་ ،، ࣪ ☣️ 14 : A OBSERVA ENQUANTO UM NOVO GRUPO SURGE. ❜ 🧟♂️
𝄒🧟♀️ ִֶָ𝖙𝒉𝒆 𝒍𝒂𝒔𝒕 𝒐𝒇 𝒖𝒔 ⭑ุ᎔
capítulo 14, aoeungs¡
written by dixstark...
AMAYA E ELLIE continuaram paralisadas e com os joelhos encostados no solo, as mãos erguidas em sinal de rendição. Joel havia acabado de acordar com uma arma apontada em sua direção, ele observou Sam que estava à sua frente.
ㅡ Olha pra mim. Olha pra mim! ㅡ Henry repetiu chamando a atenção do Miller, que o olhou com uma carranca no rosto. ㅡ Vou ter que pensar no que dizer. A gente não quer te machucar.
ㅡ 'Tá bom. ㅡ Joel concordou ainda o olhando, com a expressão de raiva.
ㅡ 'Tá bom, é... Eu não sei qual é o próximo passo numa situação dessas. ㅡ Tiana moveu a cabeça em direção à Henry, juntando as sobrancelhas. Ela deveria admitir: o namorado era péssimo quando se tratava de ser violento com as pessoas.
ㅡ A gente não te machucou, então não machuca a gente. ㅡ A Barker tomou a frente, observando o homem deitado no chão. Devolvendo o olhar frio do desconhecido.
ㅡ 'Tá bem. ㅡ Joel concordou novamente. Amaya suspirou com o tom de voz do companheiro.
ㅡ Eu não gostei do seu tom, irmão. ㅡ Henry resmungou começando a ficar alterado. A Howard movimentou a cabeça sentindo o metal pressionando contra sua pele no instante seguinte.
ㅡ Ele sempre fala nesse tom de babaca. Joel, fala que 'tá tudo bem. ㅡ Ellie pediu arregalando os olhos. Amaya sentiu os seus próprios apertarem enquanto era observada por Tiana e devolvia o gesto.
ㅡ 'Tá tudo ótimo. ㅡ O Miller comentou mais uma vez. Não mudando o tom de voz em nenhum segundo, apenas pensando em quando teria a oportunidade de pular sobre a dupla de adultos e retirar as armas das cabeças de Ellie e Amaya.
A Howard levou os olhos até Joel novamente, e inclinara a cabeça minimamente para o homem enquanto respirava pesadamente. Ele fez o mesmo, como se soubesse que a mulher lhe repreendia pelo tom.
ㅡ Ok... Olha só, vamos confiar em vocês. ㅡ Henry voltou a falar e conversou em libras com o mais novo. Tiana observou Sam perguntar se ele tinha certeza e o mais velho concordou.
ㅡ Se alguém tentar alguma coisa, matamos vocês. ㅡ A Barker afirmou olhando para o trio no chão. Eles concordaram e o Burrell sinalizou para o irmão se afastar de Joel.
ㅡ Posso sentar? ㅡ O Miller perguntou ainda quieto.
ㅡ 'Tá. Mas vai devagar. ㅡ O homem ainda mantinha a arma erguida, assim como a namorada. Amaya tentava arranjar qualquer coisa para que pudesse ajudá-la a bater contra a desconhecida colada em si.
ㅡ Quem são vocês? ㅡ Ela escutou a voz do Miller e não demorou para se interessar pela conversa. O trio se entreolhou antes do mais velho iniciar.
ㅡ Meu nome é Henry. Esse é o meu irmão, Sam. E ela minha namorada, Tiana. Somos as pessoas mais procuradas de Kansas City. ㅡ Amaya passou a língua nos lábios percebendo a expressão de Joel modificar. ㅡ Se bem que agora... Acho que vocês estão quase nos alcançando.
Henry abaixou a arma, fazendo os outros de seu grupo o seguirem. Tiana deu um passo para trás sem deixar de olhar para a Howard que se colocava de pé, ainda receosa de um tiro ser disparado. Amaya observou o garoto que os acompanhava e depois para o Miller.
ㅡ Estão com fome? ㅡ Ela perguntou olhando para os mais novos conhecidos e gesticulando com as mãos. Sam sorriu rapidamente e balançou a cabeça.
