.
Os seus olhos fixaram-se em mim como nunca antes.
- O que é que se passa com a Sofia?
- Ham, nada está tudo bem.- Ganha tomates agora!- Eu só... eu sinto um carinho muito grande pela Sofia, e então... eu queria aproveitar, já que esta noite posso sair com a Sofia, e... pedi-la em namoro.
Ok, fodeu!
- Espera?!
- Foi isso que ouviu.- Sorri.
- Não. Isso é brincadeira, certo?!- Riu e pegou num copo de wisky.
Transtornei tanto o homem que até o meti a beber!! Porque é que eu vim aqui, mesmo?
- Não, não é senhor. Eu gosto da Sofia.
Ele parou e deu uma volta pela secretária. Fingi calma e descontração.
- E porque é que eu devia deixar isso acontecer?!
- Porque pelo menos já me conhece e sabe que eu não seria capaz de magoar a Sofia, ao contrário daqueles 25 rapazes que não sabe do que são capazes.
- E como é que eu sei que isto não é todo um plano de Inglaterra?!
Boa pergunta.
- Não sei. Eu saí do meu país, não lhe devo mais nada. Quando precisarem de mim novamente, volto. Mas sei que isso não vai acontecer tão depressa.
- A verdade é que te deste ao respeito de vir aqui falar comigo...
Vê! Eu dei-me a esse trabalho!
- E eu confio em ti.- Voltou-se para mim.- Tudo bem, podes fazer o pedido.- Sorri tolo.- Mas magoas a minha menina e levas com 10 anos de exílio!
Engoli em seco.
- É justo.- Encolhi os ombros.- Obrigada senhor.
- Ótimo, agora fora daqui rapaz!- Disse com um sorriso.
- Até depois.- Saí dali e se querem que vos diga, eu nunca me senti tão nervoso na minha vida toda.
E eu já estive no deserto do Chile apenas com uma navalha e uma garrafa de água!!
Faltavam duas horas para o jantar. Eu estava tao gaja. Eu queria mesmo que ela aceitasse.
*
- Keira eu não sei que vestir!!- Disse em pânico ao telemóvel.
- E porque não o vesti...
- Eu não sei o que vestir, Keira!!- Disse em pleno desespero.
- Então veste aquela blusa...
- Eu não tenhi roupa de jeito, Keira!!
- VAIS DEIXAR-ME FALAR OU PREFERES CONTINUAR EM CRISE?!
- Pois... desculpa.
- Porque é que não levas um vestido?
- Não sei. Esta noite vai estar vento e eu sou muito desastrada...
- Bem visto! Leva aqueles calções floridos, com a blusa pérola e o blaser coral.
Fui ao closet buscar as peças.
- Fica fofo!! Mas os calções não são curtos demais?
- São calções!! Querias que fossem calças?!
- Bem visto! Obrigada! Eu agora preciso de relachar. Se me ligares, liga mas é para o spa!!- Disse stressada.
- Boa sorte, Sof!
Desliguei e fui para o spa.
Eu estava a precisar daquilo. O jacuzzi estava tão quentinho... eu acho que adormeci ali dentro. Isso é bom, estando relachada não fico vermelha com cada coisa que ele me diz. Eu tenho sido tão impressionável nestes últimos tempos...
Enrolei-me no roupão e voltei para o quarto. Vesti-me com calma e certifiquei-me que estava toda cheirosa. Deixei o meu cabelo secar ao natural e fiz uma trança-cascata. Meti o cartão de crédito dentro do bolso e saí.
Não usava saltos altos. Apenas uns sapatos tipo Oxford em creme. Eram muito confortáveis.
Eu realmente não sabia onde esperar por ele.
Fui devagar até ao portão principal. Não queria que nenhum dos rapazes me visse.
Acho que fui bem sucedida!
Um Audi preto estacionou ali em frente a mim.
- Boa noite!- Uma voz rouca e conhecida falou saindo do carro e cumprimentando-me.
Usava uma camisa branca informal, umas calças sociais negras e uns sapatos de verniz. O seu cabelo estava livre, mas não despenteado.
- Estás linda!- Sorriu-me.
- Obrigado, tu também estás espetacular.- Os seus olhos brilharam.
- Vamos?- Perguntou depois de um tempo.
- Sim.
Todo o caminho fui a brincar com os meus dedos. Eu nunca estive tão nervosa. Eu nunca saí com um rapaz, para ser sincera.
- Onde vamos?- Pergunto para quebrar o silêncio.
- Surpresa!
- Não! Conta por favor!- Pedi.
- Eu conto quando chegar-mos!- Riu.
Eram 19:40h ainda tinha 3 horas.
- Consegui arranjar uma casa.- Sorriu para mim.- Tem vista para o mar e para o palácio, é muito confortável.
- Fico feliz que arranjaste o teu cantinho, mas... mesmo assim, gostava que ficasses no palácio.- Sorri fraco. Ia vê-lo menos vezes.
- Não é o meu lugar Sofia. Além disso... agora não é boa altura.
- Eu sei.- Disse num tom de lamentação.
- Desculpa se não te tenho ligado muito mas...
Ele estacionou.
