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𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 : 𝟎𝟒

Agora tinha a absoluta certeza de que confiar nas palavras de Utahime jamais deveria ser uma opção.

Ao descer do carro, meu coração estava acelerado, praticamente errando as batidas. Utahime era um completo desastre no volante, assim como eu previamente temia. Durante o atalho que resolvemos pegar para ter uma viagem mais rápida, ela quase colidiu com árvores ou lixeiras várias vezes no meio do caminho. Isso quando também não desviava de coisas imaginárias e freava bruscamente, precisando parar para religar o carro.

Finalmente havia entendido a pergunta preocupada que ela fez sobre colocar o cinto, pois se tornou mais do que necessário fazê-lo enquanto estávamos em movimento. Me agarrei com tanta força naquele negócio que os nós dos meus dedos ficaram brancos como papel e, quando o trajeto terminou, precisei balançar as mãos para aliviar a dor causada pelo forte aperto.

─ Então... ─ Utahime tentou dar um sorriso forçado para amenizar sua falha, me observando respirar fundo através do vidro do carro ─ Talvez eu não seja tão boa pilotando.

─ Talvez!? ─ exclamo com um tom elevado, minha pele estava arrepiada pela adrenalina e ainda podia sentir a sensação de perigo bem evidente nos meus sensores.

─ Tá bom, eu certamente não sou boa!

─ Obrigada!

─ Mas se precisar de outra carona, pode me chamar a qualquer hora ─ ela ri nervosa e começa a afastar cuidadosamente o veículo estacionado, pronta para ir embora sem esperar uma reação minha.

─ Com esse seu senso de direção, espero não precisar nunca mais ─ resmungo para que ela pudesse ouvir antes de partir, caminhando na direção oposta após ouvir o barulho do carro se distanciar.

Eu mesma me coloquei nessa situação, mas agora não tinha mais tempo para qualquer reclamação. De certa forma, ainda me sentia grata por essa carona inesperada, pois seria graças a ela que eu não seria perseguida pelo professor Toji.

Mesmo que nós tivéssemos certa liberdade por estar na faculdade, Toji Fushiguro era o tipo de educador que ainda prezava por velhos costumes e tinha a péssima mania de ficar de marcação com quem se atrasava ou faltava por zero motivos uma aula sua. E a última coisa que gostaria de experimentar no momento era ser o principal alvo daquele cara no último período.

Meus passos apressados ecoavam pelo corredor quase vazio, enquanto eu acompanhava o horário no meu celular novamente como uma louca. Dez minutos. Dez minutos era tudo o que eu tinha para conseguir alcançar a sala que ficava nos andares superiores.

Sem elevadores seria uma tarefa praticamente impossível, mas eu não negava qualquer desafio, então usei toda a energia que me restava para subir os degraus da escada principal. O prédio se encontrava estranhamente silencioso, um aspecto incomum para o primeiro dia do retorno das férias. Eu estava me esquecendo de alguma coisa importante hoje?

Passando pela extensão do primeiro andar, uma jaqueta característica chamou a minha atenção e fui obrigada a parar pela curiosidade. O portador dela foi a primeira figura que encontrei desde que pisei aqui, e ele estava acompanhado.

Bom, acho que ainda dava para fazer uma pequena pausa para um bem maior.

─ Aoi! ─ chamo pelo seu nome, me aproximando apressadamente enquanto ele se vira para conferir a fonte do chamado.

─ [Nome]! ─ ele não hesita em me abraçar com um sorriso assim que nota a minha presença. Com tantos abraços que ele me dá quando me vê, já posso considerar essa ação praticamente um hábito ─ Como você está da noite de ontem?

─ Eu que deveria estar te perguntando isso ─ o encaro séria, afrouxando o aperto do abraço e me distanciando lentamente para ficar de frente a ele ─ Você já não estava tão bem quando cheguei, e acredito que não parou só naqueles quatro copos.

─ Não esquenta, eu me recupero rapidinho ─ ele sorriu e dispensou minha apreensão com um gesto tranquilizador de sua mão ─ Mas ontem não consegui conversar com você direito quando nos separamos, o que aconteceu pelo sumiço? Poderia ter pelo menos me avisado por mensagem. Esqueceu que tem amigos que se preocupam?

─ Primeiramente que se o amigo for você, eu gostaria de esquecer sim ─ brinquei.