Obviamente, a Barker e o Burrell mais velho ficaram receosos por aceitarem as comidas do grupo. Mas a criança com eles estava faminta e a única coisa que poderiam fazer era comer antes dele para certificar de que era seguro. Amaya sentiu um esbarrar em seu braço quando eles se sentaram em roda perto das comidas, e acenderam uma luminária. A mulher olhou para Joel.
ㅡ Não sabia que conhecia libras. ㅡ Comentou baixinho, apenas para que ambos pudessem escutar. Ela balançou os ombros.
ㅡ Tem muitas coisas sobre mim que você não sabe. ㅡ Afirmou antes de desviar os olhos de Joel.
ㅡ Onde vocês conseguiram isso? ㅡ Tiana perguntou erguendo a comida minimamente.
ㅡ Com o Bill. ㅡ Ellie contou sem hesitar, levando a atenção da Howard e do Miller para si ㅡ Ele morreu.
O grupo ficou em silêncio, continuando a alimentarem-se com as carnes secas vagarosamente. Principalmente as pessoas de Tiana, por não terem comida o suficiente naqueles últimos dias. A Barker ficou tensa quando Joel se mexeu inclinando-se para frente, Amaya pareceu perceber já que a olhou. O Miller estendeu a mão para Sam segurando um embrulho, onde estava algumas carnes dentro. O garoto pegou e fez um gesto.
ㅡ Ele agradeceu. ㅡ Henry comentou. ㅡ Não tem muito, então... Valeu mesmo. ㅡ Joel não o respondeu, apenas observou o Burrell.
ㅡ Por nada. ㅡ A Howard dissera e colocou o último pedaço de carne em sua boca.
ㅡ Quantos anos ele tem? ㅡ Ellie perguntou referindo-se à Sam. O irmão do garoto traduziu para ele que respondeu.
ㅡ Oito. ㅡ Ela balançou a cabeça ao receber a fala.
ㅡ Eu sou a Ellie. ㅡ Se apresentou. Amaya olhou para a Williams sorrindo de forma pequena. Tiana repetiu a fala para Sam o assistindo quando ele balançou a mãozinha em sinal de que havia gostado.
ㅡ Amaya. ㅡ A mulher dissera e estendeu brevemente a mão em direção à Barker. Tiana pegou depois de um segundo inteiro a cumprimentando. A Howard percebeu o silêncio e bateu na perna de Joel, o homem a olhou com as sobrancelhas juntas. Ela apontou para o grupo com os olhos.
ㅡ Olha eu sou o Joel. Vocês comeram, a gente não se matou, todo mundo saiu ganhando. Podemos ir? ㅡ Perguntou, impaciente.
ㅡ Eu aposto que vocês subiram aqui, para ver melhor a cidade e planejar uma saída. ㅡ Henry comentou. ㅡ Quando amanhecer, eu mostro.
Joel e Amaya se olharam por alguns segundos. Nenhum de ambos falaram nada, mas a Howard voltou a se deitar para descansar os olhos o máximo que pudesse após uma rápida despedida aos outros. Estava cansada ao ponto de conseguir adormecer dois dias inteiros se lhe fosse permitido.
Estava escuro. Escuro o suficiente para que ela pudesse distinguir ser noite, e as estrelas pequenas no céu apenas afirmaram. Piscou os olhos passando as mãos pelo rosto antes de respirar profundamente. As flores ao seu redor estavam lindas e todas pareciam de cores diferentes, deixando Amaya encantada com o local.
A mulher escutou risadas infantis fazendo-a olhar ao seu redor. Não demorou para que um gato quase a derrubasse em meio as folhagem ao correr ao lado de suas pernas. Amaya se assustou com o movimento repentino e se virou para seguir o animal com os olhos, mas a próxima imagem a fez separar os lábios e os olhos marejarem.
A mulher dera um passo adiante, observando a criança abraçada ao gato de pelagem preta e manchas brancas. Os olhos de cada cor ㅡ assim como ela havia descrito naquele dia.
Amaya teve seu rosto molhado pela lágrima quando estava perto o suficiente para identificar cada detalhe do rosto da criança. Da sua criança, de sua filha. De Liana Howard. Ela soluçou e se agachou a vendo brincar com o felino em meio as flores.
