་ ،، ࣪ ☣️ 17 : SE VOCÊ FOR, EU FICAREI. ❜ 🧟♂️
𝄒🧟♀️ ִֶָ𝖙𝒉𝒆 𝒍𝒂𝒔𝒕 𝒐𝒇 𝒖𝒔 ⭑ุ᎔
capítulo 17, svf,ef¡
written by dixstark...
AMAYA ODIAVA EFEITOS borboletas. Ela odiava com todas as suas forças, porque como eles dizem que um bater de asas em um local pode fazer com que um furacão aconteça em outro, a mulher iria dizer que uma merda que você fizesse com dezesseis anos, ainda teria consequências vinte anos depois.
Amaya piscou, forçando os próprios olhos a focarem cada imagem que estava em frente aos próprios. Com as sobrancelhas juntas da mulher e do homem à sua frente era resposta para as batidas fortes que soaram na porta atrás da Howard. Joel suspirou com raiva enquanto levava a mão em direção a maçaneta, em seguida abrindo-a.
ㅡ O quê? ㅡ Perguntou, com apenas a cabeça aparecendo para Henry. O rapaz olhou em sua direção parecendo apressado.
ㅡ Foi mal atrapalhar o finalmente beijo de vocês, mas preciso ir. ㅡ Contou com rapidez ㅡ Agora.
Amaya mexeu a cabeça escutando a conversa enquanto observava o Miller, então afastou Joel correndo até as mochilas no chão e pegando-as. Entregou para o homem a dele e jogou a sua nas costas abrindo a porta por completo enquanto retirava a Glock da cintura.
ㅡ O que 'tá acontecendo? ㅡ Perguntou confusa enquanto andava para a porta da farmácia, onde Tiana e Ellie estavam observando algo à longura.
ㅡ Achamos que uma horda de infectados está a caminho. É melhor nos apressamos. ㅡ A Barker olhou para Amaya e Joel.
Um segundo mais tarde eles puderam enxergar os contornos dos corpos se movendo com pressa, e agressivamente. Amaya arregalou os olhos ㅡ assim como alguns do grupo ㅡ e começou a mexer as pernas.
ㅡ Vai, vai! ㅡ Joel gritou enquanto apontava para a direção que deveriam correr.
As pessoas o fizeram, às vezes pisando em falso e tentando manter o equilíbrio para não irem de encontro ao solo. A Howard ofegou mexendo os braços para tentar se mover de forma mais rápida, mesmo que não tivesse adiantando. Olhou para o seu lado atrás de Ellie e a enxergou ao lado de Tiana alguns metros mais a frente.
Eles começaram a escutar os gritos dos infectados e poderiam jurar que sentiram o asfalto da cidade fantasma tremer algumas vezes. Amaya sentia os pulmões arderem pela forma agressiva que o ar adentrava-os, mas não parou os movimentos por um segundo se quer.
ㅡ Corram pro supermercado! ㅡ O Miller se limitou a dizer.
O grupo o fez, batendo os pés com força no solo quando tentaram desacelerar assim que chegaram em frente às portas duplas do local. Henry e Tiana já empurravam os objetos e entravam no lugar com as armas em punhos, Howard e Joel fazendo o mesmo em seguida. As respirações descompassadas e ofegantes eram ouvidas por todos presentes.
ㅡ 'Tá... Acho que podemos ficar aqui por um tempo, não deve ter Cordyceps por perto. Mas mesmo assim, tomem cuidado. ㅡ Ordenou, ao parar de olhar ao redor e focar os olhos nas pessoas cansadas.
Amaya guardou a Glock no suporte no quadril e se aproximou de Ellie, apoiando uma mão em seu ombro. A Williams a olhou deixando com que a mulher percebesse a aceleração da garota e como ela estava assustada. A Howard suspirou passando um braço em torno do corpo mais baixo que si, e puxou-a para perto.
Ellie não hesitou ao rodear o corpo de Amaya com os braços e afundando o rosto no peito da mulher. Ela levou uma mão em direção aos fios escuros dos cabelos da garota.
ㅡ Você 'tá legal? ㅡ Perguntou, tentando fazer com que a conversa ficasse apenas entre elas enquanto podia assistir o restante do grupo se sentarem por perto para descansar.
ㅡ 'Tô... ㅡ Suspirou. A mulher balançou a cabeça concordando e fechando os olhos por um segundo.
