𝐝𝐨𝐢𝐬. coincidência ou destino?
capítulo dois. ⠀⠀ coincidência ou destino?
❛ well, i won't give up on us
even if the skies get rough
i'm giving you all my love
i'm still looking up. ❜
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⠀⠀⠀⠀⠀"O tempo é o seu maior inimigo. A fase um da missão será um ingresso rasante, atacando em duas equipes. Vocês voarão por esse desfiladeiro até o alvo. Mísseis terra-ar guiados por radar defendem a área. Esses SAMs são letais, mas foram desenhados para proteger os céus acima e não o desfiladeiro abaixo." , Maverick olhou para cada um dos pilotos, observando suas reações. Alguns pareciam confiantes, outros, mais apreensivos.
"É que o inimigo sabe que ninguém é louco para voar abaixo deles", disse Bradley, quebrando o silêncio.
"Exatamente no que eu vou treinar vocês", respondeu Maverick, com um sorriso desafiador. "No dia, sua altitude será de 100 pés, no máximo. Se passar dessa altitude, o radar te pega e você morre. A sua velocidade será de 660 nós, no mínimo. Tempo para o alvo, 2 minutos e 30 segundos." , os pilotos se olhavam meio afobados devido a missão ser quase impossível. "Isso porque os caças de 5ª geração aguardam em uma base aérea próxima. Um corpo-a-corpo com esses aviões nos seus F-18... Vocês morrem. Por isso precisam entrar, atingir o alvo e saírem antes dos aviões terem chance de pegá-los. Isso torna o tempo seu maior adversário."
Maverick fez uma pausa, deixando que a gravidade de suas palavras se estabelecesse.
"Vocês voarão em uma rota no sistema simulando o desfiladeiro. Quanto mais rápido voarem por ele, mais difícil será para os radares dos SAMs pegarem vocês. Quanto mais ajustadas às curvas, mais a força gravitacional de seu corpo multiplica, comprimindo seus pulmões, forçando o sangue de seu cérebro, prejudicando seu julgamento e tempo de reação. Hoje vamos pegar leve. Teto máximo 300 pés. Tempo até o alvo: 3 minutos. Boa sorte."
Os pilotos trocaram olhares nervosos enquanto Maverick dividia as equipes, cientes da importância do treinamento que estavam prestes a enfrentar. A sala estava carregada de tensão e expectativa. Maverick olhava para cada um dos pilotos, avaliando suas reações, enquanto segurava a prancheta com as equipes já definidas.
"Primeiramente, Phoenix e Bob com Coyote," anunciou Maverick, sua voz firme e autoritária. Phoenix, de codinome Nat, trocou um rápido olhar com Bob, que acenou de leve com a cabeça, indicando que estavam prontos para o desafio. Coyote parecia concentrado, com os olhos fixos em Maverick.
"Fanboy e Payback, vocês vão com Hangman," continuou Maverick. Jake "Hangman" Seresin lançou um olhar confiante aos seus novos parceiros de equipe, já assumindo uma postura de liderança. Fanboy e Payback, embora um pouco apreensivos, se posicionaram ao lado dele, determinados a provar seu valor.
Houve uma pausa antes da próxima designação, e Maverick pareceu hesitar por um breve momento, como se ponderasse a importância da próxima equipe. "Haze e Rooster," disse finalmente, com um olhar divertido, "vocês dois estão juntos."
Anneliese e Bradley trocaram olhares que carregavam uma mistura de surpresa e resignação. Embora ambos fossem pilotos excepcionais, a história pessoal entre eles adicionava uma camada extra de complexidade à sua parceria.
"Tempo para o alvo: um minuto e meio. Estamos 2 segundos atrasados. Aumenta para 480 nós," disse a voz abafada de Coyote pelo rádio de Phoenix, a tensão clara em seu tom.
"Temos que ir, Coyote," ela respondeu imediatamente, a urgência evidente.
"Entendido, aumentando a velocidade," Coyote confirmou. Ele pressionou o acelerador, fazendo o avião acelerar rapidamente. Mas à frente, um morro apareceu subitamente em seu caminho, forçando-o a desacelerar bruscamente. Na confusão e pressa, ele não conseguiu avisar sua equipe a tempo.