- Sofia, tu tens responsabilidades. É normal estares ocupada. Eu percebo isso.- Sorri com as suas palavras.- Vamos?
- Sim!- Disse entusiasmada.
Saímos do carro e entrámos num bonito restaurante. Era todo brilhante e cheio de cristais... Era lindo!!
- Uau...
Vi-o sorrir.
- Parece que acertei.
- Sim, parece que sim.- Deixei transparecer.
O empregado encaminhou-nos a uma mesa com algumas rosas e velas, uma mesa totalmente romântica.
Eu estou a descobrir um Justin Bieber que eu não fazia ideia que existia. Ele é bom!!
O jantar foi bastante animado, ele fazia-me rir muito e sorria ao ver-me. Ele tinha uma gargalhada linda. Por momentos ele voltou a ser aquele Justin de Inglaterra que fez a festa de anos dos meus sonhos.
A sobremesa foi pedida.
- Olha Sofia, agora falando um pouco mais a sério...- Ele parecia nervoso a brincar com o seu pudim. Eu nunca o tinha visto nervoso.- Eu senti a tua falta desde que foste embora e passaram apenas 3 semanas e tal e a verdade...- Ok, ele sorriu nervoso. O caso é grave!! Será que tem algum problema de saúde?- É que como eu te disse antes de ir em missão, eu desenvolvi um carinho muito grande por ti. Desde os 3 meses que estiveste em Inglaterra eu protegia-te de uma forma pessoal e não profissional. Eu acho-te uma rapariga gentil, simpática, afável e que se preocupa muito com os outros. Tens uma personalidade muito forte e és corajosa. Para além de seres bonita, muito, muito bonita. Os teus olhos são as safiras mais brilhantes que eu já vi alguma vez na minha vida!
Eu corei com os seus elogios. Ele nunca me tinha dito nada assim tão querido.
- Ham... obri... obrigada.- Disse baixinho mordendo o lábio. Eu devia parecer um pimentão.
- E também ganhas uma cor muito fofa quando ficas envergonhada.- Sorriu.
- Eu não estou envergonhada, só... só está um pouco de calor aqui.- Desviei o olhar.
Ele mordeu o lábio para não rir.
Era bom demais este discurso todo ainda agora, o qual eu ainda não percebi o significado.
- O que eu quero dizer Sofia, é que... bem, eu... eu amo-te Sofia.
O quê?!
- E... bom, é só isto.- Riu nervoso.
Isto foi confuso.
- Eu também te amo Justin, desde há muito tempo.- Admiti. Eu estava tão nervosa...
- Posso fazer-te uma pergunta?- Sorriu mais há vontade.
- Já fizeste uma mas tudo bem, eu deixo fazeres outra.- Rimos.
- Aceitas ser minha namorada?
Abriu uma caixinha azul escura em cima da mesa com dois fios em forma de cruz.
- Bem, eu... na verdade eu... eu não estava à espera.- Sorri nervosa.- Sim, eu aceito Justin!
- A fazer a dança da vitória interiormente.- Tossiu olhando numa direção diferente e eu ri.
Esta noite conheci um Justin que não fazia ideia de que existia.
- Então... este de ouro é para ti e o de prata para mim, ok?
Concordei.
Ele levantou-se e veio pôr o meu fio.
- Guardaste-o...- Murmurou.
Lembrei-me do fio que me deu uma vez.
- Bem, sim. É importante para mim.- Sorri tímida.
Ele guardou-o e colocou-me o novo. Agora tínhamos os dois fios iguais.
Senti um pequeno beijo no meu pescoço e eu sorri.
Saímos assim que pagou a conta e à saída fomos bombardeados por um monte de jornalistas. Eu tentava esconder o meu rosto, não gostava disto.
O Justin pegou na minha mão e abriu a porta do carro do meu lado, e entrei. Fechou-a em seguida e entrou no seu lugar de condutor e metemo-nos a andar dali.
Foi um caminho curto. Ele estacionou em frente à marina. A lua refletia no mar. Era muito bonito, e era meu, tudo isto seria meu um dia. Estava orgulhosa disto aqui.
Ele saiu e eu segui-o. Encostou-se ao capô e respirou fundo, quando me viu ali ao lado sorriu.
- Então menina-com-sotaque-fracês-quando-fala-inglês, que tal a noite?- Sorriu.
- Gostei muito. Obrigada por tudo.- Suspirei ao pousar a cabeça.- Foi a noite mais especial que eu já tive.
- Uau! Isso tocou-me! Vindo de uma princesa é importante.
Revirei os olhos.
- Ei! Eu não gosto que me revires os olhos.- Sorriu e puxou-me mais para si gentilmente, pela cintura.
Corei, mas corei muito mesmo.
Ele levantou o meu queixo com cuidado.
- Não precisas de sentir vergonha.- Sorriu.
- Ham...
Sem me dar tempo para mais nada, selou os seus lábios nos meus. Eram tão suaves e carnudos... deixei-me levar. Eu simplesmente deixei-me levar.
- Eita!! Temos de ir! São 10:53H!- Disse e eu ri.
Entramos no carro e voltámos para o palácio.
Esta tinha sido uma noite confusa, eu ai da estou a absorver, mas... estou muito feliz!!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro