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🕸️ .•° 𝟐𝟑: 𝓐 𝓠𝐔𝐄𝐃𝐀 𝐝𝐚𝐬 𝓢𝐎𝐌𝐁𝐑𝐀𝐒⃤



TALVEZ ELA TIVESSE dormido por alguns minutos quando o cansaço lhe bateu e permanecer acordada parecia um enorme sacrifício. Os pulsos doíam por causa das chacoalhadas que Grace dera ainda tentando se soltar ou tentando sentir qualquer coisa viva dentro de si.

Acordara em um pequeno pulo com seu celular vibrando no bolso de trás de sua calça, ela até mesmo esquecera que ele estava ali e Harry também parecia. A garota se pôs de pé no solo levando imediatamente as mãos para trás de seu corpo e tocando o objeto, pegando-o um segundo depois. O nome de Gwen brilhou na tela. 

— Gwen! — Ela atendeu a chamada.

Oi, eu não sabia se tinha ido embora das Oscorp depois que foi entregar os papéis para o Harry, mas... 

— Gwen, eu preciso que me escuta com calma, tudo bem? — Grace se sentira mal por a cortar no mesmo instante que fizera aquilo, mas era necessário naquele momento e poderia se desculpar depois por tal coisa. 

O que 'tá acontecendo? 

— Preciso que vá até o Peter, ele deve estar lutando contra o Max nesse exato momento. Os jornais devem estar reportando isso, se não começaram irão daqui a pouco. — Gwen permaneceu em silêncio do outro lado da linha. — Preciso que ajude o Peter com um plano que ele provavelmente tem pra derrotar o Electro o mais rápido que puder, pode fazer isso? 

Grace, onde você está? 

— Gwen, faça o que estou te pedindo, por favor...

O que 'tá acontecendo? Por que você não está ajudando ele? 

— Gwen, vai. Eu vou conseguir chegar até vocês, eu só preciso de tempo. — A garota tentava manter a voz em tom baixo, porém, estava sendo difícil com o nervosismo começando a corroer sua pele novamente. 

— Eu espero que você cumpra o que está falando e que esteja bem. Estou a caminho. 

Gwen então desligara a chamada. Grace suspirou aliviada, Peter precisava de mais ajuda nesse momento do que ela. Harry apenas a queria como vantagem e parecia não querer a machucar, ao menos, não de uma forma grave. Ela empurrou o próprio celular para debaixo da cama o escondendo. 

Sentou-se no chão se recusando a chegar perto da cama que estava a alguns metros longe. Virou as palmas das mãos para cima tocando a ponta de seus dedos mais gelados do que realmente eram, isso significava que estava sem as sombras por enquanto. 

Quase dez minutos depois a energia de todo o prédio acabara, fazendo a Barnes ficar em uma completa escuridão e silêncio, mas não demorara para que o gerador começasse a trabalhar trazendo sua iluminação mínima para o ambiente. A porta se abriu e o Osborn passou por ela ainda vestindo o mesmo traje de quase uma hora atrás. 

— Eu imagino que não tenha comido nada depois do almoço. — Grace reparou no prato que ele carregava e no copo que estava na outra mão. Estava realmente com fome, porém...

— Por acaso tem alguma gota de Nitrogênio na minha refeição? — Ela perguntou com a voz ácida e baixa, o rapaz soltou uma risada sem humor e colocou o que segurava no chão, ao lado dela. 

— Não é necessário que coma, é apenas se desejar, a quantidade que já ingeriu ao decorrer desses dias já é o suficiente pra a deixar sem o poder por algum tempo. Mas respondendo sua pergunta, não, eu não coloquei na comida. Imagino que não deva ter um gosto muito bom.

— Quanto tempo? 

— Imagino que o tanto que preciso. — Ela passou a língua molhando os lábios e não olhara para a comida, e nem ao menos para Harry quando ele se sentou na cama de frente pra Grace. — Sinto muito por isso.

— Não, você não sente. Eu estar aqui não te afeta negativamente em nada, Harry, apenas lhe beneficia. — Encostou a cabeça na parede desviando os olhos para ele por alguns segundos. 

— Eu não sou um monstro, Grace, eu sou um humano que deseja viver. 

— Se tivesse esperado mais algum tempo antes de tomar atitudes imprudentes como injetar o veneno em si, que até mesmo os cientistas temiam, veria que Peter estava realmente pensando em lhe dar o sangue dele. — A Barnes separou os lábios para contar. Harry pareceu juntar as sobrancelhas por um milésimo. 

