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013 ➼ 𝘮𝘦𝘵𝘢𝘱𝘩𝘰𝘳 𝘢𝘣𝘰𝘶𝘵 𝘴𝘩𝘪𝘱𝘴.

Johnny estava em seu próprio paraíso vendo todos os seus filmes preferidos dos anos oitenta, e caindo em golpes que provavelmente acabariam fazendo seu computador pegar um vírus. Lawrence tinha acabado de acessar à internet pela primeira vez na sua vida.

O homem pesquisava sobre o tema central da sua vida: o caratê. Quando a notícia mais recente relacionada a esse tema era um pouco pessoal para Johnny.

O primeiro site em que clicou quando pesquisou sobre caratê tinha o título de: Ex vencedora de Chicago volta para o caratê depois de anos.

Como um ex vencedor que também voltou depois de alguns ano para o caratê, Johnny achou o tema interessante e começou a ler cada palavra da notícia.

––– O que ela tem a ver com isso? ––– Johnny murmurou quando a primeira coisa a ler foi o nome de Kendall a meio a tantas outras palavras.

Os olhos de Johnny se arregalavam a cada frase que lia. Quando terminou de ler ficou ainda mais confuso do que quando começou. No fim do site tinha um link que o levava para um vídeo que foi gravado por alguém que estava tanto no campeonato de Chicago como no de Reseda comprovando que era Kendall nos dois.

Johnny não conseguiu vencer sua curiosidade e clicou no link que abriu uma nova aba o levando para o youtube. Mas assim que o vídeo deveria começar apareceu uma propaganda no lugar.

––– Propaganda idiota. ––– O homem reclamou.

––– Paz interior, ––– Uma voz familiar surgiu na tal propaganda. ––– foco, equilíbrio. Tudo isso você conquistará ao entrar no caratê
Miyagi-Do. ––– A figura de Daniel LaRusso apareceu. Johnny colocou sua cabeça um pouco de lado e endireitou sua postura
confuso. ––– Eu sou o Daniel LaRusso e antes de ser o melhor vendedor de carros da região, fui bicampeão do caratê sub-18.

––– Que merda é essa? ––– Johnny murmurou mais uma vez.

––– Você pode aprender os segredos do caratê de Okinawa, o verdadeiro caratê. ––– A propaganda continuava deixando Johnny mais confuso e revoltado. ––– Entre para a equipe Miyagi-Do.

––– Que desgraçado! ––– Johnny exclamou irritado.

––– Não seja uma cobra traiçoeira. Seja um campeão. Envie uma mensagem com a hashtag: equipe Miyagi-Do. As aulas são grátis. Isso mesmo, grátis. Porque aqui no Miyagi-Do não importa o dinheiro, o que importa é o caratê. ––– Johnny fechou o computador com força no instante em que a propaganda teria terminado.

***

––– Cara, então, eu pesquisei na internet e você tava certo. O sensei é o pai do Robby. ––– Falcão disse com certeza enquanto se alongava junto a Michaela e Miguel. Miguel teria comentado mais cedo sobre a foto na geladeira de Johnny o que deixou Falcão bastante intrigado. ––– E descobri que ele tem uma filha também. ––– O de moicano informou sem perceber que os dois irmãos teriam trocado olhares preocupados, Miguel teve que soltar o ar para que Falcão não percebesse que eles já sabiam sobre a filha do sensei.

––– Não entendo porque ele não contou pra gente. ––– Miguel quase murmurou olhando o chão.

––– Eu não sei. Mas isso explica porque ele tá ferrando com a gente por ter arrebentado o Robby.

––– Não que o sensei não esteja errado por fazer isso. ––– Michaela soltou percebendo o olhar de Falcão julgando-a. Ela deu um sorriso falso quando percebeu o olhar do garoto. ––– Tava apenas pensando alto.

––– Oi gente! ––– Rhea chegava perto do amigos com um sorriso alegre no rosto pronta para começar mais um treino. ––– Do que estão falando? ––– Ela perguntou rapidamente se sentando perto deles e começando a se alongar também fazendo Michaela e Miguel trocarem olhares.

––– Robby Keene. ––– Falcão soltou e o sorriso no rosto da garota se desmanchou de imediato e seus olhos pairaram logo na figura de
Miguel. ––– Ele é filho do sensei. ––– Ele continuou sem perceber o clima constrangedor que teria ficado. ––– Sem compaixão. ––– Ele repetiu a última lição do Cobra Kai que Johnny teria lhes ensinado antes do torneio. ––– Menos com o filho dele. Aí é pra ser frouxo. ––– Ele concluiu com um pouco de raiva na sua voz. Michaela tentava avisá-lo com o olhar para ele parar de falar mas ele apenas juntava as sobrancelhas sem entender. ––– E ele tem uma filha também. ––– O de moicano continuava. ––– Que não acho que esteja morando com o Robby. ––– Ele soltava uma rápida risada. ––– Mas eu entendo ela, se Robby Keene fosse meu irmão eu também não aguentaria ficar morando com eles. ––– Rhea aclarava sua garganta enquanto olhava o chão. Michaela ainda tentava avisar com o olhar para que Falcão parasse de falar. ––– Você tá bem? ––– O de moicano olhava a Diaz que estava se alongando à sua frente. ––– Tem alguma coisa acontecendo com o seu rosto?

