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²⁴|Eu não sou seu brinquedo

    Como todo trabalhador, há dias que eu não quero ir para o trabalho. Hoje é um deles. Assim que ouço meu despertador tocando, aperto meus olhos com força e finjo que não estou ouvindo.

    Não quero levantar. Minhas têmporas estão latejando e eu sinto uma dor de cabeça chegando. Meu corpo também está pesado. Não exatamente pesado, mas como se tivesse um peso em cima de mim…

    Ai, caralho. Khalil Fodido Idiota Blackburn está na minha cama, não é? O peso que sinto em meu corpo é seus membros em cima de mim, certo? Parece que ele leva muito a sério isso de dormir de conchinha e eu virei seu colchão, pois o homem está praticamente dormindo em cima de mim.

    Enquanto busco coragem para encarar meu enorme problema — literalmente —, fragmentos da noite passada voltam a minha mente. Fui pra balada em dia de semana mais uma vez. Eu sei que não era a melhor coisa a se fazer, mas Frankie me convenceu quando percebeu que eu não estava muito bem no treino. Seria uma outra noite de garotas sem homens envolvidos, mas eu meio que surtei quando Khalil começou a me mandar mensagem. Nem mesmo lembro o nome do cara que eu estava beijando antes de Khalil chegar.

    “Você é o meu brinquedo. E eu vou usar, foder e então quebrar você quando eu ficar cansado. Ou não. Talvez eu fique com você para sempre. Não me decidi ainda.”

    Suas palavras voltam a minha mente, fazendo minha pele corar. Não sei por que me surpreende que Khalil me veja apenas como um brinquedo, mas me tranquilizo ao concluir que nenhuma mulher gosta de ser usada.

— Você vai atender essa porra ou não? — Khalil resmunga em meu ouvido, rolando para longe de mim.

    Ao abrir os olhos, franzo as sobrancelhas. Não apenas para sua aspereza, mas para o barulho constante no apartamento que até então achei ser do meu despertador, mas na verdade é a campainha.

    Gemendo, sento na cama e olho para a situação que estou: nua na minha cama com Khalil esparramado ao meu lado. O lençol está cobrindo suas partes baixas. Ignoro minha decepção ao ficar de pé, fazendo uma careta ao sentir como estou… grudenta lá embaixo. Graças a Khalil, é claro. Nunca fui tão grata por tomar pílula como sou hoje, mesmo que Khalil pareça pensar ao contrário. Ele é completamente maluco.

    Pego a primeira coisa que eu acho no chão e visto enquanto caminho para fora do quarto. Que horas são? Depois que acordamos às 04h, adormeci novamente após Khalil retirar o cinto dos meus pulsos. Lembro de murmurar para ele ir embora, mas ele obviamente não foi.

— Quem é? — pergunto no interfone. Provavelmente é engano.

Kate Yamamoto? — Uma voz masculina questiona.

— Sim, sou eu.

Tenho uma entrega pra senhora.

    Hesito. Não encomendei nada. Alexander me mandou outro colar? Penso em mandar o entregador ir embora, mas uma coisinha dentro de mim diz que devo deixá-lo trazer a encomenda.

    É o que eu faço, liberando sua subida.

   Enquanto espero, vejo um movimento pelo canto do olho e viro-me para ver Khalil caminhando até a cozinha. Nu. Pelado. Sem roupa. Do jeito que veio ao mundo.

    Fico tão chocada que minha habilidade de falar some. Ele não parece nem um pouco envergonhado ao abrir minha geladeira. Khalil examina o que tem dentro enquanto franze as sobrancelhas e coça a barriga distraidamente.

— Você come vento? Não tem nada na sua geladeira.

— Vou fazer compras mais tarde — falo automaticamente, uma mentira ainda por cima. Faz uma semana que esqueço de passar no mercado e como mal tenho parado em casa nos últimos dias, não me importei muito. Nada disso é da conta de Khalil, apesar de eu ter sentido a necessidade de explicar.

— Hum. — Fechando a geladeira, ele abre o freezer.

— Será que dá pra você pelo menos colocar uma roupa?! — Exasperada, tento desviar meu olhar do seu corpo nu, mas meus olhos ficam voltando para as covinhas na sua bunda. E para o seu abdômen estúpido e sarado. Seus braços musculosos e tatuados. Seu cabelo bagunçado por conta do início de manhã que tivemos…

    Você está babando.

