Capitulo 20: Por pouco...
- Como correu?- Perguntou Kate assim que chegaram.
- Têm jornalistas muito chatos por aqui!- Sofia estava tão furiosa que nem olhou a prima, e seguiu em frente.
- Que bom feitio!
Justin vinha atrás quase a correr, Chris e Keira estavam a Km de distancia (um pouco levado ao exagero).
Sofia entrou e foi abraçar os pais com toda a força que tinha. Sentia tanto a falta deles.
- Sentimos tanto a tua falta Sofia!- Disse o pai abraçando-a com força.
- E eu a vossa!- Sofia não os largava.
- Mas querida... é por pouco tempo, amanhã à noite temos de voltar para o Mónaco.- Disse a mãe entristecida.
- Mas... mas...- Sentiu um aperto no coração.
- Desculpa querida, mas ainda há muito a fazer...- Acalmou o pai, passando-lhe as mãos pelos cabelos.
- Aquilo... aquilo é verdade? O número de pessoas que morreram, os feridos, as crianças?- Disse com os olhos húmidos.
Os pais olharam-se com pena.
- Sim, Sofia... é verdade.- Disseram pesarosos.
Sofia sentiu uma lágrima escorregar dos seus olhos azuis.
- Eu tenho de ir...- Sofia largou-os e correu para a biblioteca. Já tinham morrido pessoas demais, ela não queria que os próximos fossem os pais.
Olhou antes de entrar na biblioteca com uma figura imponente e entrou.
Procurou a "prateleira" do costume e puxou o livro:
- O avião está pronto... amanhã vai ser o grande golpe!- Aquela voz desconhecida.
- Não será um pouco bruto demais... é só uma criança, só tem os pais...- O outro homem mudou de opinião.
- Mas de que lado é que estás?! Se quiseres desistir desistes, mas levas o carimbo das minhas balas para a cova!
Sofia viu um rato e ficou em pânico. Recuou um pouco e sentiu alguém abraçá-la por trás. Tentou soltar-se e gritar, mas taparam-lhe a boca. Olhou para o braço que prendia a sua cintura e percebeu que era de Justin.
- Que é que foi isto?- Ouviram-se pessoas a levantar e a correr.
Os dois afastaram-se de vagar para o interior do túnel de forma a que não os vissem.
- É só um rato.- Nem Justin, nem Sofia lhes conseguiram ver a cara.
Justin segurava Sofia de forma firme e conseguia-lhe sentir o coração acelerado pela adrenalina e medo, o que não sabia é que havia sentimento à mistura e a forma como Justin a agarrava mexia com Sofia.
Os homens voltaram a entrar e os dois aproveitaram para sair dali. Assim que fecharam a porta foram para o recanto mais longe possível da biblioteca:
- O que é que fazia ali dentro?! Estes túneis servem para a proteção da família real!- Disse num tom grave, ajeitando a gola do fato.
- Hello?!- Disse ainda em pânico.
- Família real britânica!- Disse firme.
- Aquilo que aqueles homens disseram parecia seguro, parecia?! Estes túneis são usados para façanhas ilegais!- Disse em pânico.- E... o senhor trabalha para eles... Que é que vais fazer comigo?! Vais prender-me amordaçar-me?!
- O quê?! Eu estou aqui para te proteger e para te ajudar! Eu não sei nada daquilo!- Disse com as mãos nos bolsos olhando-a ainda a tentar arranjar uma solução para o problema.
- Como é que sei que estás a falar a verdade? És um agente secreto de elite: mentira e disfarce é algo que te corre nas veias.
- Bem... obrigada pelo elogio.- Disse com um sorriso.- Mas eu não sei nada mesmo e duvido muito que a rainha saiba.- Disse pensativo.- Sofia tens de me contar tudo o que ouviste para eu te conseguir ajudar.- Disse olhando-a.
Sofia não confiava, mas a vida dos pais estava em jogo, portanto... contou tudo o que sabia.
- Príncipe?- Perguntou Justin.
- Sim, tenho a certeza que foi isso que ouvi!- Garantiu sentada no chão de madeira, Justin estava encostado à parede, com um dos sapatos elegantes de verniz a fazer de apoio, e com os braços cruzados ouvindo-a com atenção.
- Temos três hipóteses, ou quatro: Pode ser o príncipe Charles, mas também podem considerar o duque nisso: o teu primo William, ou o Harry.- Disse olhando pela janela.- Ou simplesmente nenhum deles sabe disto e isto serve de planos externos... alguém com interesse na queda do Mónaco...
- Já alguma vez tinhas ouvido aquelas vozes?- Perguntou a medo.
- Não, nunca! Eu quero ajudar-te Sofia, mas não podes voltar a estes túneis: é perigoso, eu vou procurar e ver o que arranjo... isto tem de ficar entre nós. Só entre nós!- Disse fixando-se nas safiras de Sofia.
- Sim, claro.- Disse também o olhando.- Justin... eu tenho de salvar os meus pais... o avião deles, foi sabotado, vai despenhar-se. Justin ajuda-me o que é que eu faço?- Disse tentando manter a calma, mas em vão.
- Vou resolver isso agora. Tem calma, vai correr tudo bem.- Justin saiu da biblioteca a correr.
Sofia seguiu-o e entraram no Mercedez preto de Justin, o seu carro pessoal, sim. Justin cantou pneu até ao aeroporto e mostrou o distintivo até conseguir entrar na pista, demoraram pouco minutos até chagar ao angar indicado.
- Quero ver este avião!- Disse imponente ao chegar à porta do angar.
- Este avião está pronto para amanhã, não pode mexer-lhe!- Disse o homem limpando as mãos a um pano cheio de óleo queimado.
- Que quero vê-lo!- Justin mostrou os distintivo.
- Tudo bem.- Disse simples.
Justin meteu-se debaixo das asas e pegou numa chave de fendas abrindo a parte exterior. Olhou com atenção e reparou que faltavam vários parafusos ao motor.
- Porra!- Disse olhando com atenção.
- Que foi? Conta-me!- Insistia Sofia.
- O motor está solto. A meio da descolagem rebentava!- Disse simples.
Sofia levou as mãos à boca em pânico e surpresa.
Justin foi até ao outro motor e tirou-lhe a parte exterior e ficou especado com os olhos muito abertos. Pousou o exterior com cuidado no chão.
- Que foi?- Sofia deu um paço em frente.
- Sof... Sofia, espera lá fora!- Disse firme, mas sem gritar.
- Mas...
- AGORA SOFIA! EU ESTOU A MANDAR AGORA!!- Disse olhando-a.
Sofia obedeceu e correu até ao exterior observando tudo.
Justin encontrou uma bomba na contagem decrescente nas 29 horas, pegou nas luvas de cabedal e procurou os fios da bomba, tal como a cor, tentando identificá-la. Se cortasse o fio errado iam todos pelos ares, se fosse o certo... seria perfeito.
- Deus... eu ainda tenho muito para fazer, muita gaja para comer, e um dia ainda ei de beijar a Sofia, portanto... ajuda-me!- Disse respirando fundo.
Pegou no canivete suíço e cortou o fui vermelho. A bomba parou de contar e não se ouviu o BUM esperado. Justin respirou outra vez, pois com a tensão tinha a sensação de se ter esquecido.
Saiu do angar:
- Então? O que era?
Sofia estava com um misto de curiosidade, preocupação, medo... tudo junto, formando olhos lacrimejantes.
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