––– Oi gente! ––– Aisha chegou rapidamente cortando o clima o constrangedor. Michaela se levantou enquanto aclarava a garganta.

––– Só pára de falar. ––– Ela pediu pronta para ouvir que Aisha tinha a dizer. ––– Você tá
bem? ––– Ela murmurou para Rhea que ainda continuava se alongando no chão vendo-a abanar a cabeça positivamente. Rhea já tinha percebido que Michaela sabia e mesmo que Miguel não tivesse lhe contado na noite anterior ela teria percebido depois da reação de Rhea ao monólogo de Falcão.

––– O que você ia dizer? ––– Rhea aclarou a garganta mais uma vez e olhou Aisha que não parecia estar nada feliz.

––– Eu ia perguntar se vocês viram o
comercial. ––– A garota soltou de uma vez percebendo os quatro se entreolhando confusos. ––– O pai da Samantha abriu um dojo e ta falando mal do Cobra Kai. ––– Disse irritada entregando o seu celular a Miguel para que pudesse ver com os próprios olhos.

***

Kendall e Robby estavam desde cedo no dojo para treinarem alguns golpes juntos como nos velhos tempos.

Brown tentava atingi-lo com uma sequência de socos que foi bloqueada por Robby, que não deixou barato e logo tentou acertar um chute em suas costelas mas Kendall rapidamente impediu.

Robby tentava acertar um soco na parte superior do seu corpo mas Kendall foi mais rápida e se agachou minimamente para que não a atingisse, como o garoto não quis desistir tentou outro soco na parte superior do seu corpo apenas não contava que a garota fosse segurar seu punho e acertar suas costelas.

––– Não esquece, continua se movendo em círculo. ––– A garota o aconselhou.

––– Lembra que eu quase cheguei na final do torneio regional? ––– Ele a relembrou com um sorriso.

––– Só porquê você não me enfrentou. ––– Brincou soltando uma risada do garoto enquanto pegava sua garrafa de água que estava ali perto.

––– Olha só, eu queria te agradecer. ––– Ele soltou rapidamente vendo a garota tomar um gole de água.

––– Pelo quê? ––– Ela tirou a garrafa dos lábios e juntou as sobrancelhas confusa.

––– Por... tudo. ––– Ele deu de ombros quase como se estivesse envergonhado. ––– Sabe, um ano atrás eu só tinha a Rhea, eu nem tinha amigos de verdade.

––– E você ainda não tem. ––– Ela brincou enquanto fechava sua garrafa tirando outra rápida risada do garoto.

––– E eu estava tomando péssimas decisões. E aí eu te conheci, e tudo pareceu ficar mais leve. E mesmo depois de tudo você continua aqui. Muitas pessoas teriam pulado fora do navio na primeira onda forte que me vissem enfrentar, mas você ficou e continua me ajudando a controlar o barco a cada tempestade. ––– A garota deu um leve sorriso de canto honrada pela pequena declaração de Keene.

––– Como você conseguiu transformar sua vida em uma metáfora sobre navios? ––– Ela brincou fazendo uma careta o que fez Robby soltar uma risada enquanto se aproximava.

––– É sério! ––– Ele exclamou sorrindo. ––– Durante todo esse tempo eu fiquei tão focado em cuidar da Rhea e da minha mãe que esqueci como era a sensação de ser cuidado por alguém, até conhecer você, Kendall. ––– O espaço entre os dois era quase nulo, eles conseguiam facilmente sentir a respiração um do outro mas ainda assim não estavam tão perto quanto gostariam.

––– É o que os amigos fazem, Robby. E que bom que o navio acalmou um pouco para que eu possa tirar umas férias, cuidar de você é cansativo, sabia? ––– Ela brincou mais uma vez vendo o garoto se afastar um pouco para rir e no fundo ela se sentiu mal por isso, não queria que ele se afastasse, alguma coisa dentro dela queria até que ele se aproximasse mais.

––– Nem todos os amigos fariam metade daquilo que você fez por mim. ––– Ele declarou com um sorriso de canto. Kendall não teve nem tempo de pensar em algo para responder que logo a voz de Daniel se fez presente na parte de trás do dojo. O sensei vinha junto a Samantha de dentro da casa.

––– E aí, gente! Chega de conversa, vamos ver como vocês estão. ––– Os dois olharam rapidamente quando ouviram a voz de
Daniel. ––– Boa tarde! ––– Ele exclamou quando percebeu a presença de dois garoto atrás dele.

––– Oi, estamos procurando o Miyagi-Do. ––– Um deles afirmou colocando as mãos no bolso.

––– Estão no lugar certo. ––– O homem informou com um sorriso.

––– Falaram que as aulas são de graça. ––– O outro garoto disse. Kendall e Robby estavam atravessando o quintal depois de perceberem a presença dos garotos.