Phoenix, voando logo atrás, teve que reagir rapidamente para evitar uma colisão. "Merda," ela xingou, puxando o manche para levantar o avião por cima de Coyote. A manobra abrupta fez com que ela quebrasse o teto de 300 pés, o que imediatamente a expôs ao radar da simulação.
O alarme de radar disparou, sinalizando que tinham sido "abatidos". Maverick, observando de um ponto de controle, franziu a testa. "Por que morreram?" ele perguntou com severidade, seus olhos fixos na equipe.
"Quebramos o teto de 300 pés. O SAM nos abateu," respondeu Phoenix, tentando manter a compostura.
"Não, por que estão mortos?" Maverick insistiu, seu olhar perfurando Coyote.
Coyote engoliu em seco. "Eu desacelerei e não avisei. É minha culpa," ele admitiu, a voz baixa e carregada de culpa.
"Por que não se comunicou?" Maverick perguntou, sua voz se tornando ainda mais firme. Ele colocou as mãos para trás, um gesto que transmitia a gravidade da situação.
"Estava concentrado em..." Coyote começou a explicar, abaixando a cabeça, mas Maverick o interrompeu bruscamente.
"Que familiar aceitará isso?"
"Nenhum, senhor," Coyote respondeu, a vergonha clara em seu rosto.
"Por que não antecipou a curva?" Maverick se virou para Phoenix e Bob, seu olhar agora focado neles. "Foi informada sobre o terreno," ele acrescentou.
Phoenix abriu a boca para falar, mas Maverick a interrompeu novamente. "Não diga para mim, diga à família dele," ele disse, apontando para Coyote.
Houve um silêncio pesado na sala. Phoenix olhou para baixo, processando o que Maverick dissera. Ela sabia que Maverick estava certo. A comunicação falha e a falta de antecipação não eram apenas erros técnicos - eram questões de vida ou morte.
Dessa vez, Hangman, Payback e Fanboy se prepararam para o treinamento. A tensão no ar era palpável enquanto ajustavam os controles de seus caças e revisavam mentalmente a estratégia discutida anteriormente. Hangman, sempre confiante e determinado, liderava o grupo com seu estilo arrojado.
"Hangman, devagar. O canyon tá apertado," Payback pediu, sua voz carregada de preocupação enquanto manobrava o avião pelas curvas sinuosas do desfiladeiro.
"Negativo, Payback. Aumente a velocidade," O tom de voz confiante de Hangman soou no rádio de Payback e Fanboy, a impaciência evidente em suas palavras.
"Está indo muito rápido, cara," Fitch insistiu, forçando seu avião a fazer as curvas mais rápido para acompanhar Jake. Ele podia sentir o suor escorrendo pela testa, a pressão crescente a cada segundo.
"Não faz mal adiantar o cronograma," Hangman disse com um sorriso confiante, sua voz despreocupada enquanto acelerava ainda mais.
"Droga, devagar," Payback já estava ficando irritado com o egoísmo de Jake. "Não consigo manter o percurso," ele acrescentou, sentindo a frustração crescer à medida que lutava para seguir Hangman.
"Não, você vai bater. Cuidado!" Fanboy exclamou, seu tom desesperado enquanto via a distância entre os aviões diminuir perigosamente.
De repente, um alarme soou, sinalizando que o radar os havia detectado. Hangman conseguiu evitar a colisão, mas Payback teve que puxar o manche bruscamente para cima, ultrapassando o teto permitido. O exercício foi encerrado com a simulação indicando que haviam sido "abatidos".
"O que houve?" Maverick perguntou, observando os pilotos retornarem com expressões mistas de frustração e decepção.
"Voei o mais rápido que pude, como se meu rabo dependesse disso," Hangman começou, a confiança ainda evidente em sua voz.
"E colocou a equipe em risco, e seu ala está morto," Rooster interrompeu, sua voz carregada de crítica e desaprovação.
"Eles não conseguiram acompanhar," Hangman se defendeu com um sorriso confiante, seus olhos desafiadores fixos em Rooster.
Agora foi a vez de Haze e Rooster. O ambiente na cabine estava tenso, com Haze monitorando o cronômetro com preocupação crescente.
"Rooster, estamos 20 segundos atrasados e aumentando", Haze avisou, seus dedos tocando os controles com precisão.
