|2.9| Desentendida
Estava decidida a ver Norman na cadeia, precisaria mudar meu visual para se adaptar ao traje, além de MJ contei para Glória e Josh que agora estavam no time.
O grupo estava na garagem da casa de MJ que praticamente haviam transformado em uma base, MJ e Josh estavam aprimorando o traje enquanto Glória ajudava Gwen.
- Coloca isso. - Ela jogou luvas de boxe para Gwen.
- Onde conseguiu isso? - A mesma perguntou.
- Aulas de autodefesa. - Glória deu de ombros.
- Gente espera. - Ela chamou atenção. - Eu sei que o norman merece muito mais que um olho roxo, mas eu não quero machucar ninguém. -
- Eu tenho um plano. - MJ disse. - Você disse que tinha provas, certo? Talvez estejam lá, na toca do leão. E com esse cartão conseguimos entrar e pegar a prova que o acusa de assassinato. -
Gwen pegou o cartão da mesa.
- Eu consigo. - Ela disse.
- Não quer tentar ir sozinha né? - Glória disse.
- Eu já fui uma vez, posso ir de novo. - Gwen respondeu decidida. - Gente lá é muito perigoso, cheio de guardas e bandidos. -
- Você pode pedir ajuda, talvez Harry saiba disso e possa te ajudar. - Josh dizia.
- Não, de jeito nenhum, eu não quero colocar ninguém nisso! - Disse meio alto.
Gwen pegou o cartão e foi impedida de pegar seu traje.
- Um, não ta pronto ainda e dois, não vai fazer isso sozinha. - Glória disse e pegou o traje.
- Qual é Glória me devolve! - Ela tentou pegar o uniforme da amiga.
- Você ta focada demais nisso e faz pouco tempo que pegou o cartão, olha o seu rosto, precisa esconder com maquiagem os hematomas, Gwen... - Glória negou.
Cruzei os braços e encarei o chão, Glória estava certa, estou ficando louca tentando fazer justiça ao meu pai, ele levou meses parar prender o rei do crime e agora o cara está solto por aí.
- Okay... - Disse soltando o ar pesado dos meus pulmões.
- Obrigado. - Ela disse.
- To indo. - Gwen disse e pegou sua mochila.
Ela foi para casa correndo em um ritmo médio e de repente ouviu a buzina de um carro que desviou sua atenção por um segundo, Gwen parou para recuperar o fôlego e olhou em volta o trânsito, dois policiais saindo da lanchonete com rosquinhas e café, um cara passando de bicicleta, o som da fumaça saindo do bueiro, o carro policial no transito com as luzes piscando, sua respiração começou a ficar ofegante.
Do nada senti meus pulmões se contraírem, o ar pareceu desaparecer e comecei a contar de um a dez, voltei a correr dessa vez acelerada e contando até chegar perto de casa, vi Peter e May entrando com compras no prédio.
May entrou e Peter viu Gwen chegar diminuindo sua corrido, sua cara era meio desesperada.
- May eu já te alcanço! - Ele disse.
Gwen parou e se apoiou nos seus joelhos, ela continuou a contar.
- Gwen! O que foi? Ta tudo bem? - Ele perguntou.
Gwen segurou nos ombros de Peter ofegante.
- Ataque d... pânico... - Ela disse voltando a contar.
- Ta bom, okay Gwen olha... olha pra mim! Respira fundo! Me acompanha. - Peter segurou nas mãos de Gwen e a encarou nos olhos.
Ela assentiu e seguiu sua respiração.
- Não ta... não... - Disse e apertou as mãos dele.
- Gwen! Um, dois, três... - Peter segurou no rosto dela e começou a contar.
O calor da mão de Pete no meu rosto ajudou a me acalmar e fui diminuindo a respiração ficando cada vez mais controlada, por fim ele tirou as mãos devagar me encarando nos olhos eu o abracei.
- Obrigado. - Gwen disse.
- Porquê teve um ataque de pânico? Quer dizer, faz muito tempo desde o último. - Ele perguntou.
- E-eu não sei, tinha muita gente e... trânsito. - Ela deu de ombros e foi para dentro do prédio.
- Te vejo amanhã então! - Peter disse mas Gwen entrou rápido.
Estava caminhando pensativa, tudo hoje estava sendo demais pra mim, eu preciso de uma pausa, qualquer coisa pra desestressar.
Gwen parou em frente a porta e estranhou a guirlanda de Natal na porta.
- O que... - Ela disse pra si.
Ela entrou devagar e viu Helen e Mike montando a árvore de Natal.
- Mãe? -
- Ah era pra ser surpresa. - Helen levantou.
- Estamos montando a árvore de Natal! - Mike disse animado.
- Mas... já? - Gwen se abraçou pensativa.
- Filho continua a montar e eu vou falar com a Gwen um instante. - Ela disse e foi com a filha até a cozinha.
- Vai ser nosso primeiro Natal sem ele. - Gwen encarou o chão.
