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𓆗Malfoy𓆗
Meu coração batia tão forte, parecia que tinha corrido três maratonas sem parar. Depois de dois anos sem se falar, ou até mesmo sem se olhar, chamei ela pra sair.
As aulas passaram normalmente, mas mesmo com esse "evento", o que Katrina disse me encabulou. Moody é estranho e certeza que mais ninguém notou isso, junto do Igor Karkaroff, ex comensal da morte. Passei a aula inteira pensando.
Aula de herbologia é um saco.
Essa matéria é um saco.
Assim que deu o horário corri pra Comunal encontrar com Blaise. Cheguei sem bater e entrando com tudo, espantando-o.
- QUÊ ISSO GAROTO?????
- Eu chamei... - vi ele franzir o cenho por cima do óculos. Perai ele usa óculos?
- Chamou quem?
- A Katrina... Chamei ela pra sair... - a boca escancarou, ele arregalou os olhos retirando o óculos da cara.
- Katrina? A minha Katrina? Chamou ela pra sair? - assenti - Ai meu Merlin, e ela?
- Aceitou.
- Já era hora, desde o primeiro ano tentando e só agora? - sarcasmo era sua especialidade, mas ele sorriu orgulhoso. - Eai, o que planeja? Jantar romântico? Encontro a luz de velas? Flores? Chocolates? - fiz uma careta.
- Não... Acho que ela não ia gostar, se bem que nem pensei nessa parte. Tava pensando em irmos juntos ver a primeira prova amanhã.
- Até que enfim uma boa ideia da sua cabeça lambida, branquelo. - arquei uma sobrancelha.
Ficamos ali conversando, me sentei na janela que dava uma boa visão do fundo do Lago Negro, cardumes de peixes passaram e alguns bichos esquisitos. Blaise tirava onde da minha cara, especialmente quando ficava vermelha.
Nunca me senti assim antes, - por mais clichê e ridículo que aparentasse - tão ansioso e nervoso. Pensando bem, era bem ridículo. Aquela mulher me fazia pirar, não pelo fato de que era linda - é verdade - era tão talentosa, inteligente, que fosse tão louca quanto, ver Katrina hoje explicando sobre o que pensa e solucionar no meio dos pensamentos... Ouvir o que ela estava maquinando em seu cérebro. Me confortava. E me confrontava com meus próprios delírios mais profundos. De uma coisa tenho certeza, ela era diferente, me dava uma sensação diferente...
Que merda.
- Não acredito que chamou a minha Katri pra sair, e como ela aceitou. A enfeitiçou?
- Eu vou socar essa tua cara. - ameacei. - Se ela aceitou, estão já é uma coisa boa.
- Seja lá o que pretende fazer, se ela vier chorando ou quebrando as coisas por tua causa - ele apontou o dedo na minha cara e parecia sério, apenas fiquei quieto e segurei minha língua. - eu quebro esse teu narizinho empinado.
- Ok paizão, vou voltar pro meu quarto antes que o Senhor Swan resolva correr atrás de mim.
Antes que ele jogasse alguma coisa em mim abri a porta e fui direto pro meu quarto. Sentei na poltrona courada observando minha árvore genealogica, joguei um feitiço e as flores começaram a brotar, pétalas caiam. É tolisse pensar que alguem como Katrina possa se apaixonar por um Malfoy descendente dos Black.
Deixei a agua quente acalmar meus nervos, mas algo estava errado, começou a gelar. Congelando o chuveiro e deixando tudo denso e frio. Pensei que poderia ser um dementador, puxei a varinha no box e apontei pra todo o canto do banheiro envolvendo minha cintura com a toalha. Somente o espelho não estava sublimado, me aproximei dele e começou a se formar palavras.
"A hora se aproxima, seu cisne há de voar, minha criança..."
Encarei as palavras duvidosas. Pensei em algo que fizesse sentido, mas nada. Nada fazia coligação com aquela frase. Limpei o espelho e sai.
Coloquei uma roupa confortável, pegando um livro qualquer na mini biblioteca que tinha, sentando de novo na poltrona. Até que lembro de fazer uma coisa.
𓅬Swan𓅬
Um barulho na porta, na verdade por baixo da porta. Uma carta, afinei meu olhar, na cera havia um símbolo bem marcante, uma serpente.
- Olha Jafar, uma cartinha. - a cobra apenas mostrou a língua. - É dele?
Me sentei na cama, abrindo a carta, Jafar deslizou para ficar no meu colo analisando o que dizia no papel. Tinha caligrafia dele, neguei revirando meu globos, mordi a parte interna da bochecha.
"Sei que é muito próxima ao Potter, mas vamos ver se ele vai durar mais de 10 minutos amanhã. No Grande Hall."
"Talvez seu, D.M"
As minhas suspeitas estavam certas, foi ele quem mandou a saia daquele dia. A letra muito bem feita não mentia, tenho que admitir que Draco tem uma caligrafia bonita. Então íamos nos encontar amanhã na entrada, que no caso amanhã vai ser a saída, um sorriso se formou no meu rosto, junto de uma queimação nas orelhas.
