Capítulo 37: A descoberta de Justin
- Encontraste alguma coisa?- Perguntou-me.
- Não nada! Quer dizer... eu vou ler muito bem, estes aqui que dizem Zayn Malik, Niall Horan e Harry Styles!- Disse escondendo o livro dele atrás de mim, a verdade é que haviam mesmo livros dos 1D na prateleira e eu ia lê-los! Nem que tivesse de os levar para casa, mas ia!
Continuei a revistar o livro do Justin, ele tinha tido notas elevadíssimas em todos os testes. Eu estava mesmo com o melhor. Procurei e procurei... Mas não encontrei mais nenhum agente na prateleira nem em mais lugar nenhum. porquê só ele?
Reparei que havia uma caixa atrás dos livros era pequena, talvez com 15x20x15.
"Together Forever" tinha cravejado a metal.
Tinha uma abertura em forma de cruz. Eu conhecia aquela cruz! O Justin tinha um fio em ouro com aquele formato.
- Jus... Justin?- Perguntei a gaguejar.
- Sim?- Ele aproximou-se.
- Esta fechadura não é igual ao teu fio?- Perguntei pegando na caixa.
- Ham... sim, é.
Tirou o fio e destrancou a caixa.
Olhámos um para o outro surpreendidos.
- Sofia... porque é que está aqui esta caixa que abriu pelas minhas mãos?
- Eu... eu não sei Justin. Diz-me tu.
- Eu... tenho de a abrir não é?- Perguntou-me mas achei que se estava a mentalizar. Ele nunca hesitou um segundo por mim, mas quando se trata dele... hesita? Ele tinha verdadeiro medo do que estava ali.
- Só se te sentires à vontade com isso.- Tentei com calma, ainda a agarrar a caixa de madeira escura nas minhas mãos.
Ele respirou fundo e abriu a caixa. Vi-o a ficar com os olhos húmidos e tirar um anel de dentro da caixa, pouco depois um papel. Poisei a caixa novamente na prateleira.
- Justin, está tudo bem?
- Sim... sim, está.- Ele ia chorar a qualquer momento, eu ia ficar desfeita. Fui eu que o mandei abrir a caixa, ia sentir-me culpada e depois... ver o justin chorar ia abalar-me muito, porque ele sempre foi muito forte e duro e vê-lo chorar.
Ele parecia ter uma aliança ou anel de namoro na mão, eu nem me ia atrever a perguntar de quem era, calculei que fosse da rapariga que ela namorava, aquela do acidente.
- Querido Justin, eu vou sempre amar-te, respeitar-te e beijar-te... de vez em quando, claro. Foste a melhor coisa que já me aconteceu na vida e nunca te quero perder. Vou lutar por ti todos os dias da minha vida, porque todos os dias quero e vou provar que te amo. Não importa o que aconteça entre nós, eu vou sempre amar-te. Espero que sejas tão feliz comigo, como eu sou contigo, porque, acredita... é mesmo muito, tipo... o universo inteiro. És a primeira pessoa que eu quero ver ao acordar e a ultima ao deitar, quero dar-te um beijo de boa noite e um beijo de bom dia, todos os dias, quero abraçar-te quando te sentires mal, quero ajudar-te e quero que me ajudes, porque a partir de agora somos uma equipa inseparável que luta todos os dias pelos seus objetivos. Mesmo que eu morra antes dos 100 e tu continues por aqui... quero que saibas que se encontrares uma mulher que te ame tanto como eu e te respeite... tens o meu consentimento. Eu vou estar sempre a ver-te Justin, meu amor. Amo-te muito.
Ok, tá! Agora sou eu que estou a muito pouco de chorar rios e rios de água!
- Nós... nós íamos casar... dali a três meses e ela já tinha os votos prontos!- Disse de forma triste. Eu via várias lágrimas escorrerem do seu rosto.- Eu deixava sempre tudo para a ultima hora... a culpa foi minha!
- Não, Justin! Não foi culpa tua! Tu sempre a protegeste... não te sintas culpado! Ninguém teve a culpa!- Disse enquanto o abraçava com força, ele chorava no meu ombro. Eu nem queria saber a dor que ele estava a sentir.
Só esperava que ele não visse, nem sentisse as minhas lágrimas na sua camisola.
Estivemos um bom bocado abraçados, ali, enquanto eu esperava que ele estivesse pronto para continuar.
- Estás melhor Justin?- Perguntei secando-lhe as lágrimas com cuidado.
- Sim... eu estou bem. Já passou.- Disse limpando as suas lágrimas também, ao mesmo tempo que eu.
- Vamos continuar...
- Não, Justin. Por agora é suficiente.- Certifiquei.
- Sofia, nós temos de encontrar quem te quer matar!- Ele era teimoso, hã?!