    Porra, não dá pra me culpar, ok? Ele é um filho da puta gostoso.

— Você está com a minha camisa.

    Estupidamente, olho para baixo, vendo que ele está certo. Eu não estava prestando atenção quando a peguei, caso contrário não teria vestido. Felizmente ela é do dobro do meu tamanho, então não preciso trocar para atender a porta.

    Falando nisso…

    Abro a porta bem na hora, encontrando um homem baixinho com o punho erguido.

    Minha atenção é desviada do homem para o enorme buquê de rosas que ele está segurando. É praticamente da metade do seu tamanho. E do meu.

— Você é Kate Yamamoto?

    Distraída, anuo e o homem empurra o buquê para mim.

— Eu… Hã… Preciso assinar alguma coisa?

— Não, senhora. Tenha um bom dia.

    O entregador vai embora, mas eu fico parada na porta por mais um momento ainda encarando esse buquê. Quanto eu bebi ontem? Ainda estou bêbada?

    Saio do meu estupor e entro no meu apartamento, fechando a porta atrás de mim.

    Quem diabos me mandaria um buquê de rosas?

    Eu já recebi flores de alguns homens com quem saí, mas não é algo que estou acostumada.

— Qual deles mandou isso?

    Levando meus olhos para encarar Khalil. Tinha esquecido que ele estava aqui.

— Adam? — Encostado no balcão, ele fala enquanto toma o sorvete que achou no meu freezer. — Gregory? Brody?

— Não é da sua conta. — Reviro os olhos e vou até a mesinha de centro para colocar o buquê e procurar um cartão, mas Khalil ainda está olhando para mim e eu sei o quanto ele é enxerido, então mudo de ideia. — Vou tomar banho. Não quero te encontrar aqui quando eu sair.

— Você ainda está com a minha camisa.

     Reviro meus olhos e vou até o quarto. Deixo o buquê na cama e tiro sua camisa idiota. Apesar do que aconteceu entre nós e de Khalil ter me visto nua, ponho meu roupão mesmo assim. Depois, cato suas roupas no chão, suas botas e seu cinto.

    Volto para a cozinha e empurro tudo no peito de Khalil.

— Pronto. Pode ir embora.

   Começo a lhe dar as costas, mas sua mão em meu braço me impede.

— O quê? — Encaro-o.

    Khalil põe o pote de sorvete e suas coisas no balcão, então volta sua atenção para mim. Ele solta meu braço, mas logo o seu está ao redor da minha cintura e ele está me puxando para o seu corpo. Seu olhar intenso me arrepia da ponta dos pés até meu cabelo. Será que isso vai passar um dia? Ou serei sempre fisicamente atraída por ele?

— É meio bizarro ficar encarando as pessoas desse jeito. Você sabe, como um psicopata. — Arqueio a sobrancelha. — E é ainda mais estranho quando você está pel…

    Minhas palavras são interrompidas quando sua boca colide com a minha.

     Suspiro, surpresa, mas logo se transforma em um gemido quando entreabro meus lábios e ele aprofunda o beijo. Como sempre, Khalil devora minha boca, sem se preocupar em ser carinhoso ou gentil. E eu odeio gostar disso. Odeio estar agarrando seus braços e puxando-o mais para perto enquanto fico na ponta dos pés para ter ainda mais dele. Odeio gostar, principalmente, da facilidade que ele tem em segurar minhas coxas e me impulsionar para cima até que minhas pernas estejam entrelaçadas em sua cintura.

    Gemendo quando sinto seu pau cutucando minha boceta, aprofundo meus dedos em seus cabelos, sentindo as mechas sedosas antes de puxá-las levemente. Khalil grunhe em minha boca enquanto aperta minha bunda e acho que sorrio durante o beijo. Eu deveria estar preocupada por vários motivos diferentes, mas tudo o que consigo pensar é no seu pau me cutucando e quantos segundos levaríamos para voltar ao meu quarto.

