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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝐯. finally all in nárnia.

─ CHAPTER FIVE
finalmente todos em nárnia.

SENTADA COM AS COSTAS NUMA ÁRVORE, Bella sentia seu peito subir e descer com leveza. Era bom se sentir livre daquela sensação agonizante do dia anterior, chorar e segundos depois se acalmar nunca foi seu forte mas parece que naquele dia tudo parecia mais lindo. Era como se as lágrimas houvessem lavado a tristeza de seus olhos e, agora, Bella enxergava tudo colorido. Ainda estava magoada com os amigos mas não sentia ódio ou raiva, esses sentimentos haviam caído pelo ralo assim que os perdoou.

Entendia o lado deles, não tinham como provar que ela esteve lá ou não, mas nunca achou que a acusaríam de enganar Lúcia e fazer brincadeiras maldosas com a pequena. Além de que Edmundo era um baita de um mentiroso, isso ela tinha certeza mas ele parecia estranho, nem pareceu sentir remorso ao dizer tais palavras na noite passada; por mais que fosse ruim o tanto que fosse, Lúcia era a irmã dele e Bella achava que ele não ficaria tão bem assim ao fazer a irmã chorar. Tinha algo de errado com ele. Algo que Bella ainda não havia conseguido distinguir.

── Hey, Bella!

Ela desviou a atenção de seu caderno e logo viu os quatro irmãos Pevensie se aproximando. Susana e Pedro tentavam segurar um sorriso camarada em seus lábios, Edmundo tinha a cara fechada e parecia avoado, já Lúcia estava cabisbaixa e tinha um pequeno livro em suas mãos. Bella permaneceu na mesma posição, não moveu nenhum músculo, apenas os vendo se aproximarem.

Por mais que em seu coração já não existisse raiva, o clima entre ela e os Pevensie estava meio tenso e estranho. Nem se quer conversaram no café da manhã como faziam, todos ficaram calados e até que o sr. Kirke tentou puxar assunto, mas logo o silêncio venceu.

── Vamos brincar de baseball. Quer participar?── perguntou Susana, com um taco em mãos.

── Não, obrigada.

E tentou voltar a escrever em seu caderno mas a voz de Pedro chamou sua atenção:

── Tem certeza? Se for por causa do que aconteceu ontem…

── Pedro, não tem nada haver com o que aconteceu ontem, está bem? Eu só não quero estragar a brincadeira de vocês, já que sei que ganharia de lavada dos três aí.── um sorriso brincalhão brotou nos lábios dela e isso fez Pedro sorrir também, sabendo que eles estavam de bem e que Bella não os odiava.

── Bom, está bem então mas, saiba de uma coisa, Evans, você nunca ganharia de mim.── provocou o mais velho.

── O que?! Eu daria uma surra em você no baseball, Pevensie. Tem sorte de eu ter pena do seu ego, não quero pisar nele quando te derrotar.── e virou-se para Susana:── Acaba com ele, Susie! Mulheres ao topo sempre, sei que você vai arrasar.

── Não sou tão boa mas vou tentar, Bella, pode deixar que por você eu vou ganhar. Dedicarei minha vitória a você.── ambas deram um toque de mãos.

Pedro, Susana e Edmundo deram meia volta e correram até um local onde o jogo poderia dar início. Lúcia, pelo contrário, sentou-se ao lado de Bella e encostou sua cabeça no ombro da amiga, passando a abrir o livro em mãos.

── Você está bem, Lu?── questionou Bella, agarrando a mão esquerda da menor para tentar passar conforto. Lúcia nada respondeu mas Bella insistiu:── Lúcia, ainda está com raiva dos seus irmãos?

── Só não acredito que eles preferiram acreditar no Edmundo do que em mim, sabe? O Ed já foi pego por encrenca na escola muitas vezes, já mentiu bastante e enganou a todos. Eu nunca fiz isso. Por que eles preferiram acreditar no garotinho mentiroso que o nariz não cresce? As vezes gostaria que o Edmundo fosse o Pinóquio, assim ele não enganaria ninguém. Eu saí como a boba da história, achei isso ridículo.

── Eu entendo mas ninguém é perfeito, Lúcia. Nós somos humanos e, para nós, acreditar que existe um mundo cheio de neve dentro de um guarda-roupa velho com cheiro de naftalina é meio difícil. Eu acredito que nem Susana e nem Pedro quiseram desmerecer a sua palavra, só acho que acabaram sendo levados pela lógica. Ao crescerem, as pessoas tendem a esquecer da imaginação, das fantasias, das histórias, de tudo. Saiba que um adulto que não acredita na magia apenas porque não há nenhuma confirmação que tenha existido é tão bobo quanto uma criança que acredita que ela exista. Tudo é questão de fé e onde depositamos ela. A fé não é igual para todo mundo, Lu.

── É que…

── Sei que ficou chateada.── a abraçou pelos ombros.── E talvez ainda não esteja pronta para perdoar mas, quando estiver, os perdoe. Remoendo essa raiva você vai estar afetando apenas a si mesma.

