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23

Lᴜᴄɪᴇɴ.

Realmente não sei o que aconteceu antes de entrar naquela sala para Violet ficar daquele jeito. Ter um ataque de fúria e atirar um grampeador em mim.

Fui insensível, errei em não ter perguntado se poderíamos conversar. Não era o melhor momento para isto.

Sinto a presença de alguém e me viro na direção de onde ouço o tilintar de metal.

Aquela mulher loira de antes. Estava de costas quando a vi, porém, tenho total certeza que é ela.

— Você deve ser o secretário dela — diz bem calma, sem olhar para mim enquanto mexe na sua jaqueta preta em cima do balcão.

Usa uma camiseta de mangas longas preta básica, mas que remete sua elegância natural.

Tem a aparência de um anjo, mas um anjo oblíquo.

Quando seu rosto se levanta um pouco e meus olhos alcançam o esverdeado infinito... É familiar de algum lugar.

— Acredito que já te vi em algum lugar. — Analiso bem suas feições para tentar recordar.

A loira de traços finos e marcantes sorri gentil.

— Estive aqui outro dia, mas Violet não estava — explica movimentando as mãos num gesto aleatório.

— A conhece? — Pergunto e ela esmunga que sim, estas íris escondem algo que não consigo discernir se é bom ou ruim.

Aquela sensação que a conheço não passa.

— Sou Raquel. — Estende a mão acima do balcão e eu aperto por educação.

— Sou secretário dela, se quiser conversar...

— Não, eu, na verdade, queria falar com você mesmo. — A voz dela é firme e convicta.

Por que comigo? O que eu poderia oferecer à Raquel?

— Em que posso te ajudar? — Raquel contorna o balcão e para na minha frente segurando sua jaqueta de couro em mãos.

Certamente é rica como Violet.

— Preciso que me diga... Lucien — pronuncia meu nome com dúvida e eu confirmo que está certo.

Não posso deixar de manter a atenção nela em meio a movimentação do Hall.

Tão simples no modo de se vestir, mas carrega consigo um charme e elegância natural.

É gentil, diferente de outras pessoas... Não tem ar de superioridade.

— Toda a empresa está no nome da Violet, certo. E sabe quem cuida da documentação? Algum advogado específico talvez... — Parece estar escolhendo quais dúvidas pôr em jogo primeiro.

— Sim, tem um advogado... Só não sei o sobrenome dele, talvez possa perguntar-lhe quando chegar. — Quero saber antes o porquê destas perguntas dela.

Raquel parece cautelosa, todavia bem reflexiva.

— Sabe onde fica o escritório, pode me dizer por favor. — Pede gentil, um olhar bem humilde no verde das íris.

Aponto a sala da Violet mais a frente no lado esquerdo do hall.

— Fica bem ali. — Suas intenções não parecem ruins, me parece uma pessoa até ingênua pela forma como observa tudo.

— Obrigada, vou ver se já chegou. — Informa sorrindo leve logo segue para sala indicada.

Será que veio por alguma vaga de emprego? Por que viria até aqui de novo senão por isto.

— Saia-da-minha-frente. — Palavra por palavra contendo o ódio. Violet.

— Onde está sua educação? — Não é minha intenção provocá-la, porquê já vi que está uma fera.

— Mastiguei no café da manhã, agora sai da minha frente antes que eu passe POR CIMA de você. — Ordena novamente sorrindo fechado e estreitando o olhar.

Apenas afasto meu corpo e a deixo ir até sua sala.

Está com tanta pressa que a cadeira quase vira um carro da fórmula 1.


Ouço gritos vindo da sala da loirinha e vou até à própria bem sorrateiro.

— O que pensa que está fazendo! — Grita com alguém, será quem eu imagino?

Encosto a orelha na porta para ouvir melhor.

— Apenas quero reivindicar o que é meu por direito irmã.

Irmã, como assim?

A calma com que a outra voz feminina responde é perigosa.

— Não tem direito a NADA. E nunca mais revire minha sala! — Estremeço ao ouvir tais palavras.

Raquel, é a voz dela que também preenche a sala.

— Sabe muito bem que fui registrada como filha do Maldonado... Por isto tenho total direito de herdar a empresa também. Goste você ou não. — Desafiadora.

Admito que nunca pensei que veria Violet tão exaltada, ainda mais do que incidente com Tadeu.

Quero entrar e interromper... Não posso.

— Tire o seu cavalinho da chuva Raquel, esta empresa é minha por ser herdeira legítima... Você não tem nada, e não ouse tentar tirar o que é meu. — Dispara as palavras naquela calmaria assustadoramente calculista.

Como uma fera se preparando para o ataque.

Sorrateira.

