་ ،، ࣪ ☣️ 10 : TROCADILHOS E NO MEIO DA FLORESTA. ❜ 🧟♂️
𝄒🧟♀️ ִֶָ𝖙𝒉𝒆 𝒍𝒂𝒔𝒕 𝒐𝒇 𝒖𝒔 ⭑ุ᎔
capítulo 10, tenmdf¡
written by dixstark...
JOEL ESTACIONOU O carro em um posto de gasolina abandonado rezando para conseguir combustível. Ele e Amaya foram os primeiros a saírem do veículo para certificar de que a área estava limpa e segura. A mulher abaixou o corpo o suficiente para enxergar Ellie no banco de trás.
— Vem, lá dentro deve ter um banheiro se você estiver com vontade de usar. — A garota a ajudou a empurrar o banco para frente para que ela pudesse sair.
— 'Tá, eu vou lá. — A menina pegou sua mochila e caminhou até o local. Amaya revirou os olhos quando assistiu a Williams apontar para o Miller e para a Howard fazendo sinais de beijo com as mãos antes de adentrar a antiga lojinha do posto. Amaya aproveitou para esticar o próprio corpo e espreguiçar-se.
— Depois eu que sou o velho entre nós. — Joel murmurou agachado ao lado de um carro velho enquanto usava um sifão para retirar a gasolina para eles. Ele a observava com os olhos semicerrados por causa da luz do sol.
— E você é. Eu apenas sou sedentária e não aguento ficar tantas horas seguidas na mesma posição. — Ela se encostou no carro cruzando os braços.
— É bom saber. — Amaya juntou as sobrancelhas olhando de volta para Joel.
— Saber o que?
— Que ficar na mesma posição te causa dores. Talvez eu precise dessa informação algum dia. — O Miller certificou que sua gambiarra funcionava e que o líquido adentrava o galão de gasolina perfeitamente, a mulher sorriu se mexendo no lugar.
— Não acho que sei onde isso poderia te ajudar em algum momento. — No lugar onde Amaya estava agora, por ter dado dois passos mais próximos ao homem, ele precisava inclinar a cabeça minimamente para trás para que pudesse enxergá-la.
— Tem certeza disso? — Ele perguntou observando o sorriso da mulher.
— Você poderia apenas me dizer. — Antes que Joel separasse os lábios novamente, Ellie apareceu ao lado deles com um sorriso enquanto segurava um pequeno livro nas mãos, mas não demorou pro sorriso sumir quando a garota observou eles.
— Ah, não fode. — Ela resmungou abaixando o livro.
— Olha a boca.
— Olha a boca. — Os adultos disseram juntos olhando para a pré-adolescente.
— Quando você finalmente começa a reagir eu chego na hora. — Ela resmungou se dirigindo à Joel enquanto chutava uma pedrinha no chão. — Aí, escutem só...
A garota mudou de assunto rapidamente. Ambos a observaram em silêncio enquanto ela começava a ler o que estava escrito no livro pequeno e fino em suas mãos, com uma animação que fez Amaya ficar curiosa.
— Pra que o secretário queria um envelope redondo? Pra enviar uma "circular". — Ellie terminou sorrindo e olhou para ambos a sua frente. A mulher fechou os olhos suspirando e olhando para outro canto do posto. — Cem trocadilhos: Volume dois, por Will Livingston.
Ela leu apontando para os escritos na capa e Joel a olhou com as sobrancelhas cerradas, olhou para Amaya que balançou a cabeça negativamente e a deitou nos braços que estavam apoiados no carro, observando a Williams com uma expressão divertida no rosto.
— Cem trocadilhos. Olha. — Ela chegou perto deles mostrando o título — Sacou? Cem, tipo, C.E.M. — Ditou as letras e Joel se levantou ficando em pé.
— Nossa. — Sussurrou fazendo a Howard o olhar.
— O que uma alga marinha disse pra outra? — O Miller olhou para a garota de baixo para cima com as mãos na cintura. Ellie esperava algum deles responder prendendo a risada. — Vamos fazer algo?