- É Jafar... O encontro é eu acompanha-lo amanhã no Torneio.
"Talvez seu".
Metido. Em todas as vezes que estive próximo aquele merdinha, meu coração acelerava tanto que achava que ia infartar. Hoje no banheiro abandonado, sentia que era dele, só por uns segundos, sentir suas mãos me segurando como se eu fosse dele. Ainda poderia sentir seus dedos apertando minha coxa.
Meu busto e meu rosto queimavam como um vulcão em erupção. E amanhã eu teria que estar bem, porque provavelmente irão falar sobre. "A vadiazinha conseguiu o que queria" aposto que a Vadistoria vai ser a primeira a falar. Vagabunda.
Acabei caindo no sono com a carta nas mãos, ao lado de Jafar.
Ele era uma cobra-negra rei mexicana, não era letal, mas era melhor não provoca-lo. Meu companheiro e meu presente de aniversário de 3 anos, é meu pai tinha me presenteando com uma cobra catastróficamente fatal, mas por algum motivo, Jafar não era um perigo pra mim ou Liane. Ele odiava minha mãe, mas até ai, eu também.
𓅬
Tomei um banho bem sofisticado, velas aromatizantes eram novidades no meu banheiro - sim, roubei a ideia do riquinho - fazendo um penteado no cabelo, uma trança fácil, era pouco tempo para muito cabelo. Como o inverno estava batendo na porta, vesti uma blusa grossa branca, a calça moletom quentinha, completei vestindo a jaqueta courada que Draco me emprestou naquele dia. Nos pés um tênis branco.
Estava pronta. E linda. Mas essa parte sempre fui. Era hora, alguns fogos de artifício fizeram barulho acima do lago, esguichei um perfume doce de baunilha.
Tranquei a porta do quarto com um feitiço, tenho mantido a segurança bem poderosa desde do bilhete. Segui pra entrada e lá estava ele encostado na pilastra próxima. Com um chapéu de pêlo, classicamente vestido de preto e luvas. Luvas? Dei uma risada interna.
- Malfoy usando luvas, as mãozinhas não aguentam o frio? - ele fez aquela cara desgostosa.
- Estou prezando para meus dedos não necrosarem nesse frio satânico. - me fitou de cima a baixo. - Está vestida igual gente, que surpresa. - dei um leve soco em seu peito.
- É alguma forma de dizer "está bonita Katrina?" - um sorriso envergonhado surgiu nos lábios. Antes dele beijar minha bochecha e me deixar sem palavras ou reação
- Essa é minha forma de te dizer, porque não preciso te dizer o óbvio. - murmurou perto do meu ouvido, voltando a me matar com aquelas nuvens calmas. - Vamos?
Assenti. Andamos juntos e fomos pra plataforma mais alta, percebi alguns olhares de rabo de olho, talvez pensando merda. Todos estavam animados para a primeira prova, inclusive os Weasleys gêmeos, dando uma de vendedores de apostas, e eu aposto que estavam indo contra Harry. Se eu conhecia eles bem. Blaise chegou em seguida se sentando do lado de Draco, o olhei estranho por não ter ficado ao meu lado.
O diretor começou a anunciar os campeões. Cedric foi o primeiro, enfrentando um Focinho-Curto Sueco, foi emocionante, o Diggory transformou uma pedra em um cachorro - Draco ficou tão em choque quanto eu - distraindo o dragão e assim conseguindo o ovo. Todos foram a loucura quando ele ergueu o ovo dourado, inclusive eu.
A Beauxbaton foi a próxima, Fleur o nome dela. Seus movimentos era bem sutis, mas quando lançava os feitiços sentia sua força. Vi a mão do Malfoy próxima a minha, mas não era intencional, parecia concentrado na menina, porém a intenção que eu tinha era verdade. Meu mindinho tocou de leve no seu, Draco virou pra mim tímido, enrolou seu mindinho no meu.
- O que faria no lugar dela? - ciciou perto de mim.
- Lançaria um feitiço de paralisação ou de imobilização, é um Verde-Galês bem agressivo... Será que foi Marquinhos que os trouxeram?
- Quem é esse? - questionou franzindo a testa inteira.
- Irmão do Ron, lá da Romenia... - percebi sua expressão - Ciúmes Malfoy?
- Absolutamente patético a sua afirmação - seu tom mentia. Afastei um pouco mais próximo dele, colando nossas coxas, ele me olhou um pouco estranho.
- Estou aqui com você, então não se zangue por alguem que está na Romenia... - congelamos nossos olhares um no outro, claro ele fazia um triângulo, revezando entre meus olhos e minha boca. Desfizemos quando ouvimos o dragão caiu no chão, ao que parece ela lançou um feitiço pra ele dormir.
A torcida se ergueu gritando seu nome, eu e Draco apenas observamos - já que não tínhamos visto seu feito. O loiro continuou me olhando enquanto o próximo entrava.
- Não me lembro do dia em que te dei minha jaqueta... - seu tom era de pura ironia, o observei cruzando os braços.
- Quer que eu tire agora? - respondi ao mesmo tom.
