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🕸️ .•° 𝟎𝟗: 𝓐𝐂𝐄𝐈𝐓𝐀𝐑 𝐎 𝓛𝐔𝐓𝐎⃤


ELA TENTAVA se lembrar onde estava, e de quem era a cama onde estava deitada e que - possivelmente - havia dormido a noite toda. Grace sonhara com Agnes durante todo o tempo, sem parar um segundo se quer, era um loop infinito onde a garota assistia o apartamento pegando fogo sem poder correr até a mãe e a tirar do local em chamas. As memórias ainda estavam frescas em sua mente, mesmo que não houvesse passado tanto tempo desde tudo, ás vezes nosso próprio cérebro bloqueia tais memórias para evitar um sofrimento sem fim.

Isso não havia acontecido com Grace, não... Ela se lembrava de cada mísero segundo e - talvez - pudesse citar todas as falas e gritos e discussões que havia gerado a catástrofe final. A Barnes rolou pela cama, e respirou fundo mas piscara quando enxergou Peter sentado no chão, com somente a cabeça apoiada em sua cama. E isso fora o gatilho para a garota se lembrar de tudo o que ocorrera na noite anterior, algo dentro de si se contorceu - assim como no momento antes de Peter e ela saírem pela cidade a fim de derrotar um lagarto ambulante. Grace moveu a mão para o ombro de Peter com o objetivo de o balançar, mas o garoto fora mais rápido. Os olhos se abriram mas o Parker não olhava em direção a Grace. Ele havia se erguido do chão em um piscar de olhos e observava a porta do quarto.

- O que foi? - Ela se sentou na cama e juntou as sobrancelhas. Peter abriu a boca como se fosse respondê-la mas a porta se abriu e por ela passou Caroline, com um sorriso no rosto e uma bandeja nas mãos. O Parker piscou.

- Bom dia, achei que seria melhor trazer o café de vocês para cá, do que fazê-los enfrentar a claridade do dia antes de saírem do apartamento. - Grace devolveu o sorriso e saltou da cama.

Caroline sabia que a garota odiava ter fechar os olhos por quase completo logo de manhã, parecia suas vistas sempre demoravam mais do que o comum para se acostumar com a luz do dia. E a loira sabia sobre tal coisa desde que a pequena nascera, por causa de ser praticamente uma irmã de Agnes.

- Obrigada, amo você - Grace pegou a bandeja da mão da Smith e sentou na cama, dobrando uma perna. Ela moveu os olhos para Peter que desviou o seus próprios de Caroline para olhar. - Não vai comer?

- Vou... só fico meio lento quando acordo -Peter sorriu e passou a mãos no rosto seguindo até a cama da garota e começara a comer a acompanhando.

Depois de duas aulas seguidas, Grace caminhou até o campo onde alguns garotos do time estariam treinando naquele dia. Não havia se passado muito tempo e ela já estava cansada, apenas querendo sua cama novamente e passar o resto do dia dormindo como se o mundo ao redor, realmente, não existisse. A Barnes escutou passos corridos se aproximando, e girou o pescoço para o lado a tempo de ver Gwen abraçada com os livros e dera um sorriso que fora retribuído.

- Posso te acompanhar? - A Stacy perguntou, inclinando a cabeça para a olhar melhor.

- Claro, estou indo ver os meninos treinarem. Também está com horário livre agora? - Gwen balançou a cabeça, concordando.

- Tecnicamente não era para estarmos, mas aconteceu alguma coisa com o professor e nos deram horário livre.

Ambas abriram as portas duplas que dava acesso ao campo e Grace pôde enxergar Peter sentado nas arquibancadas de longe. O garoto estava com o cenho franzido e os antebraços apoiados nas pernas. A Barnes o observou, não soube por quanto tempo, mas parara quando sentiu olhares sobre si. Um pertencia a Peter que a olhou dando pequeno sorriso, e o outro a Gwen.

- O quê? - Grace se mexeu desconcertada e engoliu uma saliva. Gwen sorriu e se balançou nas pontas dos pés e indicou Peter com a cabeça.

- Você gosta dele. - Não fora uma pergunta, a Barnes percebeu isso. Ela passou a língua entre os lábios e balançou a cabeça.

- Não, eu não... - Grace limpou a garganta e desviou o olhar da loira.