— Pensar não foi o suficiente. Eu também penso em viver, mas isso não seria possível se eu não tomasse uma atitude. E aqui estamos nós... — Ele subiu o canto dos lábios abrindo de forma pequena os braços. — Sabe... eu gostaria de ganhar todos os créditos por ter descoberto a sua identidade e do Peter. Mas eu tive uma ajudinha de cor dourada... 

Grace franziu o cenho assistindo o dono das Oscorp se levantar da cama e caminhar para fora demorando um tempo para voltar, então ela pôde escutar passos embaraçados se aproximando do porão novamente. Os fios loiros foram o primeiro detalhe que a Barnes reparou quando a mulher caiu no meio do cômodo, com um corte sangrando em seu braço direito e o corpo molhado por completo.

— Foi um presente e tanto quando a encontrei presa no antigo laboratório do Doutor Connors, imagino que você deve ter sentido a falta dela quando toda aquela bagunça se acabou. Aí está sua resposta. 

Se Tissila e as Sombras estivessem ativas em Grace, Caroline estaria morta sobre aquela cama no exato segundo em que caira no local. Mas isso não era possível por agora. 

— Você quer que eu conte seu envolvimento com o Connors ou prefere fazer isso mesmo, Carol?

A loira movimentou seu corpo parecendo indisposta a isso, a filha de Agnes acompanhou todas as suas ações com atenção como se a mulher pudesse se erguer do solo e correr para fora a qualquer momento, Caroline realmente gostaria de fazer isso. Grace a escutou rir baixo enquanto retirava todos os fios de cabelo de seu rosto e encostava o corpo na cama de metal. 

— Foi... Agradável permanecer em sua casa descobrindo tudo que eu precisava sem você ao menos desconfiar. — Ela começara, os lábios generosamente ressecados e ,em algumas partes, trincados. A loira parecia não ver algum tipo de alimento ou bebida em sua frente a algum tempo.

A Barnes nada dissera, apenas continuou em silêncio para que a outra continuasse com suas palavras. Talvez as que Grace mais esperava ouvir desde que vira a Smith no mesmo local de trabalho do Doutor Connors enquanto ele era seu inimigo. 

— Eu e Agnes éramos realmente amigas, Grace, sempre fomos. Ao menos do lado dela... — A Garota juntou as sobrancelhas, os músculos tensos. 

— O que quer dizer? 

— Nós sempre disputamos por qualquer coisa quando tínhamos sua idade, mas por coisas fúteis e pequenas. Como: quem terminava de copiar a matéria escolar do quadro primeiro. Mas isso foi no começo. Depois Agnes apareceu com os cabelos curtos, então eu fui obrigada a cortar os meus também — Apontou para sua cabeça — Como pode perceber, eu ainda continuo com o corte. 

Grace inclinou a cabeça para o lado minimamente. 

— Depois foi com as maquiagens, cursos, academia, livros, viagens, dinheiro, homens... — Ela parou sua fala por um segundo. — Sabe, Agnes sempre foi a encantadora da nossa escola, a boazinha não tão popular e a qual era amada por todos que conheciam. E eu permaneci como a amiga que a acompanhava por todos os lados. Eu resolvi contar pra ela que estava gostando de alguém da nossa escola, mas ela apareceu namorando o mesmo cara no mesmo dia. 

— E você ficou com raiva dela? 

—Achei que isso ja era óbvio, garota. — Um sorriso com ironia nasceu nos lábios de Grace quando ela escutara a resposta de Caroline. 

— Ok, você ficou com raiva da minha mãe, Agnes Jones, por ter namorado o cara que você gostava e que ela nem ao menos fazia ideia disso? Você tem certeza de que minha mãe não gostava dele primeiro e te contou tal coisa, e somente depois foi copiar ela nessa situação também? — A mulher separou os lábios como se fosse dizer algo, mas nada saira de sua boca, Grace riu. — Aí, meu Deus... 

— Era o seu pai. — Caroline mantinha as palmas das viradas e encostadas no chão frio do cômodo.

— O quê? 

— O cara que eu gostava e que sua mãe namorava naquela época, era o seu pai. Eles até que duraram algum tempo. Mas quando recebi a notícia de seu namoro, eu não contei nada a ela. Apenas permaneci em silêncio e comecei a tentar separar eles. Talvez eu tenha ido longe demais ao conseguir convencê-lo que Agnes não era tão boa quanto parecia ser e Bucky começar a bater nela, depois o divórcio e até que acabou em seu assassinato...