── É, talvez você esteja certa.

── Mas me diga, sobre o que está lendo?

Lúcia sorriu automaticamente, estava mesmo querendo mudar de assunto.

── Um livro que achei jogado na biblioteca do sr. Kirke.── ergueu um exemplar de capa vermelho escuro, com algumas letras douradas mas meio gastas, tanto que nem dava para ler o que estava escrito.── É branca de neve e os sete anões segundo Dona Marta. Ela disse que mais tarde poderia ler para a gente se quisessemos. Até que ela é uma pessoa legal quando não aprontamos algo.

── Parece um ótimo livro, boa escolha.

── Obrigada, tinha que escolher algo para me distrair. Mas o que você anda escrevendo aí?

E a pequena apontou para o caderno nas mãos da Evans, este que possuíam algumas coisas escritas, alguns desenhos e algumas colagens.

── Estou fazendo uma espécie de diário.── o abriu na primeira página.── Olhe, escrevi sobre a primeira vez que entramos em nárnia. Falei do sr. Tumnus e tentei fazer um desenho dele, mas ficou meio ruim, depois faço um melhor. Aqui está eu e você andando pelo meio da neve, está bem? Olhe seus cabelinhos curtinhos e suas bochechas rosadas.

── O que tem nesse balãozinho de fala?

── Você contando sobre como Nárnia é agradável.── respondeu.── Veja, você está admirando a neve enquanto eu estou tremendo de frio!

── Céus!── e soltou uma risada gostosa, logo soltando uma exclamação quando Bella mudou de página, ainda mais animada com os desenhos e as frases.

E tagarelaram sobre o caderno de Bella por mais algum tempo até escutarem um alto barulho. Viraram seus rostos automaticamente para onde estavam Pedro, Susana e Edmundo, estes que olhavam assombrados para o alto. Bella ergueu sua face e arregalou os olhos assim que encontrou um grande buraco numa das várias janelas da casa.

Os Pevensie começaram a correr para dentro da casa e Lúcia e Bella não ficaram para trás, trocando um rápido olhar e logo se levantando e apressando o passo para dentro da casa, a fim de alcançarem os outros.

Foi difícil os seguir apenas por seus passos, muitas vezes se confundiram de passagem, já que tinham muitas portas e quartos na casa mas finalmente os acharam, dentro de uma sala de armas. Os três olhavam para algo no chão, com seus olhos horrorizados e o desespero percorrendo pelas suas feições. Bella, após guardar seu pequeno caderno no bolso da saia, se aproximou e ficou entre Pedro e Susana, logo Lúcia se colocando ao seu lado direito alguns segundos depois.

Ninguém nada disse por um bom tempo, até Pedro decidir romper sua voz irritada em vasto silêncio:

── Eu não acredito, Ed!

── Você que quebrou!

── Não é hora para brigas, garotos!── Bella exclamou.

── O QUE É QUE ESTÃO APRONTANDO AÍ EM CIMA?!── a voz estridente de Dona Marta ecoou pelos quatro cantos da sala, fazendo as crianças ficarem com o coração na boca.

── Dona Marta!── avisou Susana, como se indicasse perigo.

Rapidamente fugiram pela porta dos fundos, como se suas vidas dependessem daquilo e provavelmente dependiam. Mal haviam adentrado numa sala verde e logo se conduziram para a biblioteca, depois tentaram abrir portas trancadas, subiram e desceram escadas, além de todos os cinco terem alternado por vezes quem liderava o grupo em busca da salvação. A voz de Dona Marta e sua entoação raivosa estavam se aproximando cada vez mais rápido, como um leão atrás de sua presa. Em resultado (talvez porque estivessem muito avoados ou talvez porque alguma força os puxava para Nárnia) eles acabaram parando dentro da sala do guarda-roupa, com suas respirações ofegantes e seus corações a mil. Edmundo correu até o guarda-roupa e abriu a porta, dizendo:

── Venham, entrem!

'Ah, agora o bobão acredita em Nárnia, hã?', pensou Bella indignada com a cara de pau de Edmundo.

── Só pode ser piada.── resmungou Susana.

Mas os passos pareciam muito mais próximos, então a única solução seria se esconder lá dentro, por mais que existisse um mundo mágico ou não. Os cinco se amontoaram lá dentro, cada um tentando se acomodar no cubículo.

Pedro ficou espiando pela frestinha que havia deixado e Bella juntamente com Susana tentavam olhar por cima de seu ombro, o que não era nada fácil, diga-se de passagem.

Quando passos se aproximavam da sala, ouviram-se Pedro sussurrar:

── Para trás!

E todos passaram a se empurrarem, sendo que o local era ridículo de pequeno e estavam mais apertados que sardinhas numa lata mas o medo de serem castigados era maior.

── Ai! Meu pé!

── Eu nem pisei.

── Calma, vai devagar, Lúcia.

── Meu cabelo, Pedro!

── Parem de me empurrar!

