
𝓬 ⋮ v.² concoctions and conspiracies
⚯ ͛ HARRY POTTER AND
THE CHAMBER OF SECRETS
chapter five ( 🧙🏻♂️ )
A sala de Transfiguração parecia ter saído de dentro de uma enorme geleira, encolhida em sua cadeira, Yvaine esfregava as mãos mesmo estando de luvas, enquanto esperava pela chegada de Minerva naquela sala.
Sentada em dupla com Hermione, dessa vez, a garota deu uma breve olhada para o lado, observando seu amigo ruivo deitado sobre a mesa, enquanto Harry brincava lentamente de rolar a varinha com seu dedo indicador. Ambos pareciam muito cansados devido a detenção que cumpriam todas as noites.
──────── Todos, prestem muita atenção, por favor. ──── Minerva pediu assim que entrou na sala ──── Bom, hoje vamos transformar animais em cálices de água. Assim, vejam! ──── A Professora McGonagall apontou sua varinha para o pássaro que estava a seu lado e contou: ──── Um, dois, três, Vera verto!
O animal se transformou lentamente em uma grande taça, meio envidraçada, de água. Os alunos conseguiram ver cada detalhe daquela transformação que durou segundos para acontecer.
Todos ficaram encantados com tamanha transformação, realmente, era brilhante.
──────── Agora vocês. Se me permite senhorita Lovegood ──── McGonagall se colocou ao lado de Yvaine, com um sorriso gentil ──── Gostaria de ser a primeira? Lembre-se, um, dois, três, Vera Verto!
Yvaine balançou a cabeça em concordância e apontou sua varinha para o rato que fora colocado em sua mesa, como material para a aula. A mais nova deu três batidinhas com sua varinha e então pronunciou as palavras: Vera Verto!
A taça brilhante estava, agora, na frente de Yvaine. O resultado perfeito da transformação que havia feito.
──────── Excelente! Cinco pontos para a Corvinal! ──── McGonagall seguiu para outra mesa após Yvaine oferece-la um sorriso agradecendo ──── Senhor Weasley, que tal ser o próximo?
Ron concordou com a cabeça, pigarreou e com sua varinha emendada, repetiu os mesmos movimentos que Yvaine, pronunciando em seguida: Vera Verto!
O rato a sua frente virou uma pequena taça peluda, seguida de um rabo de rato. Sua varinha não estava em condições de realizar feitiços, qualquer coisa poderia acontecer naquele momento.
A sala inteira riu, até mesmo Harry a seu lado soltou um pequeno riso com aquilo que Ron havia feito, de certa forma era mesmo engraçado.
──────── Precisa trocar a sua varinha, Senhor Weasley! ──── McGonagall informou o ruivo. Hermione levantou sua mão segundos depois, chamando a atenção de Minerva. ──── Sim, Senhorita Granger?
──────── Professora, será que não podia nos contar sobre a Câmara Secreta? ──── Hermione perguntou inocente e curiosamente.
Dino Thomas, que estivera sentado com a boca aberta, espiando para fora da janela, acordou de repente do seu transe; a cabeça de Lilá Brown deitada sobre os braços se ergueu e o cotovelo de Neville Longbottom escorregou da carteira.
O silêncio anunciou a curiosidade de todos os alunos, agora eles pareciam ainda mais focados naquela aula.
A Professora Minerva hesitou.
──────── Pois muito bem. Bom, todos sabem, é claro, que Hogwarts foi fundada há mais de mil anos pelos quatro maiores bruxos e bruxas da época: Godrico Grifinória, Helga Lufa Lufa, Rowena Corvinal e Salazar Sonserina. ──── McGonagall explicou lentamente ──── Três dos fundadores viviam em perfeita harmônia. Mas, um deles não.
──────── Adivinha quem era ──── Ron sussurrou baixinho para Harry que estava a seu lado.
──────── Salazar Sonserina queria ser mais seletivo em relação aos alunos admitidos em Hogwarts. ──── Minerva continuou
──────── É sempre um sonserino. ──── Foi a vez de Yvaine sussurrar para Hermione a seu lado.