Grace havia parado de escutar, seus ouvidos pareciam estar apitando como quando a pressão aumenta em um nível absurdo. Sua visão não estava mais tão clara quanto antes e ela pôde ver Harry se desencostar da parede pelo canto do olho. 

Em um momento a Barnes estava sentada e apoiada na parede a alguns metros da Smith, no seguinte ela estava sentada nas costas da mulher a prendendo no chão enquanto a corrente que prendia suas mãos estava em volta do pescoço da loira e a mulher estava de barriga para baixo tentando se colocar de joelhos e sendo empurrada a todo momento com o rosto ao chão. Caroline gritou pela dor quando o metal fora puxado de forma mais forte.

A garota pôde sentir as mãos de Harry a segurando pelos ombros e tentando a arrancar de cima de Caroline, mas ela conseguiu finalmente fazer uma pequena quantidade de sombras explodir para fora de seu corpo e arremessar o Osborn na parede atrás de si. 

A mulher continuou com as mãos em volta das correntes tentando a tirar dali, seu rosto em um vermelho pelo sufocamento e os olhos marejados. Grace sentia a respiração pesada sair de si, a visão parecia tão embaçada agora. Sentiu suas mãos queimarem e conseguiu reparar melhor desta vez na mulher que estava presa embaixo do seu corpo.

Todo o líquido que molhava e cobria o corpo de Caroline era Nitrogênio, poderia não ter a química em sua comida mas Harry havia colocado em sua inimiga. A Barnes sabia que teria que parar e retirar as mãos da mulher para que não perdesse todo o poder novamente e conseguisse fugir do local. Mas ela realmente estava se fodendo para si mesma naquele momento. 

— Você quer saber a verdade, Caroline? — Grace afrouxou as correntes o suficiente para que a loira tivesse um pouco mais de tempo de vida apenas para que a escutasse — Você é uma vadia egoísta e invejosa pra caralho. Passou a vida inteira invejando minha mãe e sua vida até que isso a levou a morte e, consequentemente, você. 

— Você... acha mesmo que ela gostaria que fizesse isso? — Smith falara com a voz fraca e com uma dificuldade extrema. 

— Não, ela odiaria que eu fizesse isso. Minha mãe, Agnes, era melhor do que nós duas. Se ela gostaria ou não que eu te matasse, não me importa, porque eu quero isso. E é o que eu vou fazer. Afinal, fui criada por você também, não é? Acho que compartilhamos um pouquinho da mesma vadia egoísta.

Grace sussurrou o final em seu ouvido antes de puxar as correntes com ambas as mãos com a força que ainda restava em seu corpo. O Nitrogênio cobria ambas suas pernas agora e havia adentrado sua carne tocando seu sangue pelos cortes pequenos que fizera por consequência da corrente que pegara brutalmente. As mãos foram de encontro com o chão e o peito se mexeu com o peso do ar que parecia ter dentro do seu pulmão.

Harry havia conseguido se soltar quando as sombras desapareceram, correu até ambas mulheres e puxou com força Grace de cima da loira, porém, já era tarde. O Corpo da Smith caira no chão totalmente imóvel e com o rosto vermelho, o pescoço estava enfeitado por marcas roxas fortes e a Barnes respirava pesadamente ao seu lado. As luzes voltaram a funcionar normalmente no prédio, e provavelmente em toda a cidade. Peter e Gwen haviam conseguido, Grace sorriu pequeno e lentamente com a ideia. Mas Harry ainda a segurava quando disse antes de a arraste para fora do porão:

— Ótimo, isso significa que a cena é toda nossa agora. 

O vento batia agressivamente  em seu corpo fazendo os fios negros chicotearem em seu rosto. Grace permanecia em silêncio e com as mãos firmes segurando no Osborn para que não caísse do planador. Tudo que ela não queria naquele momento era ter que lidar com a água gélida do rio abaixo de si caso caísse nele. Ela pôde enxergar Gwen e Peter de cima por alguns segundos. 

Harry riu duas vezes circulando alguns prédios chamando a atenção da dupla que estava no solo. Abaixou-se apenas para que fizesse Grace cair do planador a um metro de altura. A garota resmungou quando seu corpo parou de rodar pelo asfalto e tentou se levantar, mas o Nitrogênio já agia novamente. 

— Peter... — Harry começou. Grace sentiu mãos femininas tocarem seu corpo e a ajudar a se colocar ao menos de joelhos no solo. 

