༶༝☆༝༶ twenty five
S I N A D E I N E R T
Horas. Já se passaram várias horas. E nada ainda. Nenhuma notícia desde que o médico apareceu. Estou aqui, enlouquecendo aos poucos.
Estava destruída por dentro. Liguei para minha mãe, ela surtou ao descobrir que Adam foi preso.
Ela chorou. Claro que eu não me contive e disse "eu avisei" para minha mãe, sempre fui falando o vagabundo que ele era.
Mamãe pediu desculpas para mim. Chorou no telefone. Ela disse que não queria destruir a família. Adam eram um pai incrível com Joalin e Sofya, elas são pequenas... Mereciam ter um tempo com o pai, eu queria que elas tivessem boas lembranças da infância... Mesmo que isso interferia nas minhas boas lembranças. Tudo o que envolve Adam virou algo escuro e mal para mim. No final, a família foi destruída da pior forma... Vendo ele atrás das grades.
E pensar que eu voltaria para Los Angeles hoje... A vida é uma caixinha de surpresas.
[...]
— CADÊ ELE? ONDE ESTÁ MEU FILHO?
Alguém entrava pela porta do hospital. Me assusto mas logo engulo em seco, ao ver que era o Marco.
Chamo o mesmo, e ele vem correndo até mim.
— Cadê ele?! — segura em meus ombros.
— Eu não tive notícias, são só aquelas que eu contei. Nenhum médico veio até agora...
Marco xingava.
— Como meu filho foi esfaqueado em um país que ele nem conhece?
Respiro fundo já sentindo um nó em minha garganta.
— Foi meu padrasto, Marco. Não sei como ele soube onde eu e Noah estávamos hospedados, mas ele nos achou. Adam queria acabar comigo. Estava com uma faca na mão e eu sozinha no quarto. Noah apareceu e eles começaram a lutar, seu filho já estava fraco... Meu padrasto me encurralou contra a parede e quando achei que ele ia me atacar. Noah o jogou para longe e ficou no chão e Adam... O esfaqueou. — as lágrimas escorriam por minhas bochechas. — E nós estamos aqui agora. Meu padrasto foi preso, um lado bom pelo menos.
Não queria entrar me muitos detalhes, não queria ficar relembrando toda hora.
Marco parece processar tudo. Eu limpava as lágrimas e piscava para afastar as que queriam vir. Porra, eu só queria ter marcado meu voo para Los Angeles mais cedo... Evitaria tudo isso.
— Um lado bom? — ri sínico. — MEU FILHO FOI ESFAQUEADO POR SUA CAUSA. — grita.
Encolho meus ombros e coloco uma mecha de cabelo atrás de minha orelha.
— O que houve entre vocês? O que passou na sua cabeça para envolver Noah em seus problemas pessoais?
Eu não respondi.
— SE MEU FILHO MORRER, A CULPA É SUA! VOCÊ DEVERIA ESTAR NO LUGAR DELE! — Marco ao perceber os olhares pairando em nós abaixa o tom. — Era seu padrasto, você deveria ter sido esfaqueada.
O ato de afastar as lágrimas foi em vão, minha visão ficava cada vez mais embaçada.
— Eu sinto muito...
— E agora você só sabe chorar, isso não vai resolver a merda do problema! Seja lá o que você sente por Noah, pare de sentir. Vai poupar a sua dor, ele não é digno para o amor! Eu te avisei no começo dessa viagem, para não se envolver com ele! Sei que você transaram, meu filho me contou e já vou avisando, Noah disse que você foi apenas uma vadia qualquer!
Eu não aguentava mais. Cada vez que minha mente lembrava das palavras de Noah ao telefone... Me sentia humilhada, me sentia usada, me sentia péssima.
Pare de chorar, Sina!
Falava para mim mesma, mas foi tudo em vão.
— Vai embora!
— O quê?
— VAI EMBORA! ESTÁ DESPEDIDA! Não ouse chegar perto do meu filho outra vez!