─ Nossa, eu sou tão ruim assim? ─ Aoi faz uma expressão ofendida, colocando a mão no peito para interpretar seu pequeno drama ─ Me esfaqueia logo que dói menos. Pensei que a gente fosse parceiro.

─ Não me leve a sério, Aoi ─ admiti, dando uma pequena risada ─ Não sou dessas que abandona um amigo quando as coisas pioram, mas estava bem ocupada. E meu celular não tá sendo muito útil nos últimos dias.

─ Percebi, você sequer viu nossos avisos e nem apareceu na festa da casa do Toge. A galera sentiu a sua falta.

─ Teve festa na casa do Toge!?

─ Sim?! Caralho, [Nome]. Você não vê as mensagens do grupo? ─ ele segura e balança o próprio telefone, arqueando a sobrancelha.

Rapidamente peguei o celular na bolsa, completamente incrédula. Assim que abri o aplicativo de conversas, fiquei perplexa ao descobrir que o nosso grupo de amigos foi silenciado por tempo permanente.

Não conseguia me lembrar exatamente o momento em que tomei essa prévia decisão, mas as notificações ali presentes eram irrefutáveis e apontavam para mais de duas mil mensagens não lidas, prova de que eu tinha estado inteiramente desconectada.

─ Foram muitas, não consegui acompanhar ─ murmuro para mim mesma ao entrar na conversa e deslizar as mensagens com agilidade, algumas que até me marcavam. O que eu estava fazendo, afinal?

─ Como conseguiu fazer isso? É insano. Eu mesmo não aguento ficar nem alguns minutos sem perturbar alguém com mensagens, e você foi capaz de ignorar todas elas nesse intervalo.

─ Ainda me pergunto a mesma coisa ─ suspiro, guardando o celular e desviando o meu olhar para o acompanhante de Aoi que estava presente ─ Quem é ele?

─ Se olhasse as mensagens, saberia ─ o moreno provoca, murchando em seguida ao reparar o meu semblante de reprovação ─ É o calouro do curso de Medicina Veterinária, me pediram pra guiar ele já que sou o veterano.

─ Meu nome é Itadori, é um prazer te conhecer ─ o garoto imediatamente estende a mão para mim com um sorriso animado e eu a aperto, concordando com sua declaração ─ Espero que a gente possa ter bons estudos juntos.

─ Sou a [Nome]. E você até que é simpático, gostei de você. É diferente de certas pessoas ─ Aoi desvia o olhar quando percebe como eu continuava o encarando, mas logo fica em alerta quando sente meu braço passar ao redor de seus ombros ─ Cobre dele se tiver dúvidas durante o curso, ele é o maior especialista quando se trata de animais.

─ Na verdade estou bastante agradecido por isso, meu irmão é o completo oposto e sempre perdia a paciência quando ia me explicar ─ ele confessa, coçando a nuca.

─ Irmão... irmão?

Pela forma como se expressou, dei por certo que o irmão dele fazia parte do mesmo curso em que eles estavam. No entanto, ao pensar em todos os meus colegas, nenhum deles se parecia com ele em nenhum aspecto e nenhum deles havia mencionado família.

Esse pequeno detalhe ficou martelando na minha cabeça por um instante, enquanto eu tentava descobrir quem poderia ser o irmão do garoto. Mas antes que eu pudesse formular qualquer suposição, Choso interrompeu meus pensamentos ao surgir no final do corredor, carregando uma mochila na mão e arrastando-a no chão, como de costume, demonstrando total desinteresse enquanto se aproximava de nós.

─ Hey mano, te falei para pegar seu boné antes de sair ─ ele nos ignorou e apenas se direcionou para Itadori, retirando o objeto que citou da bolsa para estender a ele.

Itadori, no entanto, logo dispensou aquilo com um rápido aceno de cabeça: ─ Não precisava fazer todo o esforço de vir me entregar, eu deixei o boné em casa simplesmente porque não ia usar hoje.

─ Claro que precisava, eu preciso cuidar do meu irmãozinho. Além do mais, achei que ficaria com vergonha do seu cabelo chamativo no primeiro dia ou algo assim.

Sério, esse cara? Nem nos meus pensamentos mais distorcidos eu iria acertar que Choso seria irmão de Itadori, e ainda por cima o mais velho. Ele nunca se interessou em nos informar sobre isso, e também não contou que seu irmão estaria vindo para o mesmo campus que ele.

─ Olha que lindo, chegando atrasado também? ─ zombei, colocando a mão na cintura enquanto levantava a sobrancelha em diversão.