— Ei, o que aconteceu com você? — Gwen estava agachada ao seu lado e a observava preocupada, a Barnes balançou a cabeça. 

— Sai daqui... — Sussurrou. 

— Não, você precisa de ajuda. Vamos te tirar daqui, tudo bem? — A Stacy murmurou baixinho para que o Osborn não conseguisse escutar. 

— Gwen, me escuta. Eu te agradeço muito por ter ajudado o Peter enquanto não estive aqui. E te peço mil desculpas por te colocar em perigo assim, tudo bem? — Tocou a mão da amiga sentindo os olhos se molharem. 

— Não, eu escolhi estar aqui, não vou sair do seu lado. 

— Não é o Harry. — Contou olhando rapidamente para o outro sentindo seu corpo queimar e enfraquecer. 

— O que quer dizer? 

— Eu não entendo também, Harry fez um cara injetar o veneno da aranha nele e acabou ficando assim. Não é aquele harry que conhecemos. Você precisa sair daqui agora mesmo, enquanto ainda tem chance e oportunidade. 

— Grace... — Gwen balançou a cabeça molhando a visão também. Porém, Harry havia acabado sua conversa com o Parker e Grace olhou para o lado assistindo como em câmera lenta o Osborn virar para ela por um segundo antes de dizer uma última coisa ao Peter. — Levanta, Grace levanta! 

A garota escutou a loira ao se lado gritar enquanto a puxava para cima com a força que tinha, entretanto o Osborn ainda conseguira se chocar contra corpo de Grace e se inclinar para cima começando a voar diretamente para o céu noturno de Nova York. 

HARRY, SOLTA ELA! — Ela escutou Peter gritar enquanto atirava teias pelos prédios correndo atrás da dupla.

A Barnes ofegou quando eles quase bateram contra a torre imensa de relógio. Harry voou em círculos sobre a torre e a garota pôde enxergar Peter tentar atirar teias no planador para os puxar para baixo ou conseguir subir até eles, mas falhara. 

HARRY, PARA COM ISSO! ESSE NÃO É VOCÊ, HARRY! COLOCA ELA NO CHÃO. — O Osborn balançou a cabeça negativamente e Grace pôde observar todas as mudanças que o veneno fizera no rapaz. 

— Harry... — Ela tentou iniciar uma conversa porém, ele lhe cortou. 

— Harry está morto! E talvez isso seja apenas o que você mereça depois do final de Caroline. — Sua voz saira com raiva e apenas para que ela conseguisse escutar. 

— Harry, isso é entre eu e você! Você quer lutar? Luta comigo. SOLTA ELA! — O Osborn relaxou o rosto e um indício de sorriso apareceu em seus lábios, Grace sentiu dentro de si ficar inquieto e soube que o que viria a seguir não era bom. 

— Tá... — A Barnes escutou ele dizer por último antes que Harry soltasse suas pernas e costas a fazendo cair em uma queda livre. 

Grace mexeu as mãos constantemente por alguns segundos, mas não adiantou. As Sombras não conseguiam sair novamente. Ela viu seu corpo girar pela a altura e sentiu quando chocou-se contra o corpo de Peter. O Parker circulou o corpo feminino com os braços e a segurou com força quando ambos os corpos se bateram no vidro da torre de relógio quebrando-o e fazendo eles pararem em uma grade do lado interior. Peter havia conseguido fazer com que suas costas batessem contra a superfície e Grace caísse por cima de si. 

— 'Tá tudo bem? — A garota escutou o namorado perguntar e balançou a cabeça negativamente. 

— Não. — Seu corpo estava fraco, tanto que ela não se se conseguiria se manter de pé. Peter estava prestes a perguntar sobre suas sombras quando um objeto caira ao lado deles, ambos  moveram a cabeça observando e perceberam ser uma pequena bomba jogada por Harry.

A bomba explodiu e o Parker girou-os para cair na outra superfície, mas desta vez de pé. O corpo de Grace caiu direto fazendo Peter escorregar a mão por ela, a Barnes olhou para cima ao sentir a teia a segurando pela mão. 

— Te peguei, vou colocar você ali. — Então ele a desceu para as engrenagens que estavam mais abaixo, Grace puxou o ar querendo xingar o Osborn por ter descoberto o Nitrogênio. Odiava se sentir tão incapaz de se proteger. 