––– E são mesmo! ––– Daniel confirmou. ––– Prontos para começar? ––– Ele perguntou fazendo os garotos se entreolharem afirmando decididos. ––– Tem umas latas de tinta lá na frente, a cerca precisa de pintura, o Robby vai mostrar pra vocês. ––– Ele dizia enquanto o brilho nos olhos dos garotos iam sumindo a cada palavra.

––– Quer que a gente pinte a cerca? ––– O garoto que referiu as aulas gratuitas perguntou confuso.

––– Mente aberta, pessoal. Tudo vai fazer sentido. ––– Robby afirmou com uma sorriso.

––– Para aprender o caratê do Miyagi-Do vocês precisam se livrar de vários conceitos errados sobre treinamento. ––– Daniel tentava esclarecer.

––– Ah, eu sabia que era roubada. ––– O primeiro garoto afirmou. ––– Foi só um golpe para trazerem as pessoas para trabalharem no seu quintal, não é?

––– Não! Isso é parte do processo.

––– Sei, do processo. ––– O segundo garoto repetiu. ––– Minha mãe tava certa, tem que ficar esperto com vendedores de carro.

––– Não tô tentando vender nada. Eu só quero ensinar caratê.

––– Vamo bora. ––– O primeiro garoto
declarou. ––– Vamo dar uma olhada naquele lugar com a cobra. ––– Disse indo embora deixando o quatro se entreolhando.

***

––– Tá rolando um boato por aí, ––– Johnny começava com uma certa confiança enquanto Aisha o seguia gravando-o com o seu
celular. ––– sobre o tal caratê de graça, mas todo mundo sabe que na vida você recebe pelo que paga. ––– Ele apontava na direção do celular como se falasse com o público. ––– Quer arrasar na competição? ––– Perguntava retóricamente se virando para um dos alunos ao seu lado que segurava um bonsai que todos sabiam ser a marca registrada de Daniel LaRusso e do caratê Miyagi-Do, com pouco esforço Johnny chutou o bonsai e o quebrou. ––– Então venha logo para o Cobra Kai. ––– Se virava novamente para Aisha que segurava o celular. ––– Que se dane esse lance de meditação, você precisa é de uma luta de verdade, o bom e velho caratê americano. ––– Ele soca a cara do boneco de treino. ––– Chega de autodefesa. ––– Ele declarava na direção do celular. ––– Aprenda a atacar. Não seja um covarde. Venha para o Cobra Kai e deixa eu te ensinar o método do punho.

––– E... corta. ––– Aisha anunciava clicando no botão para parar de gravar e baixando o celular.

––– Deu certo?

––– Acho que sim. ––– A garota confirmava com um sorriso.

––– Ótimo! Não esquece de colocar a cobra do Cobra Kai no fim, tá bom? Quero que apareça bem. ––– Ele pedia enquanto começava a se dirigir para fora do cómodo. ––– Faz ela cromada. E põe Thunderstruk de fundo. ––– Ele pedia andando de costas até a parte de trás do dojo.

––– Aposto que vai custar bem caro pra ter essa música. ––– Aisha o avisava.

––– Não. Eu já tenho. A fita tá no carro. ––– Disse inocentemente recebendo olhares confusos dos alunos. ––– E põe aquela hashtag no fim: Equipe Cobra Kai. ––– Ele pediu um pouco mais alto. ––– E manda para a
internet! ––– Exclamou deixando os alunos sozinhos no cómodo e abrindo uma porta na parte de trás do dojo em que tinha algumas pessoas trabalhando. ––– Aí, fala para o balofo do Zarkarian tirar esse lixo daqui. ––– Ele reclamou com um trabalhador que carregava algumas caixa para o lado esquerdo. ––– Eu tenho um monte de aluno novo, isso aqui não é mais um deposito.

––– Sensei a gente pode conversar? ––– Miguel perguntou chegando junto a Falcão.

––– Se for sobre o comercial, eu já sei.

––– Não é sobre o comercial. ––– Falcão foi rápido em refutá-lo. ––– É sobre o Robby Keene.

––– E o que tem ele?

––– Eu vi a foto dele na sua geladeira. ––– Miguel confessou com receio. ––– Eu não tava xeretando, mas sabemos que ele é seu filho.

––– Por isso ficou bravo com a gente depois do torneio, não é?

––– Acham que foi isso? ––– Johnny perguntou percebendo o silêncio que se seguia dos dois garotos. ––– É, o Robby é meu filho, mas isso não tem nada a ver em como eu dirijo o dojo. E também não é da conta de vocês, entenderam?

––– Sim, sensei. ––– Miguel respondeu com desânimo.

––– Mas, mas sensei, eu...