Tiana segurava as mãos de Sam e Henry, com o mais novo apertando-a de forma mais forte e o mais velho tentando recuperar o ar. Ela puxou o Burrell para que descansasse a cabeça em seu ombro e se virou para ele minimamente.
ㅡ Descanse um pouquinho. ㅡ Sussurrou ao mesmo tempo que fazia a linguagem em libras. Sam concordou e a Barker encostou o corpo na parede atrás de si, como Henry. O namorado a olhou ㅡ O quê?
O rapaz sorriu de forma pequena e balançou a cabeça, observando-a. Tiana revirou os olhos sorrindo enquanto o empurrava levemente.
ㅡ Gosto da sua relação com ele. De como o trata. ㅡ Comentou, em forma baixa. Ela sorriu e se inclinou minimamente para que juntasse seus lábios ao do masculino por alguns segundos.
O clima parecia estar se ajustando pouco aos poucos para o inverno próximo que ficava cada vez mais perto de acontecer. Amaya fungou piscando sonolenta enquanto esperava Joel pegar seus equipamentos dentro da barraca ㅡ no qual eles haviam encontrado ao fundo do supermercado na semana passada. Quando o Miller se aproximou, a Howard se aproximou de Ellie e deixou um beijo no topo de sua cabeça despedindo de Henry e Tiana com a mão direita.
A semana de ambos irem atrás de comida chegara novamente fazendo Joel e Amaya irem para as buscas. Movimentavam as cabeças a cada som mínimo que escutassem, mas geralmente era alguma presa rápida o suficiente para escapar da dupla ou para que eles não conseguissem a enxergar a tempo.
Amaya observou as árvores perto de si e em como a lua brilhava junto com as estrelas no céu, fazendo-a soltar uma breve risada. Joel a olhou com as sobrancelhas juntas chamando a atenção feminina para o Miller, ela balançou a cabeça de forma negativa.
ㅡ Eu só... Estava me lembrando de alguns dias atrás, meses na verdade. Parece que tudo aquilo já faz anos. ㅡ Comentou, de forma nostálgica. Até mesmo o primeiro encontro com o casal e a criança que ficara para trás com Ellie, parecia a tanto tempo.
ㅡ É, a gente perde a noção do tempo às vezes. ㅡ Joel pulou um tronco de árvore caído, arrumando a pistola na mão. Eles sentiram os corpos ficarem tensos de repente, ao mesmo tempo em que um movimento mais agressivo fez com que a mulher e o homem movessem os olhos rapidamente para o local.
Usaram as lanternas para iluminarem o mato e ergueram as armas no progresso. Mas, quando eles finalmente encontraram a fonte do barulho, Amaya soltou uma risada pequena e de forma espontânea lembrando-se de outro momento que a lembrava aquele.
ㅡ Sabe, isso me fez lembrar que você me deve um beijo na floresta. ㅡ Ela cobrou, enquanto mantinha um sorriso nos lábios e assistia a raposa se afastar rapidamente.
Joel revirou olhos sentindo o índice de sorriso na própria boca, mas ao invés de se afastar e continuar a caminhada, como Amaya achou que faria, o Miller guardou a arma no suporte e segurou o braço feminino quando ela passou perto de si. Puxou-a para perto levando as mãos em direção ao rosto da Howard pressionando de forma leve as peles de seus lábios uns aos outros.
Amaya deixou com que suas mãos descansassem na cintura de Joel enquanto soltava um suspiro fraco ao sentir o contato com o Miller. Era o segundo beijo deles desde a farmácia, os dias haviam sido tão corridos e estressantes que não deixara tempo para que pudessem pensar sobre eles. Porém, era tão bom estarem pertos um do outro novamente, todas as sensação que aquele simples toque proporcionava para ambos e a paz que deixava cobrir ambos os corpos.
A mulher se afastou hesitante, querendo ficar com o contato por mais algum tempo, quando o fez ela abriu os olhos devagar reparando na postura do homem a sua frente e sorriu ao perceber o relaxamento do Miller. Amaya deu um leve tapa no quadril de Joel chamando sua atenção e fazendo-o finalmente abrir os olhos.
ㅡ Precisamos continuar, estou morta de fome. ㅡ Comentou, de forma risonha e assistiu o homem balançar a cabeça concordando.
Enquanto eles continuavam a caminhar entre árvores e caçando qualquer animal para alimentá-los, as vozes da cabeça de Amaya voltaram a relembrá-la sobre um pequeno assunto pendente entre ela e o homem ao seu lado.