──────── Ele achava que o ensino da magia devia ser somente para famílias inteiramente mágicas. Em outras palavras, sangues puros. ──── Draco olhou para Hermione assim que Minerva fez uma pausa ──── Incapaz de persuadir os outros, ele decidiu abandonar a escola. E, de acordo com a lenda, Sonserina construiu uma câmara escondida neste castelo, tal bem conhecida como Câmara Secreta. Logo antes de ir embora, ele a selou, até que chegasse a hora de seu legítimo herdeiro retornar para a escola.
Minerva fez uma grande pausa dessa vez, analisando o rosto de cada criança que prestava atenção máxima em sua explicação, em seguida ela voltou a falar:
──────── Somente o herdeiro seria capaz de abrir a câmara e libertar o terror que lá havia, e, ao fazer isso, expurgar a escola de todos aqueles, que segundo a visão de Sonserina, não fossem dignos de estudar magia. ──── Ela completou por fim
──────── Que nasceu trouxa! ──── Hermione exclamou como se quisesse dizer "em outras palavras".
──────── Bom, naturalmente que a escola foi revistada várias vezes. E nenhuma câmara foi encontrada. ──── McGonagall disse voltando para perto de sua mesa naquela sala
──────── Professora, o que foi exatamente que a senhora quis dizer com "o terror que lá havia"? ──── Yvaine perguntou dessa vez ──── O que a lenda diz que há la dentro?
──────── Que a câmara funciona como lar de alguma coisa que só o herdeiro de Sonserina pode controlar! ──── Ela respondeu vagamente, olhando especificamente para Harry. ──── Dizem que ela é o lar... de um monstro.
Draco era o único que parecia não temer enquanto Minerva explicava, parecia mais que ele estava adorando a grande teoria de Salazar Sonserina, e isso não era uma surpresa para ninguém.
──────── Mas, professor ──── Ouviu-se a voz fina de Parvati Patil ──── A pessoa provavelmente terá de usar Magia Negra para abri-la...
──────── Só porque um bruxo não possa usar Magia Negra não significa que não use. ──── McGonagall observou de longe seus alunos. Logo em seguida, apontou para Penny, atrás de Yvaine ──── Bom, vamos tentar novamente a transformação nos animais. Podem começar!
E em cinco minutos a classe voltara a mergulhar em seu torpor habitual.
──────── Eu sempre soube que Salazar Sonserina era um velho maluco e tortuoso ──── contou Rony a Harry, Yvaine e Hermione enquanto tentavam passar pelo corredor apinhado de alunos ao fim das aulas, para guardarem os materiais antes do jantar. ──── Mas não sabia que ele é quem tinha começado toda essa história de puro sangue. Eu não ficaria na casa dele nem que me pagassem.
──────── Francamente, se o Chapéu Seletor tivesse tentado me mandar para Sonserina, eu teria tomado o trem de volta para casa! ──── Yvaine resmungou
Hermione concordou fervorosamente com os dois amigos, mas Harry não disse nada. Sentira o estômago afundar e o comentário lhe causara mal-estar.
──────── Vocês acham que é verdade? Que existe uma Câmara Secreta? ──── Ron retomou sua fala
──────── É, não notaram? Todos os professores estão preocupados. ──── Hermione comentou
──────── Se existe mesmo a Câmara Secreta e ela foi mesmo aberta, isso quer dizer que...
──────── O herdeiro voltou para Hogwarts. A pergunta é: quem é ele? ──── Yvaine completou a frase de Harry
──────── Vamos pensar. Quem que conhecemos que despreza todo nascido trouxa? ──── Ron perguntou, o que para ele era óbvio.
──────── Se você está falando do Malfoy...
──────── É claro! ──── Ron interrompeu a fala de Hermione, assim que Malfoy passou com sua patotinha ao lado ──── Você ao menos ouviu o que ele disse? "Vocês serão os próximos sangues ruins"
──────── Eu ouvi mas, ele ser o herdeiro da Sonserina? ──── Hermione debochou e se virou para os outros dois amigos ──── Porque vocês dois estão muito quietos?
──────── Rony pode ter razão, Hermione. ──── Yvaine indagou
──────── Olha a família dele. Todos eles tem sido de sonserina há séculos ──── Harry comentou
──────── O Crabbe e o Goyle devem saber. Talvez deixem escapar alguma coisa. ──── Ron deu a ideia para os amigos
──────── Eles são burros mas nem tanto. Acho que talvez tenha outro jeito. ──── Hermione avisou ──── Se bem que vai ser complicado. Sem falar que estaríamos violando umas cinquenta regras da escola. E, vai ser perigoso. Muito perigoso.