––– Não tem essa de mas. ––– Johnny rapidamente cortou a fala de Falcão. –––
Saiam! ––– Ele pedia autoritariamente. ––– Vão limpar os tatames o resto da semana. ––– Falcão olhava para Miguel esperando que ele dissesse algo, para a sua surpresa Miguel apenas assentia com a cabeça vagarosamente. O de moicano se submeteu apenas a cumprimentar o sensei e sair do local, voltando para o dojo principal. ––– Mais alguma coisa, senhor Diaz? ––– Ele perguntou percebendo o garoto dar um passo à frente e negando com a cabeça em resposta à pergunta do sensei.

––– Na verdade, sim. ––– Ele disse em um suspiro. ––– Sobre a Kendall.

––– O que tem ela? ––– Johnny hesitou ao se lembrar da notícia que teria lido mais cedo.

––– O que você sabe sobre o passado dela, antes dela se mudar para cá? ––– Ele perguntava com receio ainda tendo fresco na memória a notícia que tinha lido na noite passada.

––– Nada. ––– O homem deu de ombros. ––– Nunca perguntei pra ela. Percebi que ela nunca se sentiu confortável para falar sobre isso.

––– E o que sabe sobre os pais dela?

––– Não sei muito sobre eles. Éramos amigos na adolescência mas não nos falamos à muito tempo. Mas porquê está me perguntando tudo isso?

––– É que... eu li uma notícia ontem à noite que falava sobre a Kendall...

––– Ter matado a adversária na final do
torneio? ––– Ele viu Diaz juntar as
sobrancelhas. ––– É! Eu também li hoje de manhã. ––– Esclareceu.

––– Então o que a gente faz?

––– Como assim o que a gente faz?

––– A gente deveria falar com ela sobre isso e tentar entender toda essa história.

––– O quê? Claro que não. ––– Johnny negou rapidamente. ––– Se ela não contou é porque não tá pronta ainda para revelar certos detalhes da vida dela. E nós temos apenas de respeitar isso.

––– Ela matou alguém, sensei.

––– E não deveríamos condená-la por isso. Todos nós fizemos algo no nosso passado que não nos orgulhamos. E claramente ela não estava planejando matar aquela garota ou então não teria parado de treinar caratê por anos.

––– Mas, sensei...

––– Não tem mas, se ela quiser nos contar ela vai nos contar. ––– Johnny o cortou com arrogância. Miguel apenas suspirou enquanto o cumprimentava dos mesmo jeito que Falcão teria feito minutos antes e foi embora.

***

––– Vou te falar uma coisa. ––– Kreese começou apoiado em uma perna só, encostado em uma pilastra tirando um charuto apagado da boca enquanto Johnny passava à sua frente. ––– Isso não é nada bom. ––– Johnny parou contrariado para ouvir o que o seu antigo sensei dizia. ––– O LaRusso treina o seu filho como se fosse dele, e de quebra ainda treina também a filha da Claire, sabendo perfeitamente que você tem um apego na garota.

––– Valeu pela preocupação. ––– Johnny disse com indiferença voltando a caminhar até o carro.

––– Eu não sei como aguenta isso. ––– Ele disse um pouco mais alto andando até o carro de Johnny. ––– Você é quem devia treinar eles. ––– O homem declarou colocando o charuto na boca e o acedendo com um isqueiro.

––– Mas isso não vai rolar nunca.

––– Olha, nunca diga nunca. Eu nunca pensei que veria o Cobra Kai de novo. O meu melhor aluno apareceu para me mostrar que nada é impossível. Eu vi como aquela garota lutou no torneio, ela é uma cobra nata. E facilmente acabaria com qualquer um dos seus alunos se levasse o caratê a sério.

––– Ela leva o caratê a sério. ––– Johnny afirmou defendendo a garota.

––– É, ela chegou na final do torneiro, mas, –––O homem deu alguns passos para a frente ficando à frente de Johnny. ––– nós dois sabemos que ela não leva o caratê a sério. Porque se levasse ela teria acabado com aquele mexicano em segundos. ––– Deu de costas dando alguns passos deixando Johnny sozinho perto do
carro. ––– Se quer que o Cobra Kai seja o melhor dojo da cidade, ––– Ele se virou uma última vez. ––– você precisa fazer de tudo para trazer aquela garota para o Cobra Kai. Ou apenas ter muita esperança de que ela não vai começar a levar o caratê a sério, porque não tem a menor chance que qualquer um dos seus alunos consiga vencê-la. ––– Kreese deu um pequeno sorriso de canto quando percebeu a expressão pensativa de Johnny. ––– Mas, que bom que ainda tem aquele mexicano.

––– O Miguel é equatoriano.

––– Dá no mesmo. ––– Ele via Johnny abrir a porta do carro e colocando suas coisas lá dentro. ––– É bom torcer pro LaRusso não chegar perto dele. ––– Ele o avisou e rapidamente deu de costas indo embora.

***

O dia estava quente e ensolarado, um típico dia de verão em West Valley. Hoje aconteceria o festival regional do quatro de julho, e Daniel teria decido que era uma boa ideia fazer o Miyagi-Do se apresentar de última hora.

