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06. ᴇsᴄʟᴀʀᴇᴄᴇɴᴅᴏ ᴅᴜᴠɪᴅᴀs

"𝙼𝚒𝚗𝚑𝚊 𝚟𝚒𝚍𝚊, 𝚖𝚎𝚞 𝚊𝚖𝚘𝚛, 𝚖𝚎𝚞 𝚒𝚖𝚙𝚎𝚝𝚘, 𝚟𝚒𝚎𝚛𝚊𝚖 𝚍𝚊... 𝙳𝚘𝚛!"

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NATÁLIE DIXON

(...)

No começo da tarde, Hershel resolveu ir até a Fazenda vizinha e eu fui junto, depois de insistir um pouco para ele.

一 Acha que vamos encontrar alguém? - perguntei, enquanto ajeitava a minha faca nas mãos.

一 Não sei... - o mais velho respondeu junto à um suspiro. 一 Os Collins nunca estavam em casa, mas espero encontrar, pelo menos, o garoto deles. - ele deu um meio sorriso e começou a caminhar até a casa.

Paramos na varanda da casa, em frente à porta, e Hershel bateu. Revirei os olhos, balançando a cabeça e rindo irônica com aquele gesto - que seria algo normal nos dias antigos - mas hoje virou uma besteira.

Sem respostas, decidimos entrar na residência. A sala estava organizada e com suas paredes um pouco empoeirada. Segui o homem pelo local, até chegarmos na cozinha, onde também não tinha nenhum sinal que algo aconteceu por ali.

QUEM ESTÁ AI?! - alguém gritou no final do corredor. Girei meu corpo pelo calcanhar, até ficar com a faca apontada para a direção, mas Hershel tocou em minha mão, fazendo eu abaixar o objeto.

一 Jimmy?! Sou eu, Hershel Greene. - ele disse, e logo a figura de um rapaz jovem - provavelmente da idade da Beth - apareceu na cozinha. Ele estava um pouco assustado, mas não deixou de ficar surpreso ao ver o mais velho.

一 Senhor Greene! - eles se cumprimentaram com um rápido abraço. 一 Você... - ele olhou confuso em minha direção.

一 Essa é a Natálie. Ela estava perdida e eu ofereci abrigo na fazenda. - Hershel explicou.

一 Prazer em conhecê-la então. - Jimmy me lançou um sorriso gentil, mas eu apenas murmurei um cumprimento qualquer. 一 Eles... morreram. - o garoto abaixou um pouco a cabeça e falou.

一 Eu sinto muito filho. - Hershel disse e colocou a mão no ombro dele. 一 Bom... junte suas coisas, vou ficar responsável por você.

Jimmy voltou para o quarto, mas logo voltou carregando algumas malas. Depois de pegarmos algumas reservas de comida da casa, voltamos para a fazenda Greene.

Quando chegamos, por ser conhecido, o rapaz foi muito bem recebido, principalmente por Beth, que logo saiu o puxando para andarem pela fazenda juntos.

(...)

À noite, me sentei na varanda da casa e fiquei olhando as estrelas. Fechei os olhos e comecei a me lembrar de Daryl, e da vez em que saímos para caçar pela noite.

FlashBlack on

"一 Acha que a mamãe virou uma? - apontei o dedo para o céu e meu irmão virou a cabeça para lá.

一 Não acredito nessas coisas pirralha... - olhei para baixo, frustrada com a resposta. Daryl tocou meu ombro e eu voltei a olhar para ele. 一 Mas se isso te anima... ela deve ser a estrela mais foda de todas. - meu irmão olhou para cima e depois apontou. 一 Ali... ela deve ser aquela. É a maior e a mais bonita. - olhei para a direção e sorri. "

FlashBlack off

Abri os olhos e olhei para o céu, encontrando uma estrela, que se destacava com seu tamanho no meio das outras.

O idiota tinha razão... você é a mais bonita. - murmurei para mim mesma e sorri. Senti alguém se aproximar e virei a cabeça. Era Beth.

一 Podemos conversar? - Dei de ombros e ela se aproximou um pouco mais. 一 Queria me desculpar. Não devia ter falado aquilo para você. - ela abaixou a cabeça, olhando para os próprios pés.

一 Tudo bem Beth. Não fiquei mal com aquilo. - menti e dei um sorriso curto para ela. 一 Boa sorte com o Jimmy... - disse maliciosa e ela ficou surpresa. 一 Está na cara que você gosta dele. - falei e comecei a rir ao ver como a garota ficou sem graça.

一 Não inventa coisas, Nate. - ela protestou e ficou vermelha. Logo estávamos rindo juntas, até que Maggie apareceu e avisou que a comida estava pronta.

(...)

No outro dia, Hershel disse que queria minha ajuda com uma coisa. Otis levou nós dois até um ponto da floresta. Lá tinha um zumbi com a perna presa no chão, no que parecia ser uma armadilha. Olhei para os dois e fiquei sem entender.

一 O que vamos fazer? - Otis me mostrou o objeto que usava para levá-los até o celeiro - um tipo de coleira - e eu arregalei os olhos. 一 Não! Eu não vou ajudar vocês com... isso! - balancei as mãos, e falei indignada.