ㅡ Mãe, olha. ㅡ Ergueu o gato para que a mulher pudesse o enxergar, mas onde Amaya queria permanecer com os olhos vidrados era na garota à sua frente. ㅡ Ele é igual a senhora disse.
ㅡ É... ㅡ Ela sorriu chorando. ㅡ Eu sei, meu amor. Por que você... Não me dá um abraço, sim? ㅡ O lábio tremeu quando a frase saiu por completa. Liana balançou a cabeça sorrindo e logo soltou o gato, jogando-se em direção à Amaya.
A Howard ofegou quando sentiu os braços pequenos em volta de si. Sentou-se na grama apertando o corpo infantil contra o seu, ao decorrer que continuava a derramar lágrimas.
Ficaram alguns segundos daquela maneira, mas então a realidade pareceu sugar Amaya de volta. A mulher estremeceu contra o toque de Joel assim que ele levou uma mão ao seu braço, com o objetivo de acordá-la. A Howard abriu os olhos rapidamente e se virou, mas fora a imagem do Miller agachado ao seu lado que a recebeu.
ㅡ Você 'tá legal? ㅡ Ela escutou a voz masculina lhe perguntar quando deitou-se novamente nas almofadas suspirando e segurando internamente a sensação de luto que parecia lhe atingir novamente. Amaya balançou a cabeça.
ㅡ 'Tô. Foi... Só um sonho, precisamos ir? ㅡ Olhou para Joel. Ele estendeu uma mão para si e a Howard a pegou.
ㅡ É, já amanheceu. E eu quero me livrar deles o mais rápido possível. ㅡ Resmungou olhando para Henry, Tiana e Sam ao fundo. Ellie também conversava com eles de forma animada com alguns fios de cabelo bagunçados.
ㅡ Para, eles são fofos. ㅡ A mulher comentou empurrando levemente o ombro do Miller. Tiana sorriu com algo que a Williams havia dito e logo depois abandonou um selinho na testa de Sam. Amaya parou de olhar para o trio ao longe quando sentiu o olhar pesado de Joel sobre si.
ㅡ Está bem mesmo? ㅡ Ele perguntou a observando. A mulher mordeu o lábio inferior antes de balançar a cabeça.
ㅡ Na medida do possível, Miller. ㅡ Amaya se afastou apenas para resgatar a mochila do chão a alguns metros na frente. Joel manteve seus olhos na Howard ao decorrer que ela caminhava até Ellie e começava a ajudar a prender os cabelos novamente.
Tiana e Amaya saíram do cômodo primeiro, com as crianças atrás de ambas deixando Joel e Henry por último. Elas subiram as escadas trocando uma frase ou outra às vezes, relaxando mais a tensão que estava anteriormente.
Ellie e Sam se sentaram na mesa enorme que havia dentro da sala que eles adentraram, com a Williams logo resgatando o seu livro de trocadilhos de dentro da mochila para começar a ler as piadas junto ao Burrell. Amaya e Tiana seguiram os outros até as janelas grandes.
ㅡ Bem vindos à Kansas City. ㅡ Henry pronunciou enquanto eles observavam a cidade através do vidro.
ㅡ Não é FEDRA? ㅡ Joel indagou sem desviar os olhos.
ㅡ Há dez dias que não é. ㅡ Tiana respondeu engolindo uma saliva.
ㅡ Sempre soube que a FEDRA daqui... ㅡ O Miller não teve tempo de completar a sua frase, pois Henry o cortou chamando a atenção dos outros três para si.
ㅡ Monstros, selvagem... É, tudo verdade. Estruparam, mataram e torturaram por vinte anos. ㅡ Completou. A Barker mexeu o pé no chão suspirando quando duas dessas memórias lhe atingiram.
ㅡ Sabe o que acontece quando você faz isso com as pessoas? ㅡ Tiana perguntou ganhando a atenção de Joel e Amaya para si própria. ㅡAssim que elas podem, fazem o mesmo com você.
ㅡ Mas vocês não são da FEDRA. ㅡ Amaya comentou fazendo a outra soltar uma risada baixa.