Como ainda faltavam algumas horas para a apresentação do Miyagi-Do, Robby, Samantha e Kendall estavam treinando alguns movimentos. Robby e Samantha estavam frente a frente fazendo os mesmos movimentos enquanto Kendall relembrava uma sequência com uma vara de madeira que Daniel havia pedido.

Na primeira vez que Kendall foi na casa de Samantha quando eram pequenas ela viu Daniel fazendo essa mesma sequência no seu dojo em casa, e como seu amor por caratê ainda era gigante na época ele perguntou se ela queria aprender e ela obviamente não recusou.

E hoje seria a primeira vez que mostrariam essa sequência juntos para alguém. Porque os planos que Daniel queria fazer na apresentação seriam impossíveis de se realizarem com um número ímpar de alunos, então disse a Kendall que ela apenas faria o mesmo que ele por ser a única a já ter conhecimento da sequência que ele queria fazer.

––– Oi, gente! Obrigado por terem vindo. ––– Daniel cumprimentou Robby e Samantha que pararam o treino para cumprimentá-lo também.

Daniel já teria cumprimentado Kendall quando ela chegou mais cedo que Robby e Samantha. Ele pediu para ela vir mais cedo para conseguir ensinar-lhe cada passo que eles fariam com mais calma.

––– Como é que estão? ––– Daniel perguntou aos dois enquanto Kendall passava a sequência mais uma vez.

––– Meio em cima da hora, mas acho que a gente consegue. ––– O garoto respondeu com algumas confiança.

––– Ótimo!

––– Eu tava pensando em terminar com um chute giratório. ––– Samantha sugeriu.

––– Não se preocupe com isso. Deixa com a gente. ––– Ele descartou a sugestão olhando para Kendall que continuava concentrada repetindo a sequência.

––– Pra que isso? ––– Robby perguntou olhando para trás se referindo a uma pequena escultura de madeira com cinco buracos na parte superior que serviria para segurar alguma coisa.

––– Isso? ––– Daniel virou de costas na direção de uma geleira.

––– Isso é pro grand finale. ––– Kendall parou pela primeira vez a sequência depois de horas treinando. Sua expressão fechada revelava o quão concentrada estava. Mesmo não estando a realizar a sequência com o corpo ela estava repetindo na sua mente.

––– Que grand finale? ––– O garoto estava ainda mais confuso.

––– Você vai ver. ––– Daniel declarou segurando uma placa de gelo com um sorriso prazeroso no rosto causando uma troca de olhares entre Robby e Samantha.

Samantha percebeu que Kendall teria voltado a praticar a sequência novamente. Por conhecer tão bem a melhor amiga amiga percebeu que aquele humor antipático não era apenas concentração.

––– Oi! ––– A LaRusso ia chegando com cautela vendo Kendall pousar a vara lentamente. ––– Acha que pode fazer uma pausa? ––– A garota tentou sorrir carinhosamente recebendo um suspiro pesado de Kendall. ––– Você tá treinando essa sequência à horas. Acho que até eu já decorei só de ver. ––– A garota brincou na esperança de retirar um sorriso da amiga. ––– Eu só quero conversar um pouco, vamos comer alguma coisa e conversamos e depois você volta, é rápido eu juro. ––– Um pequeno sorriso vencedor cresceu nos lábios de Samantha quando viu a garota revirar os olhos amigavelmente.

––– Mas precisa ser rápido. ––– Ela tentou forçar um pequeno sorriso. ––– Ainda tem uma parte da sequência que eu não tô conseguindo pegar nem por nada. ––– A sua tentativa de sorriso logo se desfez para que Samantha percebesse que ela estava falando sério.

As duas começaram a se afastar de Robby e Daniel em direção às bancas de comida.

––– Tá tudo bem com você? ––– Samantha disse de uma vez quando percebeu que estavam longe o suficiente de Daniel e Robby. Kendall apenas abanou sua cabeça positivamente.

––– Eu só tô focada na apresentação. Sabe, é a primeira apresentação do Miyagi-Do ao público.

––– Kendall... eu sei que não é só isso. Você pode me contar o que realmente está acontecendo sabe disso, né? Eu sempre vou tentar te entender e estar do seu lado. ––– Kendall a olhou por algum tempo soltando um suspiro e pegando seu celular do bolso que se abriu instantaneamente na notícia que tinha sido publicada à pouco tempo que tinha seu nome a cada duas linhas e mostrou a Samantha lhe entregando o celular aberto nessa notícia. ––– O que é isso? ––– A garota perguntava confusa enquanto parava para começar a ler a notícia.

––– Quer saber porquê eu tô desse jeito? ––– Ela parou ao lado da amiga cruzando os braços. –––Esse é o motivo. ––– Apontou rapidamente para o celular.

––– E o que é isso? ––– Ela perguntou confusa retirando o olhar do celular por rápidos segundos.

––– Seu pai não te contou? ––– Kendall retribuiu a pergunta um pouco surpresa.

––– Não... o que ele deveria ter me contado?

––– Nada. Só lê isso aí e aí eu respondo todas as perguntas que você tiver. Mas, vamo sentar. Porque essa conversa vai ser longa.

