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CAPÍTULO 5

O começo da palestra foi um papo furado sobre comunhão, fé, religião, respeito e comunidade, que Renata acreditou ser obra do padre e das freiras paradas perto do diretor, com olhares ao mesmo tempo acolhedores e severos. Depois, ele começou a listar todas as atividades extracurriculares disponíveis no Colégio Nossa Senhora da Misericórdia, desde um coral católico regido por duas freiras jovens, passando pelos mais diversos esportes, até teatro e clube de leitura.

A loira começou a sentir as suas pálpebras pesadas após duas horas naquela cadeira desconfortável, ouvindo o discurso morno e sem empolgação do diretor Gonçalves e as risadas baixas dos garotos ao seu lado. Quando pensou não conseguir mais continuar sem adormecer, uma comoção generalizada tomou conta dos alunos e, no susto, ela piscou os olhos esverdeados algumas vezes e se ajeitou na cadeira. Quando olhou para trás, na direção em que todos os outros jovens olhavam, encontrou uma aglomeração de garotos e garotas uniformizados.

A porta da capela estava aberta, revelando os times de futebol do internato, uma fileira de meninos à direita, uma fileira de meninas à esquerda. A capitã do time feminino era uma morena alta e com as coxas mais bonitas que Renata já havia visto, estupendas em seus shorts brancos do uniforme – a garota não lhe parecia nada estranha, mas a herdeira não saberia dizer de onde a conhecia. Ao lado dela, para o deleite da herdeira, a estrela do time que ela conhecera mais cedo naquele dia parecia rir de algo que a morena havia dito. O cabelo dele ainda estava jogado para trás, mas dessa vez porque ele havia tomado banho, e não pelo suor.

Renata sentiu uma sensação esquisita no peito, observando os dois parados lado a lado.

- Agora, para um recado dos times de futebol, as estrelas do Colégio Interno Nossa Senhora da Misericórdia! – o diretor Gonçalves bateu palmas contra o microfone, que chiou um pouco, sendo acompanhado por todos os alunos que, repentinamente, pareciam muito animados com o que estava acontecendo.

Os gritos tiverem que ser contidos, enquanto o time atravessava o longo corredor trotando. Quando Guilherme passou ao lado de Renata segurando uma bola oficial nas mãos, ela se contraiu inteira na cadeira, dando com as costas no garoto do cabelo cor de palha.

- Ah, as garotas novas, sempre apaixonadas pelo artilheiro – ele comentou, fazendo "ts ts ts" com a língua no céu da boca. – Esquece, loira, ele só tem olhos para aquela morena gostosa que acabou de passar do seu lado.

Renata se ajeitou na cadeira e lançou um olhar fulminante para o garoto, que abriu os braços em sinal de rendição.

- O quê? Eu não faço as regras por aqui! – ele sorriu de maneira irônica, revelando dentes brancos e alinhados. – Não que você não seja bem gostosinha, mas ele está tentando pegar a Mirella desde o primeiro ano...

- Ei! – Renata estalou os dedos na frente do rosto do garoto, que parou de falar. – Eu queria muito entender o porquê você ainda continua falando comigo.

- Porque, ao contrário do Guilherme, eu adoro uma carne nova – ele piscou para Renata, que abriu a boca para responder, mas foi calada por uma voz feminina rouca que ecoou pelo lugar.

- Olá, queridos, sejam bem-vindos a mais um ano letivo! – a garota chamada Mirella desejou ao microfone e, como se um raio atingisse a cabeça de Renata, a cena do sexo oral na sala vazia de mais cedo pareceu invadir a sua mente e um sorriso maldoso brotou-lhe nos lábios. – Nós só queríamos lembrar aos alunos antigos e avisar aos calouros que as peneiras para os times de futebol, tanto masculino quanto feminino, acontecem sábado que vem, às 14h, no campo de futebol. Não se esqueçam que estamos invictos a cinco anos!

Renata se voltou para o seu novo "colega", quase sem conseguir conter a sua animação. Aquela era a primeira coisa interessante que lhe acontecia em quase 24 horas. Era excitante!

- Você adora carne nova, mas não se importa em lamber as antigas, não é mesmo? – ela sussurrou, apontando com a cabeça para a capitã do time, que continuava falando qualquer coisa sobre espírito de equipe. – Vi de perto que a regra de "não relacionamento" do colégio não funciona muito bem entre vocês dois... vocês deveriam aprender a trancar a porta antes das preliminares.

Ao contrário da reação defensiva e resposta atravessada que Renata estava esperando causar, o garoto zombeteiro apenas deu de ombros, sorrindo com certo orgulho.

- Você sabe com é – ele deu de ombros –, ela é do tipo que curte fortes emoções.

Renata revirou os olhos um pouco frustrada por não ter conseguido tirar o garoto do sério, na mesma hora em que Mirella passou o microfone para as mãos de Guilherme, que já havia depositado a bola no chão, entre as suas pernas. O moreno ainda olhou em volta por alguns instantes, demorando-se milésimos de segundos a mais na herdeira, que não deixou aquela informação passar batida.

