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𝟎𝟏𝟎┆𝖳𝗋𝖺𝗂𝗇 𝖾𝗌𝖼𝖺𝗉𝖾

↱₊˚.்⸙𝑷𝒐𝒗 𝑺 / 𝒏 𝑯𝒐𝒍𝒎𝒆𝒔 ₊˚.்⸙↴

Depois que o paspalhão saiu, Enola entrou na cabine, com uma sobrancelha levemente arqueada. Ela estava com a mão cheia de biscoitos.

-- Quem era aquele arrumadinho que acabou de sair daqui? -- perguntou ela dando uma mordida no biscoito.

Não respondi, olhando pela janela.

Vi que Enola abriu um pouco a boca.

-- Não brinca? -- perguntou ela rindo. -- Tewksbury realmente está no trem. O que vocês conversaram? Conta!!

-- Nada demais. Eu só mandei ele sair da cabine.

-- Fez bem. Estaríamos encrencadas.

Assenti. Suspirei e fechei os olhos, achando o silêncio confortável. Enola se encostou no sofá, fechando os seus olhos cor de chocolate também. Por um momento, eu jurei que ela estava dormindo.

O barulho da porta da cabine sendo aberta com rapidez me fez abrir os olhos.

-- Ele está vindo! -- disse Tewksbury andando de um lado pra outro na cabine.

-- É claro -- falei de olhos arregalados.

-- Quem mesmo? -- Enola perguntou se levantando em um pulo.

Tewksbury estava tão nervoso, que acabou que não respondeu a pergunta de Enola.

-- Ele está olhando todas as cabines!

-- Maravilha... -- murmurei pegando o meu casaco e me levantando logo em seguida.

-- Precisam me ajudar! -- disse o visconde, vendo que eu iria me retirar. -- Ele não me viu.

-- É claro que viu -- falei agarrando o braço de Enola. -- Por tanto, tenha um bom dia visconde Tewksbury marquês de Basilwether.

Me virei, afim de me retirar logo dali, antes que sobre pra mim e Enola. Mas antes de eu fechar a porta, escutei Tewksbury falando comigo.

-- Você me lembra muito meu tio. Vocês tem o mesmo olhar.

Fechei a porta e caminhei em direção ao corredor com Enola logo atrás de mim. Andei por mais alguns metros, de cabeça erguida. Mas logo, o homem de chapéu coco-marrom com uma cara de psicopata, adentrou no corredor, esbarrando em mim.

Continuei andando até escutar um grito baixo. Era dele. Mas por quê ele gritaria como se o homem estivesse o machucando? Parei no meio do corredor, nervosa e preocupada.

-- S/n? Vamos -- disse Enola me olhando confusa.

De novo, outro ensinamento de mamãe veio á mente.

-- Pinte o seu próprio quadro S/n -- disse ela na minha mente -- Não se deixe distrair pelas outras pessoas. Principalmente homens.

Neguei com a cabeça. Eu preciso checar se o homem, está fazendo o seu trabalho corretamente. O que mais poderia ser? É Nada demais não é?

-- Fique aqui Enola -- eu disse dando a meia volta --, eu já volto.

-- Aonde vai? Precisamos ir já!

-- Fica aí!

Andei levemente até a cabine que eu saí a alguns segundos atrás. Olhei pelo vidro, imaginando que o homem, estaria conversando e o levando de volta pra família.

Mas o que eu vi era totalmente diferente. Abri a boca pasma e abri a porta.

O homem estava com a porta da janela aberta, tentando empurrar Tewksbury que estava pendurado para não cair. O homem, o tentava empurrar pra fora mais e mais vezes.

-- Socorro! Alguém me ajuda! -- gritava o garoto com um desespero em sua voz.

Olhei para os lados, desesperada. O que eu posso fazer para impedir isso?

Olhei para o sofá direito e vi uma bengala. Com certeza, isso vai ajudar e muito. Peguei a bengala. Da direita para a esquerda, acertei a cabeça do cara fazendo com que ele caia no sofá esquerdo. Mas esqueci de um único detalhe.

Era ele que estava segurando o Tewksbury.

Olhei desesperada para fora e dei um suspiro ao ver o visconde pendurado totalmente na porta. Me inclinei, afim de pegar seu braço, mas estava muito longe. O puxei pelo seu casaco beje e consegui pegar sua mão.

Olhei para o lado e vi que o trem estava quase passando por um túnel, e já estávamos muito perto por sinal. Se eu não puxar Tewksbury logo, ele seria esmagado. Tentei o mais rápido possível puxá-lo, mas era um pouco difícil.