- Você não consegue disfarçar, Grace. - A loira soltou uma risada, e de cabelos castanhos olhou para Peter que as observava com curiosidade.

Depois de um segundo, Grace se lembrara. Peter poderia as escutar - mesmo que estivesse tão longe -, ele havia revelado isso na noite anterior quando escutou seu coração batendo dentro do peito. Não tinha como saber se o Parker estava as escutando, portanto, se Grace realmente sentisse alo pelo garoto, com certeza não seria assim que ela queria que Peter descobrisse.

- Não gosto - Mordeu o lábio, Gwen ergueu as sobrancelhas.

- Então prove. - Grace piscou e engoliu o seco.

- O quê?

- Prove que não gosta do Parker.

- Como? - Gwen deu de ombros.

- Eu não sei, beija alguém daqui.

A Barnes encheu o próprio pulmão de ar, Grace não gostava muito de beijar pessoas sem ter nenhum sentimento envolvido. Ela não conseguia entender como as pessoas simplesmente colavam seus lábios nos de outras pessoas sem as amar, ou pelo menos gostar delas. Por causa disso, a garota apenas piscara diversas vezes enquanto seu cérebro trabalha pensando se fazia tal coisa ou não, por um momento seus olhos voaram para os lábios de Gwen e Grace chegara cogitar avançar, mas não saberia a reação da Stacy.

Ela sentiu as mãos suarem e o coração bater mais rápido, até que as portas duplas de entrada para o campo foram brutalmente abertas pelas Líderes de Torcida que passaram saltitando e cantando. As garotas se enfiaram no meio da dupla feminina fazendo Grace perder Gwen de vista por alguns segundos. Ao terminarem de passar por elas, uma garota - que parecia não saber a coreografia e estava trombando com quase todas as pessoas - havia rodopiado, ou pelo menos tentara. A Barnes apenas sentiu o impacto do corpo da aluna contra o seu antes mãos a segurarem por trás.

- Me desculpa! - A menina gritou tentando alcançar as outras. Grace inclinou cabeça para trás apenas para enxergar Peter a olhando. Ela se afastou.

- Obrigada, acho que ela é novata. - Ambos observaram a ruiva correr pelo campo.

- Com certeza é, - Grace se pôs a olhar para onde Gwen estava, a procurando, mas a loira não estava mais ali.

Então, ela e o Parker começaram a andar de volta para as arquibancadas. Onde seria o destino final da Barnes se Gwen não tivesse começado com toda aquela conversa, que deixara ela confusa. Eles se sentaram e uma coisa veio a cabeça de Grace.

- O que você fez com a aranha que te picou? - Peter a olhou, e piscou.

- Eu guardei ela. Não podia deixá-la solta por aí, não quero nem imaginar nos problemas que teria se tivesse feito isso. Por quê?

- Você viu a Tissila, por algum acaso trouxe sua aranha para a escola? - A garota inclinou a cabeça, sorrindo e o Parker balançou a cabeça. Ele retirou de sua mochila com cuidado o pequeno frasco transparente e a entregou.

- Não deixo ela em casa, May pode acabar encontrando e algo acontecer. Por isso sempre trago comigo. - Grace o olhou, enquanto ele explicava. Em seguida, olhou para o inseto em suas mãos (mas protegido pelo tubo).

- Ela é bonita - A Barnes a observou, e analisou.

Muitas pessoas poderiam achar tal frase dirigida a uma aranha fosse estranho, e até mesmo normal. Mas como Grace sempre fora apaixonada por ciências, as diferenças entre o inseto em sua mão e um normal estavam evidentes. O que a deixou realmente encantada, Tissila havia coloca sua cabeça para fora da jaqueta de Grace e também olhava para a aranha nas mãos da garota. Peter estendeu seu dedo para a sombra quando notou ali, e a pequena rodopiou e circulou seu dedo.

- Quem mais sabe sobre isso? - Ela entregou o frasco para o garoto novamente, que o guardou.

- Só você.

- Não contou para a tia May? - Grace franziu o cenho por causa do sol.

Mas ela até que gostara de ser a única pessoa na vida de Peter a saber sobre seu outro lado, assim como ele era o único a saber sobre o seu.

- Não, ela surtaria se soubesse. É melhor assim. - Ele engoliu em seco antes analisar suas feições - Você não acredita no que a polícia está dizendo, né?