Desde a farmácia a Howard tentava respirar fundo de olhos fechados e contar até o numeral cinco para que pudesse conseguir espantar todos os pensamentos no qual ela não permitira invadir a sua mente. Não funcionava. Porque cada segundo em silêncio que ficava ao redor da mulher, ela começava a dialogar consigo mesma em silêncio sobre como contaria a Joel o que havia feito a vinte anos atrás, e imaginando em todas as reações possíveis do Miller.
Algumas vezes, alguém do grupo a pegava quieta e olhando para um ponto fixo e sempre perguntava se estava tudo bem, todos acreditavam, pois Amaya se forçava a ser mais convincente possível. Exceto de quando se trata sobre Joel, o homem sempre sentiu que a Howard escondia algo ㅡ desde o início de tudo ㅡ e ele não deixou com que essa ideia fosse embora, mesmo quando ele começou a se aproximar da mulher.
Porque ele havia aprendido da maneira mais difícil a não confiar em ninguém naquele mundo mergulhado em desgraça, e não queria passar por tal coisa de novo. Deixaria com que Amaya se aproximasse e contasse tudo que queria colocar para fora, então até lá, tentaria ser o mais paciente possível e deixá-la no cantinho dela. Seja esse qual for o tempo necessário.
Quando a dupla conseguiu pegar duas cobras de tamanho diferentes, eles foram se encontrar com o grupo novamente. Cumprimentaram todos e esperaram com que Henry e Tiana terminassem o jantar deles.
Amaya estalou o pescoço algumas vezes e finalmente parou o olhar sobre as pessoas um pouco longe de si. Ellie e Joel conversavam enquanto observavam o fogo à frente deles de maneira fixa, a mulher poderia sorrir enquanto os assistia pensando sobre o desenvolvimento da relação deles, e iria fazer isso se não estivesse sendo atormentada pela própria mente.
Ultimamente, a cabeça de Amaya parecia uma selva. Com partes querendo sobreviver e fugindo, enquanto a outra caçava suas presas e tentava as dominar ou matá-las. A Howard se encontrava em outra linha tênue, pronta para cair do lado que apenas queria sobreviver ou do lado que mataria ou se auto destruiria assim que fizesse a escolha.
Havia duas escolhas no momento: esconder tudo de Joel até que a verdade explodisse como uma bomba atômica no meio deles por outra pessoa que de alguma forma conseguisse provar para o Miller. Ou ela mesma sufocar o medo e as palavras de Marlene no fundo da cabeça, andar até o homem e contar-lhe. De uma maneira ou outra, Joel iria saber, Amaya sentia isso e preferiu ser por ela mesma.
Joel sentiu o peso sobre si e olhou para a mulher, esperou com que ela sorrisse para ele o que Amaya não fez dessa vez. Ao contrário de todas as outras, a Howard olhou para baixo mordendo o lábio enquanto cutucava os próprios dedos respirando profundamente e tentado se distrair. O Miller pronunciou algo em tom baixo para Ellie e andou até ela sentando-se no tronco que eles arredaram para perto da fogueira quando chegaram no lugar.
A mulher juntou as sobrancelhas e pegou um galho fino e frágil do chão, sem olhar para o homem mas sabendo que ele estava ali, ao lado dela. Joel separou os lábios, pronto para começar a conversa desta vez.
ㅡ Você sabe que... ㅡ Ele limpou a garganta, olhando para frente ㅡ Pode me falar qualquer coisa, né? ㅡ Olhou de relance para Amaya, ela devolveu o gesto e ele percebeu no sorriso pequeno que recebeu.
ㅡ É, eu sei. ㅡ Balançou a cabeça, observando-o por o tempo que Amaya achou necessário.
Mas a verdade era que a Howard sentiria que nunca seria o suficiente, não importava a quantidade de tempo que mantivesse os olhos sobre Joel. Ela sabia que era um jogo perdido tentar descobrir, assim como sabia que era um erro ter se aproximado tanto do homem sabendo o final da história.
ㅡ O que há de errado? ㅡ Ele perguntou tocando levemente sua perna com a mão, com medo de estar pressionando-a a dizer algo que não queria. Amaya o olhou, como nunca havia olhado antes. Ele observou em como os olhos dela estavam brilhantes.
ㅡ Não vá... ㅡ Pediu, de forma sussurrada.
