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𝐗𝐕𝐈𝐈. 𝐕𝐄𝐋𝐇𝐎 𝐀𝐌𝐈𝐆𝐎

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Velho amigo !

           A BIBLIOTECA DE Greenville estava em silêncio.

Bem distante de Rick e de todo seu grupo, Emma Rhee sentava-se no chão daquela biblioteca abandonada, alguns cobertores e livros antigos e empoeirados estavam espalhados adiante. O lugar tinha cheiro de mofo, misturando-se com o cheiro de papéis guardados no fundo do armário havia muito tempo. A luz que fugia do lado de fora e entrava por uma pequena brecha na janela não parecia trazer muito conforto, era mais um desalento.

Ela olhou ao redor, observou cada estante cheia de livros, cobertas por teias de aranha. Emma estava exausta, não conseguia dormir há dias, refém do som rouco e torturante que era a tosse de sua amiga Andrea. Sinceramente, Emma não deveria se importar tanto com aquelas tosses que lhe roubavam o sono, ela era médica antes dos mortos tomarem conta do mundo — fazia plantão de mais de 24 horas antigamente — e sabia muito bem como era passar horas sem dormir apenas para ouvir gemidos de dor, tosses, choramingos de crianças com dor na barriga. Mas, ainda assim, a última semana pareceu ser mais exaustiva que qualquer plantão que tivesse feito na vida.

Ela se levantou, foi até a pequena brecha na janela e afastou o pedaço de pano que pendurou duas noites atrás com a ajuda de Michonne, a amiga que fez logo no início de tudo. Emma espiou a rua deserta ao lado de fora, o sol clareava bem forte lá fora, seus olhos chegaram a doer. Michonne já deveria ter voltado de sua busca por mais analgésicos para Andrea.

Emma e Michonne esbarraram uma na outra quando Emma fugia do abrigo onde trabalhou até o último momento, esforçando-se para impedir que os infectados retornassem como um dos mortos-vivos. Deveria fazer uma semana desde que o país, até onde sabiam, tinha afundado em ruínas. Michonne apareceu, agarrada a correntes enferrujadas que prendiam dois zumbis com as mandíbulas e os braços cortados. Os dreads no cabelo dela caíam para o lado, ela sentia o suor molhar todo o rosto. Emma pediu por ajuda, havia dezenas de mortos atrás dela, famintos e desesperados. Sem muito debate, Michonne a puxou para perto e elas correram, investindo para a floresta. Foi desta forma que Emma descobriu que os zumbis que Michonne arrastava poderiam disfarçar o cheiro da carne viva.

Espiando por cima do ombro, Emma observou Andrea dormir sobre os cobertores estendidos no chão de madeira. O cabelo loiro e ondulado da amiga caía gentilmente por cima dos olhos fechados que, quando abertos, revelavam um tom belíssimo de azul cinzento. Ela conseguiu soltar um suspiro aliviado, agradecendo por Andrea ter finalmente acalmado e interrompido as tosses doentes por algum tempo.

Passos suaves irromperam do outro lado da biblioteca, o som da sola da bota de Michonne retumbava no assoalho de madeira. Emma virou-se, encontrando-a. Ela vinha, quase tão cansada quanto as outras duas. Estava mais tranquila agora que ela estava de volta, quase sentiu uma vontade um pouco maior de deitar e se dar ao luxo de dormir por alguns minutos.

━━ Não conseguiu dormir? ━━ pergunta Michonne, sua voz sai baixa e soprada.

━━ Não ━━ responde Emma. Ela toca a nuca e sente os músculos tensos. ━━ Mas não tem nenhuma novidade nisso ━━ ela ri, embora não achasse tanta graça. ━━ Pelo menos Andrea conseguiu pegar no sono, parou de tossir, mas a febre está piorando. Conseguiu os analgésicos?

Michonne assente, mas seu maxilar está rígido. Ela espia Andrea e respira fundo, como se soubesse de algo que as duas não soubessem.

━━ É melhor irmos embora em alguns dias ━━ anuncia ela.

━━ Eles estão mais perto? ━━ pergunta Emma, uma pontada de pânico crescendo no peito. Michonne acena. ━━ Vamos partir hoje mesmo, então. Se ficarmos, Andrea pode morrer aqui.

As três partiram quatro horas depois. Pegaram os poucos pertences que espalharam, Michonne e Emma agarraram seus zumbis acorrentados e Andrea permaneceu perto das duas, cansada e com olheiras fundas e bem escuras. O dia estava um pouco mais quente que os outros, mas não o suficiente para sentirem falta do inverno. O inverno tinha sido a pior experiência.