- Sobre você ser um Vigilante Noturno, perigoso e fora da lei? - Peter abaixou a cabeça. - Não, não acredito. Eles não te conhecem. Apenas dizem isso por ser a primeira vez que viram tais acontecimentos, Peter. Não é comum um cara vestindo um macacão vermelho e azul, se despendurar em teias pelos prédios da cidade. E com você indo atrás, somente, de assaltantes e criminosos loiros de cabelos até os ombros, deixou tudo mais suspeito. - Ele olhou em seus olhos por um segundo - Achou mesmo que eu não notaria que você começou com isso tudo por causado cara no mercadinho que fomos aquele dia? E por um acaso o mesmo que... atirou no seu tio?

Grace ergueu as sobrancelhas e Peter moveu a cabeça, olhando para os outros alunos em treinamento. Depois ele passara a língua nos lábios.

- Sabe que precisa se esconder, certo?

- Não vou fazer isso, Grace. - Ele balançou a cabeça junto a sua fala.

- Por que não? - A Barnes inclinou seu rosto, tentando olhar para Peter, mas o garoto parecia evitar seu olhar.

- Por causa da noite passada, aquelas pessoas na ponte... - Ele finalmente se virou para Grace, ficando frente a frente - Aquela coisa na ponte teria matado elas. Você estava lá, você viu o que aconteceu. Eu preciso ir atrás daquela coisa, seja lá o que for.

- Não cabe a você, nem a mim, Peter.

- Cabe sim, se eu não consegui lidar com ele ontem, quem dirá os policiais. - Grace respirou fundo.

Peter tinha razão. Os policiais poderiam ser treinados e estarem, bem equipados, mas ainda eram humanos comuns. Qualquer movimento errado e eles morreriam, fácil assim. Mas pelo outro lado ela também estava com medo, não por si própria, mas por Peter. Pelo garoto a sua frente agora. Ele poderia ter ganhado algumas habilidades desde que fora picado pela aranha, mas ainda sangrava. Ele ainda poderia morrer. E perder outra pessoa não era algo que Grace queria, não mesmo. Grace passou a mão no cabelo, e quando olhara para Peter, o garoto parecia mais perto do que antes.

Ela piscou, e o Parker moveu os olhos dos de Grace para os lábios da garota. A Barnes ficara parada, esperando, não sabia o que. Talvez Peter avançar e a beijar logo, porque ela mesma não saberia fazer isso. A garota nunca soube o que fazer nessas horas e talvez isso nunca mudasse. Ele havia se inclinado mais e Grace sentiu os lábios roçarem, ela mesma teria o beijado por completo se um vento repentino não tivesse a assustado. Ela se afastou de Peter, apenas para observar a bola de futebol que os garoto usavam e ele jogar para o campo novamente - mas como o garoto ainda olhava para ela, a bola acabara por acertar a moldura de ferro da base que fazia os pontos.

Todos se assustaram, e depois olharam para Grace e Peter, que agora também olhava para o amassado no ferro. A garota repuxou os lábios e depois olhou para o Parker.

- Algum dia desses, o mundo vai descobrir quem é Peter Parker. - Ela se referiu a quem ele era quando estava dentro do uniforme que tampava sua identidade. Peter bagunçou seus próprios cabelos e Grace sorriu.

Ao final da aula, ela havia passado em um supermercado perto de sua casa e comprado macarrão instantâneo. Grace pagou e seguiu pra o prédio onde morava. Abriu porta do apartamento e assistiu Caroline colocar algumas roupas dentro da mala.

- Não sabia que iria embora hoje. - A Smith sobressaltou e deu um sorriso.

- Surgiu uns problemas no meu serviço, e precisam de mim lá, urgentemente. Desculpa por não te avisar antes, querida. - Grace balançou a cabeça como se dissesse que estava tudo bem, e realmente estava. Pelo menos ela esperava que sim.

- Eu comprei macarrão se quiser comer algo antes de ir. - Balançou a sacola em suas mãos.

Grace retirou a jaqueta colocando em cima do balcão, depois os sapatos que pareciam apertar seus dedos. Ela estalou o pescoço e colocou a água para ferver.

- Não vou recusar. E então, onde os pombinhos foram ontem a noite? - A garota piscou.

