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𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 : 𝟎𝟏

Satoru Gojo era definitivamente o orgulho da sociedade ômega. Ele havia conquistado a fama e o sucesso por sua beleza exuberante, encantando a todos com seu charme e elegância nas passarelas desde muito novo. Além disso, fazer parte de uma linhagem nobre de ômegas lúpus, extremamente raros e exclusivos, também tinha suas vantagens quando se tratava de uma boa reputação.

Olhando assim, a vida de uma figura nacionalmente famosa realmente parecia ser mais fácil do que qualquer outra. Sério, apenas ter o trabalho de escolher uma pose adequada para tirar fotos e desfilar por um tapete idiota enquanto te tratam como uma verdadeira madame? Moleza. Era exatamente isso que eu pensava enquanto assinava o contrato estendido na mesa de vidro em minha frente.

─ Suponho que esse seja o último, você já está pronta para começar! - Utahime me entrega o melhor dos sorrisos, animada pela oportunidade de ouro que eu havia recebido ─ E nos perdoe mais uma vez por ser tão de repente, o fotógrafo responsável desistiu do cargo em cima da hora.

─ Sem problemas, você sabe que faço tudo por você! ─ eu devolvo a expressão amigável, repousando a caneta ao lado do papel. Era uma honra estar trabalhando ao lado da minha amiga de longa data, então eu também não poderia reclamar, de qualquer maneira.

─ Então, como agradecimento por isso, que tal se a gente sair para beber alguma coisa depois do trabalho?

─ Ótimo, eu gosto dessa ideia também!

Após concordar prontamente, eu me afasto para retirar a máquina fotográfica da minha bolsa, colocando o cordão do aparelho no pescoço logo em seguida.

Apesar de não gostar de fechar acordos com grandes empresas, eu ainda continuava sendo conhecida pela habilidade de capturar a essência das pessoas através da lente e transmitir a emoção necessária para que o público alvo pudesse se interessar pela arte - o que eu particularmente achava uma opinião bem exagerada sobre minha pessoa.

Portanto, não poderia recusar a oferta de um projeto fotográfico exclusivo para a capa de uma revista renomada, que segundo Utahime, seria a alavanca perfeita para elevar a minha carreira, esta que já seguia um rumo bem decente dada as atuais circunstâncias problemáticas.

─ No entanto, eu ainda estou um pouco preocupada... Você vai mesmo ficar bem aqui? ─ a expressão de aflição era evidente no rosto de Utahime, e ela realmente ainda não concordava cem por cento com isso.

Conseguia entender perfeitamente o motivo para toda a preocupação, afinal, um alfa só seria reconhecido e respeitado na sociedade se fosse casado com um ômega. Logo, antes que esse evento fosse concretizado, ele seria tratado como uma sombra e ofuscado pela autoridade que deveria ser dele por direito.

Eu sou uma alfa, e não poderia arriscar ficar em um ambiente como aquele, e muito menos participar como um membro ativo da equipe. Contudo, ao longo de tantos anos se escondendo dessa classificação, fui capaz de aprender alguns truques, como por exemplo, controlar os instintos para realizar trabalhos como uma beta comum. E na realidade, eram poucos os que realmente sabiam da minha verdadeira identidade, o que também me ajudava a sobreviver.

─ Claro, não se incomode muito comigo, eu sei me cuidar ─ tento a tranquilizar, caminhando para fora da sala em direção ao estúdio. No fundo, nós duas sabíamos que tudo ficaria bem, eu não era nenhuma novata nisso para perder minha postura com facilidade.

─ Tudo bem, só tome cuidado ─ Utahime ainda insiste, fazendo com que eu apenas concorde repetidamente com a cabeça para que ela tivesse certeza antes de entrar no novo cenário.

Naquele instante, nós nos despedimos e seguimos para nossas respectivas posições, distanciando-se uma da outra. Ao começar a ajustar a lente da câmera, aproveitei para observar o ambiente e me familiarizar com o espaço ao meu redor.