    Precisamos nos afastar para buscar ar e eu percebo que nos movemos até a geladeira,  onde me apoio ao encará-lo. Seus lábios estão inchados, mas seus olhos… Sempre achei surpreende como ele consegue esconder suas emoções, mas agora elas estão todas expostas para mim: desejo, luxúria e até um pouco de raiva.

— Trabalho — consigo murmurar enquanto me recupero. — Precisamos trabalhar.

— Foda-se o trabalho. — Para enfatizar, ele move seus quadris e eu sinto a cabeça do seu pau na minha entrada.

    Ele fica lá, me provocando, ao voltar a me beijar. Não achei que fosse dizer isso, mas às vezes é difícil acompanhar Khalil. Tento beijá-lo com a mesma voracidade que ele me beija, mas o homem é implacável, mordendo e sugando minha boca. Eu perco a capacidade de pensar e tudo se resume aos seus lábios e as suas mãos. Uma hora ele agarra meu cabelo, na outra está amassando meus seios ou minha bunda.

    Você é o meu brinquedo.

    Ouço-o falar em minha cabeça. Cada toque e cada beijo reflete suas palavras. Ele está fazendo o que quer comigo: me beijando quando quer, onde quer.

    Isso me enfurece. Não consigo parar de beijá-lo, é verdade, mas toda a raiva que começo a sentir é descontada nesse beijo. Eu não sei onde estava com a cabeça ontem e hoje pela manhã, mas estou com ela no lugar agora. Pelo menos acho que sim. Tudo o que sei é que não vou deixar esse idiota me fazer de brinquedo sexual.

    Xingando, Khalil quebra o beijo. Seus olhos estão loucos ao me encararem, então não me surpreendo com a sua mão em minha garganta. Eu o arranhei, afinal.

— Eu não sou seu brinquedo.

    Khalil passa sua outra mão no pescoço, mas não há sangue, apenas as marcas das minhas unhas.

— Kathryn…

    Empurro seu peito e forço minhas pernas para baixo.

— Vejo você na empresa.

    Por um momento, acho que ele vai me puxar de volta como o bruto que ele é, mas Khalil me deixa ir. Fico aliviada. Apesar das minhas palavras para ele, não sei se eu teria resistido novamente…

    Bato a porta do meu quarto e corro até a minha cama, para o buquê.

     Não demoro ao achar o cartão. É maior do que os cartões que vêm em buquês geralmente são.

    Quando abro, descubro o por quê. É uma foto. Minha. Foi tirada no dia da festa de posse de Khalil. Na imagem, eu estou na frente do meu prédio, olhando por cima do ombro. Lembro do exato momento: um carro tinha passado, fazendo o maior barulho e eu olhei, curiosa para entender o que estava acontecendo. Não fazia ideia que estava sendo fotografada. Pela posição, foi tirada do outro lado da rua.

    Só há uma pessoa que iria me fotografar sem que eu soubesse e me mandar uma foto.

    Viro a fotografia e encontro uma mensagem. Mas antes de ler, pego meus óculos na mesa de cabeceira.

     No bilhete, diz:

Você estava linda nesse vestido, mas eu teria adorado tirar ele por você, pequena Vênus.

    Definitivamente foi ele. O apelido o entrega mesmo que não tenha assinatura. Nem sua própria caligrafia, pois a mensagem foi colada, em vez de escrita no próprio verso da foto. Ele teve o cuidado de digitar a mensagem em um papel e então colar. Tudo para que eu não visse sua caligrafia…?

   Deito de costas na cama, encarando o teto.

    Não sei o que pensar. Estou assustada. Apavorada, até. Mas eu dei corda a ele, certo? Quando não o denunciei e ao deixá-lo me tocar na boate, eu lhe deixei à vontade para continuar com a sua loucura.

   Com as flores do meu perseguidor ao meu lado e o cheiro de outro homem em meus lençóis, me pergunto como tudo saiu do controle em tão pouco tempo.

☠️

    — Por que você está usando óculos e um cachecol? — Lorelei questiona ao chegar.

— Testando algo novo — minto ao dar um gole no meu café. Está mesmo fazendo um pouco de frio, mas não coloquei um cachecol por isso, mas porque eu tenho marca de cinto e chupões em meu pescoço. A justificativa do óculos é que meus olhos estão sensíveis demais até para minhas lentes de contato.