Parando para pensar melhor, todos nós ali estávamos atrasados. As aulas da manhã começavam até mais cedo para alguns, inclusive. Entretanto, eles pareciam tranquilos demais para quem estava prestes a perder uma aula. Olhei novamente para Itadori como uma segunda checagem e as peças finalmente se encaixaram. Claro, a recepção dos calouros! Eu havia me esquecido completamente desse evento, e não estava nem perto de me lembrar também.

Os calouros geralmente eram apresentados depois do fim das aulas, mas parece que Aoi teve a sorte de encontrar o dele antes disso. Além de tudo, os professores davam um pequeno desconto nesse dia como uma forma de adaptação. Excelente momento para se ter Nanami como primeiro professor.

─ Nem comece com o seu julgamento, faça o favor. Nosso professor resolveu faltar em cima da hora, então estou livre agora ─ ele se explicou, colocando o boné na própria cabeça já que seu irmão não o vestiria.

─ E por acaso não tá faltando nada não, Choso?

─ Faltando? Tipo o que?

─ Vrum, vrum! ─ imito o gesto de um volante como se estivesse dirigindo um carro.

─ Ah, merda! ─ ele exclama, e logo a vermelhidão involuntariamente toma conta de seu rosto ─ Eu me empolguei com o boné e acabei nem percebendo. Onde ele tá? Espero que não esteja longe.

─ No estacionamento perto da casa de Utahime. Sorte sua que o encontrei antes de estar tarde de novo, de nada.

─ Foi mal, você sempre o encontra por mim e eu continuo esquecendo ─ ele passa a mão pelo rosto e cruza os braços, pensando sobre algo por um momento ─ E aquele estacionamento fica realmente muito longe como eu temia... Acho que vou só pedir pro Geto trazer ela.

─ Geto? ─ indaguei com curiosidade. Geto não era novo na minha agenda, mas também não estava conseguindo reconhecê-lo muito bem nas minhas memórias.

─ Sim, você não o conhece? ─ nego com a cabeça em resposta e Choso me encara com certa descrença ─ É aquele garoto certinho que sempre anda com uma prancheta por aí e que até dizem ser o filho do prefeito.

─ Essa descrição não me é estranha... ─ murmurei, tentando fisgar alguma ideia dele na minha mente ─ Se não me engano, eu peguei uma cadeira com ele no ano passado. Nunca chegamos a nos falar realmente porque troquei antes da segunda semana, mas provavelmente a gente vai pegar alguma igual de novo nessa etapa.

─ Tá falando sério? ─ ele me entrega um sorriso zombeteiro, como se soubesse de algo que eu não tinha conhecimento ─ Boa sorte para você, nesse caso.

─ Por quê? O que tem de tão ruim nele?

─ Além de ser o mais fiel escudeiro do Satoru Gojo? Eu diria que você vai ter uma convivência difícil se forem fazer algum grupo, o temperamento do Geto é... ─ ele hesita, incerto se deveria expressar seus verdadeiros pensamentos no momento ─ Diferente. E ele não costuma ser tão comunicativo com desconhecidos, embora seja bastante popular.

─ Ótimo! Quanto menos comunicativo, melhor ─ digo apontando para a tela do celular para relembrar as diversas mensagens que recebi, dando uma olhada para Aoi que permanecia quieto ─ Acho que já tenho o suficiente de pessoas que são comunicativas demais.

─ Agradeça que ainda estávamos de férias, vai ficar pior daqui pra frente ─ Aoi sorriu com malícia, e não evitei em revirar os olhos. Quando ele afirmava que as coisas ficariam piores, podia ter certeza de que ele seria o responsável por fazer acontecer.

─ Não quero nem pensar nisso, vou sair daquele grupo assim que ultrapassar o limite da última vez.

─ Legal, pois fiquem conversando aí, mas eu vou nessa ─ Choso nos interrompe antes que Aoi faça alguma gracinha para me rebater ─ Meu querido carro não pode ficar esperando sozinho naquele estacionamento.

─ Bem, eu já estou indo me encontrar com o Geto daqui a pouco. Posso entregar a chave para que ele busque o carro, se quiser ─ Aoi disse, estendendo a palma da mão para o amigo a espera do objeto.

─ Pois é... ─ Choso coça a nuca, olhando para os lados em busca de uma resposta adequada.

─ Não me diga que você também esqueceu a chave?! ─ exclamei com desconfiança, estreitando os olhos para ele.

