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21 ➵ Rua de Lembranças

Rua das Flores | Hyunlix

AINDA NÃO esqueci daquele cheiro que estava em você.

A frase do ômega arrancou um resmungo do alfa que se afastou do ômega, ambos deitados na cama quentinha, o navio estava novamente navegando em meio às ondas calmas, sendo levados pela beleza do oceano.

— Não acredito nisso, Lee. — falou calmo com um toque de diversão, entendia o ponto da duquesa, mas odiava que ela pensasse aquilo, nem tinha reparado no ômega do lago. — Minha rainha. — de costas para Hyunjin, o alfa não viu o ômega morder os lábios. — Não sei o que fazer para que acredite, mas saiba que tem meu coração nas suas mãos.

Um beijo foi deixado nos fios dourados, ele se encolheu irritado com si mesmo por estar tão fraco, caiu como um tolo nas palavras daquele alfa bonito, porém não poderia desejar algo melhor, não queria estar em outro lugar que não fosse ali. Ainda não era um lar, mas chegava próximo de ser, ainda mais se tivesse Park.

— Hyunjin. — chamou baixo ainda de costas para o alfa, que deitou-se de lado apoiando a cabeça sobre as mãos. — Acha que Park gostaria de conversar comigo amanhã? Eu sinto falta dele.

— Claro que sim, paixão, aliás eu posso ajudar a levar suas coisas de volta. — embora não quisesse que a duquesa fosse embora de seu quarto, era seu dever apoiá-la, principalmente com algo que envolvia sua família de dois.

— Quer que eu vá embora de sua cabine? — revoltado, sentou-se na cama encarando o capitão, que arregalou os olhos sem entender aquilo.

— Jamais! Mas talvez você quisesse ir. — Hwang levantou também sentando-se ao lado dela, tocou as mãos pequenas. — Ele é sua família, entendo se quiser ir.

— Você disse que também era minha família. — os olhos redondos estavam observando cada pedaço do Hwang, que se sentia intimidado.

— Eu sou, porra, por que está tão sensível assim, princesa? — o alfa então abraçou o corpo pequeno, tendo o rosto da duquesa em seu peito, ele arregalou os olhos um pouco assustado.

A lua se divertia, um pirata conhecido em todos os mares era um garotinho medroso com seu ômega pequeno.

— Eu não sei, não estou gostando disso, acho que é cansaço. — sussurrou afastando-se, deitou e fechou os olhos pronto para dormir.

— Claro, parece um coelho querendo secar meu pau. — resmungou quase mudo.

— O que?

— Claro, princesa, de noite vem o sono com o luar.

Um silêncio ficou no quarto, o alfa esperou uma resposta do ômega, mas ouviu apenas o roncar dele, sorriu um tanto bobo e encarou o rostinho dele ali deitado, o coração esquentou e também deitou para descansar, abraçou o corpo pequeno e dormiu, mesmo com o ronco do ômega.

Quando o sol aos poucos surgiu, ele era grandioso, espetacular ao ponto de tocar desde a ponta oeste até adiante onde ninguém veria, os raios eram delicados e fortes, dando tudo que podia, fazendo a lua fugir de si. O dia novamente tinha chegado, como sempre, e o oceano juntamente com o astro estavam trazendo beleza, as águas cristalinas e o calor do sol junto com a brisa, um dia agradável ao ponto de todos estarem sorrindo.

Exceto Lee Félix.

Na verdade ele estava quase chorando e não era pelas coisas que Hyunjin fazia na cama, gostaria que fosse, porém era algo sério que tinha feito os dias pesarem: Park Jisung.

Bateu à porta lentamente, esperou minutos antes de bater novamente, e dessa vez, Jade berrou agitada, afinal não deixaria sua bebê no mesmo quarto que tinha Hyunjin.

— Já vou, Jisung. — a voz sonolenta e infantil apertou o peito da duquesa, que cogitou sair correndo dali, mas precisava se manter firme ali.

— Pelos céus. — clamou baixinho abraçando o próprio corpo. E se Park não quisesse lhe ver jamais?

Assim que a porta foi aberta, Lee tremeu e abriu os lábios sem saber como começar, estava com medo. Então, sem esperar aquilo, seu corpo foi agarrado, Park lhe acolheu em um abraço bom, os braços finos rodearam o irmão, Lee retribuiu com força lhe apertando forte e deixando uma carícia nas costas do outro.

— Me perdoa. — a voz saiu trêmula, os lábios grossos do irmão tremiam e como um bebê chorão que era, logo começou a chorar antes de puxar o ar para falar. — Você sempre me protegeu e eu fui tão idiota.

— Não, eu também fui, me desculpa ter dito aquilo, você é minha família sim, eu fui feliz sendo criado com você. — a duquesa mordeu os lábios com força, não choraria diante dele, precisava ser o irmão forte que sempre lhe protegeria.

— Eu ainda sou feliz de ter você do meu lado. — sussurrou baixinho para o irmão.