ㅡ Se fôssemos não estaríamos tão na merda quanto agora.
ㅡ Somos apoiadores. ㅡ Henry contou fazendo Joel ficar quieto por um tempo. A Howard dividiu os olhares entre a Barker e seu namorado antes de respirar profundamente.
ㅡ Não trabalhamos com informantes. ㅡ O Miller negou com a cabeça.
ㅡ Ah, trabalham sim. Hoje trabalham. Porque moramos aqui, e vocês não. ㅡ Henry soltara uma risada no início.
ㅡ Conhecemos a cidade. Foi assim que nós seguimos vocês até aqui. E podemos ajudar a sair. ㅡ Tiana pronunciou, tentando ajudar Henry a convencê-los.
ㅡ Por que quer ajuda? ㅡ O rapaz olhou para a Howard que havia se aproximado um passo.
ㅡ Eu vi o que vocês fizeram. Matando aqueles caras. Eu sei pra onde ir, mas não sei como chegar lá vivo. Não sozinho com o Sam e a Tiana.
A Barker odiava se sentir daquela maneira. Fraca e incapaz de proteger quem amava. Mas a verdade era que não havia o que fazer contra os caçadores caso trombassem com eles no caminho, já que não haviam com o que se defenderem.
ㅡ Parecem bem competentes, e estão armados. ㅡ Joel levantou as sobrancelhas para o casal.
ㅡ Nem um, nem outro. ㅡ Henry revelou ㅡ Nunca matamos ninguém. E apontar uma arma sem munição para vocês foi o nosso maior ato de violência.
Amaya olhou para o Miller que devolveu o seu movimento. A Howard segurou uma breve risada ao ver a cara de descrença do homem ao seu lado, ela deu de ombros cruzando os braços.
ㅡ Então, é o seguinte: mostramos o caminho, vocês abrem o caminho. ㅡ Tiana terminou. Antes que Joel ou Amaya pudessem dizer algo, sons foram escutados pelo grupo de adultos que olharam para trás.
As risadas pertencentes a Sam e Ellie soaram pelo cômodo enquanto a garota batia de leve nele com o livro de trocadilhos. A Barker sorriu junto à Henry com a cena, assistindo o mais novo leve. Com a sensação de companhia na qual ele não havia antes.
ㅡ Tem muito tempo que eu não escuto isso. ㅡ Ela ouviu a voz do namorado ao seu lado, e concordou com a cabeça.
Amaya observou o casal e as crianças ao fundo, não demorou para que ela enrolasse os dedos no pulso de Joel e o puxasse até que ficassem mais afastados do grupo. O Miller ergueu a cabeça já sabendo o que ela falaria.
ㅡ Eles tem uma criança.
ㅡ Nós também. ㅡ O homem bufou desviando o olhar rapidamente para Ellie enquanto colocava as mãos na cintura.
ㅡ Joel... Não vai doer se ajudarmos eles, sem falar que precisamos deles também. Ouviu o que Henry falou, eles sabem como sair de Kansas. Nós não. ㅡ Inclinou a cabeça para o lado tentando resgatar a atenção de Joel para si novamente. ㅡ Por favor?
O Miller movimentou a própria visão pela mulher em sua frente. Talvez ficara tempo demais observando-a até que suspirou se afastando, quando prendeu os olhos da Howard nos seus uma última vez.
ㅡ E como a gente vai sair? ㅡ Ele se aproximou de Henry perguntando. Amaya sorriu caminhando até os outros novamente e se sentiu observada.
Olhou para Tiana que sorrira agradecida, ela acenou com a cabeça antes de voltar a prestar atenção na instruções do Burrell que havia pegado um papel e um lápis de dentro dos armários da sala.
ㅡ As estradas, o centro. ㅡ Apontou com os dedos ㅡ E a gente. Essa área aqui toda é da Kathleen.
ㅡ Ela 'tá no comando? ㅡ Amaya perguntou com os braços cruzados.
ㅡ É líder da resistência. Podem reparar que a gente tá cercado de estradas. Tem gente posicionada cercando essa área inteira. Se a gente chegar perto, nos pegam. Sem dúvida. ㅡ Henry continuou explicando.