- O quê?

- Você e Peter saíram durante a noite, onde foram? - Grace se virou para a loira que ainda arrumava suas coisas.

- Achei que estava dormindo - A mulher paralisou por m segundo, depois girou sobre seus pés e dera um sorriso.

- Eu fingi, talvez assim vocês se sentissem mais a vontade. - A Barnes juntou as sobrancelhas em confusão depois sacudiu a cabeça.

A garota pegou seu celular e discou o número de Peter, tinha ficado de o ligar desde que o garoto saíra da escola em seu tempo livre. Mas o problema é que ele não havia voltado, o que significava que algo poderia ter acontecido. Grace levou o aparelho celular até o ouvido e escutou chamar, só para depois cair na caixa postal.

- Aconteceu alguma coisa? - Caroline a observou.

- Peter não me atende, - Sinalizou o celular - e não voltou para a escola depois do seu tempo livre.

Grace desligou a água colocando dentro do potinho de macarrão, e esperou os minutos até que estivesse pronto para comer. Caroline sentou-se no balcão e olhou a foto que a garota usava como papel de parede, Agnes estava com um sorriso lindo, abraçando Grace - que também sorria -.

- Ela estava feliz nesse dia. - A Smith contou, mesmo que não fosse necessário. O pesar em sua voz afundando. Grace abaixou a cabeça ao se sentar ao lado da mulher e observar a foto também.

- Ela estava, muito. Sempre ficava quando saíamos juntas assim. Principalmente em viagens, ela era apaixonada e viciada em viajar de noite. Alguma coisa dentro dela parecia florescer quando conseguíamos um voo as duas da manhã. Nunca consegui entender sua felicidade em coisas assim. As pequenas coisas era o que mais a deixava radiante. - Grace sentiu os olhos molharem e Carol a abraçou de lado.

- Também sinto falta dela. - A garota soluçou e deixou as lágrimas caírem por completo.

Não havia se permitido chorar tão intensamente por conta de sua mãe, até aquele momento. Grace estava bloqueando o luto por tempo demais, não queria sentir tal sensação. Por isso mudou e cidade na primeira oportunidade que teve. Não conseguia ficar nem ao menos na mesma cidade onde Agnes morava. Era como se pudesse vê-la até mesmo nos reflexos de café gelado que sempre faziam juntas. Ela ainda se lembrava do rosto da mãe, nitidamente, e não queria esquecê-lo jamais. Talvez a garota preferisse a morte ao esquecê-la. Mesmo não entendendo o que havia acontecido naquele dia, ainda se lembrava do calor do fogo.

Algumas horas mais tarde, Grace estava em sua cama deitada. A cabeça parecia que poderia explodir a qualquer momento pela dor. Não sabia quanto tempo ficara chorando com Caroline. Mas a dor que sentia significava que seria muito tempo. Ela puxou a coberta para cima de sua cabeça, a tampando por completo. Talvez não fosse a escola amanhã, e nem no próximo dia ou talvez nem mesmo o resto da semana. Grace estava pronta para aceitar o luto. Então, ela apenas ficaria ali durante algum tempo naquela cama - com a foto de Agnes nas mãos -, esse era o plano. Se batidas não tivessem soado da janela de seu quarto.

Grace retirou a coberta de sua cabeça com as sobrancelhas juntas, alguns fios bagunçados por causa do pano. Ela se levantou ao ver Peter sentado ali na janela. Caminhou até o local e abrira os vidros da janela, e o olhou.

- Talvez você devesse considerar entrar pela porta da frente - Ele sorriu e elevou uma mão até a armadura da janela, e se puxou para dentro do quarto cambaleando. A garota desfez seu sorriso imediatamente. - Peter, o que houve? - Ela o ajudou a se sentar na cama. Peter se encostou na cabeceira, alguns arranhados profundos estavam em seu abdômen, e sangravam.

- Estou bem, precisava ver o outro cara... - Grace ergueu os olhos para ele, quando se sentou na cama o seu lado. Peter engoliu em seco, percebendo que ela já sabia quem era - Só que o outro cara era um lagarto mutante gigante.

- Foi atrás dele. - Ela confirmou e juntou as sobrancelhas.

- Eu sei, deveria ter te avisado pelo menos. - O Parker jogou a cabeça pra trás.