──────── Hermione, nós começamos a quebrar regras esse ano quando fiquei na sala comunal da Grifinória até tarde esperando os meninos voltarem ──── Yvaine contestou
──────── Mas nesse caso, foi uma regra.
Hermione indicou com a cabeça para que seus amigos a seguissem e os levou até a biblioteca da escola. Ela fez questão de deixar os amigos esperando em uma mesa enquanto procurava o que queria, por sorte, Hermione parecia conhecer muito bem as edições daquelas prateleiras.
Ela voltou para perto deles com o livro já aberto, seu indicador passeando por algumas linhas até parar exatamente onde ela queria, para assim mostrar a seus amigos.
──────── Aqui está! Poção Polissuco. ──── Hermione falou um pouco mais baixo do que era necessário para aquele ambiente ──── Preparada corretamente, a poção polissuco permite a quem a toma se transformar temporariamente na forma física de outro.
──────── Então se eu e Harry tomarmos esse negócio, vamos virar Crabbe e Goyle? ──── Ron perguntou após a explicação de Hermione, que concordou com sua resposta ──── Incrível! Malfoy iria contar tudo.
──────── Exatamente, mas é perigoso! Eu nunca vi uma poção tão complicada e se querem saber, dividir o dormitório com Penny é uma porta aberta para conhecer poções complicadas. ──── Yvaine comentou
──────── Quanto tempo para preparar? ──── Foi a vez de Harry perguntar
──────── Um mês.
──────── Um mês inteiro? ──── Harry, indignado, perguntou ao ouvir a resposta de Hermione ──── Mas, Hermione, se Malfoy é o herdeiro de Sonserina, ele vai atacar metade dos nascidos trouxas da escola até lá.
──────── Eu sei. Mas é o único plano que temos! ──── Hermione exclamou
Os dias se passaram cheios de ansiedade, nenhum dos quatro amigos sabiam se era pela preparação da poção Polissuco ou se era pela grande partida de Quadribol que a Grifinória enfrentaria a Sonserina.
Yvaine não era de nenhuma das duas casas, mas claramente ficava mais animada quando se tratava da Grifinória no campo. Ela adorava torcer por Harry e seus outros amigos daquela casa, acreditava que era uma forma de apoio sempre que se empolgava com eles antes de uma partida.
À medida que as onze horas se aproximaram, a escola inteira começou a tomar o caminho do estádio de Quadribol. Rony, Yvaine e Hermione não perderam tempo ao correr para desejar a Harry boa sorte quando ele ia entrando no vestiário.
Quando seguiram para a arquibancada, Rony não pode deixar de conter sua curiosidade ao quesito "melhor plano" que eles tinham.
──────── Hermione, essa poção vai demorar muito? Você já está a quantos dias preparando? ──── Ele perguntou, claramente ansioso mesmo que no fundo nem gostasse tanto da ideia.
──────── Eu já disse para ter calma Rony. Eu e Yvaine estamos estudando e preparando ao mesmo tempo. ──── Hermione resmungou ──── É uma poção complicada e não podemos pedir ajuda, esqueceu?
O time atrapalhou a conversa assim que entrou em campo, chamando a atenção dos três quando finalmente avistaram Harry, não muito longe. Naquele mesmo instante, assim que Madame Hooch apitou, um pesado balaço negro veio voando a toda em sua direção; ele o evitou por tão pouco que sentiu o balaço arrepiar seus cabelos ao passar.
O garoto mergulhou depressa para evitá-lo, e Jorge conseguiu atingir o balaço com força na direção de Draco. O jogo prosseguiu normalmente fazendo com que Sonserina saísse na frente com noventa pontos. Na metade do jogo, Grifinória ainda estava com trinta.
Mais uma vez, o balaço voltou como um bumerangue e disparou contra a cabeça de Harry. Harry imprimiu velocidade à vassoura e voou para o outro extremo do campo.
Ouvia o assobio do balaço vindo em seu encalço. Que estava acontecendo? Os balaços nunca se concentravam em um único jogador; sua função era tentar desmontar o maior número possível de jogadores...