Elas andavam pela estrada. Se olhassem para os dois lados poderiam ver campinas bem verdes e extensas e, bem longe, ao lado direito havia uma floresta com pinheiros altos, onde uma fumaça cinza e escura crescia de trás das árvores. Pararam, sentindo o sol na parte de trás da cabeça.

━━ O que é isso? ━━ pergunta Andrea, secando a testa suada com a manga da camisa.

━━ Não sei ━━ diz Emma, torcendo a testa. ━━ Vamos ir descobrir?

Michonne vira a cabeça, seus olhos a percorrem de cima a baixo como se tivesse dito a maior atrocidade dita na vida humana, mas certa parte dela estava ansiosa ao pensar nas possibilidades que poderiam estar escondidas atrás dos pinheiros altos. Talvez, se fossem discretas, conseguiriam espiar e retornar ao percurso sem nenhum problema.

Assim atravessaram a enorme campina, sentindo o cheiro pungente e penetrante que vinha da fumaça; ela se espalhava pelo ar, subindo, deixando um rastro denso e áspero, chegava a incomodar o nariz. Elas se enfiaram entre os pinheiros, os troncos agiam como um escudo, algo que pudessem usar para manterem-se escondidas.

Encontraram um helicóptero, a fumaça vinha de lá. Não havia ninguém para o lado de fora, nem uma pessoa sequer. As portas estavam fechadas e a fumaça continuava emergindo das engrenagens do veículo.

Ofegante, Andrea sentia-se, em parte, arrependida por ter atravessado aquela campina. Ela inclinou-se para frente, apoiou as mãos nos joelhos e vomitou. Michonne virou o rosto para o outro lado enquanto Emma a oferecia alguns tapinhas nas costas. Normalmente, seria bom se Andrea estivesse colocando tudo para fora, mas agora aquilo só significava que cada vez menos nutrientes corriam pelo seu corpo, deixando-a ainda mais fraca.

━━ Vai com calma, garota ━━ disse Emma, afetuosa, ao ajudá-la a sentar. ━━ Fique sentada.

━━ Você não pode se cansar ━━ concordou Michonne, então pegou os dois pares de zumbis acorrentados e os amarrou a um tronco.

Andrea limitou-se a responder com um arquejo cansado. Seus lábios estavam pálidos, a pele queimava pela febre que parecia intensificar a cada minuto.

Michonne espiou o helicóptero, mordia o lábio, curiosa, ainda que um pouco hesitante. Emma percorreu o olhar algumas vezes entre ela e o veículo destruído à frente.

━━ Vá dar uma olhada, eu fico aqui ━━ diz Emma, lançando-lhe um olhar encorajador.

Com um aceno, Michonne puxou sua katana da capa que pendia dos ombros e deu uma olhada nos zumbis acorrentados atrás delas antes de investir para perto do helicóptero. Agora, perto o suficiente, a pior imagem estava diante de seus olhos. Deitado sem vida no chão, um homem tinha as pernas decapitadas do resto do corpo e, ao olhar para cima, podia ver a hélice responsável coberta por sangue.

O pavor palpitava desesperadamente no peito de Michonne, concedendo-lhe uma vontade maior de verificar o outro lado, porque era esse o tipo de pessoa que Michonne era. O medo não lhe acanhava, lhe dava velocidade e persuasão. Então, afastando um arbusto do caminho, vendo alguns queimando com chamas laranja, ela investiu alguns passos para perto da porta do helicóptero. Viu mais um homem morto, sangue descia da testa e escapava pela boca.

De longe, o som de motores retumbava pelas árvores e, segundos depois, a certeza de que eram carros chegou quando espiou entre as árvores e picapes grandes cor de areia atravessaram a estrada do outro lado. Michonne enfiou a katana de volta à capa e correu, avançando rapidamente para o lado de Emma e Andrea.

━━ O que houve? ━━ pergunta Emma, sentindo que era necessário sussurrar.

━━ Tem gente vindo ━━ Michonne sussurra de volta.

━━ Algum sobrevivente? ━━ questiona Andrea, ainda ofegante.

Michonne espia as picapes se aproximando antes de responder:

━━ Dois mortos. Os outros, não sei.

