Capítulo 33: Dia de molesa
Acordei e olhei para o relógio: 11H!! Como o Justin estava de cama, não tinha ninguém que me acordasse.
Fiquei mais um tempo a molengar na cama. Via-se nevar lá fora e o aconchego dos cobertores era confortante. Vesti o meu robe e saí. Encontrei a Charlotte a chorar no meio do corredor e peguei-lhe ao colo:
- Que é que se passa, fofinha?- Perguntei limpando-lhe as lágrimas e dando-lhe um beijinho.
- Eu... Eu... eu estava com frio e andei à procura do mano, mas não o encontrei. Depois decidi procurar o Justin, mas também não o vi e comecei à tua procura também e não te encontrava!- Disse abraçando-me.
- Pronto! Já estou aqui! Hoje o Justin, não pode trabalhar querida, pelo que estamos por nossa conta.- Disse levando-a para o meu quarto.- Eu vou buscar o pequeno-almoço e tu vais ficar aqui bem quentinha!- Disse aconchegando-a e fazendo-lhe umas cócegas e deixando-lhe um beijo na testa.
Saí e fechei a porta com cuidado, encontrei o George no corredor e peguei-lhe na mão:
- Vais ajudar-me!
- Não!
- Óh sim! Lembrasses-te disso ontem à tarde!- Disse e chegámos os dois à cozinha.
- Bom dia altezas!- Evelyn via uma revista no tablet.
- Bom dia!- Dissemos com um sorriso.- Hoje estamos com um pouco de preguiça...- Disse embaraçada.- O Justin veio tomar o pequeno-almoço?
- Não, menina.- Disse simpática.
- Sendo assim, levo um tabuleiro para o Justin e outro para mim e para a Charlotte. Já tomaste pequeno-almoço, George?
- Claro que sim! Eu até já me espetei de trombas na neve!- Disse a rir-se.
Esperei um pouco e levei o tabuleiro do Justin e uma empregada o meu para o quarto.
Bati à porta indicada e não ouvi resposta. Decidi entrar na mesma. Pousei o tabuleiro em cima da escrivaninha e fui ter com o Justin. Ele era a pessoa mais bonita que eu já vi, então quando dormia era simplesmente perfeito. Tinha os lábios carnudos e as sobrancelhas mais escuras o cabelo despenteado à frente dos olhos... tudo isso contribuía para a visão mais perfeita do planeta, mas infelizmente, eu tinha do acordar. Tinha o nariz muito vermelho... calculei que quase não tivesse dormido por se assoar a cada 3 minutos.
- Justin...- Sentei-me na cama e abanei-o um pouco, tocando-lhe de leve na face de porcelana.
Ele acordou devagar com os olhos entreabertos:
- Sim?- Sentou-se na cama.- Precisas de alguma coisa?- Tinha uma t-shirt preta.
- Não, mas tu sim. Tenho aqui o pequeno-almoço e um anti-inflamatório.- Fui buscar o tabuleiro e pousei-o com cuidado em cima da cama.
- Sofia, não precisavas... eu descia...- Tentou passando as mãos pelo cabelo.
- Sim, mas eu achei que talvez te sentisses mais confortável assim...- Levei a mão à sua testa. Ele pareceu surpreendido e sentiu a minha mão morna ao fechar os olhos.
- Não tens febre, menos mal...- Disse com um sorriso.
Ele mesmo sorriu e comeu uma das torradas.
- Obrigada.- Disse assim que eu saí.
- De nada.- Disse com um sorriso.
Fui para o meu quarto e a Charlotte dormia. Bebi a minha caneca de leite com a tosta mista e fui deitar-me novamente... eu estava com um caso grave de perguicite aguda crónica!
A Charlotte acordou devagar:
- Olá!- Falei num tom meigo.
- Olá. Tenho fome.- Disse de forma querida.
- Tenho aqui o teu pequeno-almoço... porque achei que ias ter alguma preguiça em ir à cozinha. Depois vamos à neve sim?
A minha prima assentiu com um grande sorriso.
Ajudei-a a tomar o pequeno-almoço e depois fui buscar o seu pequeno (tão pequeno que chegava a ser adorável) fato de esqui.
Quando chegamos à rua o George já brincava com outras crianças e pareciam estar a divertir-se imenso.
- Também posso?- A voz de Charlotte era do mais querido que se pode imaginar.
- Claro!- George levou-a para o pé de si.
Fiquei apenas a tomar conta deles, nunca se sabe o que pode acontecer.
- Boa tarde!!- Ouvi uma voz animada atrás de mim.
- Justin!! Tu estás doente! Não podes estar aqui!- Adverti preocupada.
- Na verdade sinto-me melhor. Não me dói a cabeça e não sinto o nariz entupido... só o sinto a pingar: está praticamente curado. E... obrigada por me teres levado o pequeno-almoço e o medicamento.- Disse embaraçado.
- Não foi nada...- Disse com um sorriso simpático.
- Bem... queres fazer snowboard?- Perguntou-me com um sorriso calmo.
- Porque não... afinal quem consegue andar de skate também anda nessa prancha.
Os dois foram para o teleférico e em alguns minutos chegaram ao topo.
- Ham... isto é venais alto daqui de cima...- Disse toda borrada.
- Só fazes se quiseres e se te sentires segura... ninguém te obriga, Sofia.- Disse num tom carinhoso.
Respirei fundo e olhei novamente para a pista.
- Afinal o dedos foram feitos para os enfrentar-mos, certo? Vamos lá!- Preparei a prancha e deslizei. Reparei que o Justin estava mesmo atrás de mim.
- VAI UMA CORRIDA?- Perguntei alto para que me ouvisse.
- PODES CRER!- Noutro mento já estava ao meu lado.
Foi bem renhido mas...ele acabou por ganhar.
- Nada mal, princesa!- Disse soltando-se da prancha.
- Eu ganho-te para a próxima...- Retribui com um sorriso simpático.
- Fico há espera!
Fomos ter com os meus primos. O George quase parecia um boneco de neve com tanta neve que tinha em si e a Charlotte parecia um cubo de gelo, de tão fria que estava.
- Anda Charlotte, se não de aquecer-mos vais ficar doente.- Disse num tom carinhoso.
- Mas eu não tenho frio!- Disse a tremer.
Eu ri.
- Claro que não mas temos de te aquecer na mesma!
- Mas eu quero brincar mais!- Disse tentando soltar-se.
- Mais tarde.- Disse e ela conformou-se.
O Justin ficou lá fora a tomar conta do George. Estava vestido e aconchegado até às orelhas, não havia sítio por onde o frio entrar.
Por volta das 7H da tarde, os dois entraram.
- Chocolate quente, rapazes?- Sofia chegou com um tabuleiro e quatro canecas.
- Eu adoro a minha vida!- Disse George indo sentar-se à frente da lareira acesa.
- Eu era bem capaz de me habituar a isto...- Disse Justin pegando no tabuleiro.- Eu levo, não te preocupes.
Assenti e fui sentar-me à lareira. A Charlotte estava a dormir, esta menina gostava muito de dormir! Coloquei uma manta sobre os ombros do George e peguei no telemóvel.
O Justin pousou o tabuleiro e colocou-me uma manta pelas costas.
- Obrigada.- Olhei-o com um sorriso simpático.
- De nada.- Sentou-se ao meu lado e olhou o lume à nossa frente, bebendo o seu chocolate.
- Amanhã temos de voltar...- Disse olhando-me vagarosamente.
Assenti, lembrando-me que ainda tinha de resolver aquele assunto.
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