A menina riu sendo acompanhada por Amaya que não conseguiu segurar a sua própria naquele momento. Joel olhou para ambas com descrença enquanto tentava se concentrar na própria respiração e ignorar ambas pelo resto do dia.
— Ontem eu passei a noite me perguntando...
— Não. — Joel murmurou balançando a cabeça, mas a garota continuou.
— ... aonde o sol tinha ido. Até que tudo ficou mais claro. — Ela terminou sorrindo outra vez, o Miller cruzou os braços se encostando ao lado de Amaya que passou um dedo sobre a sobrancelha.
— Meu Deus. — Ela resmungou reagindo à fala de Ellie.
— Quer esperar no carro? — Ele perguntou olhando para a pré-adolescente. Ellie respirou rendida e fechou o livro.
— Ah, 'tá bom. Mas só avisando, não dá pra fugir do Will Livingston. — Avisou olhando de forma séria para ambos, principalmente para Joel. — E não tem o que fazer para impedir. — Se virou e guardou o livro na mochila andando até o carro e entrando no veículo.
Amaya se virou para o homem sorrindo. Joel juntou as sobracelhas para a mulher esperando com que ela falase algo, mas se arrependeu no segundo seguinte.
— Sabe como o padre bateu o carro? — Perguntou ainda sorridente para o Miller.
— Não, você também não, Amaya. — Ele olhou para frente com a expressão ainda séria.
— Dando uma rezinha. — Ela respondeu o fazendo lhe encarar, a mulher prendia a risada até que escutou a risada de Ellie e olhou para a garota. Ela havia dito alto o suficiente para a Williams escutar de onde estava.
— Meu deus. Vão embora. — Murmurou abaixando a cabeça e fechando os olhos por um segundo. Amaya se afastou do carro.
— Não podemos,. sua vida voltaria a ser uma chatice sem nós por perto. — Ela comentou sorrindo e andando até o carro. Abriu a porta do carro e sentando-se no banco do passageiro, ela se virou olhando para a garota no banco de trás.
— O que aconteceu com os lápis quando souberam que o dono da Faber Castell morreu?
— Ficaram desapontados. — A mulher respondeu e a garota arregalou os olhos. Ellie empurrou o seu ombro.
— Sua otária. Eu te odeio. — Amaya riu se virando pra frente e colocando o pé no banco.
— Cala a boca. Não odeia nada.
Depois de algum tempo procurando coragem, Joel finalmente voltou para o carro e antes que alguma delas começassem com as piadas e trocadilhos extremamente idiota novamente, ele as olhou de forma mal humorada e sério.
— Devem ter usado um carrão. — Ellie comentou olhando para o caminho que dezenas de carros estavam arredados para os lados deixando um espaço livre na trilha.
— É, eles limpavam umas partes na frente pros tanques passarem. — Amaya se virou para o homem que dirigia quando ele começou a explicar.
— Eu quero ver um tanque. — Ellie comentou olhando para eles de forma animada.
— Vai ver. Tanques, helicópteros, vai ver tudo. Feito pra combater o inimigo errado. Tudo espalhado por aí. — A mulher inclinara a cabeça, não havia ido até aquela parte do mundo ainda. E nem escutado histórias sobre tal local.
— Usavam para massacrar as pessoas? — Perguntou baixinho para tentar fazer apenas o Miller escutar. Ele concordou com a cabeça olhando para Ellie pelo retrovisor. A garota apareceu mais perto deles, no meio, segurando uma fita K7.
— Olhem o que eu achei. Bate uma nostalgia? — Ela perguntou e a Howard pegou o objeto por Joel estar dirigindo, o homem avaliou a fita.
— Na verdade isso é de antes da minha época. — Ele contou. — Mas é um sucesso.
Amaya colocou no rádio e escutaram a melodia soar, ela reconheceu de imediato soltando um sorriso e se encostando no banco novamente. Talvez ela acabasse adormecendo ali para repor as energias.
— Caramba. — Ele murmurou baixo sentindo sua expressão ficar leve. Howard escutou Ellie se mexer no banco de novo e a voz da garota se fez presente.