Joel juntou as sobrancelhas e balançou a cabeça, como se dissesse que não iria. Então a puxou para perto de si por um tempo, deixando-a deitada sobre seu ombro.
Amaya permitiu-se suspirar e jogar o galho no chão tentando afastar todos os pensamentos. Ficando quieta no ombro do Miller e sentiu os olhos arderem quando ele circulou o seus ombros com um braço. Ela olhou para Ellie e sorriu de forma verdadeira, mesmo sabendo que ㅡ possivelmente ㅡ o nariz estaria ficando avermelhado e chamou a garota com um aceno de cabeça.
A Williams sentou-se ao lado da mulher e se aconchegou na mais velha, que beijou o topo de sua cabeça sentindo uma fina lágrima cair no seu rosto enquanto ela tentava apenas aproveitar o aconchego do homem e no abraço que recebia, e no que dava na garota.
Se arrumaram no tronco para que Amaya ficasse com as costas apoiadas no peito de Joel enquanto Ellie ficava na mesma posição com a Howard. O Miller e a Williams perceberam em como a mulher estava, mas não comentaram e apenas ficaram com ela, e silêncio. E aquilo era tudo que Amaya precisava no momento.
ㅡ Você 'tá bem? ㅡ Sam havia se aproximado e perguntado. Ela balançou a cabeça.
ㅡ Estou sim, não se preocupa. ㅡ O respondeu e logo viu a criança se afastar e ir em direção à Henry e Tiana que os observava de longe.
ㅡ Tem uma universidade aqui perto. Com certeza vai ter bons equipamentos por lá. Quem sabe não encontramos um carro? ㅡ Amaya e o restante do grupo escutou a voz de Tiana.
ㅡ Como sabe disso? ㅡ Joel perguntou enquanto resgatava a mochila do chão e a jogava nas costas.
ㅡ Eu andei muito por essas terras antes de encontrar Sam e Henry. Meu... tio já havia falado sobre essa universidade também. Algumas pessoas sempre tinha planos de ir mas acabavam desistindo todas as vezes que novas histórias chegavam no nosso acampamento.
ㅡ Que tipo de histórias? ㅡ Ellie perguntou, se aproximando minimamente.
ㅡ Ah, algo do tipo de terem infectados por lá. E possíveis Estaladores...
ㅡ Não. ㅡ O Miller negou com rapidez e estava pronto para começar a andar.
ㅡ Olha, eu sei que parece loucura, mas geralmente quem dizia essas coisas eram bêbados que chegavam por lá colocando medo no nosso rupo, 'tá legal? Pode nem ter nada disso por lá, e se tiver vai ser pouco. ㅡ Balançou a cabeça com convicção.
ㅡ Vocês mal enfrentaram infectados, isso se já enfrentaram algum. ㅡ O Miller continuou a resmungar. ㅡ Podemos chegar até Wyoming, sem passar nessa universidade.
ㅡ É, mas... Ouvi falar de já ter até mesmo lança chamas por lá que foi abandonado quando a FEDRA atacou o lugar atrás de todos os estudante de medicina ou ciências. ㅡ A Barker mordeu a bochecha. Joel suspirou enquanto o restante do grupo os seguia.
ㅡ Os mesmos bêbados que contavam as outras histórias?
ㅡ É diferente, 'tá? ㅡ Tiana revirou os olhos e bufou, logo se virou para Amaya com um sorriso doce para a mulher.
ㅡ Nem pense nisso. Nada de chantagem por aqui. ㅡ O Miller se virou deixando-os para trás, a Howard sorriu de forma pequena para a amiga e andou alguns passos até o homem. ㅡ Não.
ㅡ Ela pode estar certa, sabe disso. ㅡ Balançou a cabeça. Joel parou, respirando profundamente com raiva.
ㅡ E se lá tiver Estaladores, como ela disse? ㅡ Perguntou erguendo as sobrancelhas ㅡ Olha, eu sei que você é forte e tudo, Amy... mas você não está bem esses dias, e todos nós estamos percebendo isso. Se toparmos com um desses infectados que... ㅡ Ele parou a frase.
ㅡ Que matou a Lia. Pode falar, Joel. Você não vai ativar nenhuma bomba se dizer essas palavras. Olha... Eu 'tô bem, só tentando processar algumas coisas e me preparando para um futuro próximo, 'tá bem?
Tentou o convencer com aquela meia verdade. Então, suspirou e levou uma mão até o braço do homem e acariciou de leve.