As duas garotas foram até a lanchonete mais próxima tomar um milskshake. ––– Algo que as duas sempre adoraram fazer juntas: tomar um milskshake e conversar sobre a vida. Geralmente era assim que as duas tomavam as decisões mais importantes da vida delas com a aprovação e opinião da outra.

Samantha pousava o celular de Kendall em cima da mesa e bebia um pouco do seu milkshake sem dizer nada ou ter qualquer tipo de reação.

Kendall intercalava o olhar confuso entre o celular na mesa e Samantha que mexia o milkshake com o canudo.

––– Você já leu? ––– Kendall finalmente quebrou o silêncio ainda intercalando o olhar com suas sobrancelhas juntas. Samantha apenas assentiu ainda sem olhar a amiga à sua frente. A morena ficou em silêncio ainda esperando uma resposta ou qualquer tipo de reação. ––– E aí? Não vai falar nada?

––– O que quer que eu fale? ––– A ondulada deu de ombros voltando a beber o milkshake.

––– Eu sei lá. Me pergunta porquê eu fiz isso ou me culpa, eu sei lá, Samantha. Só fala alguma coisa.

––– Mas eu sei que não foi sua culpa. ––– Samantha transparecia uma calmaria que nenhuma outra pessoa teria tido quando souberam sobre o grande incidente.

Geralmente todos que souberam ficavam em choque ou com medo, mas Samantha estava calma e indiferente ao que acabara de ler.

––– Você... sabe?

––– É, eu sei porque conheço a pessoa que você é. ––– A surpresa na expressão de Kendall foi automática quando ouviu as palavras da amiga. ––– Kendall, eu sei que você nunca iria machucar ninguém propositadamente. E mesmo se o tivesse feito sei que não voltaria a fazer agora. E não tem motivo algum para estar preocupada por terem publicado essa notícia, porque quem te conhece de verdade sabe que isso não passou de um mal entendido e que claramente só estavam tentando sujar o seu nome quando escreveram e publicaram isso.

––– Mas... e se eu realmente tiver feito isso? ––– A garota perguntou quase em um sussurro com os olhos fixos no seu colo enquanto brincava com seus próprios dedos. Samantha deu um leve suspiro seguido de um pequeno sorriso de canto quando percebeu a expressão de Kendall. 

––– Se você realmente tiver feito isso. ––– Ela segurou as mãos de Kendall dando ênfase na primeira palavra. ––– Tudo bem. As pessoas comentem erros, Kendall. E seus erros nunca irão definir a pessoa que você é. É o que você decide fazer depois de errar que importa. Você deu uma segunda chance pro caratê ainda temendo que pudesse cometer o mesmo erro, mas se esquece que você não é mais aquela garotinha de dez anos que era manipulada por todo mundo. Você é a melhor lutadora que eu conheço. E você se esforçou tanto pra chegar onde chegou e pra dar outra chance pro caratê, não desperdice isso porque alguém que nem te conhece publicou algo tão idiota na internet.

––– Você não vai mesmo me julgar? ––– Kendall ainda mantinha seus olhos fixos nas suas mãos que brincavam uma com a outra para se
distrair. A garota levantou o olhar quando percebeu a amiga sorrindo. ––– Nem um pouquinho?

––– Não é o meu estilo. ––– Samantha afirmou soltando um pequeno sorriso olhando a feição de Kendall se suavizar de alívio.

A noite tinha caído como uma pena enquanto Samantha e Kendall conversavam. As apresentações no palco principal do festival já tinham começado e o momento da apresentação do Miyagi-Do se aproximava mais a cada momento.

A ansiedade de Kendall só aumentava o que para a garota era o mais comum antes de qualquer coisa que tivesse que fazer em frente a um público devido ao seu temido medo de errar.

Os três adolescentes estavam junto a Daniel atrás de um segundo palco onde iriam se apresentar. Kendall inspirava fundo pelas suas narinas e soltava o ar pela boca desejando que seu coração parasse de bater tão aceleradamente e que suas mãos e pernas parassem de tremer, aquela junção de sentimentos era um filme de terror vivido em primeira pessoa e por muito que tentasse, sua mente não conseguia se distrair do facto que tinham dezenas de pessoas esperando que ela fosse perfeita.

A última apresentação antes da do Miyagi-Do tinha terminado e Kendall apenas percebeu quando ouviu a apresentadora apresentando o dojo e que os aplausos ––– Que fizeram sua mente voltar à realidade. ––– começavam a vir na direção do palco secundário em que os quatro se encontravam.

A apresentação do dojo estava começando com os quatro se apresentando ––– No lado esquerdo estavam Robby e Kendall e no lado direito Samantha e Daniel. ––– Samantha e Robby começavam fazendo um pouco da sequência que treinaram no deck de água uns dias antes enquanto Daniel e Kendall ––– Que estavam alguns passos mais atrás. ––– fizeram uma clássica sequência de defesa em que davam um soco no ar pra frente e passavam esse mesmo braço na frente do outro girando-o e fizeram o mesmo com o outro braço em perfeita sincronia. E a primeira parte da apresentação dos quatro terminou com todos fazendo o mesmo movimento ––– De levar os dois braço ligeiramente para trás e terminar com deles com o punho cerrado na direção do chão e outro um pouco encolhido nas
costelas. ––– em perfeita sincronização.