— Esteja ciente que irei atrás disto, não tenho nada... Já você tem um império construído em cima da desonestidade. — Uma lamentação camuflada de Raquel.

Sinto um pouco de dó dela.

— DESONESTIDADE? — Vocifera indignada.

Antes que Raquel diga mais alguma palavra — escuto os passos vindos na direção da porta e me afasto fingindo estar ali por acaso.

Ao sair, Raquel se depara comigo e mesmo parecendo chateada — sorri fraco como gesto de gentileza ocasional.

Deveria ter lhe avisado que Violet era assim com todo mundo.

Inclusive comigo.

Entro na sala iluminada pela claridade dos raios que entram pela janela.

— Por que a deixou entra na minha sala quando eu nem aqui estava. — Dita palavra por palavra a seco.

Aquele ódio contido que pode fazer cidades voarem pelos ares.

— Não sou segurança, sou seu secretário. — Relembro já sem paciência.

Cansei de permitir que desconte em mim seus problemas.

Impressionada com minha frase, suas sobrancelhas se erguem e as pálpebras vão junto.

— Vim trazer a nova proposta comercial que fizeram. — Entrego a pasta a ela.

Mal se dá o trabalho de olhar, mantendo o foco em mim como se eu fosse um pedaço de carne na vidraça do açougue.

Espero algum movimento ou análise... Nada.

— Aliança bonita. — Elogia inexpressiva.

Parece querer algo. Não consigo decifrar seu olhar felino.

— Kate e eu estamos namorando. — Informo por respeito a Kate e também para o governo da Violet. Antes não pensava que poderia sentir-se atraída por mim — mas faria qualquer provocação virar uma tempestade.

É isto o que faz, usa as pessoas como bem-quer.

— Gosta dela? — Pergunta não acreditando, um gesto pedindo que eu me aproxime.

Fico parado na sua frente e Violet se afasta da mesa.

— Sim — balbuciou, não é mentira... tampouco é verdade.

Tem certeza disto? — É como se farejasse a mentira presente na minha resposta.

Sua mão toca levemente em mim, como se fosse um tecido precioso a ser apreciado com cuidado.

Um arrepio congelante sobe pela minha mão até o pescoço.

— Por que não teria. — Tento desconversar, quero fugir dela e, ao mesmo tempo, estar mais perto ainda.

— Por que toda vez eu chego perto, você fica nervoso... Quando te toco, sinto seu coração acelerar daqui. — Se refere a sua posição na cadeira. Não está tão longe, mas o suficiente para ter um centímetro entre nós.

Não posso negar — tentar esconder ser verdade. Violet tem razão, mexe comigo.

Porém, não posso deixá-la saber disto, senão usará a seu favor.

— É impressão sua. — Desconverso encontrando suas pérolas azuis tão sensualmente imprevisíveis.

Quer brincar comigo. Fazer com que eu acredite nesta mentira.

— Chega mais perto, eu não mordo... Depende da ocasião. — Aquele tom safado e provocativo.

Como um ímã persuasivo. Avanço mais um passo — Violet me estende a mão aberta e eu entrelaço a minha na dela.

O mundo parece parar neste instante. Como um close.

— Posso não ser a pessoa que mais gosta no mundo... Sei que não sou, mas saiba que é importante para mim. — Por que está me dizendo isso. Qual sua real intenção por trás destes olhos tão duvidosos.

Violet me puxa levemente para se aproximar e num olhar pede para eu abaixar a sua altura. Quando estou diante dela na mesma altura — sua mão esquerda se põe em meu maxilar.

— Todos foram embora... E você ainda está aqui. — Está tão doce que não encontro aquele egocentrismo e orgulho nos fundos do azul.

— Não costumo desistir fácil — Sorrio espontâneo.

Violet também sorri e não tira a mão macia do meu rosto.

— Você é muito cabeça dura sabia? — Ela sabe a resposta e por isto dá risada.

— Ainda tem um longo caminho pela frente... está disposto a continuar tentando? — Certamente sabe que é difícil de lidar.

Estou disposto. Todos merecem uma segunda chance.

— Sim, nada é mais forte que minha persistência. — Sua mão se desvencilha do meu rosto e junta-se a cintura.

Ainda continuamos próximos. O olhar penetrando o fundo da minha alma.

— Tem uma coisa mais forte que sua persistência. — Garante.

— O quê? — Questiono, curioso.

— Sua bondade. — Não precisou de muita análise para tal convicção.

— Fez tudo por sua família, teve a paciência que eu nunca teria tido comigo mesma por eles... Aceitou todas minhas humilhações e ofensas. — Violet reconhece o quanto isto foi ruim de sua parte.

Será uma evolução...

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