ㅡ Já é caminho, podemos dar uma passada rápida na universidade e ninguém se machuca. E prometo que logo voltaremos para a estrada até Wyoming...
ㅡ Qualquer estalo que eu escutar... ㅡ O Miller começou, depois de longos minutos quietos.
ㅡ Nós vamos embora, eu sei. Sem problemas. ㅡ Amaya concordou e o homem olhou para Tiana que esperava a resposta.
ㅡ Mostra o caminho. ㅡ Ele apontou com a cabeça. A mulher sorriu e logo começou a andar com Henry e Sam ao seu lado.
Sempre mantinham-se atentos e olhando aos redores para evitarem serem surpreendidos por infectados ou humanos. Joel se permitiu abaixar as barreiras em volta de si e havia se auto desafiado a enrolar os dedos na mão de Amaya, que retribuira o gesto no mesmo instante.
ㅡ Puta merda... ㅡ Ellie murmurou, erguendo a cabeça para olhar ao seu redor por completo.
O grupo havia acabado de pular o muro da universidade, ajudando uns aos outros, e estavam definitivamente dentro do local. Sam também sorria observando cada detalhe, enquanto os adultos se mantinham em alerta.
ㅡ Então era para cá que as pessoas vinham quando acabavam as escolas? ㅡ A Williams perguntou.
ㅡ É, ficavam mais em festas e bagunças do que realmente estudavam. Mas era para cá sim. ㅡ Amaya a respondeu, também seguindo os olhos da garota e lembrando-se de anos atrás.
ㅡ Sabe... Eu 'tava pensando esses dias. Eu gostaria de ser astronauta. ㅡ Ellie contou. Amaya ergueu as sobrancelhas surpresa.
ㅡ De verdade? ㅡ Joel foi quem perguntara, também prestando atenção na menina.
ㅡ É. Você pode imaginar estar lá em cima sozinho? ㅡ Perguntou. Eles continuaram a caminhar em direção ao prédio principal. ㅡ Devia ser legal. Bom, só estou dizendo. E vocês o que gostariam de ser?
ㅡ Bom... Quando eu era criança eu queria ser... Cantor. ㅡ O Miller revelou. Todos o olharam supreso. Amaya sorriu balançando as mãos deles juntas.
ㅡ Cala a boca. ㅡ Ellie murmurou ao lado deles.
ㅡ Eu 'tô falando sério. ㅡ Contou enquanto juntava as sobrancelhas e olhava para eles.
ㅡ Canta alguma coisa. ㅡ A Howard pediu, inclinando a cabeça minimamente em direção ao Miller.
ㅡ Ah, não.
ㅡ Ah, vai. Não vamos rir. ㅡ A Williams tentou o convencer também. Joel balançou a cabeça.
ㅡ Acho que não.
ㅡ Você é um chato. ㅡ Amaya revirou os olhos, sem deixar que o sorriso a abandonasse. O Miller apreciou o gesto da mulher, o que a levou a olhá-lo mais uma vez. ㅡ O quê?
O homem balançou a cabeça e apenas deixou um beijo na testa da mulher e afastou-se. Ellie bateu palminhas ao lado deles antes de iniciar a fala.
ㅡ Tão lindos. ㅡ Fingiu estar emocionado ao passar um dedo perto do olho. Joel a empurrou pelos ombros, fazendo a menina rir. ㅡ E você, Amy, o que gostaria de ser? ㅡ A mulher mordeu a bochecha e balançou negativamente a cabeça, fugindo da pergunta no qual não gostaria de responder naquele momento.
ㅡ Chegamos. ㅡ Tiana apontou para o prédio espelhado. Eles respiraram profundamente e subiram as pequenas escadas. ㅡ 'Tá. É um lugar grande, acho que seria mais rápido se nos separarmos.
ㅡ Cobriríamos mais chão desse jeito. Esse prédio tem cara de fazer eco, então... Qualquer coisa gritem. ㅡ Henry suspirou quando terminou a frase, olhando para o topo do prédio. Eles balançaram a cabeça.
ㅡ Ellie, quer vir com a gente? ㅡ Tiana perguntou para a menina quando o grupo entrou no hall do local e estavam prestes a se separar.
ㅡ Posso ir? ㅡ A Williams perguntou para Joel e Amaya. Ambos concordaram e a menina correu até Sam, tentando conversar com o garoto de forma baixa.
ㅡ Eles se aproximaram tanto em tão pouco tempo. ㅡ A Howard observou. O Miller e ela seguiam pelo seu próprio caminho.