     Enquanto eu pareço que sou a viúva de um mafioso, Lorelei está a todo glamour com seu terno verde, hoje. E suas tranças estão presas em um coque alto e elegante, deixando assim visíveis as grandes argolas em suas orelhas.

— Não liga pra Kate, ela tá toda estranha hoje — de cima de um pequeno pódio se olhando no espelho, Genevieve diz. Estamos nós três nessa loja para a penúltima prova do seu vestido de noiva.

— Aconteceu alguma coisa? — Lorelei me olha preocupada. Devo estar mesmo uma bagunça porque me sinto emocionada com a sua preocupação.

— Achei que não gostasse de misturar o pessoal com o profissional — digo, no entanto.

— Eu passei um fim de semana com a família Blackburn, fui à um baile, ajudei vocês com Tobias e fui convidada para ser madrinha do casamento da Genevieve. Isso me parece muito pessoal, não acha?

    Dou uma leve risada.

— Verdade.

— Então…?

    A verdade é que há muitos motivos pelo qual estou "estranha". O maior deles foi o que me levou a sair ontem: meus pais, as mortes deles, Alexander… Eu não sei o que pensar. Meus sentimentos estão confusos, tenho vontade de chorar toda vez que lembro que meu pai e minhas duas mães foram mortas. Tenho tido sonhos com isso e às vezes nem preciso estar dormindo para imaginar as duas tragédias que tiraram eles de mim.

    E há um nome… Um nome que fica ecoando na minha cabeça. Cedric Sutton. Ainda não tive coragem de pesquisar sobre ele. Pelo que entendi de tudo o que Alexander disse, Cedric ainda está vivo. O homem que matou a minha família.

    Distraidamente, esfrego meu peito. Como se isso fosse fazer a dor e a raiva passarem.

   Eu reprimi esses sentimentos. Foquei no trabalho e em qualquer outra coisa para não ter que pensar nisso, como por exemplo em uma noitada. E o resultado disso foi chorar nos braços de Khalil. Posso detestar Khalil o quanto for, mas nunca vou me esquecer da forma que ele me segurou e me acalmou. Surtei por causa de uma xícara quebrada, mas ele não ligou. Foi a primeira coisa gentil que ele já fez por mim e me sinto grata e estranha ao mesmo tempo.

— Estou saindo com dois homens ao mesmo tempo — digo as meninas já que não posso contar para elas sobre a minha família sem cair em lágrimas.

    Enquanto Genevieve me olha chocada através do espelho, Lorelei dá um leve sorriso.

— Sempre achei você muito à frente do nosso tempo.

— Quem é o segundo? — Esquecendo da prova do vestido, Genevieve agarra a saia volumosa do vestido e vem correndo sentar ao meu lado.

— Quem é o primeiro? — Lorelei pergunta então. Como ela parece mais aberta com essa coisa de misturar o profissional e o pessoal, tenho esperanças que não me julgue.

— Khalil.

— Vocês não se odeiam? E sim, estou propositalmente ignorando que ele é o seu chefe agora.

    Encolho os ombros.

— Eu o odeio. Ele é um babaca. Irritante. E um grande filho da puta…

Mas… — Lorelei e Genevieve dizem ao mesmo tempo.

Mas ele está mexendo com a minha cabeça.

— Você está apaixonada?

    Quase cuspo o café com a pergunta de Lorelei.

— Deus, não. — Apenas pensar nisso me faz querer rir.

— Quem é o outro cara? — Genevieve torna a perguntar.

— Vocês não conhecem. Ele é… — pigarreio — intenso.

— Isso é código para "criminoso"? — Lorelei arqueia a sobrancelha.

    Começo a negar, mas, pensando bem…

— Ele pode não ser um exemplo de homem correto.

— Quem é ele?

— Já disse: vocês não conhecem.

— Isso não está me cheirando nada bem. — Claro que Genevieve  ficaria preocupada. Talvez eu não devesse ter dito nada. — Khalil sabe sobre ele?

    Nego.

— Khalil e eu não temos nada, então não me importo com o que ele pensa.

— Vocês não transaram? — Lorelei parece surpresa.