Estávamos prestes a alcançar o túnel, mas consegui puxar o garoto para dentro. Corremos pelo corredor parecendo dois loucos. Enola arregalou os olhos e correu também.

-- Quem era aquele? -- perguntou o garoto nervoso, ainda pelo que aconteceu -- Ele queria me matar! Eu não sei se quero morrer num trem.

Suspirei ainda mais nervosa.

-- Eu não quero morrer, ponto! -- falei olhando para o garoto com um olhar mortal.

-- E com certeza não íamos até conhecermos você -- disse Enola.

-- O que vamos fazer?

-- Não sei! -- respondi ao garoto -- Eu preciso pensar!

Parei de frente a outra cabine, olhando pros lados. A cabine estava cheia de homens e mulheres. Senti uma respiração na minha cabeça. Suponho que Tewksbury está fazendo o mesmo bem atrás de mim. Me afastei da porta e comecei a correr de novo.

Escutei Tewksbury murmurar.

-- Mil perdões -- disse ele.

Enola parou e me olhou desesperada. Não tinha mais saída. Só uma porta.

-- Não tem mais saída S/n! O que vamos fazer?

Fui até a porta e abri. No outro lado, era outro vagão, mas o vagão estava cheio de carvão. Não teria como sairmos daqui. Comecei a ficar mais nervosa ainda. Pensa S/n! Você é inteligente!

Virei a cabeça pro lado, e vi Tewksbury ao meu lado, ele estava com os seus cabelos longos totalmente bagunçados. Ele estava ofegante, pela corrida que ele deu no corredor. Ele olhou pra baixo e arregalou os olhos.

-- Você acha mesmo que esse é o melhor caminho? -- perguntou ele medroso. Logo ele desviou o olhar para Enola, que estava dentro do vagão.

-- Você tem uma ideia melhor? -- perguntei, ainda olhando pro garoto.

Pulei pro outro vagão, sem olhar pra baixo. Tewksbury saiu e se encostou na parede externa do vagão, suspirando e fechando os olhos, para não olhar pra baixo.

Enola por sua vez, nem se importou, ficou ao lado do garoto, como quem não quer nada. Ela é corajosa demais.

Olhei para o lado. Pensa S/n... O que poderíamos fazer para sairmos dessa?

Até que tive uma ideia ao ver que logo mais a frente, o trem passaria por uma ponte enorme. Se a gente pulasse antes da ponte, o homem não teria como pular ou nos pegar na hora certa.

Quando me virei de volta para a parede do vagão, Tewksbury já estava no meu lado.

-- Você confia em mim? -- perguntei em um tom de voz alto, já que o barulho do trem é muito alto no lado de fora.

-- Não! -- respondeu o garoto com sinceridade.

-- Se calcularmos certo, ele ficará preso aqui.

-- Calcular o quê certo?

-- Sei qual é a sua -- disse Enola sorrindo. -- Vai dar certo garoto, confia.

O garoto negou com a cabeça.

Revirei os olhos.

-- Escuta Tewksbury -- falei já sem paciência --, nós só temos duas opções!

-- E qual delas eu não vou morrer?

De repente, a porta do vagão foi aberta e revelou o homem de chapéu coco-marrom. Ele sorriu de um modo malvado.

Olhei pros trilhos e vi que já era a hora certa de pular.

-- Essa -- falei pegando a mão dele e pulando do vagão.

Senti o impacto de eu caindo no chão cheio de grama. Embolei ribanceira abaixo, eu tentava enxergar mas tudo passava muito rápido. Depois consegui parar de embolar, segurando em uma pedra enorme.

O trem, por sua vez, estava se afastando aos poucos, e vi que realmente o homem tinha ficado preso. Meu plano de fuga pelo menos deu certo. Suspirei aliviada, me virando de lado, afim de ver Enola ajeitando o cabelo que estava cheio de flores. Tewksbury estava batendo na própria calça, para tirar a poeira que impregnou lá.

-- Você é bastante barulhento não é? -- perguntei.

-- Pelo visto me jogar de um trem -- disse ele olhando diretamente pra mim. --, dói muito mais do que eu esperava. E ainda perdi um botão.

Revirei os olhos mais uma vez.

Me levantei, emburrada. Comecei a andar pra um lugar sem destino, e nem chamei ninguém.

Escutei dois passos atrás de mim. Tenho certeza que aquele paspalhão está nos seguindo.

-- Sabia que estragou a terceira fase do nosso plano? -- perguntei, sem olhar pra trás.