A garota tentou se equilibrar na engrenagem que se mexia rotativamente e parecia a deixar tonta quando olhava fixamente. Piscou forçando as pernas a se levantar e ergueu os braços até a barriga para que conseguisse se equilibrar com mais facilidade. Olhando para cima ela pôde enxergar Peter nas costas de Harry tentando o parar, mas o Osborn voou para trás fazendo o Homem Aranha bater com as costas na parede e o soltar. 

Grace olhou para baixo novamente respirando e pulou para a engrenagem que estava em uma altura mais inferior. Quando conseguira fazer os pés tocarem o metal e olhar para cima novamente apenas para conferir a luta, o planador de Harry caira em sua direção e um segundo mais tarde o objeto atingira o lugar onde estava em pé quebrando-o, e fazendo Grace cair novamente.

Peter se ajoelhou em cima da engrenagem que estava e atirou outra teia em sua direção, o pacto por ter sido pega de repente a tirou um fôlego. O Parker puxou a teia com as duas mãos o mais rápido que pôde, porém, o Osborn pulou em suas costas o derrubando na superfície brutalmente. A mão de Peter desceu rapidamente fazendo com que a altura de Grace o acompanhasse, a garota se assustou soltando um grito. 

Harry pisou no pulso de Peter que segurava a teia que fazia Grace permanecer viva. A engrenagem travou e Harry sacou uma faca estranha tentando acertar a cabeça do Parker, o rapaz desviou rapidamente e continuou revidando os ataques de seu antigo amigo tentado tirar de cima de si.

Ele disparou um punhado de teia em direção ao braço direito de Harry prendendo em uma engrenagem, o que irritou o Osborn o fazendo enforcar com outra mão o Parker. Peter moveu os olhos para as rodas que ainda funcionavam atrás dele e jogou mais um fio até o objeto, enrolou o resto no pescoço do Duende Verde o enforcando, a cabeça do Osborn fora inclinada alguns centímetros para trás. 

As engrenagens da torre do relógio começaram a se mover novamente, Peter olhou para baixo vendo que qualquer movimento em sua teia que segurava a Barnes à alguns metros para baixo, fazia o fio se cortar e Grace cairia se nenhum tipo de apoio para a manter viva agora. Então, ele enfiara um pé no meio dos objetos segurando-os para que não rodasse, Harry ainda o enforcava fazendo o Parker perder um pouco da força nas pernas. 

— Peter! — A garota o chamou depois de observar o fio por dois centímetros de ser cortado pela engrenagem. 

Ele tentou a observar de onde estava, mas a força que fazia como pé no objeto fizera um parafuso se soltar. As engrenagens voltaram a funcionar e a rodar cortando a teia de tal maneira. 

Grace observou quando o fio se soltara vagarosamente, ela ofegou sentindo o corpo ficar leve novamente por estar caindo. Assistiu os objetos que compunham a torre do lado de dentro explodirem em dezenas de pedaços e começarem uma queda livre igual a garota. Harry voou para trás por ter o pescoço prendido a alguma peça caindo desacordado. Peter ergueu-se rapidamente olhando para baixo, logo depois saltou em direção a Barnes. 

A garota poderia jurar ter visto sua própria imagem em queda nas lentes do uniforme de Peter. Grace sempre pensara em como seria sua morte, se ela seria calma ou turbulenta. Acordada ou dormindo. Com um tiro ou natural. Mas não pensara que poderia ser caindo de uma altura com, com certeza, mais de três quilômetros apontados para o céu noturno e estrelado para o qual ela olhava agora.

O vento batia agressivamente contra seu corpo e ele parecia formigar, as próprias Sombras pareciam agitadas dentro de si e se esforçando para sair como se tentassem a segurar com o máximo de esforço possível, um esforço no qual seria inútil no fim. Peter ainda saltava em sua direção com o braço esticado e a teia caindo em de encontro ao seu corpo. A Barnes quis sorrir com raiva, o destino poderia ser tão filha da puta ao ponto de os juntar apenas para os separar de uma maneira tão drástica como a morte?

Ela tentava se mover e fazer alguma coisa, porque ela podia fazer se não tivesse sido imobilizada pelo inimigo. A única coisa que passava em sua cabeça era todas as memórias que foram permitidas com o Parker até esse momento. A forma como eles se conheceram e de como fora o primeiro beijo. Até mesmo a forma como Peter pensara que ela fora lésbica por um segundo.

A garota sentiu os olhos queimarem e sentiu quando a lágrima caiu de seu olho direito até o solo a alguns metros de distância da garota que teria seu final de forma parecida com a pequena gota. Grace sentiu e se lembrou de todas as vezes de quando um vento noturno tocava seu corpo, a forma como as noites estreladas pareciam ser tão familiares para a Barnes. 