──────── Vocês viram quem está aqui? O pai do Draco ──── Ron sussurrou para as amigas no meio delas ──── Ele veio ver o filho insuportável jogar, depois de ter dado vassouras novas para todo o time.
──────── E ele parece orgulhoso pelo visto. ──── Yvaine cuspiu as palavras, um pouco chateada pelo time da Grifinória estar perdendo para os Sonserinos
──────── Que droga! Harry está sendo perseguido novamente por um balaço berrante! ──── Hagrid alertou atrás do trio depois de observar tudo com o binóculo ──── Aquele balaço deve ter sido alterado.
──────── Eu vou para-lo ──── Ron já preparava sua varinha quando Yvaine abaixou de pressa sua mão
──────── Não! Mesmo com uma varinha boa é arriscado. ──── Yvaine disse voltando a olhar para o campo ──── Pode acabar acertando o Harry!
Um assobio no ouvido de Harry lhe disse que o balaço deixara de acertá-lo por pouco outra vez; ele imediatamente deu meia-volta e disparou na direção oposta. O balaço conseguiu destruir boa parte das estruturas enfeitadas do campo de Quadribol.
──────── Está treinando para fazer balé, Potter? ──── Berrou Draco quando Harry foi obrigado a dar uma volta ridícula em pleno ar para evitar o balaço e fugir, o balaço rastreando-o a pouco mais de um metro; e então, virando-se para olhar Draco cheio de ódio ele viu... o pomo de ouro.
Pairava poucos centímetros acima da orelha esquerda de Draco, e o garoto, ocupado em rir de Harry, não o vira. Por um momento de agonia, Harry imobilizou-se no ar, sem ousar voar na direção de Draco, com medo de que ele olhasse para cima e visse o pomo.
Permanecera parado um segundo a mais. O balaço finalmente atingiu-o, batendo no seu cotovelo. E, uma perseguição se iniciou bem naquele momento. Malfoy não deixou de provocar Harry por todo o percurso que fizeram.
Sem enxergar direito, atordoado pela terrível dor no braço, Harry escorregou para um lado da vassoura assim que finalmente alcançou o pomo, um joelho ainda enganchando-a por baixo, o braço direito pendurado, inútil, o balaço retornava a toda para um segundo ataque.
Draco se perdeu no meio do caminho, o balaço havia o atingido tão forte que quebrara parte de sua vassoura fazendo-o ir de encontro com o chão rapidamente. Lúcio estava insatisfeito com aquilo.
Harry tirou a mão boa da vassoura e tentou agarrar o pomo às cegas, ele sentiu os dedos se fecharem sobre a bola fria mas agora só estava preso à vassoura pelas pernas, e ouviu-se um urro das arquibancadas quando ele seguiu um rumo direto para o chão, tentando por tudo não desmaiar.
Ele bateu no chão, levantando lama, e rolou para o lado para desmontar da vassoura. Seu braço estava pendurado num ângulo muito estranho, com muita dor, ele ouviu, como se fosse à grande distância, muitos assobios e gritos. Ele focou no pomo seguro na mão boa.
──────── Vem, vamos ver o Harry. ──── Yvaine puxou os amigos, claramente preocupada, saindo atrás de Hagrid das arquibancadas.
──────── Harry Potter pegou o Pomo de Ouro ──── Lino, o locutor do jogo avisou ──── Grifinória venceu!
Harry sorriu para comemorar sua vitória e precisou rolar para o lado assim que percebeu que o balaço caíria com tudo no chão, se ele fosse um segundo mais devagar, talvez tivessem sido acertado em seu rosto.
Aconteceu mais uma vez. E outra.
──────── Finite Incantatem! ──── Hermione lançou um feitiço assim que se aproximou do menino, fazendo com que o balaço descontrolado e completamente maluco fosse destruído.
──────── Harry, você está bem? ──── Yvaine perguntou assim que se abaixou ao lado do amigo
──────── Não. Acho que quebrei o braço. ──── Harry indicou assim que Lockhart se colocou ao lado dele
──────── Não se preocupe Harry, vou endireitar seu braço em um instante.