ㅡ Não me surpreende. Ambos não tinham companhia da idade deles antes de se conhecerem.
Amaya resgatou uma caixa de faixas brancas para poder fazer curativos futuros e uma garrafa pequena de álcool quando encontrou. Assistiu Joel andar até outras bancadas dentro da sala que haviam entrado.
ㅡ Tem algumas munições aqui. Talvez tenha da sua arma, dê uma olhada. ㅡ Ele apontou. A mulher caminhou até ao lado do homem e observou os nomes das caixas espalhadas, até que encontrou uma de sua Glock e enfiou-a na mochila.
Um suspiro escapou de seus lábios quando sentiu o corpo de Joel pressionando atrás de si, fazendo-a tombar a cabeça levemente para trás a deixando deitada sobre o ombro masculino.
ㅡ Eu ativei um monstrinho. ㅡ Ela murmurou. Sentiu quando ele riu contra o seu pescoço antes de deixar um beijo no local.
ㅡ Não era o que queria? ㅡ Perguntou. Amaya mexeu o rosto apenas para virar-se por completo para o Miller e se inclinar a fim de o beijar outra vez, e mais uma.
ㅡ Talvez. ㅡ Sorriu e logo sentiu a língua do homem mergulhando em sua boca.
Ela aproveitou cada sensação, quando ele levou uma mão para a lateral de seu pescoço a ajudando com os movimentos, e quando levou a outra até o quadril feminino pressionando-a contra si. Amaya puxou o lábio inferior de Joel com os dentes de forma leve e se afastou.
ㅡ Viemos atrás de suprimentos. ㅡ O lembrou. O homem revirou os olhos apertando a cintura da Howard.
ㅡ Por que você acha que Tiana chamou Ellie para ir com eles?
ㅡ Para que ela não corresse perigo caso encontrássemos algum infectado por aqui. ㅡ Contou. Eles ainda permaneceram na mesma posição, e com as bocas tocando uma na outra sempre que um deles se auto colocava a dizer algo.
ㅡ Sonsa. ㅡ Joel revirou os olhos. Amaya riu e se virou, colocando as mãos no rosto do homem e puxando-o para perto de si e acabando com a distância entre eles mais uma vez. Finalizou com selinhos rápidos.
ㅡ Vamos logo, seu ogro. ㅡ Chamou, andando em direção à saída da sala em que estavam. Soltou uma breve risada escutando o homem a chamar de molenga outra vez enquanto a seguiam. ㅡ Andando como um cachorrinho. Assim que eu gosto. ㅡ A mulher bateu pequenas palmas, arriscando a olhar por cima do ombro. Joel ergueu as sobrancelhas.
ㅡ Não me atiça, Amaya. ㅡ Ela repetiu o gesto do homem ao escutá-lo a chamar pelo nome completo depois de algum tempo. Ele sorriu para ela, vendo que conseguiu tocar no ponto que queria.
ㅡ Odeio você.
ㅡ Mentirosa. ㅡ Acusou.
ㅡ É, eu sou. ㅡ Piscou os cílios. Mas seu sorriso falhou por um segundo ao pensar seriamente em sua fala e na do homem. Torceu para que o Miller não houvesse percebido e empurrou uma porta adentrando uma sala de aula. ㅡ Podemos achar algumas coisas para construir bombas ou molotov. ㅡ Apontou quando percebeu ser uma sala de química. Joel balançou a cabeça começando a andar pelo lugar.
ㅡ Por que não respondeu a pergunta da Ellie de mais cedo? ㅡ O homem perguntou, fazendo-a ficar tensa.
ㅡ Ah, eu não tinha uma profissão em mente. Nunca tive. ㅡ Mentiu enquanto cutucava em qualquer coisa que encontrava à sua frente. O Miller soltou apenas um murmúrio.
ㅡ Há muito tempo atrás, antes da gente chegar na casa no Bill... ㅡ Joel começou, cruzando os braços e se encostando na bancada atrás de si enquanto mantinha os olhos na mulher.
Percebeu como Amaya ficara inquieta, porém, disfarçava bem. Se não fosse ele a observando, teria acredito na encenação da Howard.
ㅡ Eu falei sobre aquela teoria maluca da vacina. Você ficou quieta quando eu falava sobre o assunto, nunca ouviu falar sobre isso? ㅡ Perguntou, com as sobrancelhas juntas.
