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𓅬 2 𓅬


"Ray..."

"Ray... Me ajude..."

"Até que o mundo se parta..."

Acordo no chão assustada e suada, tento controlar minha respiração que se agitava no peito. Pousei minha mão no peito pudia sentir meu coração bater forte pelas costelas.

— De novo... Como que eu fui parar no chão?

Me levanto pegando meu lençol, que, aparentemente, caiu comigo. Vejo que horas eram.

— Não acredito... Nem amanheceu, que porra.

Fui pro banheiro e vi meu estado. Meu cabelo estava incrivelmente alto, havia uma vermelhidão nos olhos, respirei fundo me apoiando no balcão da pia. Me observei no espelho.

— E é claro que eu não vou dormir de novo tão cedo, to fudida... - bocejei, mas não significou que iria dormir de novo.

Abri a porta do meu quarto, o corredor estava vazio, nem uma alma viva. Caminhei calmamente para fora da comunal, o castelo parecia desértico, o grande corredor trazia-me paz, somente eu e a escuridão da noite. Me dirijo até a área verde onde, nos intervalos, vamos pra matar o tempo. Subi no carvalho que ficava ali e me deitei sobre o galho mais grosso, puxei um livro e comecei a ler, a claridade da lua me permitia enxergar. Costumava vir pra cá querendo um pouco de paz.

Era um romance proibido. Ela era da realeza e ele um plebeu, ou seja impossível de ficarem juntos. Mas a história me pegou de verdade quando ela se rebelou por amor, fugiu de toda mordomia do castelo e foi morar com o amor de sua vida.

— Não sei se teria coragem de fazer isso, Charlotte é uma burra...

"Corri para seus braços, aquela sensação de estar acolhida. Somente Sam podia me dar"

— Sensação de acolhimento... - fechei o livro e pensei debaixo das folhas escuras balançadas pela ventania fria - será que poderia sentir, ele me daria essa sensação...?

O que estava pensando? Nele? Naquele egoísta filhinho de papai? Me xinguei internamente por isso. Mordi forte a parte interna de lábio fazendo sangrar. O gosto metálico invadia minha boca. Me ergui, automaticamente, me sentando no galho, abraço minhas pernas e recosto minha cabeça no tronco, relaxando as costas também.

Por que pensara nele? - sussurro mentalmente - Malfoy é um idiota, babaca desde dos 12 anos.

Fechei os olhos por alguns segundos.

Quando olhei novamente, o céu havia clareado, comecei a subir mais na árvore, até aonde me aguentava, pudia ver a lua indo embora pela parte de trás de Hogwarts e lentamente as primeiras rajadas de luz solar pintavam o horizonte. O vento batia em meu rosto, bagunçando meus cabelos, deixei meu corpo sentir aquele momento, dando adeus a lua e virando para frente para ver o momento mais bonito da madrugada. O sol surgia majestoso das montanhas, como um leão acordando. Me segurava no tronco e liberei um pouco do peso, indo pra frente, seria uma baita queda se caísse. Sentia falta dessa vista.

O calor esquentava meu rosto, iluminando os cabelos e a pele prateada, ergui minha mão - como se pudesse alcançar o sol. A subida era mais tranquila que a descida, cada passo errado e eu caía á uns metros de altura. Cheguei a um galho que me deixava no chão sem esforço, só um pulinho de coelho

Voltei para a comunal, antes de dizer a senha, fui interrompida por uma figura de capa preta. Me virei lentamente.

— Acho que está adiantada, senhorita Swan. O dia começa as 7:00 e não ao crepúsculo - tentei forçar um sorriso, mas só consegui mostrar meus dentes

— Professor Snape, bom dia, lindo dia não é? hehe... - ele me repreende só com o olhar obviamente querendo respostas - Não consegui dormir, vim ler um pouco aqui fora

— Puro poder - as portas se abriram - se dormir na minha aula vai passar o resto da próxima noite lendo feitiços, em latim, ao invés desse romance sem nexo.