──────── Não, o senhor não! ──── Harry praticamente implorou
──────── Ah pobrezinho. Olha, isso não vai doer nada ──── Lockhart falou erguendo a manga do uniforme de Harry antes de pegar sua varinha e se preparar para lançar o feitiço ──── Blackium Emendo!
O braço de Harry parecia uma lesma, parecia não ter nenhum osso de tão molenga que estava. Claramente Lockhart era o pior em fazer feitiços.
──────── Sabe, as vezes isso acontece. É, mas, o que importa é que não vai mais doer e os ossos não estão mais fraturados ──── Lockhart tentou se defender, mostrando o quão flexível estava o braço de Harry, que arregalou os olhos assustado.
──────── Ossos? Não sobrou osso nenhum. ──── Hagrid debochou indignado avançando para pegar o garoto e leva-lo para a enfermaria.
Madame Pomfrey ficou completamente indignada por terem tentado resolver aquele problema sem levar diretamente para ela antes de qualquer coisa. A mais velha se apressou para ir atrás de algo que pudesse ajudar Harry.
──────── Ora senhor Malfoy, pare de gemer dessa forma. Você já pode ir! Saiam da frente ──── Ela disse sem paciência quando voltou para a enfermaria ──── Deviam te-lo trazido direto a mim. Emendar ossos é fácil, mas faze-los crescer...
──────── A senhora vai conseguir, não vai? ──── Yvaine questionou
──────── Ah, eu vou sim. Com certeza! Mas vai ser doloroso. ──── Madame Pomfrey avisou logo ──── Vai passar uma noite difícil, Potter. Fazer osso crescer não é nada fácil.
Harry bebeu o liquido que a mulher havia colocado em seu copo mas não aguentou engolir, acabou cuspindo em todos os seus amigos que estavam ali observando o mesmo. Sua cara de desgosto era completamente notável.
──────── Ora, você queria o que? Suco de abóbora? ──── A mais velha questionou inconformada ao ver aquela cena
Naquela mesma noite, quando Yvaine voltou para seu dormitório na companhia de Luna, ela jurava ter visto uma sombra passar correndo entre as pilastras dos corredores. Talvez fosse coisa de sua cabeça, talvez estivesse tão cansada a ponto de estar vendo coisas. Ela precisava dormir.
Cuidado!
Uma voz feminina, quase inaudível, exclamou quando Yvaine chegou perto de sua sala comunal. Ela observou ao seu redor e não viu ninguém. Agora, como se não bastasse ver, estava ouvindo coisas, assim como Harry.
Cuidado menina Yvaine!
Novamente. Dessa vez a voz deixara claro o seu nome.
──────── Luna, você escutou alguma coisa? ──── Yvaine perguntou preocupada
──────── Não, mas você escutou não é? O que você escutou? ──── Luna perguntou, ela nunca contestou nada que a irmã dizia.
──────── Uma voz. Mas, deixa para lá! Vamos à estátua, diga o enigma. ──── Ela pediu dando três toquinhos na estátua na porta da grande sala comunal da Corvinal.
"Pode ser dada, mas nunca tomada. Pode ser esperada, mas nunca evitada. Sou o fim de uma jornada e o começo do desconhecido. O que sou?"
Yvaine pensou por um segundo exato, ela sabia a resposta. Luna também sabia.
Responda menina! Responda!
A voz disse outra vez.
──────── A morte. ──── Luna respondeu e finalmente a porta da sala se abriu. As garotas se apressaram em entrar sem nem olhar para trás.
Yvaine estava evidentemente preocupada com o que estava ouvindo. Quando Harry disse ter escutado as vozes, ela realmente desacreditou, agora, ela estava no mesmo barco.
Mais tarde, depois que Luna já estava em sua cama, dormindo, Yvaine se preparava para deitar. A mesma deixou seu livro de Alquimia em cima da mesinha e se levantou para seguir até sua cama.
Harry Potter está em perigo, menina Yvaine! Ele não devia estar em Hogwarts.
──────── O que? ──── Ela perguntou acreditando que a voz fosse responde-la. Mas não aconteceu!
O que quer dizer? Yvaine pensou. Porque Harry estava em perigo? Porque estavam avisando ela sobre o amigo? Yvaine não sabia ainda que era uma ponte. Ela nem mesmo suspeitava.
A garota se apressou em correr para debaixo das cobertas, com medo? Talvez estivesse. Preocupada? Realmente estava. Muito! Com sono? Ainda mais.