ㅡ Ah, é... Já escutei algo do tipo mesmo. Mas nunca dei muita atenção. Sabe como são essas... Fofocas de fim do mundo. ㅡ Soltou uma risada, pronta para sair do local. Joel segurou o antebraço da mulher quando ela passou ao seu lado. Ela o observou ㅡ O quê?
Amaya engoliu uma saliva, quando percebeu a confusão e o vinco na testa do Miller em busca de respostas que ela não se sentia pronta para dar. A mulher sentiu o coração saltar no peito de forma agressiva.
ㅡ Não. ㅡ Ela sussurrou, balançando a cabeça.
ㅡ Eu não disse nada. Só... ㅡ Joel pareceu pensar por um tempo ㅡ Queria saber o porquê de você estar pensativa esses dias. Está inquieta até demais, Amy. ㅡ Sua voz continuava no mesmo tom, e isso a fez parecer relaxar por um tempo.
Amaya observou cada detalhe do rosto do Miller, parecendo querer gravar tudo que conseguiria da expressão tranquila do homem em sua direção. Porque ela sabia. A Howard sabia que aquilo logo acabaria e se desabaria como se tudo que eles viveram até aquele momento não fosse nada.
A mulher se afastou respirando profundamente e balançando as mãos. Retirou a mochila das costas quando o objeto pareceu pesado demais para suas costas aguentarem. Amaya apoiou as mãos na bancada, ficando de costas para o Miller. Escutou quando Joel tentou se aproximar.
ㅡ Não. Fica... Fica aí. ㅡ A mulher pediu.
Ela sabia que o coração jamais havia ficado tão acelerado como naquele momento, porque ela sabia que estava prestes a perder Joel com as próximas palavras e fazer isso com ele longe seria mais fácil do que com o toque dele sobre si. Mordeu a bochecha forçando a voz a não sair trêmula.
ㅡ Em 1968 Gerard Howard deu uma entrevista em televisão aberta. ㅡ Começou, o Miller arrumou-se no lugar ㅡ Ele... Ele foi um cientista bastante conhecido no mundo todo, epidemiologista pra ser mais específica. Na entrevista ele falava de um fungo. ㅡ Mexeu a cabeça, apenas para certificar de Joel estava ouvindo. Mas não arriscou a olhá-lo. ㅡ Ele contou sobre o fungo que funcionava em insetos, em como ele mexia com a cabeça do ser vivo e o fazia de sua marionete, controlando. O mandava como agir e onde ir..
Ela parou por um tempo. Sentido os lábios ressecarem de repente junto à garganta e respirando profundamente para continuar.
ㅡ Mas ele só poderia agir em humanos caso a temperatura do mundo elevasse. Isso aconteceu. O vírus evoluiu e, opa... Pessoas foram infetcadas. Mas elas não sabiam disso, não sabiam que estavam com o fungo em si. Então uma delas, a primeira a ser infectada, Mia Howard. ㅡ Amaya Suspirou quando o nome de sua mãe saiu com um gosto amargo de sua boca. ㅡ Ela piorou, e o seu marido, Chris Howard, foi atrás de uma cura para ela. Ele era filho de Gerard e também era cientista, seguindo os passos do pai.
A Howard soltou uma risada irônica no final. Apertou os olhos e respirou profundamente. Joel estava com as sobrancelhas juntas e não havia se aproximado.
ㅡ Ele fez uma vacina, e estava prestes a injetar na esposa. De uma maneira segura e com todos os equipamentos necessários para isso, mas aí a filha dele apareceu... Pediu para fazer, já que a merda do destino dela também era seguir os passos do pai. Então, apenas gostaria de ver como seria o seu futuro.
Amaya sabia que o Miller já reconhecia a história, mas ele ainda estava em silêncio e escutando-a como se quisesse saber cada parte da história pela mulher.
ㅡ Chris demorou demais para chegar em casa naquele dia, então... A filha dele desceu até o porão da casa, onde ela já havia deixado a mãe mais cedo pra descansar e já ficar preparada pra noite. A garota injetou a vacina por não aguentar a porra da ansiedade, sem saber que vinte minutos mais tarde o pai já estaria em casa... Mas a humanidade não teria mais volta depois daquele dia. A vacina não funcionou. No começo, as pessoas poderiam ter anos de vida estando infectadas e ainda agindo normalmente. Mas com a vacina, tudo se tornou mais rápido e acabou que tudo aconteceu e ninguém conseguir impedir. Nem mesmo o exército.