— Achei outra coisa. — Amaya esperou com que ela começasse a ler algo, mas isso não aconteceu — Eita. — A garota disse e a mulher observou Joel olhar pelo retrovisor mas uma vez franzindo o cenho para tentar enxergar o quer quer que fosse que a Williams tivesse achado. — O conteúdo é fraco, mas tem umas fotos bem interessantes.
Amaya juntou as sobrancelhas fazendo o mesmo que o homem e arregalou os olhos ao perceber a revista nas mãos da garota, e provavelmente sendo porno.
— Ah, não, não. Guarda isso, não é pra criança, Ellie. — A mulher soltou o seu cinto se virando pra trás automaticamente escutando Joel conversar com a garota.
— Ah, como ele anda com um troço desses? — Ellie perguntou mexendo nas páginas e girando a revista chocada.
— Ellie, me dá isso. — Amaya estendeu a mão para a garota.
— Segurem a onda aí. Deixa eu ver porque eles fazem tanto mistério. — A mulher engoliu uma saliva — Por que as páginas grudam?
Ela olhou para Amaya que ergueu as sobrancelhas e ergueu o corpo para pegar a revista das mãos da Williams. A Howard sentiu uma mão de Joel na lateral do seu quadril a segurando, mas a mulher voltou para o se lugar com Ellie sorrindo da cara de ambos.
— Eu 'tava sacaneando vocês, seus bobos.
Amaya olhou para o seu colo e ergueu as sobrancelhas mostrando para Joel as imagens. O homem a olhou com mal humor e tirou a revista das mãos da mulher a jogando pela janela do carro.
— Ah, qual é? — Ela formou um biquinho nos lábios olhando para trás pela sua própria janela. — Eu poderia usar em algum momento, seu sem graça. — Resmungou amarrando os cabelos em um coque.
— O caralho que iria. — Amaya escutou Joel resmungar enquanto dirigia.
— Literalmente. — Ele a olhou — Era o caralho.
— Amaya! — O Miller repreendeu escutando a risada da Williams sendo seguida pela mulher ao seu lado. — Por que vocês não vão dormir? A viajem é longa.
— Ah, estamos bem. Não é Ellie? — Perguntou tentando olhar para a garota que bateu na mão estendida da mulher concordando.
Pelo caminho a mais velha observou as paisagens pela sua janela. Enxergou gados e montanhas russas abandonadas. Biomas tomando conta das cidades e navios e barcos afundados em mares ou em rios. Ellie pôde ver os tanques abandonados, mas não comentara nada deixando o silêncio ainda contaminando o ambiente, exceto pelas músicas que passavam.
Amaya massageou o pescoço e os ombros se remexendo no banco sobre o olhar de Joel. Já faziam horas que estavam no trajeto e até mesmo as músicas da fita já haviam acabado.
— Chega, vamos parar por hoje. — Ela escutou o Miller comentar enquanto trocava o caminho e virava enfiando o carro para o mato, escolhera um lugar mais espaçoso entre as árvores na floresta e estacionara.
— Ah, como é bom finalmente esticar. — Amaya foi a primeira a sair do veículo fazendo vários movimentos com os braços, pescoço e pernas. — Vamos fazer algo para comer e depois podemos colocar os sacos de dormir para descansar. — Ela andou até Joel que retirava alguns equipamentos do carro.
— É, pode ser. Se importa de pegar o sacos? — Perguntou antes de começar a caminhar com o fogão transportável que pegara na casa de Bill.
— Não, claro que não. — O Miller se afastou e Amaya enfiou as mãos dentro do porta malas pegando os objetos onde eles iriam dormir.
Entregou um para Ellie a ajudar desamarrar e estender no chão um perto do outro. A Williams se aproximou da Howard e começara a pronunciar apenas para ambas ouvirem.
— Eu vou ficar com aquele ali. — Apontou para o da beirada.
— Mas você deveria ficar com o do meio, assim... — A garota interrompeu a fala da mulher.
