- Mãe, e se eu fizer má figura? Todo o Mundo vai ver! E eu vou ser humilhada, tal como o resto da família...

- Querida, não te esqueças de quem és! Tu és Sofia Margarida Antonieta da Graça Custódia: Princesa do Mónaco. Tu vais entrar ali, sorrir, acenar e agradecer. É o teu povo: eles veneram-te e orgulham-se de ti!- Confortou a rainha.

Sofia anuiu. Colocou a coroa de prata e diamantes sobre o cabelo encaracolado loiro-escuro e respirou fundo. Tinha um vestido azul claro e branco, com um decote em coração e a saia brilhante, usava também umas luvas de renda brancas que lhe davam pelo cotovelo.

- É uma honra para mim, Filipe do Mónaco, entregar a 1º medalha de Honra à minha filha, Sofia, vossa princesa, ela que tanto fez para que conseguisse que todas as crianças deste país possuíssem uma educação de alto nível...

Sofia tremia ao ouvir o discurso do pai, nunca se tinha visto numa situação destas!

- E agora sem mais demoras... a vossa princesa.

Ouviam-se palmas por todos os lados quando Sofia apareceu no palco da cerimónia. Estavam milhares de pessoas a gritar o seu nome e imensos flashes da imprensa internacional.

O pai pôs-lhe a medalha ao pescoço e mais uma forte salva de palmas foi ouvida. Sofia abraçou o pai com força e deu-lhe um beijo na bochecha. Era hora do seu discurso:

- É para mim uma verdadeira honra receber...

Ouviu-se uma enorme explosão e de imediato vários guarda-costas arrastaram-na do palco. Já dentro do palácio ouviam-se gritos agoniantes e sofredores que a deixaram sem pinga de sangue, completamente apavorada e total pânico:

- Mãe, que é que se passa?

A rainha pegou-lhe pela mão e correu com ela até ao helicóptero:

- Querida, é um ataque terrorista.  Querem impor e evidenciar a sua religião. Eu e o pai vamos ficar aqui para tomar responsabilidades, tu vais ter com a tia Isabel.

- Eu?! Para Inglaterra? Nem pensar! Não agora!

- Tu vais para garantir a nossa independência, lá vais estar em segurança.

- Mãe, eu... tudo bem, mas resolvam depressa.- Disse sentindo as lágrimas.

- Fica bem querida e porta-te bem.- A mãe deu-lhe um beijo na testa e um abraço.

- Adeus.

- Adeus, meu doce!- O pai apareceu e deu-lhe um abraço apertado também.- Não te esqueças de quem és e donde vieste.

- Sim, pai.

Sofia entrou no helicóptero assustada, escondendo as lágrimas. Minutos depois estavam no aeroporto, a entrar no jato privado.

Desejamos uma viagem confortável e cómoda. Caso necessite de algo, não hesite em chamar-nos alteza.

Sofia sentou-se, bebeu perto de 3 cafés e 2 chás. Duas horas depois estavam a aterrar em Inglaterra.

Uma elegante limusina preta e vários agentes dos serviços secretos, estavam presentes; era uma autentica escolta.

Sofia desceu do avião e entrou no carro comprido e brilhante; momentos mais tarde estava em frente do palácio de Buckingham. Saiu com grande elegância e a tia veio recebê-la, o exército e as forças armadas estavam lá todas para a receber com grande pompa e circunstância.

- Querida, estava ansiosa para que chegasses! Como correu a viagem?

- Apressada! Desculpa tia, sabes que adoro vir visitar-te, mas esta não é a melhor altura. Eu queria estar lá a apoiá-los.

Isabel entrou dentro de um salão belíssimo: tinha várias jarras com farfalhudos ramos de flores, tinha um estilo barroco, vários espelhos nas paredes em molduras, e uns sofás ao estilo do século XIX. O Sol quente e solarengo da tarde entrava pelos cortinados amarelos.

- Tens aqui um chá para te acalmares.- A tia entregou-lhe uma chávena de chá, à boa maneira inglesa.

- Obrigada tia, por tudo.- Acabou or dizer com simpatia, apesar de já ter bebido tanto chá ao ponto de ficar enjoada.

- Ainda não terminei. A ideia de ter um louco atrás de ti não me deixa tranquila, pedi por isso um dos melhores agentes ao MI6. Pertence à elite dos 00, e os inimigos conhecem-no por JB...

- Tia, tu cedeste-me o James Bond?! O 007 – James Bond?!- Sofia engasgou-se com o chá.

- Hum...- Isabel foi interrompida.

- Na verdade é Bieber, Justin Bieber 008!

Deus meu...