ㅡ Então, como a gente atravessa? ㅡ Tiana fez a pergunta retórica. Henry batucou na mesa fazendo-a vibrar chamando a atenção de Sam.
ㅡ Como vamos atravessar? ㅡ Fez a pergunta em libras para o garoto. O mais novo escreveu algo em sua paleta antes de erguê-la.
Túneis.
ㅡ Bum. ㅡ Henry estalou os dedos apontando para a plaquinha do irmão. Joel juntou as sobrancelhas junto com Amaya.
ㅡ Mas... não tem metrô em Kansas City. ㅡ A Howard comentou olhando brevemente para o casal a sua frente.
ㅡ Não, mas tem túneis de manutenção. Vários prédios foram feitos pela mesma construtora, e todos tem túneis de acesso. Inclusive, um banco que fica aqui. ㅡ Desenhou no papel ㅡ Nós entramos por aqui, passa por baixo e saímos aqui. Norte da zona oeste, residencial. Tem um declive do outro lado das casas. A gente desce, atravessa o rio pela ponte... ㅡ Ele parou, apenas para bater uma palma ㅡ E estamos livre.
ㅡ Beleza, é um ótimo plano. ㅡ Joel comentou.
ㅡ Precisa de nós para que? ㅡ Amaya perguntou já sabendo qual seria a próxima frase do Miller, até porque ela mesma ainda não havia entendido por completo. Tiana suspirou se remexendo antes de se pronunciar.
ㅡ Não repararam em nada estranho nessa cidade? Além das paradas estranhas que vocês já viram.
ㅡ Não tem infectados? ㅡ Ellie entrou na conversa.
ㅡ Ah, tem infectados, só não na superfície. ㅡ Henry comentou ㅡ A FEDRA prendeu todos lá embaixo a quinze anos, e nunca mais deixou subirem. A única coisa que esses fascistas fizeram. ㅡ Amaya arregalou os olhos brevemente.
ㅡ E você quer que a gente entra no túnel? ㅡ O Miller perguntou, já se estressando.
ㅡ Todo mundo pensa que está cheio de infectados. ㅡ A Barker apoiou ambas as mãos na mesa ㅡ Inclusive a Kathleen. Ou seja, a gente não vai esbarrar no pessoal dela. Mas quer saber um segredo?
ㅡ 'Tá vazio. ㅡ Henry completou.
ㅡ Vocês já desceram? ㅡ A Howard perguntou, os observando. Ambos suspiraram.
ㅡ Não ㅡ Foi o suficiente para Joel se afastar da mesa e respirar, tentando manter a calma ㅡ Mas o cara da FEDRA, com quem eu trabalhei, falou que 'tava limpo. Completamente. Eles limparam tudo. ㅡ O rapaz tratou de tentar arrumar a situação novamente.
ㅡ Quando? ㅡ Ellie perguntou.
ㅡ Há uns... três anos. ㅡ Tiana olhou para o namorado surpresa, porque dessa parte, em específico, ela não sabia.
A Barker se afastou passando a mão no rosto fazendo com que o Burrell a olhasse por alguns segundos. Amaya escutou Joel soltar um estalo de língua e balançar a cabeça negativamente.
ㅡ 'Tá, pode até ser que tenha um ou dois. Mas vocês dão conta. ㅡ Henry tentou convencer.
ㅡ E se tiver mais? ㅡ Amaya perguntou.
ㅡ Ou um daqueles cegos que parecem morcegos? ㅡ A Williams também indagou.
ㅡ Espera aí, vocês já viram um Estalador? ㅡ Henry perguntou, Tiana olhou para trás.
ㅡ Dois. ㅡ Ellie respondeu.
ㅡ Cinco ou mais. ㅡ Amaya balançou a cabeça como se aquilo não importasse no momento.
ㅡ E ainda estão vivos? ㅡ A Barker perguntou erguendo as sobrancelhas.
ㅡ Viu só? São as pessoas certas. Se a coisa ficar feia lá embaixo, a gente vira, e sai por onde entrou. ㅡ Henry mexeu uma mão.
ㅡ Ah, esse é o seu ótimo plano? ㅡ Joel perguntou sarcástico.