Todas as vezes que aquilo ocorrera, era por causa daquela noite. Grace apena sentira a noite em que ela própria estaria em queda livre junto às suas Sombras quietas sob um céu estrelado, e com Peter Parker caindo em sua direção com uma teia que parecia ter uma formato de mão tentando a alcançando. 

Grace inspirou o ar frio da noite e olhou diretamente nos olhos de Peter, como se pudesse os ver por aquela máscara, para então fechar os olhos sabendo que não cumpriria sua promessa que havia feito a alguns dias atrás que eles ainda ficariam juntos quando ela fosse morar em Inglaterra. Ela sentiu quando a teia a segurou pela barriga, escutou quando o namorado se segurou em uma barra de ferro, e quando ela se chocou brutalmente contra o chão. 

Peter prendeu a teia na barra e saltou em direção ao chão. Retirou a máscara de forma hesitante vendo o corpo imóvel dependurado na teia que ele disparara. O Parker se aproximou tocando suas costas. 

— Grace? — Ele a segurou colocando o braço atrás de seu corpo e a apoiou em seu peito — Grace... — Cortou a teia para que a segurasse com mais facilidade. — Ei... Bela?

Peter sentou no chão vendo que os olhos ainda estavam fechados e que a cabeça da garota estava pendente em seus braços, e ela não se movia. 

— Grace...

Ele deitou sua cabeça em sua perna a observando com mais calma. Levou uma mão em direção ao seu rosto fazendo um carinho ali, enquanto tentava chamar sua atenção, como se ela pudesse abrir os olhos assim. 

— 'Tá tudo bem. — Ele balançou a cabeça com os olhos ardendo — Amor? — Sacudiu ela fracamente. Grace permaneceu quieta, nem mesmo Tissila saiu de dentro dela e isso o fez ficar mais confuso. 

Gwen conseguiu chegar até eles ofegante, correra até eles quando Harry simplesmente sumira com Grace e Peter fora atrás. A Stacy parou na porta da torre olhando para Grace nos  braços de Peter, o garoto não olhou para a loira mas sabia de sua presença. A garota sentiu seu rosto molhar colocando a mão sobre a boca enquanto a única coisa que se mantinha em sua frente era o casal, mas somente um deles estava com vida. 

— Fica comigo, Grace, fica comigo. — Peter abaixou a cabeça ofegante e com as lágrimas caindo dos olhos, ele encostou o ouvido sobre o coração da garota, silêncio absoluto. — Não consigo escutar seu coração, Grace... — Ofegou assistindo uma gota cair na bochecha de sua namorada. 

Gwen havia ficado de joelhos onde estava anteriormente, ela sentiu a dor consumir seu peito junto ao Parker. O coração de Grace Jones Barnes não batia, e Peter Parker não escutava ele. Gwen Stacy estava de joelhos a alguns metros de distância com o luto consumindo seu peito, pois sua amiga estava morta. O futuro que a Barnes e o Parker imaginaram simplesmente se desabara e estava desaparecendo aos poucos pela escuridão. Porque a sensação ruim que Max, Electro, sentia quando se aproximava de Grace não era por causa de suas Sombras, mas por causa do destino da garota. Passava uma energia ruim até ele.

— Ei, fica comigo, pelo amor de Deus. — Peter chorou mais forte sentindo algo dentro de si se quebrar por completo. Ele nem ao menos notou nas faíscas que estava ao lado dele e do corpo de Grace. Tocou seu rosto deitando-se sobre seu peito uma ultima vez, mesmo sabendo que não escutaria nada. Não mais, não em tal realidade e universo. 


🕸️.°• 𝐏𝐄𝐐𝐔𝐄𝐍𝐎 𝐄𝐒𝐏𝐀Ç𝐎 𝐃𝐀 𝐀𝐔𝐓𝐎𝐑𝐀

∘⋅⋆ ❛ one ▬ uma pergunta básica. Vocês me odeiam? 🥺

∘⋅⋆ ❛ two ▬ eu chorei escrevendo esse capítulo. De verdade! Não esqueçam do votinho de vocês, é sempre importante. Cheguei atrasada hoje porque chei que daria tempo de revisar esse capítulo a partir das 18:00, não deu certo já que ficou mais grande do que eu pensava.

∘⋅⋆ ❛ three ▬ me digam o que acharam e quais as partes favoritas. Contem tudo! 💞

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