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𝗘𝗹𝗶𝗺𝗮

❝𝖵𝗈𝖼𝖾̂𝗌 𝗋𝗂𝖾𝗆 𝖽𝖾 𝗆𝗂𝗆 𝗉𝗈𝗋 𝖾𝗎 𝗌𝖾𝗋 𝖽𝗂𝖿𝖾𝗋𝖾𝗇𝗍𝖾, 𝖾 𝖾𝗎 𝗋𝗂𝗈 𝖽𝖾 𝗏𝗈𝖼𝖾̂𝗌 𝗉𝗈𝗋 𝗌𝖾𝗋𝖾𝗆 𝗍𝗈𝖽𝗈𝗌 𝗂𝗀𝗎𝖺𝗂𝗌.❞

Bob Marley.

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☪ ━ 𝖲𝗂𝗇𝖺'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖

Acordo escutando alguém cochichando, mas continuo com os olhos fechados.

— Eles são tão fofinhos. — escuto Nour dizer.

— Eu só queria saber como eles vieram parar aqui, e desse jeito. — Bailey diz.

— Isso não importa. O importante é que eles estão agarradinhos. — Krystian comenta.

— E se Deus quiser, hoje eles vão ficar mais agarrados ainda. — Savannah diz.

Me mexo um pouco, sentindo o Noah me aperta mais contra si, e por incrível que pareça, eu gostei.

— Por quê? — escuto Lamar perguntar.

— Porque eles vão sair juntos hoje. — Nour responde.

— Independente do que acontecer, eu espero que eles fiquem felizes. — Heyoon diz.

— A gente vai ficar feliz se vocês saírem daqui. — Noah diz perto do meu ouvido.

Talvez, mas só talvez... eu tenha me arrepiado um pouco.

— Vocês estão acordados? — Bailey pergunta.

— Não! É que eu sou sonâmbula. — falo debochada.

— Hum, então a senhorita está acordada? — Nour pergunta e eu abro os olhos, vendo a mesma de braços cruzados.

— Claro! Quem é que não acorda com esses bandos de papagaio falando? — pergunto debochada e Noah ri.

— Se você estava acordada, por que continuou abraçada com o Noah? — Heyoon pergunta com um sorriso maroto.

— Porque está fazendo muito frio. Não sei se vocês perceberam, mas está até nevando e eu estou quentinha aqui. — explico e as meninas sorriem.

— Realmente, está bem quentinho. — Noah diz, me apertando mais contra si.

— O que eu realmente acho estranho nisso tudo, é que você dormiu. — Lamar diz olhando para mim.

— Verdade. E normalmente você não dorme. — Krystian diz estranhando aquilo.

— Acho que o Noah faz milagres. — Savannah diz sorrindo.

— Bom, eu tinha que começar os meus milagres natalinos por alguém. — Noah diz e eu sinto ele sorrir.

— O que você está insinuando? — pergunto me virando para ele, fazendo eu ficar com o rosto próximo ao dele.

Estávamos tão próximos que dava para sentir a respiração um do outro.

— Nada... — sussurra.

— O amor é difícil de se conquistar, mas quando se conquista é muito lindo. — Heyoon diz e eu olho para ela.

— Vocês são idiotas! — falo e me levando, sentindo o vento frio.

— Não somos idiotas, somos felizes. — Nour diz.

Reviro os olhos e subo para o meu quarto. Assim que chego lá, pego minhas roupas de frio e entro no banheiro.

Tomo um banho bem quentinho e visto as minhas roupas para poder aguentar todo esse frio.

Termino de me arrumar e saio do banheiro, encontrando o Noah sentado na cama.

— Depois do almoço podemos ir na pista de patinação? — ele pergunta e se levanta.

— Claro. — respondo e dou um pequeno sorriso.

Por que você está fazendo isso, Sina Deinert? Era para você está se afastando dele!

Deixo ele sozinho no quarto para tomar banho e desço as escadas, encontrando todo mundo na cozinha.

— Oi, Sina Deinert. — Savannah diz sorrindo.

— Oi, Savannah Clarke. — falo sorrindo.

— E então? — Krystian pergunta.

— E então o quê? — pergunto confusa.

— Como foi dormir agarradinha com Noah Urrea? — Nour pergunta.

— Dorme com ele pra saber. — respondo e dou de ombros.

— Ele não faz o meu tipo. — diz não dando muito importância para o que eu disse.

Pego um pote de macarrão com queijo na geladeira e coloco no micro-ondas para esquentar.

Pego algumas frutas e começo a cortar em cubos para fazer uma salada de frutas como sobremesa.

— Poxa vida, Sina! — Nour diz.

— Poxa vida, Nour! — debocho dela.

— O que custa você nos contar como se sente? — Heyoon pergunta, fingindo estar chateada.

Agindo assim, até parece que é fofa.

— Gente, eu estou bem! Me sinto ótima! Minha saúde está em perfeito estado, eu ainda tenho um psicológico e estou com dinheiro. — falo e elas reviram os olhos.

— Até eu que sou lerdo, sei o que ela quis dizer. — Bailey diz.

— Eu também, Bailey! Apenas não quero responder. — falo e ele assente, parecendo entender.

Termino de cortar as frutas e coloco ela em um pote, misturo com leite condensado e coloco na geladeira.

Pego o meu macarrão com queijo que já estava pronto e pego um garfo que estava em uma das gavetas do armário. Pego um copo e encho de suco natural de laranja.

Me sento na mesa e todos se sentam na minha frente, reviro os olhos e vejo o Noah descer as escadas.

— Boa tarde, família! — ele diz sorrindo.

— Viu, você tem que agir como ele. — Lamar diz.

— Como assim? — Noah pergunta com o cenho franzido.

— Saber demonstrar os sentimentos. Por exemplo, você está feliz e está demonstrando isso. Ela está feliz e finge não estar. — Nour explica e Noah senta do meu lado.

— Quem disse que eu estou feliz? — pergunto.

— Os seus olhos estão brilhando, Sina Deinert! Você pode não demonstrar, mas eu sei o que você está sentindo. — Nour diz convencida e cruza os braços.

— É isso que dar morar com você. — falo e reviro os olhos.

Me viro para o Noah e ele abre a boca. Olho para o mesmo confusa e ele aponta para o macarrão.

Quando entendo o que ele quis dizer, coloco um pouco do macarrão no garfo e dou na boca dele.

— Sua mãe te mimou muito, né? — pergunto olhando para ele.

— Sim. Como sabe disso? — pergunta de boca cheia.

— Se você não tivesse sido mimado, ia preparar sua própria comida ao invés de pedir da minha. — explico.

— Eu só estou com preguiça de fazer algo para comer. — diz e dá de ombros.

— Pessoas mimadas pelos pais normalmente tem mais preguiça que o normal. — falo e bebo um gole de suco.

— Não entendi essa linha de raciocínio. — Bailey diz.

— Claro, você é lerdo e não entende nada. — falo, fazendo ele abaixar a cabeça.

— Ei! — todo mundo grita.

— O que foi? — pergunto confusa.

— Ele é sensível. — Lamar diz.

— Vai ficar tudo bem! Eu tô aqui. — Heyoon diz o abraçando e fazendo carinho em suas costas.

— Ela não sabe o que diz! Não liga para ela. — Lamar diz e o abraça.

— Ai meu Deus! Que frangote! — falo e Bailey começa a chorar.

— Cala a boca, Sina! — Nour diz.

— Você está magoando ele. — Savannah diz.

— Mas... — tento dizer algo, mas Krystian me interrompe.

— Calada! — ele diz e eu cruzo os braços.

— Vem, vamos ao shopping comprar a árvore de Natal. — Lamar diz e sai abraçado com Bailey.

— Vamos, meninas! Precisamos comprar as decorações, já estamos atrasadas. — Heyoon diz e as meninas assentem.

— Eu vou com vocês, não quero ficar sozinho. — Krystian diz e segue elas.

— É isso? Eu virei um mostro? — pergunto olhando para o moreno ao meu lado.

— Você sempre foi. — ele diz dando de ombros.

— Nossa! Obrigada, isso ajuda muito a minha autoestima. — falo debochada.

— Eu estou brincando! Você só é impulsiva, por isso fala e faz coisas sem pensar. — diz e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

— Bom, vamos terminar de comer e depois vamos para a pista de patinação. — falo e ele assente.

Dividimos o macarrão que eu fiz e para não chegarmos atrasados na pista de patinação, eu decidir ir comendo a minha salada de frutas no caminho.

Como era um pouco longe, Noah pegou o carro dele para irmos.

— O que é isso que você está comendo? — ele pergunta enquanto presta atenção no trânsito.

— Salada de fruta, quer? — ofereço, mas só por educação.

— Sim. — responde.

Encho a colher - mas não tanto - e levo em direção a ele, colocando a colher dentro da sua boca.

— Hum, isso está muito bom! — diz depois de experimentar.

— Eu sei! Fui eu que fiz. — falo em um tom convencido.

— Está muito gostoso, que nem a pessoa que fez... — sussurra a última parte, mas eu consigo ouvir.

— O quê? — pergunto, fingindo não ter entendido.

— Nada, só falei que está muito bom. — diz e olha para mim por alguns segundos.

— Ah, obrigada. — falo, fingindo acreditar nele.

Demorou um pouco menos de meia hora para chegarmos na pista, onde as pessoas estavam patinando.

Assim que o Noah estacionou, nós saímos do carro e entramos no que parecia ser um clube de patinação.