[. . .]


Depois de um tempo para um pequeno planejamento, já estava tudo programado. O painel estava montado para o ensaio, as luzes estavam direcionadas corretamente e o único elemento que faltava naquele belo cenário era a estrela principal, Satoru. Ele tinha o péssimo hábito de sempre chegar após o horário marcado, e sua pontualidade deixava muito a desejar.

No entanto, eu ainda lhe dava um desconto, considerando que as maquiadoras também poderiam ter se atrasado. Em suma, esses figurões sempre dão um jeito de se esquivar da culpa, de qualquer forma, então não é como se eu fosse arrumar uma confusão por causa desse detalhe.

Enquanto continuo distraída em minha nova tarefa, consigo perceber uma movimentação estranha de canto de olho. Não, não era apenas uma movimentação. Um cheiro. Um cheiro extremamente forte e cítrico de morango preenchia todo o ambiente. Sem dúvida nenhuma, aquele era o cheiro de um ômega, e pelo meu presente conhecimento, ele estava no cio.

Não parecia que mais alguém tinha notado, já que a maior parte da equipe era composta por betas e eles realmente estavam tranquilos diante disso, completamente diferente de mim, que sentia aquele aroma impregnar cada vez mais em meus sentidos extremamente aguçados.

Procurando nas memórias familiares, eu conhecia apenas um ômega que era capaz de exalar especificamente o cheiro de morango: Utahime. Mas afinal, por que ela não havia me contado sobre o cio antes? Vou considerar que talvez nem mesmo ela sabia que isso poderia acontecer no meio de tantas pessoas.

Com uma certa urgência, ergo a cabeça e procuro a minha amiga entre as diversas figuras que continuavam circulando livremente pelo espaço. Como esperado, Utahime estava encolhida em um canto, com algumas ajudantes a fazendo companhia para que ela pudesse se sentir melhor.

Se elas se encontravam tão perto assim, também conseguiam sentir a mesma coisa que eu, portanto, a ação mais sensata a se fazer no momento era tirar ela daquele lugar o mais rápido possível para evitar futuras complicações.

─ Tudo certo, eu cuido dela ─ logo aviso as mulheres, que se afastam assim que percebem a sua aproximação, sabendo que eu era a colega de trabalho mais próxima.

Tendo espaço para agir, rapidamente seguro Utahime em meus braços para transportá-la em segurança e começo a correr pelo corredor principal, traçando o caminho de volta sem me importar com qualquer impressão que ficaria na visão de algum possível espectador.

O peso não era um problema aparente, afinal, eu ainda tinha força suficiente para levantar alguns quilos sozinha. Sabendo disso, sinto Utahime segurar firmemente em meu pescoço para se apoiar, respirando pesado enquanto o suor frio continua escorrendo pela pele pálida.

─ [Nome], tá doendo ─ ela choraminga, apertando os braços ainda mais, como um pedido desesperado de socorro.

─ Eu sei. Você vai ficar tudo bem, aguenta firme ─ eu digo isso mais para mim mesma, tentando não me deixar levar pelo instinto iminente de atacá-la, o que se mostrava ser uma tarefa extremamente difícil.

Nós logo chegamos à mesma sala em que estávamos assinando os documentos anteriormente, pois era o único lugar apropriado que eu conhecia naquele enorme prédio. Ao entrar, consigo fechar a porta e me acomodar junto à Utahime em um dos sofás disponíveis, com grande receio de tirá-la de meus braços e piorar a situação.

Como aquilo havia sido inesperado e Utahime não tinha nenhum inibidor consigo, eu começo a liberar meus próprios feromônios para disfarçar o aroma inebriante dela, que poderia ser bem mais perigoso do que o meu devido ao estado em que ela se encontrava no momento. A parte boa é que eles também eram capazes de acalmar um ômega devidamente, como uma espécie de analgésico, e isso era bastante útil em certos períodos.