- Não, deveria ter me chamado. A gente iria juntos, deveríamos enfrentar isso juntos, Peter. - Grace o fuzilou com os olhos.

- Não vou ficar colocando você em perigo desnecessário.

- Não é desnecessário, e eu posso me proteger muito bem sozinha. - Ela repousou as mãos no rosto de Peter e o forçou a olhá-la. - Pode, por favor, olhar para mim?

- E se acontecesse outro incêndio hoje? Ontem a noite, na ponte, você ficou paralisada, Grace. Se não em transe. Era como se você nem ao menos estivesse ali comigo. - Ela engoliu o seco, as memórias lhe atingindo com força. E Peter pareceu perceber isso. - Qual é o seu problema com fogo? Apenas me conte e talvez eu possa te ajudar com isso.

- Não tenho problema algum com fogo. - Sua voz saíra baixa mas dura. Ele a observou se levantar e caminhar até o banheiro. o garoto teria seguido se ela não tivesse voltado logo com uma caixinha de primeiros socorros em sua mão. - Tira a parte de cima do uniforme, preciso limpar seus ferimentos antes que infeccionem.

Ele o fez e se recostou novamente na parede, ambos ficando em silêncio durante um tempo. O único barulho que se ouvia era de Grace abrindo os produtos e remédios que passaria nas feridas. Peter observava cada movimento da garota e se perguntava onde ela havia aprendido tais coisas.

- Eu... eu escutei sua conversa com a Gwen mais cedo. - Ela paralisou, a mão ficou quieta sobre o machucado de Peter e ela não tinha certeza se levantava a cabeça para o olhar nos olhos, não quando sua teoria estava certa.

- Não sabia que você tinha audição aguçada também. - Grace tentou mudar de assunto.

- Você não beijou ninguém.

- Não gosto de beijar alguém sem ter sentimentos envolvidos. - Peter inclinou a cabeça para o lado. Um sorriso nascendo, ela tinha voltado a limpar os machucados, mesmo que as mãos suassem.

- Mas iria me deixar te beijar nas arquibancadas. - A Barnes parou de novo, sem nenhuma fala para tal resposta. Nem ela mesma tinha pensando nisso.

Sim, Peter tinha razão, ela realmente o deixaria beijá-la mas se quer tinha passado pela sua cabeça o motivo de tal coisa. A pergunta que Gwen a fez mais cedo lhe rondou a cabeça, fazendo-a se questionar de tal coisa. Ela gostava de Peter, isso era um fato, eles eram amigos. Mas Grace não saberia dizer se gostava de Peter em forma romântica.

Ela ergueu a cabeça, hesitante. Peter a olhava esperando sua resposta, mas a garota apenas o olhou deixando a mão descansar em cima da gaze sobre a barriga do Parker. Grace abriu a boca diversas vezes para tentar formular uma frase, mas sempre falhara. Ela soltou um suspiro e olhou para a parede.

Peter poderia deixá-la terminar de limpar seus ferimentos, ou somente se levantar e ir embora do apartamento. Mas ele queria terminar aquilo, já fazia dias que tentava tal movimento e sempre alguma coisa os atrapalhava. Então, ela apenas mandou tudo se foder. Jogou tudo para os ares, e que se danasse se Caroline abrisse a porta daquele quarto.

O Parker apenas se inclinou para frente, encaixou as próprias mãos no rosto de Grace e a beijou. A garota não soube o que fazer no momento em que ocorrera o movimento, ela havia apenas fechado os olhos. Peter deslizou a língua para dentro de seus lábios e a Barnes se apoiou nos joelhos deixando-se levar pelo momento. Algo dentro dentro de si, se mexeu, mas não era como no dia da ponte. Era uma sensação boa - mas ao mesmo tempo não era as tão famosas borboletas no estômago, era como se as sombras estivessem comemorando pelo beijo. E Grace não duvidou que quem liderava a comemoração fosse Tissila.

Ele havia descido uma mão até sua cintura apenas para a puxar para cima de si. Grace colocou uma perna de cada lado do corpo de Peter e se sentou sobre as coxas, levando suas mãos até o pescoço do Parker. Ela se inclinou mais para frente, sentindo seu corpo aquecer, procurando mais contato com o corpo de Peter. O próprio garoto passou suas mãos debaixo da coxa de Grace e a puxou frente, mas em seguida soltou um grunhido. Ela se afastou e olhou para os machucados em seu abdômen, sua barriga e seios haviam raspado ali fazendo doer. A Barnes se afastou.

