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Capitulo 54: Regresso

Eu andei estes dois dias a preparar a minha autodefesa e o meu físico. Eu tinha de saber lutar na perfeição e o Justin nunca teve muita dificuldade em me derrotar.

Isso não podia acontecer com o que estava para vir.

Estava no avião, com o fato que os serviços secretos me emprestaram (sem a senhora empinada saber, claro).

Era em preto, e parecia de látex, mas deixava a pele respirar e vestia-se facilmente. Devo de acrescentar que ficava gata naquele fato.

Já estava dentro daquele avião com maia dois agentes. Usava um auricular no ouvido e duas armas na cintura, com uma mala às costas.

Isto é suicídio, mas qual a razão de viver se quem eu amo morre? Assim ainda o posso ajudar, pelo menos.

Chegámos à praia.

Fomos de forma rasteira junto às rochas.

Havia ali um armazém usado por pescadores ou assim.

- Sim patrão... Está preso... Não se preocupe ele não tem como contar alguma coisa à princesa... Nós vamos tratar dela... Confie em nós, não somos como o major e o comandante. Até mais.- Ouvi do lado de dentro.

Era uma emboscada!!

Desde que cheguei a Inglaterra! Era um isco! Eu vou matar o Justin assim que o encontrar! Como é que ele me pôde enganar desta maneira?! Eu amo-o...

Será que estes atrás de mim, também são os maus da fita? Não importa, eu vou na mesma. Eu sinto-me tão traída e enganada.

Eu... será que foi o Harry? Ele é o 3° ao trono e caso aconteça uma crise dinástica no Mónaco ele torna-se rei no meu país, mas... ele não seria capaz ou seria?

Um homem tinha saído, ou seja 2 lá dentro. Os estúpidos atrás de mim começaram a disparar.

Morreram os dois.

Menos dois ingleses... Pior se fossem americanos, eu gosto de ver os filmes da Angelina Jolie. Cá pra mim até o meu marido, o Harry Styles, está dentro desta confusão!

Coloquei o silenciador na arma e disparei no homem, que caiu morto e ninguém ouviu.

Entrei e disparei num dos homens, mas... não encontrava o outro, onde é que estava? Teria visto mal?

O Justin estava atrás de una cela, com as mãos algemadas a umas correntes nas paredes.

- Sofia?- Olhou com mais atenção e levantou-se.- Sofia, sai daqui! Porra!! Corre daqui imediatamente tu vais...

- Põe as armas no chão, princesa!- Ordenaram atrás de mim. O mesmo homem do telefonema.

Havia um cano encostado um pouco abaixo no meu rabo de cavalo. Obedeci. Pousei as armas.

Fechei os olhos com força e abri-os novamente. O Justin olhava-me com todas as feições possíveis, eu quase podia jorar que ele estaria a chorar.

- Vira-te!- Ordenou, obedeci.- Hum... nada mal, no meu puteiro nunca vi nada assim tão bom...- Analisou-me. Ok, nó no estômago, malta! Nó no estômago!!

- Ieue! Prefiro que me mates a chamar-me puta!- Disse enojada e zangada.- A quem é que obedecem? Porquê eu? Desde quando?

- A rainha. Porque é princesa. Desde que veio para Inglaterra.

- A... a rainha?- Perdi o chão.

Como é que a minha própria tia me tinha feito isto?

- As mãos!- Ordenou.

Eu não obedeci. Ele destravou a arma. Foi o suficiente para me fazer ceder.

Atirou-me para a cela do Justin. Comecei a chorar.

- Sofia, tu não podes estar aqui! Tu vais morrer!- Disse com repreensão.

Não liguei.

- Eu confiei em ti e tu traiste-me...- Desabafei.

- Eu admirava a minha tia, queria ser como ela um dia... Eu arrisquei a minha vida para te tirar daqui e agora... em vão.

- Não, Sofia... não chores por favor. Nós vamos conseguir sair...

- Eu não quero.

- Hã?!

- Para quê a liberdade?- Perguntei.

- Sofia, eu não te traí! Eu só soube a semana passada, quando me toparam. A porra daquele ataque feito ao teu reino foi Inglês, da segunda vez, no natal é que foi mesmo dos árabes! Não foi a rainha! Não foi a Isabel que bombardeou o Mónaco, para que é que ela queria aquela caga que fala francês?! Ela tem o Canadá, o Reino Unido e a Austrália! Foi o Harry! Foi o cagão do Harry, o teu primo! Eu aposto que a tua tia não sabe de nada!- Disse zangado.

Absorvi o que me tinha dito. Ele tinha razão.

Sorri.

- Como... como é que posso confiar em alguém que é mais fiel a mim que ao seu próprio país?!- Perguntei sorrindo aproximando-me dele, já que não se podia mexer muito devido às correntes nos seus pulsos.

- Ninguém se mete com quem amo! Para onde tu fores, eu vou Sofia. Eu vou cuidar de ti.

Esticou-se um pouco e selou os seus lábios nos meus.

- O Reino Unido... não tem feito nada por mim, aliás eu já fiz mais que suficiente pelo meu país.

Ok, hora de sair daqui!- Com muita dificuldade e dor, consegui passar as mãos algemadas para a minha frente.