─ Ei, você precisa relaxar.

Meu pedido foi completamente em vão, pois eu já sabia que ela não conseguiria fazê-lo. Entrar no cio no local de trabalho sem nenhuma medida preventiva para ajudar não era exatamente um ponto muito tranquilizador. Com isso, eu rapidamente penso em algo que poderia funcionar diante dessa emergência: usar minha voz de comando.

Realmente me sentia muito culpada por ter que fazer uma coisa assim, mas não existia nenhuma opção melhor para resolver o problema enquanto aquele frágil corpo ainda se contorcia de dor.

Se ela continuasse desesperada daquela maneira, liberando ferozmente os feromônios sem nenhuma restrição, iria atrair outras pessoas e eu consequentemente também perderia o controle no processo, visto que os feromônios de um ômega podem ser excessivamente cruéis para alfas, até mesmo os mais controlados.

─ Utahime, pare de se mexer! ─ minha voz sai mais autoritária do que o normal, fazendo Utahime apertar os olhos pelo aparente incômodo em sua orelha sensível e rapidamente se encolher em meus braços.

Logo, o sentimento de agitação é substituído pelo medo instintivo de sua natureza, o que me dá a oportunidade perfeita para a camuflar. No entanto, quando meu olhar se volta para cima novamente, eu percebo que talvez a ordem tivesse sido exercida um pouco tarde demais.

Um conhecido sujeito de cabelos platinados já havia sentido o cheiro antes que eu pudesse interferir nisso. Ele também encontrava-se parado, apoiado no batente da porta aberta enquanto observava a cena com os olhos atentos.

─ Céus, veja só, o que temos aqui? ─ Gojo exibe um sorriso maldoso, tirando o óculos do rosto com um ar de superioridade.

Apenas essa pequena ação foi o suficiente para que eu apertasse o maxilar e recuasse. Francamente, ele era tão esnobe e arrogante! E no momento, também era um esnobe arrogante que havia encontrado uma espécie proibida em um golpe de sorte.

─ Era só o que me faltava... ─ resmungo exasperada, respirando fundo ao olhar para as orbes azul celeste que me encaravam com uma forte intensidade ─ O que você quer para ficar de boca fechada?

Essa não era a primeira vez que me via nessa situação, já que descobrir alfas não era algo comum no mundo atual. A escassez de pessoas verdadeiramente influentes e poderosas que tinham essa natureza era notável, e muitas vezes estas se encontravam casadas com seus devidos ômegas, podendo demonstrar a sua autoridade livremente.

Então, geralmente, quando se deparavam com um alfa solteiro como eu, as pessoas tentavam abordá-los com pedidos de dinheiro, trabalhos gratuitos ou favores, esperando se beneficiar de alguma forma da vulnerabilidade. Eu só não tinha certeza se essa estratégia funcionaria com Gojo, visto que o modelo já possuía tudo o que desejava e mais um pouco.

Ele desiste da pose confiante e parece pensar por um momento, alternando o olhar entre mim e Utahime. Os segundos seguintes parecem não passar enquanto o silêncio se estende, deixando a energia da pequena sala muito desconfortável, sendo possível escutar apenas o som da respiração ofegante da ômega que ainda sofria pela inquietação.

Mas logo se ouve um estalar de dedos, e Satoru foca a atenção na conversa novamente, apontado diretamente para a minha pessoa.

─ Você.

─ Eu?! ─ minhas sobrancelhas se contraem em confusão, tentando decifrar o que aquilo significava.

─ Quero que você faça o que está fazendo agora no meu cio.

─ Eu ainda não estou te entendendo? ─ inclino a cabeça, deixando uma risada fraca escapar por achar que o platinado estava brincando.

─ Aqueles malditos supressores me deixam fraco, e eu odeio me sentir fraco durante essa fase ─ ele faz uma careta de desgosto, como se estivesse se lembrando perfeitamente disso - Então, o que me diz? Não deve ser um problema para você, não é?