- Desculpe - A garota engoliu em seco, sua respiração com dificuldade para voltar ao normal.

- Eu quem te puxei, tudo bem - Peter também respirava lento e pesado, mas ela não soube dizer se seria pelo beijo ou pela dor.

- Eu vou... Continuar a limpar seus machucados. - Grace suspirou quando se virou de costas para resgatar a gaze que, em algum momento, fora parar no chão.

Mordeu o lábio se amaldiçoando. Essa era a parte que ela odiava após um beijo, nunca sabia o que fazer após ou falar. Mas também nunca perguntara para ninguém se acontecia só com ela tal coisa.

Peter respirou forte quando o pano tocou de novo o machucado mas ficará em silêncio, mesmo que seja olhar pesasse sobre Grace e não houvesse desviado um minuto se quer. Então, ela parou os movimentos com a mão quando reparou nas sombras saindo dela. Juntou as sobrancelhas e Peter seguiu seu olhar, apenas para enxergarem as sombras passando de dentro para fora dos machucados - como se estivessem dando alguns pontos. E logo depois não existisse nem ao menos uma cicatriz no lugar das gotículas de sangue borradas ali. O Parker passou sua mão ali, ainda testando.

- Não sabia que curava - Peter devolveu sua fala de mais cedo.

- Sinceramente? - Grace finalmente o olhou, - Nem eu. - Piscou - Vou guardar... as coisas.

Ela indicara os materiais que usara minutos atrás. E se levantou recolhendo, mesmo que o banheiro fosse uma suíte ao quarto da Barnes, Peter sabia que ela fugiria para a cozinha ou sala logo após sair do cômodo. Então, ele se levantou da cama - aproveitando não estar mais machucado - se enfiou na frente da garota e tomou a caixinha de suas mãos.

- Pode fazer isso depois, se quiser até mesmo te ajudo. Mas agora... - Peter deixou a caixa no chão e depois se levantou.

- O quê...

Ele juntara seus lábios novamente. O Parker precisava apenas disso naquele momento, apenas do beijo de Grace. Se separou dela apenas para dizer uma última coisa.

- Pode me ignorar depois como estava fazendo agora mesmo, mas agora me deixa beijar você, pelo amor de Deus, Grace.

A garota ficara surpresa no início, apenas o olhando enquanto ele esperava a porra da confirmação. Depois sorriu, e ela mesma puxou Peter levando uma mão a sua nuca. O Parker suspirou, aliviado e circulou sua cintura com o próprio braço e caminhou até a cama de Grace. A garota soltou um grito quando suas pernas bateram na cama e ela caiu para trás, mas Peter ainda a segurava e riu de sua reação.

- Cala a boca - Desferira um tapa em seu braço.

O Parker levou uma braço para o colchão da cama e se apoiou ali, depositou um selinho na boca de Grace diversas vezes enquanto a abaixava para se deitar. Até que depois passaram de selinhos para beijos longos e demorados, e após para cócegas - da parte de Peter - e risadas.

Depois apenas ficaram deitados abraçados um ao outro, até que Grace adormecera. Sem ao menos perceber que sua dor de cabeça havia ido embora e seu humor melhorado por completo. Era como se fossem dias diferentes, porque sempre seria assim. Peter Parker sempre faria seu dia mais feliz, não importasse quantas vezes havia chorado no dia ou o que havia acontecido. Ele conseguia fazer tal coisa, quando ninguém mais conseguia. E Grace o amava por isso.


🕸️.°• 𝐏𝐄𝐐𝐔𝐄𝐍𝐎 𝐄𝐒𝐏𝐀Ç𝐎 𝐃𝐀 𝐀𝐔𝐓𝐎𝐑𝐀

∘⋅⋆ ❛ one ▬ oi oi, esse capítulo teve de tudo pelo jeito. Depressão e afins, mas também momentos fofos e felizes.

∘⋅⋆ ❛ two ▬ o que acharam do
capítulo?

∘⋅⋆ ❛ three ▬ até semana que vem🕸️🕷️

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