一 Você tem que entender que eles são pessoas doentes, e não monstros. - Hershel falou e eu o olhei com as sobrancelhas levantadas e os olhos ainda mais arregalados.

一 Eles matam você, te comem vivos! - falei e eles ficaram me olhando sem dizer nada. Suspirei derrotada, e estendi a mão para Otis.

Coloquei o arco no pescoço do errante e o puxei. Hershel ia na frente para chamar atenção da criatura e Otis atrás, para me ajudar carregá-lo. Chegamos no celeiro e o mais velho foi distrair os outros pela parte de trás, enquanto eu empurrava aquele para dentro.

Quando Otis fechou a porta e Hershel voltou, eu olhei para eles com os braços cruzados.

一 Não faço mais isso. É loucura! - falei e Hershel deu uma risada anasalada.

一 Pelo menos agora você me entende? - Ele perguntou, me olhando sério.

一 Sim e não, Hershel. - suspirei 一 Não concordo sobre isso, porque sei do que essas coisas são capazes. - me lembrei da minha tia e de Michonne 一 Mas, entendo que você faz isso por não aceitar as pessoas que perdeu. Vou te respeitar nisso, mas vou continuar não concordando. - disse sincera e o mais velho sorriu.

一 Acho que Jimmy pode me ajudar com isso, não se preocupe. - ele respondeu e concordei.

(...)

Pela tarde, Maggie e eu fomos colher algumas frutas no pomar. Nós conversávamos sobre vários assuntos. Ela me contou que fazia faculdade e me perguntou mais sobre os dias que fiquei com Michonne.

一 Acha que se... - ela parou de falar, perdida nas próprias palavras. 一 Se ela ainda estivesse com você naquele dia, vocês teriam nos achado?

一 Sinceramente? - ela assentiu e eu suspirei. 一 Não. Teríamos voltado para a casa em que estávamos e ficado lá até quando desse. - dei de ombros. 一 Ela está viva. - disse e Maggie me olhou. 一 Eu sei que está. A samurai não morre, só se ela quiser. - sorri e continuamos pegando as frutas em silêncio.

一 Natálie... o que aconteceu com você? - Maggie perguntou, e eu sabia muito bem que ela se referia ao que havia visto no dia anterior. Fiquei em silêncio, sem saber ao certo o que responder. 一 Não quero te precionar a falar, mas realmente fiquei preocupada por conta das marcas em seu corpo.

一 Meu pai... - falei e Maggie me olhou, curiosa, e me dando espaço para continuar. 一 Daryl me contou que, quando minha mãe engravidou de mim, as coisas ficaram puxadas em casa. - respirei fundo e continuei. 一 Minha mãe me teve e, quando eu tinha apenas dois meses, um incêndio na nossa casa acabou a matando. Nisso, Merle já estava envolvido em várias confusões por conta de droga e, depois, meu pai começou a beber e bater nos dois. - parei um pouco. 一 Ele não voltou para casa durante uma semana, e quando voltou... colocou a culpa em mim pelo ocorrido. Desde de pequena, ele sempre falava que minha mãe morreu por causa de mim, que eu não deveria ter nascido, e várias outras merdas. Daryl e Merle entravam no meio quando ele ameaçava me bater, ou começar a falar essas coisas, aí é onde meus irmãos apanhavam. Mas, às vezes, eles não conseguiam evitar.

一 E... foi por isso que você fugiu? - Maggie perguntou, ela estava chocada pela história. Olhei para ela e dei um longo suspiro.

一 Eu tinha acabado de chegar da escola. Estava sozinha porque Daryl estava trabalhando e Merle tinha saído a dois dias. Fiquei no meu quarto fazendo uma lição, quando eu escutei a porta da frente se abrindo, mas não ouvi nada. Então, resolvi sair e ver o que era. Quando eu cheguei na sala, meu pai estava encostado na parede e uma garrafa de bebida nas mãos. Pensei em voltar, porque sabia que qualquer coisa que falasse eu poderia apanhar, mas já era tarde... - algumas lágrimas escorregaram pelo meu rosto. 一 Ele veio em minha direção e me segurou na parede, passando a mão pelo meu corpo e até na minha intimidade. Tentei me soltar, mas ele me segurava com força e até me deu um tapa, pedindo que eu ficasse quieta. Quando ele ia tirar a minha blusa, eu chutei o membro dele e corri para me trancar no quarto. Meu pai estava tão bêbado, que achou que eu fosse uma das vadias que ele ficava na rua. - susurrei a última parte. Maggie tinha algumas lágrimas no rosto e me olhava sem reação. 一 Descidi fugir, porque sabia que se falasse para um dos meus irmãos, eles poderiam acabar matando nosso pai.

一 Natálie eu... eu não tenho o que falar. - Maggie me abraçou. 一 Você já passou por tanta coisa, mas mesmo assim tenta ser forte o tempo todo. Prometo que agora você está segura. - ela me olhou. 一 Eu vou te proteger. É uma promessa! - sorri e a abracei.

Eu sei que vai Mags. - sussurei e a apertei ainda mais em meus braços.

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