— Shiu. Eu vou ficar com aquele, assim você fica com o do meio e o Joel com aquele ali. Prontinho, assim vocês dormem pertinho um do outro. — Ela se afastou sorrindo para a Howard, antes que Amaya pudesse dizer algo Ellie já havia andando até Joel quando ele dissera que a comida estava pronta.
O trio se sentou pegando cada um seu devido prato e servindo-se. A pré-adolescente começara a comer rapidamente.
— Devagar. — Amaya a olhou.
— Isso é devagar. — A Williams a respondeu e logo fez uma pausa nas colheradas. — O que a gente tá comendo?
— Isso é um ravióli de vinte anos do Chef Boyardee. — Joel a respondeu.
— Esse cara era bom. — A garota apreciou comendo mais um pouco.
— Eu até concordo. Mas nada se compara ao strogonoff e lasanha que meu pai sabia fazer. — Amaya suspirou lembrando-se do gosto.
— Estraga, o que? — Ellie juntou as sobrancelhas perguntando de boca cheia.
— Não é estraga, é strogonoff. — Repetiu vagarosamente para que ela entendesse. Antes que a garota pudesse tentar pronunciar a palavra, Joel a impediu.
— É estraga sim. Colocavam creme de leite naquilo. — Ele fez uma careta. — Era horrível.
— Não fala assim do meu strogonoff e do meu creme de leite. — A mulher apontou a faca que segurava em direção ao Miller. — Era tão bom com goiabada... — Murmurou nostálgica.
— Ah, agora eu quero experimentar. — Ellie murmurou terminando de jantar.
— Algum dia desses vou atrás para ver se encontro. — Amaya também terminou o seu prato pegando uma garrafinha de água que estava ao seu lado, e tomou um gole.
— Quanto tempo a gente vai ficar aqui?
— Eu 'tava pensando em a gente dormir aqui. E dirigir amanhã o dia e a noite toda. — Joel respondeu para a menina. — Dá pra chegar em Wyoming de manhã.
— Podemos acender uma fogueira? 'Tô congelando. — Amaya perguntou dessa vez observando o homem.
— Por que eu diria que não?
— Eu não 'tô tão acostumada com o seu jeito de conviver na natureza. Então... — Ela respondeu se levantando para começar a procurar galhos secos e se esquentar em seguida. Ellie fazia perguntas para Joel sobre algum infectado puder vê-los no local.
O céu já estava escuro por completo. O sol terminara de se pôr deixando a lua tomar seu lugar junto às estrelas como suas acompanhantes. Amaya estava sentada sobre o seu próprio saco de dormir com a cabeça inclinada para cima, contando o máximo de pontinhos pontos no céu que conseguia.
No final, ela e Joel conversaram sobre não acender uma fogueira já que isso poderia chamar a atenção de pessoas que estivessem por perto. Ellie e o homem já haviam terminado de arrumar os locais onde dormiriam e se deitaram. A mulher foi por último, desligando a iluminaria no processo. Ela já estava com os olhos fechados quando escutou a voz da mais nova.
— Aí, gente... — Ela chamou.
— Hum? — Amaya resmungou se mexendo minimamente.
— Posso fazer uma pergunta séria? — A mais velha se virou de ficando de frente para a menina e concordando com a cabeça. Joel também havia se mexido para que escutasse — Por que o espantalho recebeu um prêmio?
A Howard suspirou não acreditando que realmente pensara que seria uma conversa séria que teria com Ellie, mas o que lhe surpreendeu foi a voz do Miller.
— Porque ele era o melhor no campo dele. — Amaya se sentou e a Williams se apoiou no braço direito.
— Seu babaca! — Ellie xingou o olhando supresas. A mulher riu se jogando no saco de dormir novamente.
— Vocês me só me surpreendem a cada dia que passa.
— Você leu isso? — A garota perguntou ainda o olhando.
— Não. — Resmungou, mas Amaya poderia arriscar dizer que Joel escondia o indício de um sorriso pequeno estando de costas para elas.
Alguns segundos se passaram enquanto ela olhava para as estrelas, o topos das árvores lhe fazendo se lembrar da infância quando ela e seus pais deitavam dentro de uma cama elástica e a proteção era a única coisa que era enxergava, junto com o céu.