— Fizemos… coisas. — Nunca me importei em falar sobre os meus parceiros sexuais, mas de repente me sinto um pouco possessiva sobre o que aconteceu naquele beco e em meu quarto. É estranho, pois nem fizemos a coisa real. — O fato é que os dois estão me deixando maluca.

— E o que você vai fazer?

    Dou de ombros. Eu realmente não sei o que fazer. Não posso simplesmente pedir ao meu perseguidor que me deixe em paz. E Khalil também não fará isso. Consegui evitar o último essa manhã por causa da reunião que se estendeu até a hora do almoço, mas Khalil vai insistir e eu vou ceder novamente porque sou uma idiota fisicamente atraída pelo seu chefe babaca.

— Mas chega de falar de mim. — Viro-me para Lorelei. — Como vai…

     Nesse exato momento o celular de Lorelei começa a tocar. O nome "Caleb" ilumina a tela, mas Lorelei vira o celular com a tela para baixo.

— Como vai isso? — pergunto. — Problemas com o ex? — Uma vez, quando Genevieve, Lorelei e eu fomos à uma boate, a segunda ficou bêbada e me contou algumas coisas da vida dela: que seu apelido é Lola, que ela tem uma irmã que também é sua melhor amiga, e que ela achava que ainda amava o seu ex-marido, Caleb. Isso foi há quase um ano.

     Penso que ela vai fugir do assunto, mas Lorelei suspira.

— Ele quer voltar.

     Meu queixo só não cai porque estou muito ocupada bebendo meu café.

— E você? Quer? — Genevieve se junta a mim, como a fofoqueira que ela é.

— Não sei. Talvez. É complicado. A gente tem muita história junto.

    Anuo. Eu não quero dizer a Lorelei que ainda shippo ela e Anthony porque sei que ela não vai gostar, então guardo essa opinião para mim. Tenho a sensação que Genevieve se sente da mesma forma.

— Relacionamentos são complicados mesmo — digo em solidariedade.

     Ela arqueia a sobrancelha para mim.

— É por isso que você não tem um?

    Qualquer pessoa provavelmente se sentiria ofendida, mas eu sorrio.

— Exatamente.

☠️

    Socar sacos de pancadas é um dos melhores remédios para aliviar a tensão.

    Depois do dia cansativo que tive – acordar com Khalil, as flores, trabalho, pensamentos que me deram dor de cabeça –, socar algumas coisas relaxa meu corpo e acalma minha mente. Não terei dificuldade para dormir essa noite e espero estar cansada o suficiente para não ter pesadelos também.

— Tem certeza que não quer ir com a gente? — Lilah pergunta da porta da academia. Ela e Frankie me chamaram para jantar.

    Paro com a série de socos que eu estava dando e seguro o saco de areia.

— Sim. Vou ficar mais um pouco.

— Tá bom, então. Tchau.

— Tchau, Kate.

— Tchau. Bom jantar.

    Depois que elas saem, aproveito a pausa para tirar uma luva e pegar a toalha para enxugar o suor que escorre no meu rosto e pescoço. Também bebo água antes de pôr a luva de volta e recomeçar a sequência de socos.

    Eu deveria ir para casa, afinal já são nove horas e estou aqui desde às sete, mas o melhor horário para mim sempre é quando não tem mais ninguém. Como agora, que Lilah e Frankie já foram e é apenas eu aqui. O silêncio também ajuda em dias como esse.

    Depois de um tempo, após ignorar a ardência em meus braços pela forma excessiva que estou usando-os, paro com os socos. Minha respiração alta é o único som na academia. Apoio minha testa no saco de areia e seguro para mantê-lo parado.

    Então eu choro. Não sei o que acontece, mas aqui, praticamente sem forças, as lágrimas começam a cair sem parar e tudo o que posso fazer é deixar ir. Não sou de chorar com frequência. Lembro de todas as vezes que chorei na minha minha vida e essa é a primeira vez que eu choro duas vezes em menos de vinte e quatro horas.

    Não choro apenas pelos meus pais biológicos e minha mãe adotiva, mas porque estou cansada. Achei que eu pudesse lidar com a verdade quando fui atrás de Alexander mesmo sabendo que seria muito ruim, mas não tenho tanta certeza agora. Sou boa em fingir, fui treinada para não demonstrar vulnerabilidade para os meus adversários, mas a noite, quando estou sozinha com minha própria mente, não posso fingir para mim mesma. Não consigo.