"Estamos bem, a velocidade é boa", ele respondeu com calma, os olhos fixos no horizonte à frente.
"Aumentando para 500 nós", Anne segurou firme no acelerador antes de comunicar sua intenção.
"Negativo, Haze. Mantenha a sua velocidade", Rooster negou o pedido com determinação.
"Roos, estamos atrasados", Haze já estava ficando irritada. Ela não apenas queria cumprir o tempo, mas também garantir que ambos saíssem vivos, algo que parecia cada vez mais difícil com a velocidade abaixo do esperado pelo capitão.
"E vivos. Compensamos o tempo numa reta", Bradshaw continuou com confiança, tentando acalmar os ânimos.
"Não vai dar certo", Anneliese suspirou, balançando a cabeça em preocupação.
"Confia em mim. Vamos conseguir", ele respondeu firme, fazendo Haze bufar de frustração. Como esse homem poderia ser tão teimoso?
"Por que estão mortos?", Maverick perguntou, quebrando o silêncio tenso na cabine. Haze, sentada ao lado de Rooster, suspirou profundamente, cruzando os braços e olhando diretamente para ele.
"Conseguimos chegar ao alvo", Haze disse olhando para Maverick, sua voz carregada de exaustão e desapontamento.
"Um minuto atrasado. Isso deu tempo para os aviões inimigos abaterem vocês.", Maverick afirmou com severidade. "Você era o líder da equipe... Por que você e sua dupla estão mortos?" , ele continuou, seu olhar pesando sobre Rooster, esperando uma resposta que pudesse justificar a falha crítica na missão.
"Você não sabe", Rooster rebateu, seu tom de voz firme apesar da situação tensa.
"Não estava voando rápido o suficiente", Hangman interveio. "Você não pode desperdiçar tempo."
"Chegamos no alvo", Anneliese reforçou, esticando o pescoço para olhar para Jake, que revirou os olhos em frustração.
"E aeronaves inimigas superiores os interceptaram na saída", Maverick lembrou, sua voz dura ecoando na cabine.
"É um combate aéreo", Rooster disse, passando a mão pelos cabelos, visivelmente irritado com a situação.
"Com caças de 5ª geração!", Mav exclamou, sua preocupação evidente em cada palavra. Bradley suspirou, olhando para ele com determinação.
"Ainda temos uma chance."
"Em um F-18?"
"Não é o avião, senhor. É o piloto."
"Exatamente!", Maverick exclamou mais alto, fazendo todos os presentes olharem automaticamente para ele.
"Há mais maneiras de pilotar nesta missão", Rooster concluiu, seu olhar fixo em Maverick.
"Você ainda não entendeu. Nessa missão, ou um homem pilota como Maverick, ou o homem não retorna", Jake sorriu irônico, olhando para Anne e Phoenix. "Sem querer ofender."
"E de alguma forma, você sempre ofende", Bob defendeu.
"Olha, não quero criticar, você é conservador, só isso..."
"Tenente."
"Vamos entrar em combate num nível que nenhum piloto vivo tenha visto... Nem mesmo ele. Não é hora de pensar no passado", Hangman disse com seu toque natural de deboche.
"O que quer dizer com isso?" , Rooster desviou o olhar de Maverick para Hangman, para perguntar com um tom quase impassível.
"Rooster...", Anne sussurrou com desespero.
"Não sou o único que sei que Maverick voou com seu pai..." , Jake começou, trocando olhares de Mav para Rooster, zombando de tudo aquilo.
"Chega." , O capitão pediu.
"Que Maverick voava quando seu velho..." Rooster voou para cima de Hangman numa velocidade impressionante, sua raiva transbordando. Hangman mal teve tempo de reagir quando Rooster o agarrou pela gola do uniforme, empurrando-o contra a parede.
"Tenente, isso é..." Maverick se interrompeu correndo para apartar a briga. "Já chega!"
"Seu filho da puta!" Rooster gritou, seus olhos brilhando de fúria. Ele estava tão perto de Hangman que suas respirações se misturavam, o ar carregado de tensão. "Você não tem o direito de falar do meu pai!", Rooster rosnou, apertando ainda mais a gola de Hangman. "Você não sabe nada sobre o que aconteceu!"
"Rooster, solta ele!", Maverick ordenou, colocando uma mão firme no ombro de Rooster, tentando puxá-lo para trás. "Isso não vai resolver nada." Rooster hesitou, sua respiração pesada, mas finalmente soltou Hangman, que zombou.
"Seu idiota", Rooster murmurou, ainda com os punhos cerrados. "Você acha que pode falar o que quiser e sair impune? Não aqui. Não comigo."
"Já chega", Maverick disse, gesticulando para Rooster.
"Ele não foi feito para a missão." , Jake continuou com seus insultos.
"Chega." , O capitão Mitchell pediu pela última vez.
"Você sabe... Sabe que estou certo." , Hangman deu um sorriso cínico antes de enviar uma piscadela para Rooster e sair pela porta.
"Estão todos dispensados."
Bradley suspirou, passando a mão pelos cabelos enquanto caminhava até a porta da sala, sendo seguido por Anneliese. Quando os colegas de equipe já estavam longe o bastante, Anne segurou uma das mãos de Rooster, levando-o para seu dormitório, que não era tão longe dali.
"Você não pode deixar que ele te tire do sério assim", Anneliese disse, sua voz baixa e urgente, assim que chegaram ao dormitório de Rooster.
Brad se jogou em sua cama, colocando os braços em cima do rosto. O quarto era simples, com uma cama de solteiro, um armário e uma pequena mesa de estudo. Fotografias de aviões, recordações da carreira militar de Brad e de sua família decoravam as paredes, lembrando-o constantemente de seu legado e do peso que carregava.
"Eu sei, Haze, mas ele...", Rooster começou, gesticulando para ela, mas foi interrompido.
"Mas nada. Precisamos estar unidos. Não podemos nos dar ao luxo de brigar entre nós.", ela disse, se aproximando de Brad. Ela queria estar ali caso ele quisesse desabafar, sentindo a tensão em cada palavra que ele dizia.
Rooster suspirou, assentindo lentamente. "Você está certa... Perdi a cabeça"
"Jake sabe como te desestabilizar..." , Anneliese começou. "Você não pode deixar ele te afetar tanto assim. Estamos em uma missão quase suicida, nosso foco precisa estar nela."
Brad sorriu, levantando o olhar para ela. Ele deu um pulo da cama e agarrou uma de suas mãos. Bradshaw a puxou para mais perto dele, seus olhares se encontrando e se aprofundando.
"Eu sei... Vou tentar me controlar.", ele sussurrou bem perto do rosto de Anneliese, que intercalava seu olhar entre os olhos dele e sua boca. Ela tentava se controlar para não cair na tentação que era Bradley Bradshaw, mas o momento era intenso, carregado de emoções não ditas e sentimentos reprimidos.
Os lábios de Brad se aproximaram dos dela, e por um instante, o mundo ao redor deles parecia desaparecer. Anneliese sentiu o calor do corpo de Brad, a suavidade de sua respiração. Assim que seus lábios se encostaram, a porta se abriu de repente.
"Rooster, você está melhor-" Phoenix arregalou os olhos, vendo os dois melhores amigos claramente tendo seu momento e se sentiu culpada por atrapalhar. "Meu Deus, desculpa!"
"Nat, oi... E aí?" Anne riu, tentando disfarçar a situação embaraçosa, afastando-se ligeiramente de Brad, mas ainda segurando sua mão por algum motivo desconhecido.
"Eu... Eu só queria saber se você estava bem, Rooster", Phoenix disse, a voz meio hesitante. Ela estava visivelmente desconfortável, mas preocupada com o amigo. "Pelo visto, está bem melhor." , ela murmurou mais para si, do que para os dois. Mas ambos conseguiram ouvi-la.
"Estou bem, Phoenix", Brad respondeu, soltando a mão de Anneliese e levantando-se. "Só precisava de um momento para esfriar a cabeça. Obrigado por se preocupar."
Phoenix deu um sorriso malicioso. "Certo, eu vou deixar vocês... continuarem." Ela se virou para sair, mas parou na porta, olhando para trás com um olhar compreensivo. "E, sério, Brad. Não deixe Hangman te afetar assim. Você é melhor que isso."
Brad assentiu, um sorriso agradecido nos lábios. "Valeu, Nat. Eu vou lembrar disso."