Eu imediatamente me surpreendo com esse pedido peculiar, pois Satoru tinha o poder de ter quem quisesse, quando e onde quisesse, dadas suas conexões e posição privilegiada. Portanto, por que ele escolheria justamente uma alfa aleatória que acabara de encontrar? Diversas hipóteses do motivo passavam pela minha cabeça, e nenhuma delas era agradável o suficiente para que eu pudesse cogitar entrar nisso.

─ Não, eu nem te conheço direito!

─ E quem disse que nós precisamos dessas formalidades? Veja isso apenas como uma relação profissional, um trabalho extra ─ ele pontua, se aproximando do meu ouvido para sussurrar as próximas palavras com um tom de zombaria ─ Ou prefere que seu pequeno segredo seja exposto?

─ Sabe que nunca vou conseguir te satisfazer, certo? Eu sou uma alfa comum ─ um sorriso presunçoso atravessa meus lábios, um reflexo confiante de que ele desistiria da ideia se soubesse da minha classe.

─ Hmph, já é difícil encontrar um alfa, imagine encontrar um lúpus que seja capaz de me satisfazer de verdade ─ ele se afasta, sorrindo para mim da mesma forma enquanto me analisa como uma peça de carne no açougue ─ É, você deve servir por enquanto.

─ Desgraçado... ─ solto um rosnado insconcientemente, me sentindo extremamente irada por essa atitude.

Simplesmente não conseguia acreditar nessa palhaçada. Quem ele pensa que é para me ameaçar assim, mesmo eu podendo matá-lo apenas com um golpe? Ah, e se eu realmente pudesse fazer isso, acabaria com a raça dele antes que tivesse a chance de sair dessa sala.

─ Foi ótimo conversar com você também, senhorita! ─ Gojo diz em um tom falsamente cordial e volta a olhar para baixo ─ Vamos, Utahime, eu vim te salvar ─ ele coloca o óculos de volta no rosto para procurar algo no bolso da calça, retirando uma cartela de comprimidos de lá ─ Você não está chorando, está?

─ Não tô chorando! ─ ela franze o cenho e se esconde daquela presença, afundando o rosto na curva do meu pescoço, o que faz a voz dela sair um pouco abafada em seguida ─ E seja mais educado aqui!

O platinado solta uma risada pela reação da amiga e não hesita em jogar o medicamento para mim, dando as costas para ir embora com o intuito de evitar que o cheiro também o afetasse de alguma maneira. Independente de tudo, feromônios ainda podiam desregular ciclos e alterar aspectos lupinos temporariamente, então isso era compreensível.

─ Dê isso a ela antes que piore.

E assim, ele apenas sai pela porta da sala e a fecha com cuidado, deixando nós duas sozinhas novamente. Após esse momento, Utahime se afasta um pouco para pegar o inibidor que eu estendo para ela, aparentando estar completamente envergonhada por não conseguir encarar o meu olhar implacável, que ainda estava fixado na porta fechada.

─ Sinto muito, [Nome].

─ Está tudo bem, não se culpe por isso ─ afago gentilmente as suas costas, em uma tentativa de acalmá-la. Realmente não estava brava com ela, o alvo do meu sentimento atual era um completamente diferente ─ Poderia ter sido bem pior, não tinha como você adivinhar.

Eu também tentava me enganar com isso, mas a verdade é que não, não poderia ter sido pior. Esse era o ápice do desastre, e eu sabia disso melhor do que ninguém. Satoru Gojo me tinha na palma da mão e poderia destruir completamente a vida que lutei arduamente para construir apenas com um estalar de dedos, ou melhor, apenas com uma declaração pública.

Estando presa em uma inevitável armadilha, eu agora possuía todos os motivos do mundo para me sentir indignada. Afinal, não esperava que um alfa pudesse ser tão inferiorizado assim, e estava mais do que irritada com esse fato.

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