Ele deu espaço para mim passar, ficou até a porta se fechar. Suspirei de alívio. Andei pro meu quarto, até ouvir passos, me escondi em uma coluna. Era uma menina saindo do quarto do Malfoy. Ela deu uma olhada, ajeitando sua roupa e voltou pro quarto, passando por mim, torci para ela não virar pra trás. As duas portas se fecharam e ninguém me viu.

É, parece que Malfoy é bem requisitado - senti meu rosto derreter de como esse acontecimento é nojento, solto uma risada interna.

Joguei o livro em cima da cama e fui pro banheiro, enchi a banheira de água morna, aproveitei o momento. Balançava a varinha formando alguns animais de água, aves e um unicórnio surgiu dos cavalos. Aproveitei e lavei o cabelo. Saí do banho, secando ele usando um feitiço de vento, penteie deixando solto uma parte e fazendo um meio rabo de cavalo. Escovei os dentes e fui passar um gloss vermelho.

Vesti o uniforme, calcei um coturno preto, deixei a capa na cama pra quando voltasse antes das aulas. Me olhei no espelho e realmente, minha saia estava curta, me senti insegura, mas ai lembrei que não devo ninguém. Depois eu peço uma saia maior.

Já tinha algumas pessoas acordadas como Pansy e Grabb. Outras saindo de seus quartos e descendo as escadas.

— Bom dia Blaise - olhei por cima da poltrona e ele veio esfregando os olhos, morrendo de sono.

— Bom dia Katri - se apoiou na poltrona - Hoje é aula do Snape né.

— Duas, pra ser exata - reviramos os olhos.

— Olha, a bela adormecida acordou - levantei o olhar e era Malfoy, eu já devia saber. Seu olhar veio direto a mim, me olhando por inteira, claro que algo em mim tremeu.

— Duas aulas do Snape é pra foder qualquer um, ein Swan. - endireitou os botões da social vindo em nossa direção, seus olhos subiram e desceram pelo meu corpo, me senti incomodada.

— Perdeu alguma coisa, Malfoy? - cruzei as pernas, deixando uma parte da minha coxa exposta, não ligando se olharia ou não. Seus punhos fecharam ao lado do corpo, enfiou as mãos nos bolsos para disfarçar.

— Pergunto isso pra você, meia tigela, perdeu o senso do perigo? - se aproximou se pondo na minha frente. Me levantei ficando a centímetros do seu corpo, mantive os olhos firmes naquele poço de cor cinza. Podia sentir sua respiração alterada próxima dos meus lábios. Cerrei mais os olhos, respirando fundo.

— E se eu tiver perdido? - seu olhar revezavam entre os meus olhos e minha boca - O que vai fazer? - sorri ladino, arqueando uma das sobrancelhas.

Malfoy sorriu indignado, rolou a língua pela bochecha em seguida passou pelos dentes, sua respiração parou próxima ao meu ouvido. Senti sua bochecha roçar de leve na minha.

— Talvez alguém deva te dar uma aula de educação, já que não te deram antes. - inspirou um pouco do meu perfume, me fazendo arrepiar com todo o combo, engoli seco, resolvi revidar. Me aproximei do seu lóbulo.

— Espero que não seja você, Malfoy, como iria ensinar algo que não sabe? - disse em um tom baixo e de desprezo, sai caminhando sem olhar pra ele. Havia perdido muito tempo ali. - Estão olhando o que? Vão arrumar o que fazer, seus bando de enxeridos.

Avisei alto olhando para aqueles que estavam na cena entre nós dois. Tinha que sair dali ou eu iria explodir. Ouvi os passos rápidos de alguém.

— Pera faltou mais uma coisa, oh branquela - Blaise disse entre fôlegos

— O que? Um soco naquela cara sonsa? Uma cuspida naquele cabelo lambido? Sufocar ele? - apertei as mãos imaginando o pescoço branquelo daquele maldito.

