02 ➵ Ruas de Primeiras Impressões
Rua das Flores | Hyunlix
O GRANDE Vale da Esmeralda Sombrio foi conhecido por gerações, levando a escultura de uma sereia na proa do navio que pesava mais de duzentas toneladas, e no centro uma pedra roubada da coroa da própria rainha.
Como a nobreza de Heresia odiava os piratas, eles saqueavam e fugiam como um ser do mar, como a mais ardilosa das sereias. Aquele era o navio do grande capitão Punho Negro.
Todas as crianças sabiam quem era e temiam ver no mar, ao longe, um navio com uma pedra brilhante. Mães diziam que eles seriam levados caso fossem para a costa ou fizessem bagunça, até Félix escutava aquilo, mas em sua época era o Capitão Peso Sombrio, antigo capitão do Esmeralda.
— Patifaria. — praguejou, aquele navio não era nada daquilo, embora ainda se sentisse ameaçado quando um alfa se aproximava de si.
— Boneca, tá perdida? — um estranho que ao menos sabia o nome virou para si, revirou os olhos e encarou o mar azul assim como o céu, cheio de nuvens e pássaros voando. — Estou falando com você, olhe pra mim, vagabunda.
Lee mordeu fortemente sua língua, não era a primeira vez sendo xingado dessa forma, e em todas as vezes queria estraçalhar o infeliz que o dirigia palavras tão ofensivas. Olhou de cima a baixo o homem com dentes podres e cheio de pelos, o odor quase o fez desmaiar, nem o cheiro de alfa daquele miserável era bom.
— Vá se lavar antes de me importunar, serviçal. — ergueu o vestido azul e preparou-se para fugir daquele estranho, mas seu braço foi segurado, o medo entrou em seu corpo, mas não demonstraria nada a nenhum desses horrendos que não eram a metade do que ouvia.
— Não seja assim, ômegazinho, vai ser pior e eu estou sendo muito delicado. — o pavor de Félix era daquele homem encostar o corpo sujo no seu, tinha acabado de se limpar com a ajuda de Park, não queria tomar outro banho, muito menos nas condições que estava, em um navio caindo aos pedaços.
— Não! E se continuar eu mesmo pedirei sua cabeça. — ordenou pisando firme no chão.
— Ouviram isso? — o alfa gritou atraindo a atenção de outros marinheiros que tinham visto como o capitão ficou interessado no ômega, e exceto Christopher, todos tinham medo, aquele alfa provavelmente deveria estar longe ou nem ligando no momento do ocorrido. — Esse intruso acha que pode conosco.
Alguns marujos saíram de perto, outros continuaram seus afazeres, se o capitão pegasse aquilo teriam que lavar novamente o convés, e ainda o sol nem chegou ao céu ápice, o dia mal tinha começado e tinham acabado de limpar o navio.
— Seu estúpido, me solte, imprestável! — novamente puxou o braço, mas aquele alfa o sacudiu, os fios dourados caíram em seu rosto.
— Quem vai me impedir, anjinho? Está vendo eles? Eles têm medo de mim. — realmente, os alfas estavam se afastando e se encolhendo, mas não era por aquele homem.
— O que está acontecendo aqui? — a voz do alfa lúpus parecia um trovão, séria e cortante, ele se dirigia ao ômega que tinha acabado de ser sacudido, Park Jisung passou pela porta da cozinha saltitante, quando viu a duquesa daquele jeito se desesperou, mas tinha mais medo daquele lúpus com cicatriz no olho.
— Nada, senhor, apenas achei esse ômega no convés, um intruso e ia me divertir com ele. — a voz daquele homem causava repulsa em Félix, que se afastou novamente conseguindo se soltar, agora seu braço com as bandagens estava dolorido e com as fitas soltas.
— Ele me machucou! Exijo que o faça andar na prancha! — o ômega baixinho foi abraçado pelo outro castanho, Park agarrou a duquesa querendo saber se ela estava machucada.
— Dois? Será muita diversão. — o sangue do lúpus ferveu, aceitou aquele ex oficial da coroa há pouco menos de dois meses. — O loirinho é engraçado, não acha, capitão?
— Prepare a prancha. — a voz grave fez todos se arrepiarem, ele não tinha dito nada exceto aquilo, a maioria sorriu, metade por ver um homem andar na prancha e outros por se livrarem dele, aquele alfa não era apreciado no navio.