Os aplausos do público começaram quando o quatro cumprimentaram o público novamente.

––– Acham que vai ter luta? ––– Moon que assistia ao lado de Parker e Demetri perguntou confusa vendo a apresentação deles.

––– Eu acho que sim. ––– Demetri respondeu com as sobrancelhas juntas sem muita convicção.

––– Eu não tô nem aí se vai ter luta ou não. ––– Parker comentou com um pequeno sorriso no rosto virando-o ao perceber os olhares dos outros dois em si. ––– A Kendall tá indo muito bem. Pra mim é a única coisa que importa. ––– Ele deu de ombros para os dois e voltou a assistir a amiga que estava visivelmente focada em cima do palco.

Em cima do palco Samantha e Robby se colocaram em posição de defesa nos extremos do palco dando espaço para que Kendall e Daniel pudessem ter espaço para realizarem a sequência que Kendall treinou a tarde toda.

Já tinham se passado anos desde que Kendall tinha parado de treinar aquela sequência mas por mais incrível que parecesse era como se ela nunca tivesse parado. A sequência continuava fresca em sua memória mesmo que a sua ansiedade tenha tentado apaga-lá da sua mente para se focar apenas no público que enfrentaria.

Kendall e Daniel giraram o bastão de madeira algumas vezes enquanto caminhavam para frente do palco para se virarem de costas para o público enquanto ainda giravam o objeto de madeira.

Em contrapartida Samantha e Robby praticavam uma sequência com apenas golpes de defesa em perfeita sincronia. Os dois chegaram até a rolarem no chão e a se equilibrarem em um único joelho para terminarem a segunda parte da apresentação.

Samantha e Robby se levantaram e logo se colocaram em posição de luta de costas para o público no mesmo segundo que Kendall e Daniel se colocaram de costas um para o outro e viam os dois adolescentes localizados na parte da frente do palco trocando de lugar.

Kendall e Daniel atacaram Robby e Samantha com os bastões de madeira e em poucos segundos os dois bloquearam o objeto ao mesmo tempo.

Os dois tentaram acertar os adolescentes mais uma vez antes de trocarem de lugar e tentarem acertá-los e o bastão acabou nas atingindo a nenhum dos dois dando espaço para que eles pudessem pular para frente enquanto cambaleavam por cima dos bastão fazendo-os passar para a parte de trás do palco.

Kendall e Daniel fizeram alguns pequenos movimentos antes de pousarem o bastão ao lado do corpo e cumprimentarem o público fazendo-os perceber que mais uma parte da apresentação teria terminado.

Kendall deixou escapar um sorriso orgulhoso ao trocar um olhar cúmplice com Daniel.

––– Vamos agora ao grand finale. ––– Daniel anunciou olhando o público com um sorriso realizado no rosto.

Daniel saiu animado até a parte de trás do palco juntos aos seus três alunos. Ele trazia para o palco com a ajuda de Kendall o pequeno objeto de madeira com cinco blocos de gelo nele que Robby teria se referido mais cedo.

Kendall e Daniel se entreolharam confusos quando repentinamente a luz do festival tinha acabado e algumas vozes vindos de trás do público gritavam 'Cobra Kai' fazendo todos olharem para trás vendo todos os alunos do Cobra Kai chegando em uma fileira em corrida lenta perto do palco.

Os olhos de Kendall quase como automaticamente se direcionaram a Miguel e Falcão que lideravam os alunos na direção do palco principal enquanto todos continuavam gritando o nome do dojo.

Em um rápido momento Samantha e Robby se colocaram ao lado de Daniel e Kendall no palco compartilhando da mesma expressão confusa que os dois tinham quando observaram todo o público seguindo o Cobra Kai até o palco.

––– O que é que tá acontecendo aqui? ––– Daniel soltou confuso.

––– Você contou pra eles da nossa apresentação? ––– Samantha com seu tom confuso perguntou a Kendall que não conseguia tirar seus olhos do palco em que eles teriam se direcionado.

––– O que? ––– Kendall olhou a amiga quase ofendida. ––– Claro que não! Eu não faço ideia como eles souberam da nossa
apresentação. ––– Seu rosto virou novamente para o palco vendo um banner com a logo do Cobra Kai sendo colocado no palco.

A garota imaginou o sorriso vitorioso que estaria no rosto de Johnny quando o percebeu ao lado do palco.

Kendall soltou um suspiro antes de sair apressadamente de perto dos seus amigos e de Daniel. Seus passos eram repletos de raiva e decepção, e em um curto espaço de tempo ela chegou perto do sensei do dojo rival.

––– Que merda você pensa que tá fazendo? ––– A garota já soltou irritada quando se colocou ao lado de Johnny. Lawrence não se surpreendeu pelo tom de voz da garota, afinal aquele tom de voz ácido já eram comum nas interações dos dois.