Abri um pouco o meu fato, do lado da frente.

- Aí!! Calma gatinha, eu ai da agora disse que estava afim...- Disse.

- Poupa-me! Aqui quem decide se conquistas pontos ou não sou eu, não sou nenhuma ordinária do teu bordel!

Tirei o batom lazer do meio doa meus seios e usei-o para me soltar.

- Porque é que os acessórios das senhoras são melhores que os meus?!

Ri e também o libertei.

- Vamos embora daqui, tenho um idiota pra esmurrar!- Disse.

- Espera!- Parou-me.- O Montnegro tem as pastas no escritório dele com o contrato com o teu primo. Ele contratou a pior escumalha para nos enganar.

Entramos silenciosamente e com cuidado na mansão, no topo da ilha.

- Vai tu, eu fico a vigiar!- Disse e eu entrei.

Procurei as pastas e mais pastas.

Ouvi tiros.

- Depressa Sofia!!

- Estou a tentar...- Disse remechendo tudo.

Dei com o cofre. Ali!!

Disparei uns 5 tiros mas consegui arrombar, para além de 2 maços de dinheiro tinha uma pasta vermelha. Li às peças.

- Achei!!

- Boa! Fora daí!- Gritou.

Saímos os dois. Meti os papeis dobrados dentro do meu fato, já que era à prova de água.

Saltamos pela janela e rebolamos até à praia.

- Acho que vou vomitar...- Queixei-me assim que paramos.

- Agora não há tempo!!- Pegou na minha mão e obrigou-me a correr.

O avião já estava à nossa espera e levou-nos a Inglaterra. Devíamos de estar no norte de França ou Holanda porque a viagem foi rápida.

Entrei no palácio em passo apressado, toda despenteada e com o decote generoso devido ao calor que aquele fato me dava, o Justin seguia atrás de mim com a camisa rasgada e suja de sangue e terra, todo despenteado.

Entrei pelas portas principais do palácio.

- Mas quem... Sofia?! Onde é que andaste? Andamos o dia todo à tua procura...

- Agora não tia, onde está o Harry?

- Não sei, que é que se passa?

- Eu depois conto.

Encontrei-o no jardim, a beber champanhe do caro, como se estivesse a festejar algo com outro homem com sotaque italiano.

- Harry!!- Rosnei.

- Tinha de ser! O Montnegro tinha de estar dentro!- O Justin foi-se ao italiano e depois de o esmurrar algemou-o.- Acusado de traição!

O Harry tentou escapar-se. Apanhei-o.

- Vais com pressa!- Comentei antes de lhe partir um dente.

- Au!- Disse sentido falta do dente essencial.

- Sofia, mas que é que...- A tia apareceu.

- O Harry tentou matar-me!- Acusei e contei a história toda.

- Sofia isso que estás a dizer é insultuoso! Eu recebi-te em minha casa...

Tirei os papeis de dentro do fato e li.

Depois de 35 minutos de leitura e valores a pagar a cara da minha tia devia assemelhar-se a Satanás.

- Guardas!- Chamou.- Prendam-nos. Vão aguardar julgamento... por mim!- Sorriu sádica.

Pois é ela tem o poder supremo.

- Vai rainha, vai rainha, vai...- O Justin parou assim que a minha tia o olhou espantada.

- Desculpe, eu prometo que não volta a acontecer.- Disse humilhado.

Abracei-o com força. Ele fez o mesmo comigo.

A minha tia já tinha ido embora.

- Eu tenho de fazer as malas, volto hoje à noite para o Mónaco... definitivamente.- Disse convicta.

- Hã?! Porquê?

- Acabou. O meu lugar não é aqui, é lá.

- Sofia, não...

- Justin, eu não posso ficar. Eu realmente gosto de ti, mas... eu não posso ficar.- Suspirei.- Vem comigo.- Pedi.

Ele congelou.

- Desculpa Sofia, mas não posso.

- Eu percebo.- Sorri fraco.- Se por acaso algum dia fores a França, ou ao Mónaco... vem visitar-me, vai ser uma honra receber-te.

- A honra é minha, princesa.- Fez uma reverência.

Sorri e entrei.

- Vá trocar de roupa, a princesa não irá esperar muito mais tempo...- Ouvi a rainha atrás de mim.

- Ham...- Olhei-me.- Pois, é melhor!- Sorri.- Obrigada!- Corri para dentro e troquei-me para a primeira coisa que encontrei.

...

Um jato privado branco estava no aeroporto. Estavam lá todos. A Keira quis ficar com o Chris. Parece que agora era só eu e o Ryan.

Todos se despediram da Sofia. Ela estava linda.

Foi a minha vez.

- Espero que fiques bem, e não te armes em rebelde, e não vás salvar nenhum agente, e porta-te bem, sim?!

- Ok, pai.- Revirou os olhos.

Eu ri.

- Eu vou visitar-te.- Abracei-a.

- O Ryan tem uma coisa minha para ti. Quando te sentires preparado... pede-lhe.- Disse no meu ouvido.- Vou ter saudades tuas.- Admitiu.

Entrou no jato e afastamos-nos, para não sermos estufados a meio da descolagem.

Aquilo que ela disse ficou a moer na minha mente. O que seria?

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