— Sobre as pessoas que vocês estavam conversando mais cedo... Não tem como ninguém saber que a gente 'tá aqui, né? Ninguém vai achar a gente?
— Ninguém vai achar a gente. — Joel confirmou quando Amaya não foi capaz.
Perdida demais em sua mente enquanto as memórias de Liana lhe atingir, lembrando-se de quando a menina fez uma pergunta parecida com essa. E que a mãe confirmou que estavam seguras, o que no final era uma mentira. Apenas mais uma mentira que ela contou para a filha. E que não pôde retirar antes que fosse tarde demais.
Percebendo que não conseguiria dormir, Amaya se levantou pegando a Glock na mochila e andando pela mata parando não muto longe de onde estavam. Suspirou deixando com que o vento noturno lhe atingisse e tentasse limpar tudo que não era de boa intenção da alma da mulher. Franziu o cenho perguntando a si mesma se a estrela que mais brilhava poderia ser Tess por ter chegado recentemente.
Ela ficou tensa quando um galho estralou, mas então percebeu que o som vinha de trás e assim ficara normal outra vez percebendo ser Joel. O homem parou ao seu lado com a arma em mãos, a mulher o observou por algum tempo e não desviou o olhar quando ele a olhou também.
— Deveria dormir. — Amaya suspirou observando as árvores. Ela ainda sentia o olhar masculino sobre si quando ele pronunciou a frase.
— Você também. — A mulher devolveu — Mas nenhum de nós dois se sente seguro o suficiente para isso. — O olhou de novo. Ele não respondeu, mas sua expressão já era o suficiente.
Viu Joel retirar o cantil do bolso e beber o líquido que estava dentro. Ele lhe estendeu o objeto e Amaya aceitou de bom agrado sentindo a garganta queimar assim que a bebida tocou sua pele.
— Você não fala muito sobre sua família. — Joel deu de ombro ao escutar a frase.
— Você também não. Mas nenhum de nós dois nos sentimos seguros o suficiente para isso. — Devolveu a frase da Howard. A mulher ergueu as sobrancelhas cruzando os braços e se virando para o Miller.
— Meus pais morreram no dia do surto. Não tive irmãos ou imãs, apenas um melhor amigo que possivelmente está morto agora. — Começou, o que fez com que Joel se encostasse na árvore ao lado dela e ficasse sua atenção na mulher. — O pai de Liana foi apenas um caso de uma noite única e obviamente a camisinha estava furada. Mas não é como se eu odiasse a ideia de ser mãe.
Ela bebeu mais um gole do álcool entregando para o homem em seguida que aceitou e repetiu o ato de Amaya.
— Assustada sim. Mas odiando nunca.
— Você nunca mais viu o pai dela? — Ela negou com a cabeça.
— Não o procurei, mas de qualquer forma eu consegui me virar sozinha. Sempre fiz isso, não foi a primeira vez.
Assistiu a mulher mordiscar o lábio inferior, porque aquele era um ato no qual Joel já estava acostumado a assistir quando Amaya não estava confortável por completa com uma situação ou falando sobre algo. E isso era a causa de algumas feridas pequenas no meio da boca da mulher ou nos cantos.
Ele levou a mão até o rosto da Howard puxando o seu lábio com o polegar encostado no queixo, retirando a pele para longe dos dentes de Amaya. Seus olhos vagaram para Joel instantâneamente. O estudando. Quase como se ele a deixasse confusa o suficiente para ela ter que fazer tal coisa.
— Sua boca já 'tá machucada. Para com isso. — Recolheu a mão — E não precisa mais falar sobre isso. Claramente não está confortável.
— A lembrança de Liana é boa para mim. Apenas...
— O final que não. — Ele completou. A mulher concordou respirando pesadamente. Observou como os olhos femininos vagaram para atrás deles.
— Às vezes, quando tudo fica quieto entre nós, eu olho nos olhos dela e consigo ver Liana. — Apontou com a cabeça em direção à Ellie que estava adormecida. Joel se mexeu no lugar.