- Se tirar um, eu tiro o resto. - explodi em vergonha, dando um soco na coxa dele, que resmungou de dor mas rindo. - Calma darling.
- Não me chame de "darling"... - ele cerrou os olhos se aproximando de mim, segurou minha mão me levando de volta pra escola. Nem deu tempo de perguntar nada.
Ele me jogou na parede, espalmando a mão perto do meu rosto, me acoando. Ele segurou meu rosto colando nossos lábios em um ósculo agressivo e dominante, dava pra ver que eu o tinha ferido, mas de um jeito mais íntimo. Suas mãos seguraram minha cintura com força, deixando nossos corpos unidos, uma delas subiram na minha nuca, deixando aquele beijo molhado.
Meu peito arqueava, sentindo meus seios serem amassados por aquele peitoral. Todos os meus sentidos se anestesiaram, meus batimentos batiam como tambores dentro da caixa toraxica, ecoando e esquentando tudo. Suas mãos seguraram minhas coxas com força, dei um leve impulso para envolver minhas pernas na cintura dele.
Aquele gorro me atrapalhava, retirei agressivamente jogando-a pra trás, tendo total espaço para adentrar naquelas madeixas loiras. Podia sentir a voracidade dele sobre meus lábios, sobre meu corpo. Separamos pela falta de ar, ofegavamos próximos, a malícia em seus olhos era clara como a cor cinza deles.
- Estamos em público, sabe ne?... - disse entre fôlego.
- Pouco me importo, eu só quero saber do que está acontecendo agora... - atacou meu pescoço exposto, ergui meu queixo dando mais espaço para sua língua explorar, voltando a minha boca. - Você é vicitante porra... - voltou sua atenção a área sensivel e macia do pescoço.
- Aposto que diz isso pra todas. - uma mordida. Gemi baixo. Ele subiu pro meu lóbulo mordendo-o.
- Acha que eu falo pra todas, é o que você pensa Swan... - sussurava quente, beijando o meu maxilar até se encontrar com o lábio inferior, puxando ele com força. Mas não tanta para machucar.
- Não me provoca Malfoy... - puxei as madeixas de sua nuca, tirando um sorriso da cara do loiro.
- Sabe que essa é minha especialidade...
O contato úmido e selvagem das línguas fizeram meu corpo tremer, ansiar por mais. Eu queria mais. Alguma hora ele retirou as luvas, aquele contato mais quente aprofundando dentro da minha roupa, roçando minhas costelas. Era como se fosse um pecado, me sentia errada. O odiava. No fundo eu odiava aquele garoto, mas lá estava eu, beijando Draco Lucius Malfoy.
- Draco...
- Katrina... - ouvir meu nome sussurado dos lábios dele, minha perdição. Ouvimos mais barulhos de batidas e alguma coisa quebrando, o castelo deu uma tremida. Rapidamente ele me tirou de sua cintura e colocou no chão, como se estivesse me protegendo. - Que porra?
- Deve ser coisa do Harry. - um grito foi ouvido. - É o Harry!
- Eu disse que ele não duraria cinco minutos. - lancei um olhar golpeador nele.
- Draco duvido que você conseguiria desviar de um dragão como ele. - franziu o cenho.
- Primeiramente sou sã o suficiente pra não colocar meu nome no maldito cálice.
- Harry não colocou, alguem fez isso. - voltamos a ver o menino voador fugir do dragão. Vi o loiro mexer no anelar que era decorado do símbolo da sonserina. - Lindo anel, presente?
- Sim. Herança de família, sabe como é, puramente sonserinos...
- Entendi.
- O que quer fazer agora? - o olhei confusa.
- Como assim?
- Bom, o intuito era assistir o Potter e ca estamos... Não é, darling? - deixou um selinho demorado com um sorriso meigo no rosto. Dei um soquinho em seu ombro.
- Idiota.
Caminhamos pelos corredores e falávamos sobre tudo e mais um pouco, ele não falava muito, Draco era um bom ouvinte. Parecia uma criança com as mãos pra trás e prestando bastante atenção, ria ou mostrava um pouco de indignação quando falava sobre o Potter ou o Wood. Também quando eu gargalhava sobre sua transformação fofa.
- Apelidei de Draconinha.
- Se me chamar assim, juro que te tiro da lista de gente que pode tocar em mim.
- E você tem uma lista? Por Salazar... - rimos. - E aonde estou nessa lista?
- Por que quer saber Swan? Quer ver se está em primeiro lugar? Desista.
- Já imaginava, não sou tão presunçosa quanto você Malfoy. - trocamos umas farpas pelo olhar.
- Me acha presunçoso?
- Até demais, presunção é só um dos adjetivos que tenho pra você... - vi ele fazer aquela cara de desgosto. - Não faça essa cara Malfoy.
- Se acha tão espertinha, e sobre o Alastor? Senhora Holmes. - percebi seu tom brincalhão. Estranhei, mas entrei na brincadeira.
- Bom, caro Watson, nada. Como o Harry foi pro Torneio, não pude ter mais informações.
- Acha mesmo que Moody pode estar envolvido com algo errado...
- Algo vai se encaixar Malfoy... Em algum momento.
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