ㅡ Não, esse é o meu plano arriscado pra caralho. Mas pelo que eu 'tô vendo... é a única chance. ㅡ Um barulho chamou a atenção deles novamente. Sam havia batido na mesa.
ㅡ O que eles estão falando?
ㅡ Estão dizendo que vão ajudar a gente a fugir. ㅡ Conversou em voz alta e em libras para o mais novo, com um sorrio pequeno nos lábios. Sam sorriu balançando a cabeça e voltou a desenhar na paleta. ㅡ Né? ㅡ Henry perguntou sorrindo de forma incerta para os adultos.
Joel estava com as mãos na cintura quando olhou para Amaya que balançou os ombros. O homem fez uma careta resmungando.
ㅡ Eu não sei porque continuo seguindo essas suas ideias. ㅡ Ele murmurou em direção à Howard que deixou um sorriso pequeno escapar.
Henry abriu as portas duplas do Banco feito quase completamente de vidros. O grupo entrou e logo andaram mais rapidamente até chegarem quase no meio do hall de entrada. Joel olhou ao redor.
ㅡ A gente precisa sair de vista. ㅡ Comentou olhando em como estavam expostos pelas paredes transparentes.
ㅡ Eu acho que é por aqui, vem. ㅡ Henry chamou andando até outro corredor. Abriu uma porta e eles logo puderam identificar as escadas que provavelmente os levariam até os túneis. ㅡ Estão prontos? ㅡ Perguntou.
Joel observou o local e olhou para Amaya e Ellie que estavam ao seu lado.
ㅡ Peguem as suas armas. ㅡ Elas fizeram e o Miller desceu as escadas passando na frente de Henry e Tiana.
ㅡ Fica aqui atrás, 'tá bom? ㅡ A Howard se direcionou para a Williams que balançou a cabeça.
Então, ela seguiu os passos do Miller e resgatou sua lanterna do bolso direito da mochila em suas costas. Passaram por outra porta e continuaram andando devagar. Eram capazes de escutar as goteiras de água pelo local.
ㅡ 'Tá vendo? Tudo vazio. O plano deu certo ㅡ Henry comentou de forma alta e animada. Joel soltou um barulho o mandando ficar em silêncio.
ㅡ "O plano deu certo"? A gente não 'tá aqui a nem dois segundos, não tem nenhuma garantia. ㅡ Contou olhando para frente, o corredor extenso e escuro.
ㅡ Seu pai é meio pessimista, né?
ㅡ Ele não é o meu pai.
ㅡ Eu não sou pai dela. ㅡ Ambos responderam juntos. Henry ergueu as sobrancelhas surpreso pela rapidez das palavras de Joel e Ellie. Amaya deu de ombros quando Tiana a olhou.
ㅡ Mãe? ㅡ Ela apontou com a luz para o rosto da Howard.
ㅡ Não, e não aponta essa lanterna de novo pra minha cara. ㅡ Ela levou a mão ate a de Tiana abaixando o objeto.
ㅡ Lanternas pra frente, e se preparem pra correr. ㅡ Joel mandou começando a caminhar novamente.
ㅡ Marido? ㅡ A Barker sussurrou perto de Amaya.
ㅡ Não. Não somos uma familia desse jeito. ㅡ Ela contou passando a língua nos lábios. Tiana juntou as sobrancelhas ㅡ É uma longa história, e precisamos fazer silencio agora. Principalmente para evitar um surto dele. ㅡ Apontou com a cabeça em direção ao Miller, mas Joel pareceu ter escutado já que havia parado os passos e olhado para a Howard.
ㅡ Podemos ter uma palavrinha? ㅡ Ele perguntou. Amaya se despediu de Tiana antes de se aproximar do lado do homem. ㅡ Eu esqueci o quão humilhado eu sou quando você tem companhia feminina adulta.
Amaya soltou uma risada, o que acabou causando ecos pelos corredores. Mas logo a mulher levou a mão até a sua boca arregalando os olhos e observando ao redor, se algum infectado não estivesse prestes a pegar o grupo de surpresa.
ㅡ Desculpa. ㅡ Pediu sussurrando. Joel apenas suspirou balançando a cabeça negativamente ㅡ Ah, para de ser marrento.