— Sei disso, também sou agraciado por tê-lo. — o aperto nos corpos foi afrouxando, os dois se olharam com um sorriso, ninguém diria que eram irmãos, as características eram diferentes, o sorriso da duquesa era um coração enorme, já Park era pequeno, mas também parecia um coração.

Talvez aquela fosse a característica mais perto de igualdade nos genes deles.

— Irá voltar para nosso quarto? — perguntou curioso sendo arrastado pela duquesa, Lee iria brigar com o garoto por acordar aquela hora e não comer seu café da manhã.

— Longa história, digamos que talvez o capitão seja o alfa que eu queira passar minha vida junto. — o irmão arregalou os olhos minúsculos surpresos com a frase do ômega, céus! Estavam tão apaixonados assim?

— Então viveremos aqui? Eu gosto da comida do senhor Jisung. — Lee não o corrigiu, Park sempre chamaria os mais velhos assim.

— Isso é ótimo então. — gargalhou feliz, o dia estava sendo ótimo.

Ótimo até demais.

E a manhã foi assim, treinos curtos, pausas, comidas e o servo da duquesa chegou até mesmo a dormir durante o final da tarde, tudo estava na mais completa paz e tranquilidade, felicidade e aquilo preocupava os astros e o deus oceano, afinal piratas não tinham tranquilidade, mas estava tudo tão bem.

Tudo tão feliz com um toque de paixão, tanto que era de aquecer o coração, se os astros tivessem um.

Hyunjin tinha acabado de rever com seus homens as rotas, logo chegariam às ruas do comércio. Já Lee passou a tarde olhando o oceano, ele era bonito e todos os dias encostava naquelas grandes e lembrava de sua mãe, a primeira que o apresentou ao mar, era tão pequeno e ainda lembrava-se da areia entrando no meio dos dedos pequenos.

— Você sempre está olhando a água, parece que perdeu algo ali. — a voz do capitão era rouca e fez Lee arrepiar-se. — Aliás, você fica uma graça com ciúmes. — um olhar sério da duquesa fez o alfa quase explodir em gargalhadas, mas um tapa no braço foi o suficiente para fazer ele parar. — Ai, princesa.

— Não foi no mar que eu a perdi, mas aqui é o lugar que eu a conheci. — a voz estava distante, o pôr-do-sol estava ali, brilhava o rosto do ômega.

— Como assim? Está falando de quem? — as mãos grandes seguraram as grades de apoio, ali ao lado do ômega.

— Minha mãe, ela me levou na praia de Heresia, eu lembro das ondas, quase me levaram. — riu lembrando da sua mãe desesperada para o pegar de volta.

— Ela devia ser a nobre mais linda, assim como você. — a gargalhada da duquesa saiu arrogante, banhada em amargura fazendo o capitão olhá-la confuso.

— Não. Era uma cigana, eu sou o filho bastardo da Baronesa alfa. — Hyunjin afastou-se rapidamente encarando o ômega ali, Félix estava com o lábio superior erguido e o nariz enrugado.  — Fui criado como servo, mas então uma de minhas mães morreu e a outra logo casou com uma mulher rica para ter herdeiros.

— Então o Park é o filho legítimo? — a duquesa olhou séria o alfa, não era um bastardo, assim como Park, os dois eram mais nobres que as mães. Tinha certeza disso.

— É, mas a mãe dele era uma estúpida, mas eu amava Park e aceitei trocar de lugar, ao invés dele ir para as temporadas com doze anos eu que fui, com vinte e dois, sabe que eu seria descartado por ser velho, então trocamos as idades. — os olhos do capitão estavam enigmáticos, Lee esperou uma reação dele, mas nada veio, então continuou. — Eu me envolvi com alfas antes de me casar com o duque, então eu descobri uma erva que o fazia alucinar e coloquei sangue nos lençóis para fingir tudo, eu não tenho quinze, tenho vinte e cinco anos.

— Caralho, esses mares são traiçoeiros, porém me surpreende a sua manipulação, princesa. — a voz do capitão saiu divertida, o olhar transmitia orgulho de sua rainha. — E estou feliz que nossa diferença de idade seja de apenas três anos.

— Você é inacreditável, capitão peruca. — negou com a cabeça se afastando dele, estava surpreso que ele não tinha o julgado.

Mas Hyunjin também não tinha ética alguma se fosse lhe dizer algo, ele também era um perdido, mas gostava dele, um pouco talvez.

Os dois se entendiam perfeitamente, combinavam como nada jamais visto, e gostavam.

As memórias ainda eram frescas, foi há três anos, na casa da Baronesa Lee, uma alfa enorme e séria.

— Quero ir no lugar do Park para a temporada. — com vestidos simples e acabados, Lee falou diante de sua mãe ômega, uma cigana linda com os olhos iguais aos do garoto parado ali, as mães de Park olharam surpresas.

— E por que eu deveria deixar? Você recebeu toda a educação de um nobre, quer agora se tornar um? — foi ali que Félix notou que alfas, independente de serem fêmeas ou machos, eram igualmente estúpidos. O que adianta ter conhecimento se passaria a vida toda atrás de janelas e ajoelhado no chão imundo os limpando?