Assim que Phoenix saiu, fechando a porta atrás dela, o silêncio se instalou no quarto. Anneliese olhou para Brad, seu coração ainda batendo acelerado. "Então..."
Brad riu, esfregando a nuca. "Desculpa por isso."
"Não tem problema," Anneliese disse suavemente. "Só... vamos manter a cabeça no lugar, ok? Temos uma missão importante pela frente."
"Sim, é claro... Foco," Brad concordou, sua expressão se suavizando.
Anneliese deu um pequeno suspiro e olhou para a porta, hesitando. "Eu preciso ir agora."
"Você não precisa... Não temos mais nada hoje," ele sussurrou, se aproximando lentamente de Anne, sua voz baixa e cheia de uma emoção que ele também não conseguia controlar.
"Eu vou... Ler! É, terminar algumas leituras, sabe? Pra ter foco," ela disse meio atrapalhada, com as bochechas rosadas. Anneliese se afastou dele, caminhando até a porta do dormitório. "Você deveria fazer o mesmo."
Brad observou enquanto ela tentava manter a compostura, um sorriso se formando em seus lábios com a confusão de Haze. "Claro."
"Até amanhã," ela disse, já com a mão na maçaneta, tentando ignorar o olhar intenso de Brad que parecia segui-la.
"Até amanhã, Anne," Brad respondeu, sua voz suave e cheia de uma promessa não dita.
Enquanto Anneliese saía do quarto, ela sentiu uma mistura de alívio e frustração. Precisava de um momento para reorganizar seus pensamentos e sentimentos. Caminhou pelos corredores, tentando afastar a imagem de Brad tão perto dela, a lembrança de seus lábios quase se tocando. Cada passo parecia ecoar seus sentimentos conflitantes, e ela não conseguia evitar de reviver o momento em sua mente repetidamente. Ela se sentia com 18 anos novamente, parecia que havia voltado no tempo, quando seus sentimentos por Brad eram intensos e confusos.
Brad, por sua vez, ficou sentado na cama por um tempo, refletindo sobre o que tinha acabado de acontecer. Sua paixão por Anneliese era algo que ele não conseguia ignorar, mas sabia que precisava manter o foco na missão. Havia muita coisa em jogo, e qualquer distração poderia ser fatal. Ele esfregou o rosto com as mãos, tentando clarear a mente. Levantou-se e começou a andar de um lado para o outro em seu quarto, tentando encontrar uma maneira de equilibrar seus sentimentos e suas responsabilidades.
Anneliese finalmente chegou ao seu próprio dormitório, fechando a porta atrás de si e encostando-se nela. Respirou fundo, tentando acalmar seu coração. Pegou um livro na mesa, mas seus pensamentos continuavam voltando para Brad. Ela tentou concentrar-se nas palavras à sua frente, mas cada parágrafo lido parecia esvanecer rapidamente, substituído pela lembrança de Brad e o momento que quase compartilharam.
Lembrava-se das noites na Universidade da Virgínia, quando eles ficavam até tarde conversando sobre sonhos e medos, sobre o futuro que esperavam construir. Lembrava-se dos sorrisos, dos olhares furtivos, e de como era fácil estar ao lado dele, dos beijos... Os beijos... Aqueles lábios. Mas também lembrava-se das brigas, das decepções e do momento em que seus caminhos se separaram. E por um momento ela fechou os olhos e se deixou perder em seus pensamentos.
★★★
Anneliese e Brad estavam deitados na cama do dormitório de Anne, rindo e trocando beijos após uma aula especialmente chata para ela. O dia estava ensolarado, e o quarto estava iluminado pela luz suave do fim da tarde. Brad tinha o dia livre e estava mais do que feliz em passar esse tempo com ela.
"Você deveria ter visto a cara do professor quando a campainha tocou", Anneliese contou, rindo ao lembrar do episódio. "Parecia que ele tinha sido acordado de um sono profundo."
Brad riu, imaginando a cena. "Ele é aquele que sempre fala como se estivesse prestes a dormir?"
"Exatamente! É uma tortura assistir as aulas dele", Anne disse, revirando os olhos dramaticamente. "Mas hoje foi especialmente insuportável."
"Bem, pelo menos agora você está livre", Brad disse, inclinando-se para beijá-la novamente. Eles se perderam nos beijos por alguns momentos, aproveitando a proximidade e a intimidade.