— Não. Não vou. Noah já tem idade o suficiente, se ele quiser que vá embora... Quero ouvir da boca dele.
Não sei da onde, eu reuni coragem para falar aquilo. Eu estava com raiva e magoada com Noah, mas ele está ali por minha culpa... Precisava me certificar que ele ficaria bem.
— Já não causou danos suficientes? Não tenho notícias do meu filho, quando ele acordar, e se ele acordar... Quero você longe dele!
— Eu sinto muito, Marco. Mas...
— Chega do seu "sinto muito". Nada de "mas". Você vai sair daqui, nem que seja a força. — segura fortemente em meu braço e resmungo com a dor.
Sinto alguém me puxar delicadamente para longe, e via o doutor Klaus. Graças a Deus!
Ao perceber que Marco falava em inglês, parou de falar alemão.
— Senhor vou pedir que você se acalme. Nesse hospital, não toleramos esse tipo de comportamento.
Marcos se afasta e pede para seguranças me tirarem. Ele subornou eles. Via euros saindo de sua carteira e apontava para mim. Teve que fazer isso, já que não tinha um motivo concreto para me tirarem. Não tinha mais nada que eu ou o doutor Klaus, poderíamos fazer.
— ME SOLTEM! — gritava.
Logo sou jogada no lado de fora do hospital. Sem notícias do Noah, sem nada.
Enterro minhas mãos em meu rosto. Estava caída no chão. As pessoas me olhavam, mas não ligava.
Eu queria sumir.
Não queria sentir dor.
Estava cansada mentalmente, isso para mim... É a pior dor que pode existir.
Era isso. Acabou.
Essa viagem chegou ao fim.
Teria que superar Noah. Esquecer tudo. Espero que ele se recupere, se é que ele tenha sobrevivido a cirurgia... Espero que tenha. Mas como eu vou saber? Exato, nunca vou saber se Noah está bem, porque nunca mais quero saber dele depois de tudo o que o mesmo falou, só quero voltar para Los Angeles e fingir que nada aconteceu.
Enxugo minhas lágrimas com as costas das mãos. Chamo um táxi e peço para ele dirigir até o hotel.
[...]
Respiro fundo ao entrar no hotel. Possuía algumas viaturas de polícia ainda. Subo no elevador. Várias ligações perdidas de minha mãe e de Any.
Meu quarto de hotel, estava bagunçado. Duas portas arrombadas, a que Adam arrombou no banheiro... E a que Noah arrombou para entrar no quarto. Via um pouco de sangue no chão, no mesmo local em que Noah foi esfaqueado...
— Droga... — resmungo ao ver uma lágrima cair. — Pare de chorar, Sina... — sussurrava.
O nó em minha garganta se formava. A culpa me preenchia. Eu não deveria ter contado para Noah sobre meu padrasto. Não deveria ter me envolvido com ele.
Tudo foi um erro.
Essa viagem foi um erro.
Pego minha mala que estava no mesmo lugar. No canto da parede. Pego minha mochila que ficaria comigo no avião e saio desse quarto.
Caminho pelo corredor, exploro o bolso do meu jeans e acho a chave do carro que alugamos. Abro minha mochila e pego um óculos de sol e passo meu gloss.
Deixo a chave do meu quarto na recepção e depois vou até o estacionamento e entro dentro do carro. Ligo o rádio e dirijo rápido até o local que alugamos o carro, para devolvê-lo.
Apenas poucas horas para minha vida voltar ao "normal" de novo.
Agradecia o homem velho que me atendeu e entrego a segunda chave do dia.
Peço o segundo táxi. Enquanto eu esperava o mesmo ouvia alguém me chamar:
— Sina!
..................................................
Continua...
Quem será que chamou a Sina? Palpites?
Marco Urrea vai levar um spray de pimenta no olho, se continuar a falar que a culpa é da Sina ✊
Votem muito e não esqueçam de comentar para me motivar a escrever mais 💗
Não tenho muito o que falar hoje então, preparem os surtos 🤡
Hasta Luego✨
-juh
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