- Eu sei querida, vai ser difícil, mas, precisamos ficar juntos e vai ficar tudo bem. - Helen disse.
Gwen assentiu e a abraçou.
- Você quer ajuda no jantar? - Gwen perguntou.
Helen estranhou mas logo um sorriso surgiu no seu rosto.
- Quero sim. - Ela assentiu.
- Tudo bem, eu só vou, tomar banho. - Gwen correu para o banho.
Depois do jantar Mike e eu assistimos desenho até ele dormir e eu cobri ele com cobertor e fui para meu quarto, me vesti e saí pela janela com o cartão.
Gwen foi até a Oscorp decidida a entrar na base secreta, lá dentro ela usou o cartão e passou pelos corredores escondida.
Pela primeira vez parecia que tudo estava vazio, sem ninguém, mas mesmo assim tomei cuidado.
Gwen entrou na sala de Norman onde não havia ninguém e procurou pelos arquivos que o acusavam.
- Droga ele deve ter queimado. - Ela disse pra si.
A mesma gaveta com chave que havia na sala do seu pai tinha na sala de Norman, Gwen tentou abrir mas sentiu um arrepio no pescoço e se escondeu debaixo da mesa, alguém abriu a porta só para verificar e depois saiu, Gwen saiu da sala minutos depois, antes de ir a curiosidade a preencheu e ela foi em direção mais a dentro do corredor, havia uma sala com as iniciais P.E.M.H. a sala precisava de cartão de acesso, o cartão do cara que ela tinha pegado não funcionava, devia ser acessado somente pelos cientistas pela tamanha tecnologia usada dentro, não dava de ver muita coisa pelo vidro da porta por causa da grande quantidade de neblina dentro mas ela viu a frase o que chamou muita atenção, suas mãos coçavam pela vontade de entrar lá. Gwen estava indo as pressas pra casa.
- Gwen? - Ela ouviu Harry. - O que faz aqui? A essa hora! -
- E-eu... Josh pediu pra mim pegar o seu cartão. - Ela mostrou o lado contrário do cartão rapidamente e guardou no bolso.
- Não acho que seja necessário, a Oscorp é bem segura com isso. - Ele deu de ombros.
Gwen ficou em silêncio.
- Como está o seu pai? - Ela perguntou.
- O mesmo de sempre, estamos bem. - Harry respondeu.
- Me desculpa, por tudo Harry, é sério queria que a gente voltasse a ser amigos. - Ela disse.
Harry permaneceu encarando o chão, Gwen respirou fundo e virou-se pra ir embora.
- Gwen espera. - Harry chamou.
Ela o encarou.
- O meu pai... ele me bate. - Ele disse e respirou fundo.
- Harry... -
- Essa doença ta fazendo ele ficar louco Gwen, é, e eu não sei o que fazer... quando eu erro algo, quando eu discuto com ele é como um gatilho. - Ele dizia rapidamente.
- Não pode deixar ele fazer isso com você. -
- Mas eu só tenho ele! Gwen. -
As palavras de Harry doeram, como eu diria a ele que seu pai era um assassino, mas mesmo assim eu não sabia o que meu pai tinha com ele, e aquela sigla P.E.M.H.
- Vai ficar tudo bem Harry. - Eu o abracei forte e ele fez o mesmo. - Eu to aqui se precisar de mim. -
O abraço durou longos segundos.
- Fica bem. - Gwen disse antes de ir.
Ela chegou em casa e já era quase manhã, entrou pela janela e assim que fechou a luminária se ascendeu.
- Gwendolyn. - Helen levantou da cama.
- Mãe... - Gwen se abraçou.
- Eu achei que você estava bem, achei que estávamos enfrentando isso juntos mas ao invés disso. - Ela começou a chorar. - V-você sai por aí pra fazer sei lá o que, onde você vai? Onde Gwen?! -
- Eu... preciso saber quem fez isso com ele mãe, eu sei que é perigoso, mas eu preciso... preciso saber porquê. - Gwen disse.
- Achei que estávamos nos aproximando. Mas você só estava sendo falsa. - Ela limpou as lágrimas.
- Mãe você não ta entendendo. -
- Não. Eu to. Você acha que é policial e decidiu sair investigando por aí, temos uma Sherlock Holmes na família e eu não sabia, Gwendolyn! - Ela disse brava.
- Não, eu to quase lá, descobri muitas coisas e tinha um arquivo de áudio e... -
- Chega! Eu não quero ouvir mais nada de você e das suas mentiras. - Ela foi até a porta. - Está de castigo. A partir de agora é de casa pra escola e da escola pra casa. -
- Mãe não! Me escuta! - Gwen tentou dialogar mas Helen bateu a porta assim que passou.
E de repente eu me sentia a pior pessoa do mundo, mas sei que tudo poderia piorar, eu não sentia vontade de chorar mas me sentia triste pela minha mãe e pelo que eu fiz, mas ela não poderia me impedir, estava muito perto.
Capítulo concluído,
deixa a "⭐" se gostou.
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