Tome cuidado menina Yvaine! Não olhe diretamente! Não olhe através de nada.
Foi a última coisa que a voz disse antes de desaparecer completamente. Foi a frase que mais ecoou na cabeça da pequena Lovegood, além daquela que dizia que seu amigo, Harry Potter, corria perigo.
Quando Harry finalmente teve a autorização para retornar aos estudos, na segunda feira de manhã, a primeira coisa que o garoto fez foi reunir seus amigos. Harry estava quase soltando fumaça pelos ouvidos de ter que prender uma informação importante por não ter tido tempo para contar.
Hermione levou algumas de seus materiais para o banheiro, o único lugar que ninguém atrapalharia ou estaria escutando a conversa daquelas crianças.
Potter fez questão de contar cada detalhe para os amigos, desde todas as coisas que Dobby, um elfo doméstico, fez e falou para que impedisse Harry Potter de ir para Hogwarts, até a conversa que ele escutou na enfermaria na noite que passara lá.
Colin Creevey havia sido petrificado e levado direto para a Madame Pomfrey. Os professores estavam preocupados e Dumbledore afirmou que a câmara secreta havia sido aberta, para a surpresa de todos, mais uma vez.
──────── Outra vez? Quer dizer que a câmara secreta já foi aberta antes? ──── Hermione questionou
──────── É claro, não percebe? Lúcio Malfoy deve ter aberto a câmara quando estudava aqui. ──── Ron respondeu Hermione com convicção ──── Agora contou para o filho como fazer.
──────── Pode ser. Agora temos que esperar a poção Polissuco ficar pronta para termos certeza.
──────── Então me explica, porque preparamos a poção em plena luz do dia? ──── Ron perguntou quando viu Hermione colocar alguma coisa no caldeirão. ──── No meio do banheiro feminino. Não acha que podem nos pegar?
──────── Não. Ninguém nunca vem aqui. ──── Hermione respondeu rapidamente
──────── A murta que geme. ──── Yvaine falou, o fantasma da menina saiu de dentro de uma cabine do banheiro.
──────── Quem? ──── Ron perguntou quase gritando ──── Quem é a murta que geme?
──────── Eu sou a murta que geme! ──── O fantasma gritou com Ron antes de se locomover para cima da estrutura de pedra que residia as pias do banheiro ──── Eu não ia esperar que você me conhecesse. Quem iria falar de uma murta, feia, chorona e que geme? ah? Ah!
A murta gritou no final quando voltou para dentro do vaso sanitário.
──────── Ela é meio sensível. Outro dia Yvaine desejou bom dia e ela começou a chorar! ──── Hermione explicou.
Yvaine, sentada ao lado de Harry, enquanto apoiava suas costas em uma cabine, batendo seu pé levemente no chão, se lembrou de algo que precisava ser dito.
──────── Ah, e, falando nisso. Tenho que contar algo a vocês. ──── Yvaine se pronunciou ──── Não acho mais que Harry está louco.
──────── Você achava que eu estava louco? Porque? ──── Harry questionou confuso.
──────── Porque ninguém mais ouviu vozes além de você. Mas, ontem a noite... ──── Yvaine fez uma pausa ──── Ontem a noite eu escutei uma voz. Parecia de uma mulher e, Harry, ela disse que você estava em perigo.
──────── Porque o Harry estaria em perigo? ──── Hermione questionou dessa vez
──────── Outra coisa muito óbvia, Malfoy odeia o Harry. ──── Ron explicou de onde estava
──────── Não sei, mas acho que você deveria tomar cuidado. Nós também! ──── Yvaine disse por fim, alertando os amigos. ──── A voz parecia estar falando sério, não dormi quase nada durante a noite, preocupada.
Ela nem mesmo se lembrara de contar sobre o resto do aviso da voz, a mesma achou que fosse mais importante alertar a Harry que ele estava correndo perigo, principalmente depois de tudo que ele contou sobre o que Dobby disse a ele.
A câmara secreta havia sido aberta. Outra vez. E Harry estava em perigo por isso, era óbvio.
⸝⸝ words: 3,7k ⸻ NÃO REVISADAS.
Bebam água e até o próximo!
メ𝟶メ𝟶
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro