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014. OLÁ OUTRA VEZ, HAWKINS.



JOVEM ALUNA DE HAWKINS HIGH SCHOOL É ENCONTRADA MORTA NA MANHÃ DE SÁBADO
Delegado de Hawkins afirma que a forma como o corpo foi deixado no local é aterrorizante.

Essa era a manchete em literalmente todos os canais de notícias da cidade, jornais locais e, claro, nas fofocas que corriam de boca em boca pelos bairros.

—— Eu sou o detetive Carrey, e essa é minha assistente, Samantha Byers —— disse Carrey ao nos apresentar ao local indicado pela polícia como sendo a cena do crime. O corpo já havia sido removido, restando apenas vestígios, como sombras de uma presença que havia sido apagada brutalmente.

A casa era o trailer dos Munson. Enquanto caminhava pelos cômodos estreitos, não conseguia parar de me perguntar o que uma garota como Chrissy Cunningham estaria fazendo ali.

Era um lugar sombrio, abafado, com cheiro de cigarro, suor e algo mais que eu não sabia identificar. Meus olhos vasculharam o ambiente até pararem sobre pequenos saquinhos transparentes na bancada da cozinha.

Pílulas. Maconha. Cocaína.

—— Ela veio atrás de drogas —— murmurei, mais para mim mesma, mas alto o suficiente para chamar a atenção de Carrey e do delegado.

Carrey respirou fundo, se aproximou e me puxou para longe da cozinha, com um olhar sério.

—— Escuta, Byers. Você não é detetive, é uma assistente —— disse ele, baixando o tom de voz.

—— Mas você me chamou pra investigar —— rebati, cruzando os braços.

—— Eu sei.

—— Disse que eu era ótima nisso! —— insisti, me afastando um pouco.

—— Quando eu disse que era ótima, me referia a anotações. Você anota tudo o que eu achar ou disser —— ele sorriu, forçado, como se a conversa estivesse encerrada.

Aquilo só podia ser piada. Eu não cruzei o país, saindo da Califórnia, para me tornar uma secretária com prancheta.

—— Fica com o meu telefone. Sempre que ligarem, você atende e diz que estou ocupado. E não mexa em nada. Nada, Samantha —— Carrey me entregou o telefone dele, deu dois tapinhas no meu ombro e voltou para conversar com o novo delegado.

Saí do trailer com passos apressados, irritada, e dei de cara com uma multidão de repórteres. Luzes, câmeras, microfones... tudo em cima de mim.

—— Senhorita, tem algo sobre o caso para nos contar? —— alguém perguntou, empurrando o microfone quase dentro da minha boca.

Inacreditável. Eu não deixei tudo para trás para virar recepcionista de detetive em uma cidade cheia de neblina e lembranças mal resolvidas.

Enquanto minha vida estava um caos, outra vida parecia seguir um rumo parecido... ou ao menos, voltando ao ponto onde tudo começou.

—— Fora que a Julie Christie tá linda nesse filme, sério —— comentou Robin, caminhando até a TV da loja. —— Deve ser a criatura mais linda que eu já vi.

Assim que ligou a TV, as notícias tomaram conta da tela: a mesma história de sempre.

—— O corpo de uma aluna do Colégio Hawkins foi encontrado hoje cedo. Ainda não foi divulgado o nome da vítima —— dizia a repórter, com a seriedade de sempre.

—— Puta merda... —— Steve murmurou, olhando fixamente para a televisão.

—— Aquela ali é a...? —— Robin perguntou, franzindo o cenho ao ver uma jovem loira, de roupas escuras e olhar determinado saindo do trailer dos Munson.

—— Sam? —— Steve se aproximou da tela, quase colando o rosto no vidro.

Sentada entre algumas mesas mais afastadas, eu desligava o celular de Carrey pela terceira vez só naquela manhã. Mas fui surpreendida por uma figura familiar.

—— Max? O que tá fazendo aqui? —— me levantei.

—— Eu moro aqui agora. E você? O que tá fazendo em Hawkins? —— Max rebateu, confusa.

—— Vim trabalhar no caso. Mas aparentemente, só sirvo pra anotar coisas —— revirei os olhos.