Amaya finalizou. Conseguindo sentir a horrível sensação de vazio dentro de si e em como não queria olhar para Joel naquele momento, mas ela o fez. Virou-se e encarou cada detalhe presente no Miller. Observou na expressão do homem, procurando por qualquer resquício de carinho que havia na manhã daquele mesmo dia.
Não encontrou. Não encontrou nem mesmo confusão no rosto dele e isso a fez querer chorar. Joel começou a pronunciar palavras em seguida.
ㅡ Qual o nome dela? ㅡ Ele perguntou. A voz baixa, poderia comparar àquele homem com o que havia visto pela primeira vez com Tess, enquanto ela estava no chão daquele banheiro com o sangue de Liana em mãos.
Era uma sensação parecida. A sensação de perda, mas não para morte. Porque Joel ainda estava ali, em sua frente, porém, ele a odiava e isso doeu nela. Amaya poderia jurar perder o fôlego por um segundo.
ㅡ Qual é o nome dela?! ㅡ Joel gritou. Sua frase ecoou pelo cômodo e sabia que o restante do grupo logo estaria a caminho deles, preocupados. A mulher fechou os olhos e mordeu o lábio com os olhos ardendo fortemente.
ㅡ Amaya... Amaya Howard. ㅡ Ela respondeu, em tom baixo. Quando abriu os olhos Joel não estava mais com a expressão furiosa em seu rosto, era diferente, era pior.
Não havia nada no Miller. E Amaya sentiu falta da raiva masculina assim que chocou-se contra a frieza de Joel, e ela sentiu falta do calor do abraço dele mas não foi isso que veio a seguir.
O Miller não a respondeu. Quando a mulher separou os lábios brevemente para dizer algo a mais, Joel andou. Não em direção à ela, em direção a porta ao lado de Amaya. A única coisa que a mulher fizera foi o seguir com os olhos enquanto escutava os passos no corredor do lado de fora.
A Howard fechou os olhos sentindo a brisa e o cheiro que Joel deixou ao passar diretamente por ela. Ela apenas percebeu que o rosto estava molhado por finas trilhas de águas salgadas quando os passos adentraram o cômodo que ela estava. Amaya não abriu os olhos, preocupada demais em puxar o ar para dentro dos seus pulmões.
Ellie tocou os braços da mulher chamando sua atenção. a Howard ofegou abrindo os olhos com rapidez, enquanto o aperto no peito se fazia presente e ela não conseguia respirar.
ㅡ Ei, ei... ㅡ Ellie tentou a acalmar, não tendo sucesso. ㅡ Mas que merda aconteceu aqui? Tiana!
A Williams correu para fora, chamando a mais velha enquanto Amaya sentia as pernas ficarem fracas por um tempo. Ela tentou se acalmar, não tendo sucesso em nenhum momento. Talvez Tiana houvesse conseguido acalmá-la com ajuda de Henry, não saberia falar.
Não saberia dizer o que havia acontecido nos próximos minutos porque a única coisa que conseguia repassar em sua mente era a breve conversa que havia tido com Joel, e principalmente no final dela.
Amaya odiava efeitos borboletas. Ela odiava com todas as suas forças, porque como eles dizem que um bater de asas em um local pode fazer com que um furacão aconteça em outro, a mulher iria dizer que uma merda que você fizesse com dezesseis anos, faria com que perdesse tudo vinte anos depois.
Não era o que ela havia feito quando adolescente de forma específica que a preocupava no momento, era como aquela ação fez com que consequências viessem a ser presentes quando ela já havia completado trinta e seis anos. A forma como a sua eu adolescente havia acabado de tirar Joel Miller de sua vida e já havia tirado Liana, sua filha, de si mesma. Amaya odiava o efeito borboleta, e se tal coisa fosse possível, ela o mataria.
⃝☣️ . ࣪˖ . 01﹕já estou prevendo os comentários. É triste, mas é a vida, né? Vocês me amaram capítulo passado e vai me odiar agora, igual a relação do Joel e da Amaya 😃
⃝☁️ . ࣪˖ . 02﹕enfim, brincadeiras a parte, amores. Demorei, mas está o capítulo de hoje. Semana passada fiquei ruim da garganta e essa semana está corrido para mim, então esse é o motivo da demora. Se tudo der certo amanhã tem mais.
⃝💉 . ࣪˖ . 03﹕não esqueçam de votar no capítulo, até o próximo 💙☣️
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