── Vai cair em cima de mim mesmo? Mantenha o equilíbrio para não nos esmagar!

── Auch! Isso dói!

── Tomem cuidado, brutamontes!

── Estão me machucando!

── Está ficando frio ou é impressão minha?

E, por fim, Susana e Pedro acabaram caindo sentados na neve, provavelmente tropeçando no mesmo galho que Bella havia esbarrado da última vez. Os irmãos viraram lentamente e se depararam com uma vasta floresta branca que havia atrás de si. Se levantaram com um pouco de dificuldade e passaram a observar maravilhados o mundo lá dentro. Pedro estava extasiado, sem nem saber que palavras usaria para descrever aquele lugar; já Susana sabia uma: glorioso. Aquele lugar, para Susana Pevensie, combinava muito com o significado de glorioso.

── Impossível!── suspirou a garota de madeixas escuras.

── O lugar é incrível, não é?── questionou Bella, se posicionando ao lado de Pedro.

O garoto a encarou, parecendo procurar palavras certas para falar com a Evans mas não teve essa chance, já que Lúcia chamou a atenção para si.

── Não se preocupem, deve ser apenas a imaginação de vocês.── a menor sorriu provocativa.

── É, bom eu acho que pedir desculpas não seria o bastante.── falou Pedro, completamente envergonhado e intercalando seu olhar entre Lúcia e Bella.

── Bem, definitivamente não é.── respondeu a Evans.

── Bella está certa. Não é, é pouco.

── Mas…── cantarolou Bella, pegando um punhado de neve e o apalpando em sua mão, formando uma bolinha de neve.── talvez isso resolva!

E atirou a bolinha em Pedro.

Não foi muito difícil começarem uma guerra de bolinhas de neve, logo tinham os rostos gelados por causa dos tiros frios que haviam levado do restante das crianças. Bella e Susana, notando que Edmundo parecia meio descolado e avoado, fizeram uma munição cada uma delas e sussurraram:

── Aposto que consigo acertar bem no rosto dele!

── Pois eu duvido. Se conseguir, tem de me pagar… hm… dez dólares!

── Feito, Pevensie.

E apertaram as mãos, como num acordo.

Bella era péssima na mira e, por isso, acertou bem no braço do garoto.

── Auch!── resmungou o moreno, parecendo voltar para a realidade.── Parem.

── Seu mentiroso…── sussurrou Pedro, lembrando das cenas da noite passada.

── Você também não acreditou nelas.── tentou se defender.

── Peça desculpa a Lúcia e a Bella agora, por ter feito as duas passarem por mentirosas tentando se safar. Ande! Peça desculpas!

── Está bem, desculpe!── pediu Edmundo, antes que a coisa ficasse mais feia para seu lado.

── Não tem problema.

── É, afinal, algumas crianças não sabem quando pararem de fingir.── Lúcia completou a fala de Bella, soando sarcástica e ácida.

Bella e Lúcia trocaram risinhos e deram um soquinho, como toque de mão, e Edmundo fez uma careta, indiferente.

── Talvez devêssemos voltar.── sugeriu Susana.

── Não devíamos pelo menos dar uma olhada?── questionou Edmundo, observando tudo ao seu redor.

── Eu acho que Lúcia e Bella devem decidir.── sugeriu Pedro, animado com a ideia de passarem por uma nova aventura.

As duas trocaram olhares animados e, como telepatia, já tinham sua resposta.

── Queríamos que conhecessem o sr. Tumnus!── exclamaram ao mesmo tempo, ansiosas.

── Então vamos conhecer o sr. Tumnus.

Após sua fala, Pedro voltou para dentro do guarda-roupa.

── Mas acho que não devemos andar na neve com essas roupas.── pontuou Susana, tentando se esquentar.

── Não mas aposto que o professor não se importa se usarmos os casacos.── respondeu Pedro, passando a entregar a cada pessoa um casaco quentinho.

── E, afinal, se bem pensarmos nem estamos os tirando do guarda-roupa.── disse a Evans, já bem quentinha, parecendo dentro de um casulo do tanto que o casaco era grande para seu tamanho. Pedro apontou para ela e fez um aceno com a cabeça, como se confirmasse a fala da amiga.

── Mas é um casaco de menina!── resmungou Edmundo, ao receber o seu.

── Eu sei.── Pedro respondeu, impaciente, empurrando contra o irmão.

E todos começaram a andar. Lúcia se saiu bem na missão de guia, andando bem na frente de todos e sempre virando à esquerda ou à direita, reconhecendo tal árvore e por assim vai. Bella, na sua primeira visita, não havia prestado muita atenção no caminho que seguiram, por isso preferiu ficar mais atrás, com seu braço esquerdo entrelaçado no direito de Susana. Pedro jazia no seu outro lado; Bella contou tudo que aconteceu na última visita ao sr. Tumnus e os disse, detalhe por detalhe, todas as histórias que se lembrava sobre Nárnia. Ela estava mais animada que nunca para os apresentar o fauno mas mal sabia que uma triste notícia os aguardava.

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