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024. CÓDIGO MORSE.

A RESIDÊNCIA DOS WHEELER estava longe de parecer uma casa de verdade. No mundo invertido, tudo parecia morto, corrompido e a maneira como o ambiente distorcido afetava a estrutura da casa era evidente até demais.

As paredes pareciam respirar, os móveis estavam cobertos por uma camada fina de poeira escura, e o ar pesava como se estivesse carregado de eletricidade.

—— Não quero passar mais tempo do que o necessário aqui —— disse Nancy, com os olhos varrendo o lugar com desconfiança.

Assenti em silêncio, e nós duas subimos as escadas rangentes até o quarto dela.

Assim que entramos, fui direto para debaixo da cama, ou pelo menos tentei. Me abaixei e comecei a procurar minha mala com pressa, o coração batendo forte... mas não havia nada.

—— A minha mala... não tá aqui! —— exclamei, me levantando em pânico.

Nancy andava de um lado para o outro, os olhos percorrendo cada canto do quarto, como se algo ali estivesse fora do lugar. E estava.

—— Minhas armas também não estão —— murmurou, pegando seu diário antigo sobre a escrivaninha. Ao abri-lo, arregalou os olhos. —— Elas ainda não existem...

Ela virou o diário na minha direção, apontando para a última página escrita.

—— A última anotação foi em 6 de novembro de 1983.

—— O dia em que o Will desapareceu... —— sussurrei, sentindo um arrepio subir pela espinha. —— A gente tá no passado.

Um grito ecoou pelo andar de baixo. Era Steve. Sem pensar, corri pelas escadas até a sala, onde ele girava em círculos, os olhos arregalados e cheios de esperança.

—— Só me falta a Robin ter razão, e você estar com raiva —— murmurei enquanto me aproximava. —— Steve!

—— Ele tá aqui! O Henderson! O merdinha tá aqui! —— exclamou, sorrindo como se tivesse acabado de encontrar uma saída.

Nos entreolhamos e começamos a cantar juntos, em busca de qualquer resposta. O nome de Dustin Henderson ecoava pela casa.

—— Se esse garoto não responder, eu vou ficar com a maior cara de otário —— Steve resmungou, olhando em volta.

—— O Will conseguia se comunicar com a Joyce, lembra? —— lembrei em voz alta. —— Pelas luzes.

Imediatamente, começamos a mexer em todos os interruptores possíveis, tentando enviar um sinal através das lâmpadas e lanternas.

Foi quando Steve me puxou pelo braço, apontando para o lustre no teto da sala. As luzes piscavam. Em código.

—— Sam... olha isso —— ele disse, quase sem voz.

Coloquei a mão sob as luzes e, com atenção, consegui ouvir, de verdade, a voz de Dustin, como um eco distante vindo de outro mundo.

Logo Nancy, Robin e Eddie se juntaram a nós, também tocando no lustre, como se aquilo fosse nos conectar mais diretamente com o garoto.

—— Alguém aqui sabe código morse? —— Nancy perguntou, tensa.

—— S.O.S serve? —— Eddie respondeu sério. Todos o olharam.

—— Serve? —— repetiu, hesitante.

—— Eddie, você é um máximo —— disse, sorrindo, mesmo no meio do caos.

—— Você também, loirinha —— ele respondeu, piscando pra mim.

Com cuidado, fui escrevendo letra por letra com a luz.

Oi.
Presos.

A comunicação estava funcionando.

—— Não dá pra voltar pelo Watergate? —— a voz de Dustin ecoou.

—— O quê é o Watergate? —— perguntei junto de Steve.

—— É o portal... porque ele tá na água —— Robin explicou, e apenas assentimos.

Escrevi de volta:

Guardas.

—— Perfeito! Mandou bem, Byers! —— Steve exclamou, animado.

—— A gente tem uma teoria nova! —— Dustin gritou. —— Watergate pode não ser o único! Tem um portal onde cada pessoa morreu!

—— Quanto tempo até seu trailer? —— perguntei para Eddie.

—— Uns 11 quilômetros —— ele respondeu, sem muita certeza.

—— Nancy, você não tinha uma bicicleta? —— Robin perguntou.

—— Uma? Somos cinco aqui —— Steve retrucou.

—— Eu sei onde tem mais! —— falei, correndo para a garagem dos Wheeler. As bicicletas dos garotos ainda estavam lá, quase intactas.

—— É isso ou nada —— murmurou Robin, puxando uma delas.

Pegamos o que conseguimos e seguimos pedalando em direção ao trailer de Eddie Munson, com o chão rangendo sob as rodas e a floresta escura se fechando ao nosso redor.

O ar era espesso, pesado, como se o mundo invertido estivesse nos apertando pelas laterais.

Pedalei com força até que... parei.

Meu corpo congelou.

—— Samantha...

Aquela voz... o relógio. O som gélido e inconfundível cortava o silêncio. Meu coração pareceu parar. Joguei a bicicleta no chão, com as mãos tremendo. Todos pararam e me olharam.

—— Sam! O que aconteceu? —— Steve veio correndo até mim.

—— Eu ouvi... o relógio. Ele tá me chamando —— murmurei, tentando controlar o pânico que se instalava em cada célula do meu corpo. —— Eu não aguento mais, Steve. Eu não sei até onde eu aguento...

—— Sam, a gente vai achar o Vecna. E vamos acabar com ele —— ele disse, deixando a bicicleta cair ao chão e correndo até mim.

—— Não se ele me achar primeiro... Steve, o que eu faço...? —— minha voz falhou, o choro me sufocando.

—— Eu não vou deixar ele achar você. Eu não vou deixar! —— ele segurou meu rosto com as mãos, limpando minhas lágrimas com os polegares.

—— Eu acho que... ele sabe —— sussurrei.

—— Sabe o quê, Sam?

—— Ele sabe do meu irmão... Ele sabe o que aconteceu com o Charlie —— deixei escapar, e meu corpo desabou.

Steve me puxou para seus braços, forte, firme, como se fosse me manter inteira só com aquele abraço.

E por um segundo, um breve segundo, eu me senti segura. Pela primeira vez em dias, me senti viva de novo. Me agarrei a ele com todas as forças.

—— Eu te amo, Steve —— murmurei contra seu peito.

Ele me afastou só o suficiente para me encarar. Seus olhos castanhos estavam marejados, mas havia ali uma certeza inabalável.

—— Eu também amo você, Sam —— ele respondeu com a voz baixa. —— E enquanto eu estiver aqui, ele não vai tocar em você.

—— Quando tudo isso acabar... eu vou te levar pra um encontro de verdade, como antes —— ele disse, sorrindo entre lágrimas.

—— E quando tudo isso acabar... eu vou vir morar com você em Hawkins —— respondi, sentindo algo novo dentro de mim: esperança.

Ele me olhou com os olhos brilhando.

—— Então vamos acabar com o Vecna.

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