Brad se afastou um pouco, apenas o suficiente para olhar nos olhos dela. "Sabia que eu estava pensando em você durante todo o meu treino hoje? Quase bati dei cara no chão na corrida."
Anne riu e deu um tapa leve no ombro dele. "Você é tão dramático."
"Eu sei", Brad disse, sorrindo maliciosamente. "Mas é verdade."
Anne revirou os olhos, mas não pôde evitar sorrir. "Eu te odeio, sabia?"
Brad riu, acariciando o rosto dela com ternura. "Você me ama, nem tente esconder."
Anneliese olhou para ele, seu sorriso suavizando. "Talvez eu ame mesmo", admitiu em um sussurro, seus olhos encontrando os dele. "Mas não deixe isso subir à sua cabeça."
Brad inclinou-se novamente, os lábios roçando os dela. "Não se preocupe, minha cabeça está muito ocupada pensando em você para qualquer outra coisa."
Eles se beijaram novamente, mais apaixonadamente desta vez, perdendo-se no momento. O mundo lá fora parecia distante e irrelevante, e tudo o que importava era o calor e a presença um do outro. O tempo parecia parar enquanto eles se entregavam ao amor que compartilhavam, cada toque e cada beijo reafirmando a profundidade dos sentimentos que tinham um pelo outro.
Naquele momento, deitados juntos na cama do dormitório, Anneliese e Brad não precisavam de mais nada. Eles tinham um ao outro, e isso era o suficiente para fazer qualquer dia parecer perfeito.
★★★
"Foco, Anne," ela murmurou para si mesma, abrindo o livro e tentando se concentrar. Mas a imagem de Brad, seu sorriso, o jeito como ele a olhava, tudo isso parecia persistir em sua mente. "Merda... Eu sabia que isso ia acontecer." Ela continuou a falar sozinha, mas parou na frente do espelho. "Você e Bradley Bradshaw são passado! Pas-sa-do. Passado!" Anneliese choramingou e deitou na cama, agora as lembranças de seu passado com Rooster retornavam, uma após a outra.
Ela fechou os olhos, tentando afastar as memórias. Mas quanto mais tentava, mais vívidas elas se tornavam. A primeira vez que ele a levou para voar, a sensação de liberdade no céu, e o conforto de saber que ele estava ao seu lado. "Droga, Brad," ela sussurrou, sentindo as lágrimas começarem a escorrer. "Por que isso tinha que ser tão complicado?"
Do outro lado, Brad continuava a andar de um lado para o outro, os pensamentos também voltando ao passado. Lembrava-se da primeira vez que viu Anneliese na universidade, de como ela se destacava entre todos, com sua inteligência e seu jeito determinado. Lembrava-se de como foi difícil dizer adeus quando ele teve que partir para seu treinamento, e de como sentia sua falta todos os dias.
Finalmente, ele parou e se sentou na beira da cama, com a cabeça nas mãos. "Você precisa se concentrar, Brad. Ela tem razão. Há uma missão em jogo." Ele repetiu para si mesmo, tentando firmar a resolução. Mas no fundo, sabia que os sentimentos por Anneliese nunca realmente desapareceram. Eles estavam apenas enterrados, esperando o momento certo para ressurgir.
Enquanto Anneliese, que estava deitada na cama, olhava para o teto, ela sabia que precisava encontrar uma maneira de lidar com seus sentimentos tumultuados. Ela fechou os olhos por um momento, tentando acalmar sua mente agitada. Respirou fundo, sentindo o ritmo acelerado de seu coração começar a diminuir gradualmente.
Brad, ainda sentado na beira da cama, finalmente se deitou e olhou para o teto do seu quarto. A noite estava silenciosa, e ele sabia que precisava encontrar uma maneira de equilibrar seus sentimentos por Anneliese com a missão crítica que tinham pela frente.
Ambos sabiam que o dia seguinte traria novos desafios, possivelmente mais intensos do que qualquer coisa que já enfrentaram. Ainda assim, havia uma determinação silenciosa em ambos, uma vontade de não deixar que seus sentimentos interferissem no desempenho de suas funções. Era um fardo pesado, mas também uma honra que levavam a sério.
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