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⁶|Ah, pequena Vênus, você realmente me irritou

     Minha Vênus não está bem.

    Nos últimos dois dias ela tem ido para boates à noite. Isso não é incomum, mas ela não faz isso em dias de semana, muito menos em dois dias consecutivos. É quase como se ela estivesse tentando… se distrair.

    Mas do que minha pequena Vênus precisa de distração?

    Seu vestido de hoje a noite é de um tom profundo de vermelho e tão curto que dá para ver sua calcinha quando ela se inclina no bar para chamar a atenção do barman. Seu cabelo cai solto em suas costas como um rio negro, alcançando o zíper do seu vestido.

    Ao seu lado, dois caras estão prestando atenção nela também. Meu sangue ferve e meus instintos gritam para eu tirá-la de lá e depois dar uma surra nos idiotas por cobiçarem o que é meu, mas eu me acalmo.

    Ainda não. Repito o que virou o meu mantra.

    Funciona um pouco, fazendo a nuvem vermelha de raiva sumir, clareando minha visão.

    Minha Vênus sorri, e para muitos é apenas um simples sorriso, mas eu vejo a malícia que escorre por ele como veneno. Ela achou sua presa.

    E é o garçom que está lhe servindo um negroni. Dou uma olhada nele, vendo que é alto e forte, com tatuagens nos braços, uma barba espessa e olhos que devoram minha Vênus.

     A safada devolve o olhar e acaricia sua mão quando ele lhe entrega seu drink. Ela o está incitando. Eu já vi esse truque várias vezes. Em seguida, ela toma um pouco da bebida e lambe os lábios pintados de vermelho, chamando atenção do barman para eles.

— A que horas seu turno termina? — Minha pequena Vênus pegunta a ele, sua voz inconfundivelmente sexy chegando aos meus ouvidos mesmo com o barulho da música e algumas pessoas entre nós no bar.

— Às duas.

— Te vejo às duas, então. — A desgraçada sorri para ele, lhe dando um olhar que diz "mal posso esperar para que você me foda" antes de se misturar com a multidão, mas nunca sumindo dos meus olhos.

    Então ela acha que vai se divertir essa noite?

    Nem fodendo, porra.

☠️

    Parece que ela não podia esperar até chegar no seu apartamento. Minha Vênus está ansiosa para ser fodida? Está excitada? Ela passou a última hora pensando em como seria quando o pau dele a penetrasse?

     Parece que sim, porque ela deixa que ele a jogue no banco de trás do carro. Na porra do banco de trás, como se ela fosse a porra de uma prostituta. E por mais que eu esteja puto com ela, não é esse tratamento que ela merece.

    O carro está estacionado em um beco nos fundos da boate e apenas a iluminação do poste do outro lado da rua nos alcança, mas é o suficiente para permitir que eu fique nas sombras e ainda assim conseguir ver a cena deplorável.

    Minha Vênus se contorce em seu colo enquanto ele a apalpa, me fazendo desejar arrancar suas mãos por tocá-la, por achar que tem o direito.

     Eu sei que minha pequena Vênus não é nenhuma puritana, mas saber e ver o que as expressões em seu rosto, ouvir seus gemidos, são coisas totalmente diferentes e inaceitáveis. É como se ela soubesse que estou aqui e está fazendo isso para me provocar, me punir por permanecer nas sombras. Quase posso ouvir o desafio "O que você vai fazer sobre isso?".

     O que eu vou fazer? O que eu vou fazer, pequena Vênus?

    Eu vou garantir que ele nunca mais te toque.

     Com uma mão, ajeito meu capuz e a máscara que coloquei quando saí da boate, enquanto com a outra, ergo a barra de metal que achei descartada no chão do beco. Sorte pra caralho, eu diria.

    No primeiro impacto da barra de metal com o farol do carro, minha pequena Vênus grita, bem na hora que o Filho da Puta estava agarrando seus seios.

    Ambos olham assustados para frente do carro e o homem grita.

— Qual o seu problema, cara?

    Qual o meu problema, idiota? Você está com a minha garota.

    Ergo a barra de metal novamente e bato contra o capô do seu carro, causando um amassado satisfatório, mas que não faz nada para calar a besta em mim.

     Dentro do veículo, o barman pragueja e ele e minha Vênus se atrapalham para saírem da posição em que estavam. Ele está fechando o cinto. O cinto que ela provavelmente estava abrindo para poder montar no pau dele.

    Ah, pequena Vênus, você realmente me irritou.

    Dou mais alguns passos ao redor do carro e quebro a janela do banco de trás, enviando estilhaços de vidro sobre os dois.

    Minha Vênus grita de novo e eu sorrio. Nunca tinha ouvido um som mais lindo.

— Pare com isso! Você está estragando o meu carro! — O barman começa a abrir a porta ao seu lado, mas eu fecho de volta, batendo com a minha bota na porta quando ele põe uma perna para fora.

    Dessa vez, o próximo grito é dele, mas a satisfação que sinto é diferente. É doce e tem gosto de vingança. Você não deveria tê-la tocado. Não deveria querer o que é meu.

    Meus olhos colidem com os da minha Vênus e por um pequeno segundo, fico paralisado porque é a primeira vez que ela me encara. Seus olhos estão arregalados e suas costas estão pressionadas contra a outra porta. Seu peito sobe e desce rapidamente, a prova do seu terror, mas quando encaro sua pele, outra onde de raiva me atinge ao ver as manchas vermelhas que ele causou e que ela deixou.

    Eu sei que apesar de me encarar, ela realmente não me vê, porque estou com uma máscara, mas de alguma forma tenho a impressão que ela sente minha ira aumentando, porque o próximo movimento que ela está fazendo é abrindo a porta do carro. Como ela ainda estava de costas, minha pequena Vênus cai no chão, mas ela se recupera rapidamente e até lembra de tirar seus saltos antes de começar a correr pelo beco e em direção a rua.

    Um sorriso puxa meus lábios porque apesar de ter pernas curtas, minha Vênus é tão veloz quanto um maratonista.

    Só não é mais rápida que eu.

    Enquanto abro a porta do carro e arrasto o barman, faço os cálculos de quanto tempo vou demorar para alcançá-la. Se eu for rápido, talvez um ou dois minutos.

— Amigo, é dinheiro que você quer? Você pode…

— Cala a porra da boca — cuspo as palavras para o homem encolhido no chão segurando sua canela. Quem diria, um homem desse tamanho choramingando feito bebê.

     Sério, pequena Vênus, é desse tipo de homem que você gosta? Ele nem mesmo tentou te proteger. Eu podia ser um maluco qualquer e aqui está o seu "escolhido", chorando igual criança.

— O-o que você vai fazer? — pergunta, tentando se arrastar para longe de mim.

— Te ensinar a nunca mais tocar o que não é seu. E aquela mulher, amigo, é minha.

☠️

NOSSA COMO EU AMO ESSE CAPÍTULO.

JURO. Quando eu escrevi, sorri tanto que chegava a ser assustador KKKKKKKKK.

Vocês gostam de livros com perseguidor?? Eu amo, como deu pra notar KSKSKSKSK.

Como esse capítulo é pequeno, VOU POSTAR OUTRO AMANHÃ!!!!!!

Ele é outro preferido meu... E só digo uma coisa: é bom a Kate correr...🤭😋👀

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