— É, eu sei exatamente como é isso. — Amaya o viu segurar a arma mais forte olhando para os lados. — Você foi uma boa mãe. — Ela o olhou, mas ele parecia achar as árvores mais interessantes naquele momento. — Não preciso conhecer você a um ano ou dez, dá para perceber isso apenas em relação à sua massa corporal.
Joel moveu os seus olhos em direção à ela agora, a mulher estava com as sobrancelhas juntas esperando que ele continuasse.
— Quando eu e Tess encontramos você... O corpo de Liana estava saudável, e claramente ela não passava fome ou necessidade. — Amaya mexeu o pé no chão, brincando com os matos pequenos e sua visão focada ali. — Ao contrário de você. Você deixava de se alimentar para deixar ela fazer isso quando a comida era pouca para as duas.
Aquilo a assustava. O fato de Joel saber a ler de maneira tão certa a assustava que ela poderia se perguntar diversas vezes se não havia o conhecido antes de tudo. Ele havia passado pela mesma coisa que si, e a entendia tão perfeitamente que Amaya poderia o agradecer por isso.
— Não faz isso. — Ela resmungou encostando a cabeça na árvore e erguendo um pouco a cabeça para que pudesse olhá-lo nos olhos.
— O que? — Ele conseguia sentir a respiração de Amaya batendo contra seu queixo, mas não se afastou.
— Não me leia dessa forma. Nunca mais. — Pediu franzindo o nariz. — Não é legal se apresentar para alguém quando ele já te conhece como a palma da mão. — A Howard sussurrou sorrindo pequeno.
— Ok. — Sua voz saiu sussurrada. — Amaya pegou o cantil da mão de Joel para tomar mais um gole enquanto desviava o olhar.
— Não faz isso. — Ela sentiu algumas partes se seu corpo se arrepiar quando a voz do Miller apareceu estar mais perto.
— O que? — O observou se concentrando em manter a respiração normal.
— Deviar o olhar. — Amaya bufou se acomodando no lugar. Inquieta.
— Para de roubar as minhas frases. — Reclamou encostando com o indicador no peito de Joel.
Ela contornou os detalhes da costura da blusa masculina enquanto o Miller colocava a arma dependurada no ombro. Sentiu quando as mãos do homem repousaram em seu rosto e quando ele o ergueu minimamente. Amaya fechara os olhos deitando a cabeça na mão de Joel, suspirando.
Talvez fosse o efeito do álcool naquele momento, mas ela realmente não o impediria de a beijar naquele momento. Se ele fizesse isso. Sentiu quando o rosto de Joel ficara mais perto e quando seus lábios roçaram um no outro fazendo-a sentir as mãos soarem por um segundo.
Porém, um barulho na mata os fizeram se afastar de prontidão e pegarem suas armas, as erguendo e mirando no escuro. Não demorou para que uma raposa pequena passasse correndo um pouco longe do grupo. Eles abaixaram as armas de fogo.
— Eu vou... — Apontou para o saco de dormir a alguns metros deles. — É bom ter as energias recarregadas para amanhã. Me acorde para nós trocarmos de turno.
— 'Tá. — Ele balançou a cabeça, mesmo sabendo que não faria isso. Deixou com que Amaya andasse até para perto de Ellie e se enfiasse dentro do objeto, ficando de costas para ele.
Joel passou as mãos no rosto parecendo não ter ingerido uma gota se quer de álcool. Olhou uma última vez para a Howard antes de começar a sua guarda nortuna mas não sem deixar sua mente vacilar algumas vezes lembrando-se da sensação do roçar se suas bocas.
⃝☣️ . ࣪˖ . 01﹕oi, meus amores. 23: 53 ainda é segunda-feira, né?
⃝☁️ . ࣪˖ . 02﹕vou tentat atualizar essa semana de segunda à sexta. Porém, não posso prometer nada.
⃝💉 . ࣪˖ . 03﹕simplesmente amei os surtos de vocês no capítulo anterior e na deixo avisado que o momento tão esperado e pedido de Amaya e Joel já está em construção. Até o próximo 💙☣️
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