- Lembrando também que nós faremos nossa tradicional festa de boas-vindas no refeitório hoje, às 20h – ele passou a mão pelo cabelo já jogado para trás, sorrindo de uma maneira extremamente sensual. – Todos os alunos estão convidados, principalmente os calouros.

Na palavra "calouro", algumas garotas perto de Renata riram e o garoto ao lado dela sorriu de maneira debochada.

- Ótimo, obrigado pelos recados, garotos – o diretor agradeceu, pegando o microfone de volta e enxotando de uma maneira educada os alunos de cima do palco da capela. Eles atravessaram novamente o corredor sobre fortes aplausos e gritos de incentivo, que só acabaram quando eles desapareceram pela grande porta dupla de madeira. – Vocês estão liberados agora, pelo resto do dia. Lembrando que amanhã receberão seus uniformes no quarto, além do cronograma de aulas e alguns avisos de última hora. Tenham um bom resto de tarde e uma boa festa hoje à noite!

Renata foi uma das primeiras a se levantar, marchando para longe daquela capela antes que fosse obrigada a socializar mais um pouco com o maluco do seu lado. Mas ela não obteve muito sucesso na missão, já que ele a alcançou ainda do lado de fora. Por debaixo dos óculos escuros, a loira reparou que ele tinha uma tatuagem preta escondida pela manga da camiseta vermelha.

- Eu não costumo ser legal assim com os calouros, mas vou abrir uma exceção porque você tem esses peitos legais, um meio termo entre azeitonas e melões murchos, que cabem exatamente nas minhas mãos, e vou te aconselhar a não ir a festa hoje à noite – ele disse, agindo como se o que tivesse dito não fosse extremamente ofensivo. – A não ser que queira andar com os caras que batem punheta assistindo Naruto pelo resto do ano.

- Por que está me dizendo isso? – Renata perguntou, mais por curiosidade do que por acreditar no que ele estava dizendo.

- Se você for aprovada pelo Conselho, uma coisa muito legal vai te acontecer no meio da madrugada, mas eu seria expulso se te contasse o que é – ele sorriu de uma maneira misteriosa, já se afastando, não sem antes berrar. – Meu nome é Gabriel, by the way. Não se esqueça, você ainda vai precisar de mim, loira!

Renata ficou para trás, parada no mesmo lugar, tentada a seguir aquele babaca para conseguir mais informações sobre quem era o "conselho" e o que diabos aconteceria no meio da madrugada, mas ela não podia ser tão afobada, pois assim passaria uma imagem de perdedora. Afinal, ela era a abelha rainha de seu antigo colégio, e não deixaria que ali fosse diferente.

Com a sua melhor atitude blasé, Renata voltou a andar por entre os alunos já espalhados pelo campão, conversando e matando o tempo.

Perdida e sem nenhuma vontade de agir como se se interessasse por aquele bando de otários, ela se viu caminhando sozinha até os dormitórios mais uma vez. Fátima, a chefe das inspetoras, estava na porta do prédio, recepcionando as alunas que entravam. Todas elas pareciam muito a vontade com a inspetora, fazendo piadas e rindo, enquanto recebiam abraços calorosos da mulher, e Renata não conseguia acreditar que aquele monstro de ser humano pudesse ser adorada por todas aquelas imbecis. Tentando engolir a raiva, ela apenas passou por ela, sem dignar-lhe um olhar. Fátima, que fingiu não perceber, sorriu de leve pela atitude da garota – casos como o de Renata eram os seus favoritos.

Quando a loira abriu o quarto, encontrou Lívia mais uma vez, dessa vez fuçando na própria mochila. Ela subiu os olhos escuros para Renata e voltou a abaixá-los, concentrada no que fazia.

- Estão todos comentando sobre você, Barbie – ela disse casualmente. – "Vocês viram que imbecil, a aluna nova achou que poderia escapar da Fatinha. No primeiro dia de aula!"

- Como se eu soubesse quem diabos era "Fatinha" – Renata respondeu com certo asco, jogando-se na cama e agarrando-se a própria bolsa que havia deixado por lá.

- Não fale dela nesse tom – Lívia ergueu os olhos em sinal de aviso, segurando um maço de cigarros na mão.

- Eu falo como eu bem entender – a loira respondeu, sem paciência para joguinhos e provocações.

Lívia riu sem humor e ficou de pé, caminhando até a porta. Porém, antes de sair, ela lançou um olhar quase piedoso para Renata.

- Não pense que irá ser alguém por aqui com essa atitude de rebelde sem causa, Barbie – ela começou, colocando o cartão na fechadura magnética. – Você não é superior a ninguém por ter dinheiro, todos nós temos dinheiro, temos filhos de malditos Senadores da República entre nós, dinheiro não vai ser a sua artimanha para nos conquistar, como com certeza conquistou os seus amigos em São Paulo. Nem esse seu rostinho bonito vai nos convencer de que você merece ser aceita, porque estamos lotados deles por aqui. Você vai ter que entender as regras e saber jogá-las ao seu favor, se não quiser passar um ano horrível nesse internato.

Sem se despedir, Lívia saiu do quarto e fechou a porta, deixando Renata sozinha e impotente.

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