––– Pensa que só o LaRusso pode vir se apresentar nesse festivalzinho cafona? ––– Johnny respondeu com um sorriso brincalhão no rosto ainda focado na apresentação dos seus alunos.

––– A questão não é essa. ––– Ela revirava os olhos voltando sua cabeça na direção do palco secundário em que Daniel, Samantha e Robby estavam. ––– Vocês nem deixaram a gente terminar nossa apresentação.

––– Você considera aquilo uma
apresentação? ––– O homem soltou uma rápida risada nasal. ––– O público inteiro tava quase dormindo.

Kendall já estava tão irritada com a ignorância de Johnny que deu alguns passos e virou o rosto na direção contrária do palco onde o Cobra Kai estava se apresentando.

––– Cobras, mostrem pra eles como é o verdadeiro caratê. ––– Johnny gritou para o alunos no palco ao perceber a garota se distanciando um pouco.

Brown bufava de irritação pela audácia deles terem aparecido e estragado a apresentação do seu dojo.

Seus olhos vacilaram na direção do palco no exato momento em que apenas tinha Miguel nele. O garoto nem precisou pensar em procurá-la no público porque quase que automaticamente seus olhos pairaram na garota um pouco afastada do palco com um kimono branco.

Por apenas um segundo era como se nada mais existisse ou importasse, era como se Miguel tivesse aceito fazer toda essa apresentação apenas para poder olhá-la mesmo que de longe.

Samantha que tinha uma expressão decepcionada para o palco em poucos segundos conseguiu transforma-la em completa animação e confusão ao percebeu a troca de olhares entre Miguel e Kendall deixando até escapar um pequeno sorriso de canto.

A garota olhava para os lados se perguntando como mais ninguém via o que ela estava vendo, como ninguém nunca tinha percebido que os dois sempre se procuravam não importando o tamanho da multidão onde se encontravam.

LaRusso sabia que deveria estar brava com Kendall pelo jeito que olhava o seu ex namorado, mas como ela poderia? Era a primeira vez de Kendall se apaixonando por alguém, mesmo que ela não tivesse percebido isso ainda.

Kendall esquecera por completo do porquê estava brava quando viu Miguel em cima do palco olhando para ela. Seu estômago se embrulhou de dentro para fora e seu coração acelerou tão rapidamente que a única coisa em que sua mente podia pensar era em tentar controlá-lo para que ele não saísse pela sua boca.

A garota voltou para perto de Johnny para assistir o resto da apresentação dos seus amigos depois da trocar de olhares que teve com Miguel.

––– Tá vendo isso, pirralha? ––– Johnny apontou com os olhos na direção do público. ––– Isso é uma apresentação. Onde o público realmente está se divertindo e gostando do que estão assistindo.

Kendall fingiu não ouvir uma única palavra que saiu da boca de Johnny para que não existisse a possibilidade de ela falar alguma coisa que pudesse estragar ainda mais a relação deles.

O loiro se sobressaltou quando a garota ao seu lado começou a pular e aplaudir tão fortemente por estar animada de ver Michaela tendo seu próprio momento de brilho em cima do palco.

Michaela estava encenando uma luta com uma outra garota, na qual Michaela apenas atacava e a sua oponente apenas usava a defesa e Diaz estava vencendo propositalmente certamente para demonstrar apenas que como no Cobra Kai era tudo questão de ataque os métodos eram mais eficazes do que os do Miyagi-Do que era conhecido pela defesa.

Mas em um rápido momento a sua expressão vacilou ao perceber que a oponente de Michaela era Rhea usando o kimono preto e amarelo do Cobra Kai e olhando Johnny como se tivesse esperando algum tipo de aprovação.

Brown intercalava o olhar entre Johnny e Rhea tentando assimilar o que estava acontecendo, quando percebeu que talvez a garota tivesse mentido onde estava passando essas últimas noites tentou procurar Parker na multidão sem conseguir se mover devido ao choque de vê-la vestindo aquele kimono.

Kendall virou rapidamente o seu rosto ao se lembrar que Robby ainda deveria estar assistindo. Os dois tinham as mesma expressão confusa e chocada em seus rostos mas Robby baixou o rosto decepcionado.

––– Aquela ali é a Rhea? ––– Quando a garota teve coragem suficiente para perguntar a Johnny se a imagem da garota no palco tinha sido apenas fruto da sua imaginação percebeu que Johnny já estava junto aos seus alunos em cima do palco pedindo que eles colocassem fogo em um bloco com alguns tijolos maciços para que ele pudesse quebrá-los logo em seguida.

Kendall olhava com decepção para o palco que continha todos os seus amigos sendo vangloriados. E se perguntava em que momento ela teria se perdido tanto para não conseguir mais se sentir feliz pelas conquistas e felicidade daqueles que mais torceram e ficaram felizes por ela e nesse momento pensou que seus pais talvez estivessem certos ao sempre trazerem à tona que ela era ingrata demais com todos aos seu redor.

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