    Perco a noção do tempo, mas finalmente as lágrimas param. Tiro minhas luvas e depois cubro meu rosto com minhas mãos.

    Respiro fundo.

     Você está bem. Você é uma lutadora. Você ergue a cabeça e continua. Você está bem.

    Enxugando meu rosto, ergo o rosto e respiro fundo novamente. A sensação de estar debaixo d'água melhorou. Nada melhor que socar alguns sacos de areia e chorar para se sentir bem.

   Reforço meu rabo de cavalo que estava escorregando do elástico, então começo a arrumar minhas coisas para ir embora.

    É quando sinto um arrepio.

    Olho em volta da sala, meus olhos parando no canto que a luz não alcança. Não são todas as luzes que estão acesas, então não consigo ver com clareza a parte da sala onde estão os equipamentos.

    Felizmente não preciso me esforçar muito porque ele dá um passo à frente.

    Sua máscara e seu capuz estão no lugar, assim como ele também está usando seu habitual conjunto moletom preto. A nova adesão são suas luvas.

— O que você quer? — pergunto ao meu perseguidor, sentindo meu coração disparar. Ele estava lá esse tempo todo? Como diabos ele entrou? — Eu vou chamar a polícia.

    Meu perseguidor inclina a cabeça para o lado, dando passos lentos pela academia.

    Minha bolsa está no meio entre nós. Com meu celular.

    Eu falei sério. Chega. Não preciso de mais esse problema na minha vida. Se ele não parar, farei com que seja parado, então.

     Meu perseguidor não parece se importar com a minha ameaça. Tudo bem.

    Olho para ele e para minha bolsa. Ele está mais perto agora, mas também sei ser ágil.

    Sem pensar muito, corro em direção a minha bolsa. Estou descalça e talvez seja isso que me dá vantagem sobre ele, pois alcanço a bolsa.

    Ele é rápido, no entanto, me agarrando, mas já estou procurando dentro da bolsa…

     Onde está. Onde está. Onde está. Onde está…

— Não gostou das flores, pequena Vênus? — Seu sussurro não apenas me causa arrepios: me faz vacilar, novamente surpresa com a sua voz.

    É o que ele precisava. Meu perseguidor agarra minha bolsa e joga para o lado. Então agarra meus braços, prendendo atrás das minhas costas.

— O que aconteceu? Você parecia feliz em me ver na boate.

— Eu não estava pensando direito. — Minhas palavras saem com um grunhido enquanto tento me soltar. Meus instintos gritam para eu usar meu treinamento, mas como uma idiota, eu hesito.

— Não… Você estava mais ocupada gemendo enquanto eu fodia sua boceta com meus dedos, não é, minha pequena Vênus?

    Cor cobre minhas bochechas. Agradeço mentalmente que ele não possa ver.

— Não sentiu a minha falta?

— Vai se foder! — Piso em seu pé e depois lhe dou uma cotovelada.

    Meu perseguidor grunhe e se curva, afrouxando seu aperto. É o suficiente. Eu me solto e começo a correr até a minha bolsa.

    Consigo alcançá-la, mas sinto algo em meu pé antes do mundo começar a girar e eu só ter tempo para usar meu braço para aliviar o impacto da queda.

    Caída de barriga para baixo no piso de madeira, inspiro fundo conforme a dor atravessa meu braço. Não é uma das piores dores que já senti na vida, mas ainda me faz gemer.

— Porra! — meu perseguidor pragueja em um sussurro. Ele me alcança e começa a examinar meu braço e meu ombro.

     Quero rir. Ele está preocupado comigo? Quão doente ele é? Me persegue, me amedronta, mas agora está preocupado?

    Virando, aponto minha arma para o seu peito. Quando caí, alcancei minha bolsa e não foi meu celular que eu peguei, mas sim minha Glock, que está engatilhada e pronta para pôr uma bala em seu coração.

— Tire suas mãos de mim.

 

☠️

Oioi!

Tivemos Khalil+Kate, Garotas Super Poderosas e o Perseguidor, tudo no msm capítulo!

Espero que tenham gostado! Até terça-feira 🤭🤭💋

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