As duas picapes grandes estacionam a alguns metros do helicóptero, homens saem de dentro carregando armas nos braços fortes e musculosos. Andrea segura uma tosse que lhe incomoda a garganta quando um deles, o homem alto vestindo uma camisa social cor de grafite e calça cáqui, ordena que se espalhem pelo lugar. O fogo queima os arbustos, espalhando um cheiro de queimado agonizante.

Alguns zumbis avançam para perto, rosnando, arrastando os pés pela terra seca no chão. Os homens os derrubam com alguns movimentos rápidos, atirando flechas e acertando-os com um taco de beisebol bem na cabeça fraca e flácida.

Michonne e Emma trocam um olhar rápido e tenso. Os homens dizem algumas palavras lá na frente, mas elas não conseguem ouvir até que aquele mesmo homem que havia dado ordens anteriormente anuncia algo em alto e bom som.

━━ Um está vivo! Tim, venha aqui!

Tim, o que parecia ser o mais novo deles, veio correndo. Ele vestia uma regata cinza e um jeans surrado, estava suando bastante. Os dois puxaram a porta do helicóptero e seguraram o sobrevivente nos braços, ajudando-o a sair. Ele estava desacordado, o corpo estava bem pesado.

━━ Ele vai salvá-los ━━ diz Andrea, falando entre sopros. ━━ Deveríamos ir até lá.

Quando Andrea está pronta para levantar, Emma toca seu braço e a segura. Seus olhos estão hesitantes, percorrendo o rosto de cada homem que conseguia enxergar.

━━ Espera um pouco ━━ sibila Emma.

Atrás delas, as correntes dos zumbis se chocam umas nas outras. O som metálico as chama a atenção, mas não parece ser o suficiente para cativar a atenção dos homens adiante. Emma espia os mortos por cima dos ombros, eles parecem mais agitados, mexendo-se como se soubessem que aquilo poderia causar alarde. Agora os outros parecem perceber.

━━ Mich, faz alguma coisa ━━ pede Emma.

O maxilar de Michonne fica rígido e, irrompendo de trás das folhas, ela corta a cabeça dos quatro zumbis com apenas um golpe. As cabeças rolam pelo chão enquanto ela retorna, o peito sobe e desce com a respiração nervosa, sentindo o sangue crepitar na cabeça.

Eles ficaram parados, olhando ao redor apenas para se certificar de que não escutavam mais o som das correntes. Quando pareceu convincente o suficiente, o aparente líder bateu palma duas vezes e anunciou:

━━ Vamos embora!

Andrea e Emma abaixaram a cabeça, aliviadas, deixando um suspiro escapar. Os homens começaram a retornar às picapes, abrindo as portas. Subitamente, Michonne puxa a katana da capa mais uma vez, mas uma voz masculina veio de trás, a impedindo de continuar qualquer movimento que pretendia.

━━ Muita calma, garota. A minha é maior do que a sua. Abaixem as armas.

Quando Michonne abaixou a katana, Emma e Andrea também largaram as pistolas no chão. Levantaram as mãos e, lentamente, viraram-se para vê-lo. Era um homem de aparência robusta, não tão alto. Ele tinha braços musculosos e sujos com algo parecido a fuligem. Seu sorriso era cínico, marcando o maxilar anguloso. Na mão direita, uma prótese improvisada de metal tomava o lugar. Tinha a cabeça raspada, com vestígios do cabelo castanho crescendo. Andrea o conhecia muito bem.

━━ Que tal dar um abração no velho amigo Merle, hein?

𝟶𝟷 -  🝯 ┊𝐨𝐧𝐞 '࣪˖ ๋ → bem-vindos ao segundo ato!

𝟶𝟸 -  🝯 ┊𝐭𝐰𝐨  '࣪˖ ๋ → começando um pouco diferente, narrando outro lado da história que logo vai se juntar com o grupo original que a gente ama!

𝟶𝟹 -  🝯 ┊𝐭𝐡𝐫𝐞𝐞  '࣪˖ ๋ → para quem é antigo, sabe que essa versão é BEM diferente da original, mas eu sinceramente acho que está muito melhor.

𝟶𝟺 -  🝯 ┊𝐟𝐨𝐮𝐫  '࣪˖ ๋ → ando interagindo bastante nas contas de escrita no twitter (@/walkthdead) e no tiktok (@/immaddiebowman) me sigam lá para ficarem sabendo de novidades das minhas histórias antes de todo mundo!

𝟶𝟻 -  🝯 ┊𝐟𝐢𝐯𝐞 '࣪˖ ๋ → Obrigada por estar lendo até aqui <3

walkthdead ©️ 2024

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