— Mandar ele para prancha sem aproveitar? — aquele homem não parava, agora puxou os dois ômegas para si, os dois gritaram empurrando ele, aquele ser humano com idade avançada enfiou o rosto no Lee o cheirando. — Delicioso.
Quando Hwang viu aquilo seu sangue ferveu, era como uma onda de raiva e ódio que tinha lhe atingido, primeiramente porque jamais forçaria ômegas ou betas a fazerem algo que não queriam, tinha um irmão alfa e só pensar em um homem tentando o machucar deixava-o fora de si, e ver um ômega que levaria para a cama sendo agarrado o deixou com uma sensação de imponência, mas não deixaria.
Aquele homem estava morto.
Puxou os dois ômegas em um movimento, agora foi Lee que agarrou Park com força como se quisesse o proteger de todo mal, ele era seu bebê e jamais deixaria alguém o machucar, deveria esfaquear aquele alfa ou o envenenar, mas nada daquilo seria possível.
Hwang ergueu o punho e o disparou com força contra o rosto do alfa, os marujos se aproximaram para ver, era raro o capitão ser agressivo fora de ataques, além do mais era um lúpus grande e forte, não perderiam a chance de ver ele matar aquele ex oficial. O velho caiu no chão com sangue na boca, os dentes que sobraram balançaram e ele não entendeu o motivo do ataque, mas não teve tempo de pensar porque novamente foi socado, o outro lado do rosto estava virado e agora seu nariz doía, tinha o deslocado.
Mais um soco e um chute no estômago, aquele alfa desmaiou e muitos ali suspiraram chateados, ele não durou nem metade do tempo, ou talvez o lúpus que fosse forte, ninguém queria testar para saber.
Lee olhou aquilo e seus olhos brilharam, um lúpus estava brigando por si, ele estraçalhou aquele infeliz por sua causa. Céus, como Félix o achou belo com os fios negros como a noite caídos, o chapéu de pirata jogado aos seus pés, o olhar dele era amedrontador e o cheiro do lúpus fazia até alguns alfas se encolherem com medo, Park olhou o ômega do seu lado assustado.
— Pede pra ele parar, Lix! — a voz doce e amedrontada atraiu a atenção do Lee, tinha esquecido por alguns minutos do outro ômega, mas quando se lembrou afundou o rostinho no seu peito tampando a visão dele.
— Claro que não, quero ver até onde ele vai. — sorriu arrogante, Hwang segurou o pescoço daquele homem no ar como se fosse nada, reduzido ao pó. — Minha nossa. — suspirou vendo os braços esmagados pela blusa branca e o colete comum dos piratas, aquele alfa era o seu tipo para se ter na cama.
Hwang ergueu as mãos parando na roupa do alfa, deslizou até chegar a gola azul, rodeou os dedos longos e o homem encarou o capitão sem entender, então apertou o pescoço daquele indivíduo, ele arregalou os olhos vendo o capitão o olhar seriamente notou que talvez tenha feito algo de errado, como tocar um ômega que ele queria tomar. No entanto, seu momento foi breve, pois o som de ossos quebrando fez os pelos de todos ali se arrepiarem, o corpo sem vida foi jogado no chão sem perspectiva de nada. A pele do homem sangrava, o osso estraçalhado jogado no meio do convés com os lábios rachados soltando grande quantidade de sangue.
Félix olhou o alfa, o coque completamente desfeito, os fios negros caindo nos olhos escuros, as mãos tinham cortes e um pouco de sangue sujo daquele alfa que tinha servido a marinha e a traiu.
— Limpem e joguem a carcaça dele no mar. — a voz grossa foi a única coisa que dava para ouvir além do mar se chocando com o casco do navio, Hwang tirou do bolso um pano tirando quaisquer resquícios de sangue daquele ser desprezível.
— Sim, senhor. — um serviçal que cuida da limpeza logo aproximou-se dali segurando uma vassoura e um balde.
O grande alfa se virou na direção dos dois ômegas, viu Park com o rosto totalmente enfiado no peito do ômega que tinha lhe seduzido como uma sereia. Quando os olhos ferozes do Hwang encontraram os grandes e sedutores olhos brilhantes do ômega foi como um raio chocando contra as ondas dos mares altos e baixos. Seus instintos primitivos foram novamente despertados, aquilo foi uma ligação de lobos, mas ambos não eram sentimentais naquele ponto.
Saiu rapidamente, em passos fortes e exalando elegância, o capitão voltou para sua cabine. Lee ficou ali, o corpo foi levado como se não valesse nada, Park levantou o rosto depois de alguns minutos e perguntou pelo olhar se aquela cena tinha acabado, não queria jamais ver isso.
— Acabou, só restou respingos no chão, vamos para o quarto. — esperou o outro levantar-se para que pudesse sair também, o vestido que usava estava com resquícios do cheiro do alfa imundo que o tocou.
— Lix, eu estou com medo de continuar aqui. — a voz fraca dele o tornava um bebê aos olhos de Lee, mesmo que em todos os momentos ele fosse um.
— Nada vai lhe acontecer, sempre o guardei, não? — as mãos pequenas passaram nos fios castanhos do ômega, deixou um sorriso doce que não fazia parte do seu cotidiano, mas naquele momento era necessário.
— Sim, o que faremos agora? — Lee segurou o braço do garoto rodeando, foi em passos longos até a despensa que seria seu quarto.
— Nos lavar e ajustar nossas roupas, sua blusa e calça estão piores ainda, são beges para piorar. — a voz era repreensiva, porém em um tom comum de mães, Lee realmente via Park como seu filho.
— Só tenho essa e outra muda, os outros servos roubavam, pois diziam que não era justo eu ser o favorito. — os dois estavam ainda parados no convés, betas e alfas limpando o chão e o mastro central do lado deles, mas Félix não se importou com tamanha exposição perante eles, seu desgosto pelo o que tinha acabado de ouvir tinha transparecido no rosto.
— Que disparate! — aquilo chegou a casas de ser um rosnado. — Vamos, te darei meus vestidos, todos ou se quiser pode modificá-los, são seus. — respirando profundamente e recordando de sua etiqueta, Lee ergueu o rosto indo com o ômega castanho até a despensa que dividiam.
Realmente aquele lugar era emocionante quando o capitão queria mostrar sua força, pensou Lee caminhando tranquilamente.
🏴☠️🏴☠️
Assim que as roupas receberam uma limpeza apenas para tirar quaisquer resquícios daquele alfa, Lee entregou alguns de seus vestidos ao castanho, os olhinhos finos se arregalaram com tanto carinho e felicidade, Félix manteve sua pose nos primeiros segundos, porque logo rendeu-se ao ômega acariciando os fios enrolados.
— Não precisa agir assim também, eu sempre lhe dou tudo o que quer, principalmente aqueles doces enjoativos. — a voz exalando arrogância não foi o suficiente para arrancar o sorrisinho do ômega.
— Ah, mas isso me deixa tão feliz, hyung. — no mesmo momento o garoto cobriu os lábios recordando os sentidos e mesmo preste a repreender o servo, Lee deu de ombros ajudando ele a pôr a camisa verde, que anteriormente era um de seus vestidos.
— Depois resolvemos isso, mas está magnífico, claro que eu ainda sou mais belo. — risadas aqueceram o cômodo, ambos sentados nos colchões improvisados sorrindo.
— Vamos sair então? Você pode ir na frente? Não quero me deparar com algo desagradável, principalmente sangue. — o de feições mais jovem se encolheu e Félix se levantou, bateu no vestido tirando a poeira que poderia ter ficado e saiu.
No convés nada de novo tinha, apenas pessoas caminhando e o som natural das ondas batendo no casco, o vento era a única novidade, estava forte fazendo com que a velocidade do navio aumentasse, pouco, mas o suficiente para diminuir o tempo de chegada à ilha.
Félix era totalmente leigo em relação aos costumes piratas, então diferente da tripulação que estava chocada pelo capitão estar ali e não em sua cabine, Hwang estava ajudando Christopher com um dos mastros, especificamente o central. Além do capitão estar trabalhando como os demais, tinha os animais que roubaram, tirariam eles para matá-los, em um navio era burrice deixar os animais presos no segundo andar e seria melhor comê-los logo.
Jay, o tamoreiro que cuidava da quantidade de mantimentos, veio junto com o cozinheiro trazer eles para serem mortos pelos marinheiros que tinham força e perversidade de matar animaizinhos. Todos estavam juntos e perfeitamente como um rebanho: porcos, cabras e bezerros. Changbin chegou amolando uma faca enorme que poderia matar tanto um humano quanto um animal de grande porte.
No entanto o som assustou um daqueles animais, uma cabra soltou um som alto como um berro, desviou com toda a velocidade correndo pelo convés, alguns se assustaram pela confusão com o bicho, todos desviavam, mas Félix, completamente alheio a movimentação, estava apenas procurando vestígios de sangue e por não encontrar estava voltando para o quarto avisar Park, mas foi impedido quando patas se chocaram contra suas costas. Tombou no chão, o que tinha o acertado parou do seu lado, estava pronto para brigar com um daqueles piratas incompetentes.
— Por acaso seus olhos estão na nuca? Raios! Me machucou, seu estúpido. — se sentou ainda no chão, seu corpo estava sofrendo e não tinha ao menos três dias a bordo, quando olhou, uma cabra estava parada o olhando. — O que foi, sua idiota?
O animal ignorou o ômega e se aproximou, Lee quase berrou de nojo e medo por aquele bicho estar o tocando, mas acalmou-se quando a cabra apenas se deitou do seu lado soltando um som baixo como se estivesse arrependida ou triste. Apesar de tudo, Lee possuía empatia com os sofredores, abaixou a guarda por um momento e ergueu as mãos em direção aos fios do animal, que por incrível que fosse era macio.
Longe dali, os marinheiros que seguiram a cabra com o olhar ficaram surpresos por um nobre se portar daquela forma com um animal sujo, que era mal falado nas religiosidades como se fosse o próprio diabo. Hwang se viu contrariado, aquele ômega não era fresco a tal ponto, e tinha mais uma coisa ali, algo como se Lee não tivesse uma máscara o cobrindo e deixasse claro que ele não seguia o padrão imposto e não tinha medo de que um bicho possuído o matasse, como todos acreditavam ser a natureza de uma cabra. No entanto, era algo além disso, estava no olhar brilhante e no sorriso doce do garoto acariciando o animal deitado ali.
— Você está em apuros, capitão. — aquele tom brincalhão com um toque de deboche fez Hwang revirar os olhos e apertar mais os dedos longos na corda do mastro.
— Cale-se, não sei do que está falando. — a voz saiu firme, estava entre amigos, mas não daria ideia a ele.
— Obviamente que sabe. Parece que está vendo um tesouro roubado, aquele ômega não me parece comprometido para ter que roubá-lo. — logo foi encarado seriamente, Chan levantou as mãos como se rendesse. — Você logo entrará no cio e o cheiro de melancia daquele ômega é bom.
— Por acaso me envolvi com suas patifarias com Changbin? — agora Hwang estava sorrido, Christopher sentia o veneno nas palavras do lúpus.
— Claro que não, Changbin jamais o olharia dessa forma. — Bang deixou de lado aquela infantilidade e voltou a pregar a madeira.
— Está insinuando algo? — o alfa negou, o capitão virou novamente vendo o ômega com a cabra no colo e o servo ali, aparentemente assustado e com medo de levar uma mordida. — Aposto que irá rastejar pelo meu pau. — sussurrou para si mesmo, sentia realmente uma tensão entre ambos desde a primeira vez que se olharam.
"Isso se ele não sentar em outro." O pensamento de Chan foi um segredo dele, apesar de saber que seria divertido ver Hwang com ciúmes se o escutasse.
O alfa lúpus continuou olhando os dois ômegas brincando e acariciando a cabra, mas seu olhar estava apenas no ômega com vestes claras como o dia, um pescoço branquinho, sem marca alguma, sempre utilizando espartilhos tão apertados e decotes tão ousados. Imaginou suas grandes mãos passeando pelo corpo recheado de curvas de Félix, retirando peça por peça daquele mundo de tecidos finos e provocantes.
Félix sorria animado com a Jade, nome que saiu no automático assim que a cabra pulou em seu colo o assustando por achar que ela seria quieta, Park apenas olhava se limitando a acariciar os fios macios e escutar os berros estranhos que os faziam rir. Ao longe, se aproximando, Jay veio até eles com certo receio, ainda era novo ali e tinha muito medo do capitão.