—— Então... não tá ocupada? —— ela perguntou, com um sorriso no canto da boca.

—— Não. Tá precisando de alguma coisa?

—— Preciso de carona até a casa do Dustin...

Olhei para o trailer. Carrey nem notava minha ausência. Respirei fundo e levei Max até o carro do próprio detetive. Se ele descobrisse, provavelmente me mataria.

Chegando na casa de Dustin, Max entrou e eu fiquei esperando no carro, quase suando frio. Mas em poucos minutos, os dois já corriam de volta para o carro, ofegantes.

—— Alguém pode me explicar o que tá acontecendo? —— perguntei, virando no banco.

—— Sam! Eu senti tanto a sua falta! —— disse Dustin, me abraçando de lado, com força. —— A Max acha que o Eddie Munson matou a Chrissy.

Ele disse como se isso não fosse nada.

—— Eu não disse isso! Eu falei que ele era suspeito —— Max corrigiu. —— Mas não acho que tenha sido ele. Talvez...

—— Tá dizendo que pode ter sido outra coisa? —— questionei.

—— Não tenho certeza. Mas... é Hawkins, né —— Max deu de ombros.

—— Mas a gente fechou o portal. Isso é possível? —— perguntei, me virando para Dustin.

—— Eu não sei. Não devia ser.

—— Só o Eddie sabe —— Max disse.

—— E como vamos encontrar ele? Ele sumiu —— respondi.

—— Eu tenho uma ideia —— Dustin sorriu.

Video Family.

Eu estava do lado de fora, encostada no carro. Aquilo era uma ironia cruel do destino. Como se o universo estivesse conspirando para me humilhar. Primeiro, me rebaixam no caso.

E agora, eu estava parada na frente do trabalho do meu ex-namorado, Steve Harrington. A última pessoa que eu queria ver. Ou pior: sentir.

Respirei fundo, passei a mão no rosto e entrei.

Lá dentro, Robin, Dustin e Max estavam em todos os telefones da loja, ligando para o maior número de pessoas possível, tentando encontrar Eddie Munson.

—— Caralho, é você mesmo —— Robin deixou o telefone cair no balcão.

Meus olhos foram direto para Steve, que acabava de atender um cliente. Quando nossos olhares se encontraram, meu coração acelerou. Era a primeira vez que o via em seis meses.

—— Você... tá loira —— ele disse, se arrependendo no mesmo instante.

—— É, eu tô —— respondi, desviando o olhar. —— Achou alguma coisa, Dustin?

—— Nada! Que droga, vai demorar anos assim —— reclamou ele.

—— O Eddie tinha drogas em casa. Alguém devia fornecer pra ele —— comentei.

—— Rickonha! —— Max disse de repente.

—— O quê?

—— Um cara que talvez seja o fornecedor. Alguém me disse que o Eddie às vezes dorme na casa dele.

—— O nome é sugestivo... E onde ele mora? —— perguntei.

—— Ninguém sabe. Ele é tipo uma lenda urbana —— Max respondeu.

—— Ele tem sobrenome? —— Dustin quis saber.

—— Também não sei.

—— A polícia deve saber —— Steve comentou, folheando uma revista no balcão.

—— Como assim?

—— Pensa. Se ele é um traficante de verdade, a polícia deve ter pegado ele pelo menos uma vez. O nome real deve estar registrado.

—— Harrington tem razão —— respondi, surpresa até comigo mesma. Todos me encararam. —— Mas conseguir isso pela polícia seria complicado. Eu nem tenho acesso aos arquivos.

—— Mas você não é da polícia? —— Max perguntou.

—— Só sou assistente de detetive. Literalmente, não tenho poder nenhum —— respondi.

—— Talvez não precise da polícia —— Robin disse, se levantando e indo até o computador. —— Doze Rick's têm conta aqui na locadora.

—— Uau, estamos a onze Rick's de distância do nosso fornecedor —— comentei, sarcástica.

Depois de minutos de buscas e filtros, finalmente achamos um nome que parecia bater. Talvez o lendário Rickonha.
Talvez o caminho para encontrar Eddie Munson.

Ou talvez... o início de algo muito maior, que estávamos com medo de admitir.

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