Empurrou levemente o ombro masculino com um sorriso pequeno nos lábios, o que ela não esperava era que o Miller fosse retribuir o movimento. O que causou em uma Amaya quase ao chão se Joel não tivesse segurado a cintura da mulher.
ㅡ Ogro.
ㅡ Molenga. ㅡ Ela revirou os olhos fazendo uma careta em seguida. Joel a soltou e colocaram os pés para andarem novamente.
Tiana e Henry franziram o cenho olhando para a dupla mais a frente, e trocara um entre eles. Então deram de ombros trocando a atenção para uma Ellie que sorriu saltitando até os adultos que acompanhavam a Williams.
O caminho fora tranquilo, porém, a tensão em todos era perceptível. Os únicos sons que eram capazes de serem ouvidos era dos ecos e rangidos dos metais por onde passavam. Eles observaram com atenção as paredes desenhadas que haviam acabado de encontrar.
ㅡ Uau... ㅡ Ellie soltou olhando ao redor.
Tiana sorriu comentando com Sam cada desenho que o garoto se concentrava, animado. Quando o menino caminhou até as portas mais a frente, Joel levou uma mão ao seu peito empurrando gentilmente para trás.
ㅡ Não. ㅡ Os outros entenderam e o deixaram abrir a porta, certificando de que o local era seguro.
O grupo entrou observando cada detalhe do lugar. Amaya soltou uma breve risada fraca quando enxergou o gol desenhado na parede a fundo. Tiana percebeu os ursos de pelúcia, e os livros infantis nas prateleiras. As mesas e cadeiras espalhadas.
ㅡ Já ouvi falar em lugares assim. ㅡ Joel comentou olhando para a ventilação no teto. ㅡ Gente que vem pra debaixo da terra depois do dia D. Construíram bases.
ㅡ E o que aconteceu com eles? ㅡ Ellie perguntou.
ㅡ Vai ver não seguiram essas regras e acabaram infectados. ㅡ Apontou para o quadro em sua frente.
A Williams e o Burrell mais novo andaram até uma mesa menor e mexeram nas miniaturas de carrinhos que haviam ali. Amaya andou até uma girafa no chão e se agachou pegando-o, sorriu triste ao ver que era igual a um que Liana tinha quando ainda era um bebê.
Ela olhou para trás escutando Ellie conversar animadamente com Sam. Ela riu batendo uma mão na do garoto.
ㅡ Isso aí, porra. ㅡ Comemorou com algo que ela não soube identificar.
ㅡ Silêncio, não saimos ainda. ㅡ Joel comentou olhando para a dupla infantil.
ㅡ Ah, qual é? Vamos descansar aqui um pouquinho. ㅡ Ellie pediu o observando. ㅡ Pelo menos tem coisa pra fazer aqui. ㅡApontou para os brinquedos e quadrinhos que poderiam ler.
ㅡ Não iria fazer mal esperar escurecer um pouco. ㅡ Henry comentou observando o Miller. Mas esse olhou para Amaya quando ela se ergueu e caminhou até eles.
ㅡ Eu também concordo, se é isso que quer saber. ㅡ Balançou os ombros.
ㅡ É mais seguro quando formos sair do outro lado. ㅡ O Burrell contou. Joel abriu os braços levemente e balançou a cabeça voltando a olhar o local.
Amaya havia se afastado deles a algum tempo, entrara em outro cômodo para procurar roupas e Tiana a seguiu para ver se encontrava alguma para si ou para o garotos. Henry sorriu observando Sam e Ellie brincarem de futebol à alguns metros deles.
ㅡ Se vocês eram apoiadores pra cuidar dele... ㅡ Joel começou a conversa com o Burrell enquanto estavam sentados em uma das cadeiras ao lado de uma mesa ㅡ Eu não devia ter falado nada. E não sei como é a sua situação. E não 'tô falando que deveriam deixar pra lá... mas levando tudo em conta, parece até crueldade. ㅡ Olhou para as crianças que brincavam animados ㅡ Mandar um exército atrás de vocês por isso....
ㅡ Eu não fui... Cem por cento sincero mais cedo. ㅡ Henry comentou chamando a atenção do Miller que estava com os braços cruzados. ㅡ Sobre nunca termos matado alguém. Teve um cara, um cara importante. Ele não sentia medo, não era egoísta e sempre perdoava os outros.