— Senhora. — Félix logo olhou o alfa que parecia jovem demais, mesmo com um rosto sério, Lee balançou a cabeça esperando o que ele falaria. — Eu tenho que levar essa cabra para Changbin.
Ambos os ômegas arregalaram os olhos e fizeram uma expressão triste, a duquesa foi um pouco menos expressiva que Park, mas ficou mais triste por imaginar que matariam sua mais nova amiga que agora estava mais cabisbaixa, quase triste.
— Mas eu não quero que a matem, posso fazer algo para que isso não aconteça? — seu rosto se tornou arrogante novamente, mas sua voz foi suave e cordial, aquele alfa foi educado consigo e retribuiria.
— São ordens do capitão. — aquele alfa falou baixo como se fosse um segredo e Park entrou na conversa, coisa que se fizesse diante de pessoas conhecidas em Heresia poderia ser condenado.
— Por que está sussurrando? — a voz delicada fez com que Jay arregalasse os olhos.
— Vocês não têm medo dele?
— Não.
— Só um pouco. — Park Jisung estava mentindo e Lee o encarou surpreso. — Ele é mau.
— Bobagens, aquele lá não assusta ninguém. — os dois medrosos que temiam o capitão arregalaram os olhos vendo o ômega se levantar segurando a cabra no colo.
— O que vai fazer? — a voz do ômega castanho saiu quase desesperada vendo ele levantar-se.
— Exigir que Jade fique comigo, ela é tão boazinha. — Félix poderia ajudar os outros animais que estavam ali, mas era egoísta e apenas gostava de Jade, seu coração era imundo.
— Temo que ele se irrite, Capitão Punho Negro tem péssima fama até com os piratas. — Lee balançou os ombros, diante de si alfa nenhum o intimidaria ou manipularia, faria como sempre, manipular eles para que comam em sua mão.
— Capitão! — a voz potente fez com que Hwang saísse de seu transe imaginando coisas com aquele ômega, até mesmo o volume em suas calças largas o traiam, estava totalmente marcado e o lobo de Félix uivou para que recebesse tudo que aquele alfa grande poderia lhe dar.
— Princesa? Cansou de falar sobre chá e passeios fúteis? — ironizou o lúpus com sua presença marcante, os fios negros estavam novamente no lugar, seus braços mostrando veias e o quão forte é, o colete preto com laços por cima da blusa branca quase transparente estava totalmente grudada pelo esforço, o deixava ainda mais intimidador, isso pois Lee ainda não tinha encarado nos olhos escuros com uma cicatriz.
— O senhor também cansou de ter pensamentos pecaminosos? — abriu um sorriso confiante lançando um olhar julgador para as partes do capitão, em seguida o encarou. Um erro, pois o choque intenso reverberou sobre ambos os corpos.
— Não, gostaria de me acompanhar? Aliás, é casado? Se me disse, não me recordo. — o alfa puxou seu chapéu passando um pano molhado na cabeça, em seguida voltou a colocar após abrir botões da blusa, uma visão agradável demais.
— Sou viúvo, e não, jamais me deitaria com um pirata, até porque não acredito que possa me satisfazer. — aquele homem que provocava se aproximou de si, Hwang exalava algo que o fazia querer pisar nele de uma forma que jamais fez com um homem. Estavam tão perto, seu decote roçava contra o peitoral forte do lúpus, Hwang guardaria aquilo, sua pele ardia e incendiava.
Park Jisung, esse nome voltou a foco em sua mente e tratou de engolir a seco e se afastar com a cabra nos braços.
— Que foi, princesa? Tem medo? — gargalhou alto, mas aquilo se assemelhava como um animal intimidando, principalmente o olhar felino que ele tinha.
— Essa é Jade. — desconversou levantando o animal pequeno, parecia uma filhote e Hwang olhou aquilo erguendo a sobrancelha direita. — Querem matá-la e eu exijo que deixe-a viva.
— Uma cabra? Pelos mares, a senhorita é um oceano de tantas surpresas. — o alfa passou as mãos nos fios fora do chapéu e olhou Chan, que sorria debochado vendo a cena enquanto arrumava o tecido.
— Sim. — direto, o ômega respondeu olhando para trás encontrando Park que estava encolhido olhando ele, os olhares se encontraram e o servo pareceu confiar ao erguer os ombros caídos.
— Apenas com uma condição, princesa.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro