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12-Aniversário

Após o drástico golpe que levei com a ingratidão grosseira de Victor, estive pensando no quanto entreguei de mim nestes dias.

Não foi Júlia, não foi Carlota e nem Marcos... fui eu.

Aquele arrogante pensa que pode falar comigo daquele modo e as coisas vão ficar assim? De modo algum, não vou passar por cima do meu amor próprio e dignidade.

— Mãe, você vem comigo colocar as tranças? — Pergunto a ela, terminando de secar os pratos da louça do almoço.

Meu pai está varrendo o chão para colaborar, afinal é o mínimo né, já que também mora aqui e suja a casa... a mão não irá cair se cooperar.

— Vou sim filha, já aproveito e faço uma hidratação. — Ivone responde organizando os enfeites da mesa e a travessa de vidro vazia já limpa.

— Querem que eu leve vocês? — Oferece meu pai de bom grado.

— Não precisa, é aqui pertinho e quero exercitar as pernas. — Respondo por nós duas, acabo meu afazer e suspiro fundo.

Estou com dor de cabeça e não consigo parar de pensar nos acontecimentos do dia anterior. Por sorte hoje estou de folga e não terei que enfrentar o peso corrosivo que é ver Victor me tratando como a vilã da história.

Saímos para o salão de beleza que fica algumas ruas acima e mantenho o silêncio enquanto os pensamentos tornam fumaça minha mente exausta.

Acho que vou distrair minha mente tomando um bom vinho ou qualquer bebida forte depois de sair do salão, ou quem sabe fazer uma nova tatuagem, já tenho uma no pulso direito escrito: e♡︎.
Em homenagem a minha profissão, e: é de enfermagem e o coração representa o amor que sinto.

— Leila, sua patroa não fica incomodada com sua maquiagem filha? — Minha mãe se preocupa com qualquer julgamento duro que eu possa sofrer por minha opção de estilo.

— Não mãe, nos primeiros dias passei uma mais leve... mas, depois ela não disse nada, então acho que tudo bem. — Explico distraída, me perdendo sob as ruas que arrasto meus pés.

Carlota não é preconceituosa, por sorte... ou é o mínimo que faz, afinal de contas a roupa que eu vestir ou a cor da maquiagem que eu passar não interfere em nada no meu trabalho e a dedicação com que o faço.

Vaidade não significa fracasso profissional.

— Que cor vai querer. — Questiona Ivone em relação às tranças.

— Acho que roxo, gosto da cor. — Murmuro desanimada ao entrar no pequeno espaço destinado a tal penteado.

— E o comprimento. — Ouço a mulher dos cabelos crespos e bunda grande dizer.

— Desculpe mãe, o que disse? — Não estou assimilando as coisas muito bem hoje.

— Qual comprimento Leila... está com a cabeça na lua é? — Questiona sem paciência após cumprimentar a cabeleireira.

Não é na lua mãe... é nele.

Maldição! Quero tirá-lo da minha cabeça desde ontem a noite quando deitei para dormir.

Dia seguinte.

O frio me faz trincar os dentes, uma pena que não pude aproveitar o mar para surfar ontem, é uma das coisas que mais gosto, senão a que mais gosto de fazer no tempo livre, depois que saí do salão ontem paguei algumas contas e aproveitei para comprar uma calça jeans preta e a camisa mangas longas cor vinho, que por acaso estou usando hoje.

— Bom dia Leila, depois quero falar com você a sós, estou atrasada. — Cumprimenta a mulher do cabelo pixie agora loiro e os brincos de pérolas nas orelhas.

Mal penso em responder e ela desapareceu feito um vulto.

Escuto uma tosse invadindo a casa vazia e ecoando sob as paredes cor creme.

— Está gripado? — Digo ao entrar sem delicadeza no quarto já arrumado dele.

Victor tosse violentamente sem conseguir responder de imediato.

— Não é nada demais... apenas tomei garoa ontem... — Victor é interrompido por mais tosse seca, está sem blusa e o frio cruel não vai lhe fazer bem.

Abro o guarda-roupas e encontro sua jaqueta de couro com zíper, junto dela um cachecol vermelho escuro de tricô.

Vou até a cama e me sento em sua frente, o obrigando a vestir a porcaria da roupa...não estou com paciência hoje.

— Ai. — Resmunga soltando um chiado de incômodo, sem querer o arranhei com minhas unhas stilletto.