─ Em minha defesa, eu me distraí com a mensagem do professor e saí do carro sem ver ─ ele declarou, se movendo para conferir o bolso da mochila e da calça com uma expressão despreocupada ─ Pensei que estaria no meu bolso.

Meu Deus, ele era realmente maluco em muitos sentidos. Eu particularmente nunca deixaria meu carro destrancado em um estacionamento tão movimentado como aquele para começo de conversa. E ainda com a chave dentro? De todas as vezes que isso aconteceu, esse com certeza havia sido o pior cenário.

─ Não precisa se defender para mim, não é o meu carro que foi abandonado ─ impliquei, cruzando os braços.

─ Aham, tanto faz ─ e novamente, ele apenas deu de ombros e se virou para voltar por onde chegou, fazendo nossa conversa se encerrar rápido demais como sempre.

Suspirei desacreditada com aquele comportamento, mas eventualmente um sorriso se formou nos meus lábios. Embora fosse trágico passar por esse debate quase diariamente, ele ainda era uma pessoa interessante de se manter por perto e eu não me importava com as coisas que ele perdia, desde que eu ou alguém conseguisse encontrar para ele no final.

─ [Nome], pode me passar seu número? ─ Itadori me cutuca de repente, em um momento em que nem mesmo eu havia percebido que estava desligada dos arredores ─ Queria continuar mantendo contato com você. Aoi não parou de falar de você no nosso trajeto inteiro, e eu gostaria muito de ser seu amigo se fosse possível.

Consegui logo perceber que sua sinceridade era genuína, e ele também parecia ser um bom menino se essa pequena interação que tivemos for verdadeira. Estou mais do que agradecida que ele ouviu coisas sobre mim de Aoi primeiro antes que soubesse dos rumores, já que ele é alguém que eu realmente conheço e sabe me definir muito melhor do que qualquer rumor idiota que corre por esse campus.

─ Sem problemas, anota aí ─ desbloqueei a tela do meu telefone e logo mostrei o número para ele, para que fosse possível salvar na lista de contatos.

─ Apenas não dê muita moral para ela, senão você vai acabar se arrependendo ─ Aoi sussurrou para o rosado em um tom propositalmente mais alto para que eu escutasse.

─ Não vai na onda do meu fã não, garoto ─ avisei, entrando no jogo ao entender sua intenção de provocação ─ Eu não sou tão má, beleza? Pode parar de queimar meu filme, Aoi.

─ Só estou te devolvendo o troco ─ ele sorri divertido, colocando as mãos para cima em sinal de inocência.

─ Eu estava muito bem sem o troco, e não falo com amigos que guardam rancor assim. Não faz bem pra saúde, sabe ─ brinquei, devolvendo seu falso sentimento.

─ Mas você sabe que ainda te amo, certo? Da próxima te trago até uma camiseta para autografar pra mim, vai ficar lindo na minha parede.

─ Se não sair vendendo essa camiseta pela internet, eu assino com prazer.

Ele soltou uma risada e me deu um leve tapinha nas costas: ─ Pode deixar.

Enquanto continuávamos com o diálogo, Itadori direcionou o olhar para o seu relógio de pulso. Um pequeno estalo de dedos foi tudo o que foi preciso para dispersar a atenção de Aoi e fazê-lo mudar de expressão para uma preocupada quando conferiu o mesmo relógio.

─ Céus, estamos mesmo atrasados para nos encontrar com o resto do pessoal ─ Aoi se vira para falar com Itadori, mas sua voz lentamente se perde em meio os meus pensamentos.

Atrasado.

Chequei meu celular pela última vez e me amaldiçoei de todas as maneiras possíveis. Quinze minutos. Haviam se passado quinze minutos, e era muito provável que eu não conseguiria não ser notada se entrasse na sala de aula nesse horário.

Eu certamente já não tinha mais salvação. Havia perdido a pontualidade da primeira aula do último semestre, e no momento me bastava apenas chorar e me adiantar para a segunda.

Estaria muito mais tranquila se fosse uma matéria que não tivesse um grande peso, mas Teoria da Arte era algo ruim para se perder e para ser marcada quando quase todos os meus colegas não davam a mínima ajuda com anotações e nem me ajudavam marcando meu nome na lista de presença.

O único ponto positivo disso tudo era que pelo menos eu ainda teria a chance de conhecer o meu calouro, então meu dia não estava totalmente arruinado. Só espero que Toji nem se lembre de mim para que aquela marcação se torne real, no fim das contas. 

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