- Justin, nós hoje já não conseguimos fazer mais nada. Eu tenho esta chave, é aqui que se encontra a resposta, na caixa onde isto servir. E descobri que tenho uma irmã e tu descobris-te... bem... isto. É suficiente.- Acariciei-lhe o ombro.
Saímos dali, nem tive tempo de ler sobre os 1D! Que treta!
- Não queres saber nada da vida de Cristo, aquelas fraudes todas?- Perguntou.
- Nem por isso. Sou católica e fui educada para ser cristã e conservadora. Se algum dia, eu sentir necessidade de descobrir algo que não quero sobre Deus, virei aqui novamente.
- Tudo bem.
Voltámos a subir as escadas e quando chegámos ao topo tudo se fechou novamente, sem um vestígio de passagens ou algo do género.
- Encontraram as respostas que queriam?- O homem veio ter connosco.
- Não, mas encontrámos as que não queríamos!- Certifiquei.
O homem sorriu e foi embora para a sacristia.
Eu preparava-me para sair dali com o Justin, mas reparei numa fechadura no túmulo de Shakespeare.
"Your heart is mine"
- Justin, espera um pouco.
Ajoelhei-me e coloquei a chave no chão, rodando-a. Ouviu-se um, barulho e calculei que tivesse aberto o túmulo.
- Ham... pensando bem... acho que o devemos deixar quieto...- Lembrei-me da maldição ali escrita.
- Nós não vamos mexer-lhe, vamos apenas dar uma vista de olhos...- Garantiu-me e afastou a tampa de pedra pesada com imensa força.
- Iue! Isto fede!- Fui obrigada a levar a mão ao nariz tal como ele.
- E eu a pensar que ir à casa de banho depois do George era mau!- Queixou-se no mesmo estado que eu, um pouco mais animado.
- Justin... ele não tem cabeça!- Avisei assustada.
- Ladrões de túmulos... eram abundantes no séc. XVIII e no séculos seguinte.
- Mas... há um papel...
Desci sem tocar no cadáver e peguei-lhe, sorri ao ler.
- Justin, acho que é para ti.- Entreguei-lhe e voltei a subir.
Ele sorriu de forma fraca.
- Sim, talvez seja...
Pegou no isqueiro e atirou-o ao papel.
- ESTÁS LOUCO?! QUE É QUE ESTÁS A FAZER?!- Ouvi-me gritar.
Ele riu:
- Olha!
- Tinta invisível!- Admirei-me ao ver palavras que não estavam lá antes.
- Diz aqui... o que é que diz mesmo?- perguntou passando-me o papel.
Eu ri.
- Quando a noite namora o dia, uma sombra vai ser revelada, no reino da paz um dia, a resposta vai ser encontrada. O conhecimento no papel, imortal se transforma, a princesa encontrará a fechadura preciosa!
Li em voz alta e seguiu-se um momento de silencio.
- Uau... eu tenho de mandar o autor destas coisas começar a escrever isto em língua que eu compreenda!
- Talvez... seja no Mónaco... nunca teve uma guerra assim séria...- Atirou Justin.
- Uma boa ideia! E quanto ao namorar o dia e a noite... talvez o crepúsculo!- Atirei.
- Exatamente, e o resto da pista está num papel sou seja um livros e a princesa... bem... é tu!- Disse sem grande cerimónia.
- Boa, agora vamos almoçar que bem precisamos!
Saímos e procurámos por um parque de merendas, não encontrámos, portanto estacionados no topo de um monte e estendemos a toalha de piquenique na relva verde, debaixo da sombra morna de uma árvore.
Corria uma brisa agradável, que fazia abanar levemente os meus cabelos.
O Justin passou a hora de almoço calado e a olhar para longe, os seus olhos estavam tristes... eu devia tê-lo deixado cá fora.
Senti-me mal comigo mesma.
- Desculpa, eu lamento muito. Não devia ter insistido para...
- Sofia, tu não tiveste a culpa, e... obrigada por teres lá estado e assim, obrigada.
Sorri um pouco.
- Tudo bem. Tu estás lá para mim, eu estou lá para ti.
Ele sorriu e deixou-se cair para trás, com as mãos cruzadas atrás da cabeça fechando os olhos.
Aproximei-me um pouco e sentei-me de joelhos, fazendo a cabeça dele descansar nas minhas pernas.
Pareceu um pouco relutante, mas acabou por ceder.
E assim ficámos ali os dois até ser de tarde e termos de voltar para Londres, mas ele dormiu muito bem no meu colo. Ele parecia um boneco de louça pronto a partir-se a qualquer momento, os seus traços eram bem definidos e as suas sobrancelhas eram castanhas escuras, causando um contraste que eu gostava com o seu cabelo loiro falso. Os seus lábios eram o sonho de qualquer mulher, carnudos, vermelhos e talvez um dia eu soubesse se eram suaves.
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