Victor solta um sorrisinho sem vergonha.

— Eu gostei da arranhada. — Brinca comigo, num tom malicioso, puxo o zíper da jaqueta com raiva quase o fazendo desprender da roupa.

Quero tirar esse sorrisinho provocativo dos lábios rosados dele... atrevido.

— Anda, vamos tomar um xarope. — O pego pelo braço e Victor fica de pé mesmo com muita preguiça.

— Odeio xarope, de jeito nenhum. — Nega minha pretensão em medica-lo.

Ajeito o cachecol dando mais uma volta em seu pescoço e o faço vir comigo para a cozinha, de pantufas mesmo.

— Está irritada hoje. — Não foi uma pergunta.

Respiro fundo após soltar sua mão gélida e procurar por xarope para expectoração dentro do armário bege claro acima da pia.

— Ouvi você batendo o pé do corredor. — Soa provocativo, busco paciência do fundo do núcleo da Terra para suportar sua gracinha... minha vibe hoje está infernal.

Derrubo trezentos remédios e finalmente encontro o que eu quero, Victor permanece silencioso ainda com o sorrisinho filha da puta nos lábios.

— Vamos Victor, abra a boca. — Mando friamente como a ventania lá fora no dia cinzento.

Victor não move um músculo do maxilar.

— Não quero não. — Rejeita o que eu disse, parecendo uma criança birrenta.

Paciência Leila, paciência para não dar um beliscão nesse braço largo dele...

— Deixe de ser infantil e abre a linda boca senão... — Cogito enfiar o líquido vermelho guela abaixo a força... usei até as palavras inapropriadas, estou tão nervosa que quase gaguejo.

— Senão? — Provoca testando minha paciência e sensatez. Engulo a seco e cerro o punho esquerdo vendo a expressão ousada sob o rosto de olheiras profundas.

— Victor Avelar, por favor, abre a boca. — Mal consigo dizer mais alguma sílaba de tanto ódio que prendo em meu peito.

Victor diminui a distância entre nós dois quase colidindo sutilmente comigo.

— Não gosto de agressividade... se você pedir com jeitinho, talvez eu pense a respeito. — O tom debochado e provocativo aquece minha pele de tão perto que ele está agora.

Filho de uma puta...

— Que se exploda o que você gosta ou deixar de gostar benzinho, vai tomar esta porcaria de remédio e agir feito um adulto ou eu vou ter que gastar mais saliva com você! — O questiono perdendo a paciência e a voz mansa que segurava a fúria.

Victor finge estar boquiaberto em relação a minha atitude impulsiva.

— Calma Leila, não precisa se estressar... Eu vou tomar o remédio sim. — Victor cede de modo cínico, fez isso somente para me zangar, me tirar do sério.

Pego o xarope e ele abre a boca por vontade própria... que desejo eu tenho de socar, pirracento imaturo, argh!

— Queria te fazer um pedido. — Comenta após engolir o remédio sem fazer careta, passando a língua avermelhada no lábio inferior em um movimento sexy... por que tem que agir assim e ainda sim continuar sendo insuportavelmente lindo? Quero explodir de fúria!

Guardo o xarope de volta na caixinha.

— O que. — Pergunto mantendo o tom superficial, remoendo o que ele disse no hospital...não esqueci.

Sinto sua mão pousar em meu quadril com timidez, mas não receio.

Uma corda invisível espreme meu interior.

— Quero fazer o almoço hoje... gosto de cozinhar. — Revela sendo gentil, coisa que é suspeita vinda dele.

As batidas ficam descompassadas e tudo roda em câmera lenta diante da minha visão... não posso me deixar levar.

Victor merece uma lição por ter me tratado daquele jeito, tem que aprender que as cosias que diz pesam e atitudes egoístas machucam.

— Ok, me diz o que pretende e eu irei ajudar. — Replico tão cruel quanto o modo que ele me tratou anteriormente.

Victor suspira parecendo decepcionado, estou apenas revidando.

A partir de agora quero evitar ao máximo trocar mais que meia frase com ele.

Afastando a mão fina do meu quadril — o branquelo muda drasticamente a suavidade que preenchia a face, o muro invisível entre nós reergueu novamente.

Melhor assim.

━━━━━━━✦✗✦━━━━━━━━

Leila na mídia.

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