— Sim, além de que Park tem apenas doze anos, uma criança para ser jogada em uma temporada? Deitar-se com alfas velhos estúpidos? — embora usasse palavras rudes, seu rosto transmitia calmaria.

— Querida, ele tem razão, meu bebê sofrerá. — ômegas sempre inteligentes.

— Está bem, mas esse segredo morre aqui, mas duvido que algum alfa queira você. — palavras baixas e burras não o abatiam, pensou Lee sorrindo confiante.

Levaria consigo Park, não confiava na mãe alfa, ela era a pior pessoa que poderia conhecer, mas sua mãe ômega a defendia, dizia que conheceu um alfa pior, um que a perseguia e precisou fingir-se de morta para que ele saísse de Heresia.

E para a surpresa das mulheres, apenas na primeira noite Lee obteve mais pretendentes que a ômega mais comentada pelo jornal dias antes, foi uma surpresa a baronesa e a nobre terem um ômega tão diferenciado e bonito, porém para os nobres era outra coisa, afinal as festas que a alfa Lee dava, o filho delas sempre se divertia com um alfa, principalmente SeungWoo.

Porém o mais rico foi, infelizmente o grã-duque, dono de terras em uma parte de Heresia, pois o filho do rei só poderia se casar quando fosse coroado, e Lee não queria esperar tanto, tinha até mesmo planejado com o herdeiro matar o duque, caso ele vivesse tempo demais, por que ser uma duquesa, se ele poderia ser uma rainha? Fazer a mente do rei para deixar que fosse a rainha regente, depois era apenas finalizar o rei caso ele entrasse em seu caminho ou não o obedecesse.

Tudo era questão de tempo.

Porém Lee não contava que esse tempo também tivesse Hwang Hyunjin, que fez, infelizmente, o tempo parar assim como seu coração.

Infelizmente o tempo andava para todos, assim como as ondas, que levaram com a ajuda de Sejun o navio até tocar as areias.

— O navio real! — um dos homens na costa berrou. — Está destruído!

Não demorou para que aparecesse um homem em meio a multidão de pessoas, a coroa pequena e uma manta sobre os ombros largos, todos tremeram com o cheiro forte: um alfa lúpus, enorme e amedrontador.

— Estendam uma prancha. — ordenou para um pobre beta que colocou uma prancha ali, ligando a madeira na areia até o navio, que estava com dois alfas em pé, outros possivelmente estavam quase beirando a morte.

— Pronto, vossa alteza. — curvou-se e o jovem não ligou, ignorou pisando com firmeza no pedaço de madeira, subiu ali e parou diante dos dois alfas, um de vestes pretas e outro com uma perna de pau.

— Quem são vocês? Neste navio tem algum ômega? — a voz era como um raio, não era tão forte e bruta, mas assustava os moradores que tinham apenas a realeza como lúpus, realeza tal que não gostava do povo.

— Sou o Juíz Youngchul, vim para a coroar o novo rei, esse é um bom homem que me ajudou, um antigo soldado. — mentiu, Deus sabia que era por um bom motivo, até porque ele achava que por ser devoto, o Senhor tinha a obrigação de obedecê-lo.

— Um soldado? Durante a navegação, acharam um ômega de cabelo loiro? — Sejun negou, mas o Juiz ponderou, atraindo a ira do príncipe. — Onde ele está?

— Nas mãos do diabo, vossa alteza. — na verdade aquele ômega era o próprio diabo encarnado, igual a maldita que o fez cair em tentação.

— Ele será a minha futura rainha, você é um soldado, pode trazê-la? — o alfa de vestes pretas com uma enorme cruz segurou um rosnado, mas também não poderia, não tinha mais disposição para aquilo, a velhice estava sobre si.

— Acho que o rei deveria se casar e tomar a coroa antes. — contrariado, ele o encarou, poderia matar aquele homem, era o único no poder em Heresia e ninguém o impediria de nada. — Poderá tomar a ômega desejada como segunda esposa real, não acho que será apropriado demorar com a coroação, pense no povo e nas revoltas. — a última parte foi sussurrada entre apenas os três, o rei pensou.

Aquela ômega dizia o amar, poderia aceitar ser a segunda esposa real, chegaria com uma coroa para ela, não importava se fosse uma viúva.

Porém o sol, que já estava partindo, sabia que tinha muitas coisas entre aquilo, principalmente o juiz que precisava de tempo para casar o rei, afinal se a primeira lhe desde herdeiros, o rei não poderia se casar com outra, então poderia levá-la dizendo que a guardaria para o rei enquanto agradava a Deus tirando o diabo daquele ômega que tinha lhe enfeitiçado como a mesma cigana de tempos atrás.

Deus fez o homem tolo como o pecado, porém o alfa foi feito mais fraco que o mal, incapaz e movido ao pecado que eles infelizmente não controlavam.


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