Capítulo 11: MI6
Justin acordou à hora do costume, fez a sua higiene e saiu.
Chegou à sede do MI6:
- Bom dia, 008!- Disse um agente.
- Bom dia 749!- Respondeu simpático.
Dirigiu-se ao gabinete da diretora e responsável pelo departamento de espionagem e segurança interna.
- Bom dia!- Disse ao entrar.
- Bom dia!!- Disse a senhora animada.- O que é que te traz por cá, Justin?
- Mãe... eu tive outra vez um pesadelo sobre aquele assunto...
- Mas isso já não estava resolvido?
- Pelos vistos não.- Disse olhando o relógio, sentando-se no cadeirão.
- Mas conta lá: como é que é a princesa? Bonita...
- Curiosa!- Justin não conseguiu evitar uma cara de pedra.
- É assim tão chata?- A diretora meteu um ar carinhoso.
- Ela não é chata, é demasiado curiosa. Ela não quer atrapalhar ninguém, só quer fazer a sua vida como sempre fez. A princesa acha que esta ordem da rainha era desnecessária e eu também!- Justin olhou a senhora com atenção.- Porquê isto, mãe? Eu fui o melhor do meu grupo nos testes todos, estou condecorado como 008 e metem-me a fazer de ama seca?
- Justin, é preciso ter paciência. Não te posso mandar fazer tarefas muito grandes, quando precisas das pequenas...
- E se eu não quiser fazer?- Perguntou recostando-se na cadeira de cabedal.
- És despedido, tal como todos os outros.- Disse simples.
- Que bom!- Bela ironia.
- Vá mas conta lá!! Tu gostas dela, não é?!- Perguntou a senhora.
- Calminha aí!! Mais respeito: estamos a falar de Sofia do Mónaco, não na primeira galdéria que aparece!- Riu na cara da mãe.
- Sim, tens razão.- A senhora recompôs-se.
- Mas ela é linda e graciosa e deslumbrante e doce e calma e tem um cabelo de meter inveja e uns caracóis perfeitos, e o sorrido dela é o mais bonito, perfeito e brilhante que eu já alguma vez vi.- Disse saindo.
- Este agente ainda se vai apaixonar...- Disse a mãe aquando da sua saída.
|Justin|
Não, a responsável pelo MI6 não é minha mãe antes que perguntem!
Ela chama-se Clodine e é minha mãe adotiva desde os 6 anos. Os meus pais morreram numa explosão em Hong Kong e eu fui trazido de novo para o Reino Unido.
Desde aí que ela me cria como um filho de sangue e me cuida, e sim, foi ela que insistiu para que eu experimenta-se os Serviços Secretos.
O resumo disto, é que mesmo sem estar a 100% tenho de continuar de serviço, o que pode ser perigoso, portanto vamos voltar a fechar a dor dentro de uma caixa bem trancada e rezar para que não volte a sair.
|Justin off|
Sofia tomou o pequeno-almoço com a família e foi dar uma volta pelo palácio. O Sol da manhã batia no mármore e tornava-se quente, não de temperatura mas numa sensação quente.
Sofia foi até à biblioteca e procurou um livro qualquer. Tinha um livro com capa de cabedal na mão, mas viu outro dourado na prateleira ao lado e não pôde evitar tirá-lo, mas ao puxá-lo a prateleira "engoliu-a".
Estava escuro do lado de dentro, não se via nada. O palácio real do Mónaco também tinha passagens secretas para a proteção da realeza e Sofia sabia que não devia de estar ali, mas mais uma vez a curiosidade foi mais forte. Cheirava a mofo e estava cheia de ratos.
Acendeu um isqueiro que tinha dentro do bolso das calças. Não fumava, mas nunca mais tinha largado um isqueiro desde que viu um vedeo na net... um tal de What do you mean? Continuou a caminhar pelo túnel de pedra lascada, bolorenta, e cheia de teias de aranha e chegou a um cruzamento com duas saídas, uma dava saída para uma rua de Londres e outra para uma sala de pânico ou assim.
Seguiu a da sala de pânico, começou a ouvir vozes ficando sem pinga de sangue:
- As ordens foram claras! Evitem a curiosidade da princesa!
- É impossível, aquela peste não pára de rondar a biblioteca!
- Ela é uma adolescente, tem os mesmos gostos de uma adolescente normal! Levem-na às compras ou assim, ver uns rapazes...
- Sim, Major!
Sofia ouviu os passos voltarem e voltou para a biblioteca depressa. Ela não reconhecia estas vozes e depois do que tinha ouvido decidiu manter isto só com ela, nem Justin podia saber: ele estava ao serviço da tia e ainda havia algo de errado. As perguntas acumulavam-se: Porquê? Do quê? O que é que querem? Quem eram? O que querem de mim? Qual o objetivo?...
Voltou à biblioteca, pegou num livro e foi ler para o jardim. Não tinha lido sequer o titulo e já estavam em cima dela. Afastou o livro e viu que George se tinha sentando em cima da sua barriga.
- Olá, prima! Queres vir jogar futebol?
- Não, não me apetece George.
- Raquetes? Ténis? Bolling?
- Bolling, sim!
Saíram do palácio e foram até a um clube de bolling muito bom.
Sofia ganho ao primo, por pouco, mas ganhou.
- Ganhei! Ficas a dever-me todos os teus doces durante uma semana!- Disse enquanto passavam pelo Tamisa.
- Ganhas-te porque eu escorreguei na pista!
- Não tenho a culpa!
- Por acaso tens: foste tu que espalhas-te o sumo!- Disse num tom acusador.
- Não li que era ilegal no livro das regras...- Sofia fez biquinho.
- Não é preciso! É óbvio que é ilegal!!- Disse o rapaz quase desesperado.
- Que mau perder... Queres ir beber um sumo?
- Claro!
Os dois primos foram até a um pub e beberam um sumo enorme: servido num balde e com palhinhas enormes.
Estavam a fazer competição por quem bebia mais.
- Também posso?- Justin apareceu e sorriu-lhes.
- Sumo que dá para dois, dá para três!- Disseram os dois.
- Boa!- Justin tinha um sorriso perfeito e uns olhos claros dos quais Sofia não se conseguia largar.
Mandaram trazer mais uma palhinha e fizeram a competição.
- Acho que é evidente que ganhei!- Gabou-se George.
- Duvido...- Sofia fez-lhe cócegas.
- Pára!- Disse entre risos.- Olha que faço xixi!- Disse enquanto se ria.
- Isso a mim não me aconteceu!- Disse vitoriosa.
George foi avançando e Sofia ficou sozinha com Justin:
- Como é que correu?
- Muito bem eu acho, tenho uma bexiga enorme portanto...
- Tu percebeste Justin.- Foi direta.
- Vou continuar de serviço, não tem com que se preocupar.- Disse com um sorriso, com os olhos escondidos por detrás dos óculos de Sol.
- Isso é bom, certo?
- Sim.- Disse paciente enquanto caminhava com as mãos atrás das costas.
- Mas pode tratar-me por "tu", por favor. Eu peço!- Disse quase à beira do desespero.
- Bem... está mesmo desesperada!- Brincou Justin.
- Eu desesperada?! Liga-te!
- Oi... não gostou...- Brincou outra vez.
Os dois rebentaram a rir.
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