-- O quê? -- perguntou ele, desentendido -- Que fase? Quem é você afinal?

Não respondi, ainda enfurecida.

-- Acho que depois dessa experiência de quase morte, eu mereço ao menos um nome...

-- S/n Holmes -- respondi, o interrompendo.

-- Holmes? Como o Sherlock? Qual é o nome da outra?

-- Enola Holmes -- respondeu Enola, com sua voz despreocupada.

-- Estamos disfarçadas então esqueça que dissemos isso por favor -- falei andando mais rápido.

-- Disfarçadas trabalhando pra ele?

-- Disfarçadas... Fugindo dele.

-- Por isso que estão vestidas de menino...

Eu parei, apoiando o meu braço no ombro do garoto, fazendo com que ele pare.

-- E é por isso que você não vai dizer nada! -- exclamei. Passei alguns segundos em silêncio, esperando que ele fale algo. -- Então?

Tewksbury arqueou uma sobrancelha.

-- O quê? -- perguntou ele.

-- Um obrigado? Era pra você agradecer!

-- Pelo o quê?

Abri a boca pasma. O que ele pensa que é? Eu acabei de salvar a vida dele e nem ao menos tenho o direito de receber um obrigado seu? Que mau educado pra um lorde!

-- Vai dar namoro -- disse Enola rindo.

Eu e Tewksbury olhamos pra Enola ao mesmo tempo.

-- O QUÊ? -- perguntamos em uníssono.

-- Nada... -- disse Enola desviando o olhar.

-- O que que você disse maninha ? -- perguntei séria, de novo.

-- Nada não... Esqueçam que eu tô aqui. Continuem essa briguinha tosca de casal, que eu vou encontrar algum lugar pra a gente passar à noite.

Eu ia abrir a boca para protestar mas Enola foi logo na frente.

Olhei para Tewksbury novamente. Fiz uma careta, descartando a ideia de eu ser namorada desse almofadinha mau educado. Deus me livre!

Saí logo na frente, sem nem me importar se Tewksbury estava me seguindo ou não.

Passamos o resto da tarde andando. Eu já não aguentava mais andar. Minhas pernas estão fracas, e cansadas. Mas continuei andando, sem demonstrar fraqueza.

O garoto tagarelou a tarde inteira. Mandei ele calar a boca e ele se calou. Mas não por muito tempo.

-- Temos que pensar em dormir logo -- disse Enola, adentrando em um campo.

O campo era cheio de dentes de leão. A luz do por do sol, refletia sobre elas fazendo com que fiquem em um tom alaranjado. O sol não estava muito quente. Eu precisava mesmo de um banho de sol.

-- Temos que pensar em comer -- disse Tewksbury olhando em volta.

-- Não tem nada pra comer -- falei negando com a cabeça.

-- É claro que tem -- respondeu o garoto, me olhando como se eu acabasse de dizer a maior besteira do mundo. -- Arctium lappa, vocês devem conhecer como bardana. Bem gostosa.

Tewksbury andou, até parar em outra planta, apontando para a mesma.

-- Trifolium. De três folhas.

Quando o olhei, suavizei minha expressão. Ele apesar de tudo, é inteligente. Acho que é a única qualidade boa que me demonstrou além do que fez hoje de manhã. Ele se virou, mas não desviei minha atenção dele.

-- Isso aqui é... -- sussurrou ele, pensativo. -- Ahhh eu sabia! -- continuou ele, se agachando e pegando a planta. -- Cogumelos! Cantharellus Cibarius. Chanterelle.

Ele me entregou o cogumelo, com uma expressão suave, como a minha. Peguei e olhei para o cogumelo. Não deve ser tão ruim.

-- Se fizerem uma fogueira, eu preparo um banquete.

Olhei para Enola, que olhava pra mim com uma sobrancelha arqueada.

-- Tudo bem -- falei entregando a ele o cogumelo. Por um momento, escutei Enola comemorar. Mas por quê?

Andei á frente de Tewksbury e Enola, afim de esconder o sorrisinho que estava estampado em meu rosto. Não entendo, horas atrás eu o achava idiota mas agora, eu acho ele talentoso e inteligente.

-- Eu não sou totalmente idiota sabia? -- disse ele. Senti o seu olhar queimador em minhas costas.

Com isso, me virei lentamente, e vi um sorrisinho convencido estampado no rosto do visconde.

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Foi isso amorzinhos<3

Espero que tenham gostado<3


Misericórdia, o tédio hoje tá grande viu kkkk


xoxo<3

Nívia<3

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