Ficou em silêncio por um tempo, com as memórias vindo até sua mente antes que voltasse a conversar.
ㅡ Já conheceu alguém assim? ㅡ Ele perguntou olhando para Joel que pareceu pensativo ㅡ O tipo de pessoa que você segue pra qualquer lugar. Eu queria mesmo... Eu queria seguir. Só que aí... o Sam ficou doente. Leucemia. ㅡ O Miller se mexeu na cadeira ㅡ É, enfim... Tinha um remédio que funcionava e, opa, que surpresa, não tem muito sobrando. E era tudo da FEDRA . Se eu quisesse, tinha que dar uma coisa importante. Eu dei uma coisa importante. Um cara importante. O líder de resistência de Kansas City. Irmão da Kathleen.
Joel escutou tudo em silêncio. Não o julgou, porque ele entedia tudo que Henry havia feito e ele mesmo faria pior por alguém que amasse.
ㅡ Tiana me ajudou, é obvio. Tudo que resumi a mim e ao Sam ela está junto. Me sinto culpado por essa vida que agora é obrigada a levar, mas.... E aí? Ainda acha que deveriam pegar leve comigo? Ou eu sou o vilão? Não sei porque está enrolando, a resposta é fácil. Eu sou o vilão, porque eu fiz uma coisa ruim e não sou o único a pagar por isso. ㅡ Mordeu o lábio.
O Miller olhou para frente, sem dizer nada e escutando a conversa de Amaya do outro lado da parede e às vezes uma risada ou outra.
ㅡ Mas você entende. Pode até não ser pai dela, mas foi pai de alguém. 'Tá na tua cara.
Joel observou Henry, então, Amaya apareceu em seu campo de visão novamente junto a Tiana. A Howard com uma garrafa em mãos enquanto conversavam de forma baixa.
ㅡ Ela disse que você não é marido dela. ㅡ Apontou em direção a mulher que se aproximava ㅡ Mas você age com tal. Tiana viu como você a protegeu enquanto aqueles caras atiravam em vocês, e me contou. ㅡ Henry explicou. Joel não teve tempo de o responder porque as mulheres já haviam chegado até eles.
ㅡ O que é isso? ㅡ O Miller perguntou erguendo as sobrancelhas enquanto olhava para a mão de Amaya, ela sorriu balançando o objeto.
ㅡ Vinho. Tiana e eu achamos em uma das caixas lá no fundo, junto com outras coisas. Podemos olhar antes de ir embora. ㅡ Comentou enquanto brigava com a rolha do vinho para sair. O Miller pegou a garrafa abrindo-a e entregou de volta para Howard que sorriu o agradecendo.
Ele piscou observando a mulher limpar a boca da garrafa com a manga da blusa antes de beber um gole do líquido. Ela sorriu comentando de como o álcool ainda estava bom e passou para Tiana experimentar. Joel pensou sobre as palavras de Henry de mais cedo enquanto continuava a olhando, até que Amaya desviasse os olhos para ele como se sentisse estar sendo observada.
Ela sorriu e apontou para a garrafa que Henry estendia para o Miller, mas ele respirou profundamente negando e fazendo o Burrell entregar o objeto para a Howard novamente. Ele não sabia o que quer que eles conversaram o tempo que ficaram ali, degustando do vinho e trocando momentos de suas vidas.
Porque ficar com os olhos focados em Amaya e em como a paz se apossava da mulher naquele momento, parecia melhor do que conversar com os outros. Poderia dizer quantas vezes ela havia mexido no cabelo e quantos sorriso dera, porque ele mesmo precisava segurar o sorriso ㅡ as vezes não conseguindo ㅡ quando Howard fazia o gesto.
⃝☣️ . ࣪˖ . 01﹕oi, meus amores. Como vocês estão? Eu fico um dia sem atualizar essa história e já sinto falta, imagina quando acabar.
⃝☁️ . ࣪˖ . 02﹕eu estou simplesmente apaixonada em escrever essas cenas do Joel e da Amaya. Vocês já tem alguma preferida deles?
⃝💉 . ࣪˖ . 03﹕muito obrigada pelos 12K, até o próximo 💙☣️
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