— Não, eca, sua nojenta... Um beijao - minha respiração paralisou e a única reação foi socar o estômago do mais velho.

— Se falar isso de novo, juro que vai ser na sua cara - disse entredentes, fechei os olhos tentando achar calma

— Porra Katrina, qual foi? - os olhares estavam focados em nós, revirei os olhos

— Vamo logo, estamos atrasados - puxei o braço dele, fazendo-o caminhar.

Quase todos alunos estavam no salão, acabando sua refeição. Acabei perdendo o discurso matutino de Dumbledore. Observei a mesa dos grifanos, vi Potter, Mione e Ron... Cadê a Lian!?

— Espera...

— Vai aonde?

Assim que ele viu a direção aonde ia, deu de ombro e foi comer. Estavam de costas pra mim, menos Mione, que virou o copo de suco de abóbora e me deu bom dia com um sorriso no rosto.

— Bom dia Mione, bom dia meninos... Cadê a Lian? - eles se entreolharam

— Ela ainda estava se arrumando, já deve ta vindo.

Mione deu mais um gole no suco. Estava estranho, Lian sempre foi pontual, odiava atrasos. Comi alguma coisa e tomei suco de laranja. Ela não estava vindo, nenhum sinal dela. Me levantei indo atrás de Lian.

— Guarda pra ela - gritei pra Mione guardar um pouco de ovos mexidos e suco de abóbora.

Andei pelos corredores, fui até o caminho para a torre da Grifinória e lá estava. Ao fundo do corredor, o loiro apontando a varinha de jeito assustador, Lian estava abaixada com medo, puxei minha varinha em direção da de Malfoy.

— EXPELLIARMUS - desarmei o mais velho - SE AFASTA DA MINHA IRMÃ SEU DESGRAÇADO.

— Não é isso que parece Kat- Lian se ergueu e correu pra mim, me abraçando e se segurando na minha roupa - ele estava me-

Deixei Liana atrás de mim, a protegendo de qualquer coisa. Malfoy caminhou em passos lentos em nossa direção, com as mãos pra cima.

— Escuta a menina!!

— NEM UM PASSO MALFOY OU EU TE MACHUCO JURO PELOS DEUSES - apontei a varinha mais uma vez em sua direção

— Não Kat, ele não me machucou - a menor puxava minha blusa, me fazendo olhar pra ela

— O que? - olhei pra ele, estava concordando com a cabeça

— Ele estava me salvando, de uns meninos da Grifinoria, estavam jogando coisas em mim... - trinquei os dentes

— Isso é verdade Lian? - me agachei perto dela olhando no fundo de seus olhinhos verdes. Ela acenou em verdade.

Bufei. Levantei, abaixando minha varinha. Não queria me desculpar. Já que estava protegendo Liana.

— Obrigada Draco - a menina sorriu pro loiro, claro que a olhei - ele fez uma reverência de leve com a cabeça, fazendo Lian rir

— Lembra do que fazer da próxima vez...

— Vai logo tomar café, já ta quase acabando o horário - ela acenou para o loiro, ele retribui, cerrei os olhos pra ele, apontando a varinha embaixo do queixo branquelo - Dessa vez fez algo de útil, mas mexa um dedo contra ela e perde a mão.

Sai batendo pé, sem olhar pra trás.

𓆗 Malfoy 𓆗

Alguns minutos antes

Aquela bruxa de meia tigela, vai pagar por aquilo. Desgraçada.

Confesso que a presença dela bagunçava meu psicológico. De algum modo, meu interior implorava por ela. Katrina é meu pesadelo mais longo que já vivi, desde o meu primeiro ano nesta pocilga.

Sai da comunal, bem depois dela, o idiota do Blaise correu rindo da minha cara. Maldito. Segui meu caminho, quase chegando ao Grande Salão, quando ouvi alguns insultos e risadas vindo da área da Grifinória. Estranhei. Normalmente isso vem do lado das masmorras.