Pedimos um par de patins do nosso número e calçamos.

— Pronta? — Noah pergunta se levantando.

— Não. — falo e ele estende a sua mão para eu pegar.

— Vem! Eu vou ficar te segurando. — diz e por incrível que pareça, eu confio nele.

— Não me solta! — falo me levantando e segurando em suas mãos.

— Eu não vou. — diz e me ajuda a ir para o meio da pista de gelo.

— Eu estou com medo! — falo e ele ri.

Ele solta uma das minhas mãos e segura na minha cintura com um pouco de força.

— Pronto. Acho que assim você não fica com tanto medo. — ele diz perto do meu ouvido.

Meu Deus! Ele tem que parar de fazer isso.

— Tudo bem, só para de fazer isso. — falo tentando prestar atenção nos passos que ele faz.

— Parar de fazer o quê? — pergunta sorrindo.

Canalha!

— Isso! — falo fazendo sinais com a mão e ele dá risada.

— Isso? — pergunta perto do meu ouvido, fazendo eu me arrepiar de novo.

— É! Exatamente isso. — falo e consigo me vira, ficando de frente para ele.

Ele solta a minha mão e segura a minha cintura com mais firmeza.

— Por que, Sina? Você se arrepia com a minha voz ou meu toque? — pergunta com um sorriso maroto.

— Eu me arrepio porquê você fica falando perto do meu ouvido, mas você não causa nenhum efeito em mim. — falo e cruzo os braços.

— Tem certeza? — pergunta chegando perto de mim.

Estávamos tão próximos que eu fiquei com medo do próximo passo e acabei caindo com ele em cima de mim.

— Se machucou?... — Noah pergunta em um sussurro.

— Não... — sussurro de volta.

Eu estava a poucos centímetros de distância do rosto dele e sentia o meu coração acelerado. Ele abaixa o seu olhar para a minha boca e eu faço o mesmo.

Ele se aproxima cada vez mais, até sua boca roçar na minha. E então eu me lembro.

Ninguém é capaz de me amar!

Eu sou uma pessoa indesejável, e é por isso que as pessoas me abandonam.

Sou uma pessoa toda machucada, e é por causa disso que eu só consigo machucar os outros.

Noah está chegando perto de um lugar que não pode ser descoberto.

E então, eu percebo o que está prestes a acontecer. Empurro o moreno que cai ao meu lado e me levanto.

Não sei como, mas eu conseguir ptinar até o final da pista sem cair, tirei os patins rapidamente e peguei os meus sapatos.

Vi que ele estava vindo atrás de mim, então eu comecei a correr. Quando eu estava fora do clube, ele segurou a minha mão e me virou para ele.

— O que houve? Por que agiu daquele jeito? — pergunta confuso.

— Eu não posso! — falo um pouco alterada.

— O que você não pode? Me beijar? Eu sou tão feio assim? — pergunta e sorri.

— Eu não posso amar, Noah! E eu não posso ser amada! — falo e ele fica sério.

— Quem te disse isso? — pergunta chegando perto de mim, mas eu me afasto.

— Ninguém precisa me dizer algo que eu já sei! Eu sou uma pessoa fria e calculista, sou tudo o que as pessoas dizem de mim. Eu não sou capaz de amar ninguém, Noah... e não sou capaz de ser amada por alguém! — grito e vejo que começa a nevar.

Olho para ele uma última vez e me viro, chamado um táxi com a mão. Quando eu abro a porta para poder entrar, alguém segura a minha mão.

— Eu posso te fazer mudar de ideia. — Noah diz quando eu o olho.

— Não, você não pode! Sabe por quê? Porque eu sou tipo uma rosa cheia de espinhos, eu sou linda por fora, mas se você chega perto se fura. Eu sou o tipo de pessoa que machuca todos que vê pela frente e é por isso que eu não posso deixar você chegar perto de mim! Não posso machucar uma pessoa incrível como você. — falo e entro no táxi.

— Para onde, moça? — o motorista me pergunta e eu falo o endereço.

Depois de alguns minutos, ele para perto de casa, e eu dou o dinheiro para ele, saindo do carro logo em seguida.

Corro para dentro de casa e subo para o meu quarto, trancando a porta logo em seguida.

Afundo o meu rosto no travesseiro e começo a chorar. Depois de alguns minutos, escuto alguém bater na porta.

— Sina, vamos conversar. — escuto a voz do Noah.

— Só me deixa sozinha, por favor! — peço com a voz embargada.

— Tudo bem... — diz em um tom baixo e eu escuto ele saindo dali.

Não posso machucar alguém só porquê eu fui machucada!

Isso não é justo com ele...

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Aiai, caiu um cisco no meu olho.

Oq acharam desse capítulo?

Desculpem se tiver algum erro e não esqueçam de votar, bjs💜

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