Havia um grupo de meninos jogando papel molhado e algumas folhas de árvores em uma menina abaixada protegendo a cabeça. Reconheceria aquele cabelo platinado escurecido em qualquer local, era irmã da Katrina, se não me engano seu nome é Liana. Olhei ao redor e não havia ninguém para ajuda-la.

Por que não?

Puxei minha varinha e sussurrei um feitiço elétrico nos pés e nos traseiros daqueles folgados. Eram mais novos que eu, e menores. Fáceis de assustar.

— Fora, já! - mandei em um tom autoritário.

— Lascou, é o Malfoy! CORRE!! - fugiram para o salão mais rápido que uma luz sumindo na escuridão. A menor me olhou assustada.

— E você? Tudo bem? - me abaixei a sua altura menor, tirando algumas folhas de algumas madeixas prata.

— Vai usar isso contra mim também? - seu tom era choroso, estranhei.

— Por qual o motivo usaria contra você algo que usei pra te salvar? - inclinei de leve a cabeça.

— Não sei... Porque você é maléfico? Vive pegando no pé da Kat...

— Jamais faria algo de bom e depois estragaria o momento, burrinha. - mexi os cabelos no topo da cabeça dela, fazendo ela rir - Já que sou maléfico, quer aprender um truque maléfico? Eles nunca mais vão te atormentar.

— Hurum - acenou positivo, com calma.

Me levantei, claro, olhei ao redor, ergui meus braços, me deixando maior e assustador, balancei a varinha sem motivo. A menina ria tampando a boca.

— Você fala assim "Uhhhh saiam seus moleques ignóbeis, ou invoco o bicho-papão" - continuava a rir, as vezes abaixava a cabeça. Naquela cena, o sol iluminava o local, também, iluminando aquele rosto feliz que mostrava os dentinhos brancos. Senti meu coração derreter de fofura.

— EXPELLIARMUS! - ouvi gritos de uma voz conhecida e minha varinha voou, Liana correu em direção da irmã mais velha. O jeito que ela protegeu a menor foi de chocar, se colocava em frente dela e a colocava atrás. Apontando aquela varinha na minha direção e me ameaçando, meu corpo se rendeu, com aquela agressividade inundando o local.

Uma leoa protegendo o filhote. Era o que eu via. E eu era uma ameaça a cria. Meus nervos tremiam diante daquele ser protetor, sentia minha circulação acelerar meu peito. Era a primeira vez que sentia um medo tão grande.

— Escuta a menina! - gesticulei alguma coisa.

As duas conversaram baixo, enquanto eu paralisei com as mãos pra cima. Liana me agradeceu, brinquei e fiz uma pequena reverência, ela riu e correu pro Salão. Colocou a varinha embaixo do meu queixo, levantando meu rosto. Ela bufava enfurecida.

— Dessa vez foi algo de útil, Malfoy, mas se colocar um dedo nela, vai perder a mão... - saiu batendo pé, soltei a respiração que prendia. Sem saber.

- Nunca faria isso...

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Corri pra sala de aula, tentando tirar aquele maldito da minha cabeça. Ela latejava. Sentei em uma carteira perto da parede, me encostei. Estava gelado. Meu corpo se arrepiou em resposta do frio. Aquele gesto, se Lian estiver falando a verdade, foi muito gentil. Gentileza vindo de alguém como Draco Malfoy... É de se chocar, é de me chocar.

Deitei por cima da carteira usando meus braços como travesseiro. Senti que alguns minutos se passaram, já que meus olhos pesaram demais, aquela noite sem dormir tava me afetando... Conseguia ouvir a voz da professora, mas bem longe e baixa.

Lapsos de memória passavam, flashs de um rosto fino, com as maçãs bem marcadas, de olhos de um laranja bem forte. Cabelos negros como o mais profundo poço... Depois se transformou em fios loiros, aqueles olhos mudaram o tom. Cinzas. Como o resultado de uma floresta incendiada.

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