EMILY SAINZ
📍Madrid, Espanha
" Carlos, eu posso explicar... "

O som alto tomou conta dos meus ouvidos, como as luzes piscando sem parar tomou conta dos meus olhos. Eu acabei por aceitar o convite da Rosalina de vir para uma boate. No começo, achei estranho esse convite vindo dela, mas depois que descobri que foi por causa que ela e Charles terminaram. Não, queria deixar ela sozinha, e também eu estava com saudades de curtir um pouco.

Ajeiteii meu vestido que estava subindo a cada passo que eu dava. Rosalina pegou bebida em menos de cinco minutos que estávamos aqui.

— Hoje foda-se Charles! Eu odeio aquele idiota! — Rosalina gritou por cima da música alta — 

Solto uma risada, negando.

— Sem pilotos hoje! Vamos aproveitar! — Falei com um sorriso, pegando meu copo de bebida do balcão e puxando-a comigo para a pista de dança —

Dançar sempre um jeito de resolver os problemas e a bebida era um jeito de refúgio. Enquanto dançávamos juntas ao decorrer de cada música, o meu sorriso só aumentava no rosto.

Estava sendo bom aproveitar, está difícil eu beber até não querer mais. O local ficando cada vez mais lotado de pessoas. 

— Talvez eu tenha que descansar um pouco. Estou desacostumada. — Comento perto da orelha de Rosalina, para que ela conseguisse me escutar — 

Não sabia quanto tempo ficamos dançando, mas meus pés estavam pedindo um pouco de descanso. O que um par de saltos tinha de bonito, também tinha de deixar os pés doloridos.

— Tá bom, eu vou ficar dançando mais um pouco, logo encontro você, Lily. — Ela avisou, balanço a cabeça — 

Dou as costas para a pista de dança, me afastando do lugar lotado. Caminho até o bar, me sentando de frente ao balcão e pedi uma bebida.

— Emily, que bom te rever. — Uma voz masculina que eu conhecia, me fez virar o rosto para ver de onde vinha a voz — 

— Mason! Você por aqui. — Respondi, com um sorriso nos lábios — 

— Bom, estou a trabalho mas sempre tem jeito de aproveitar. — Ele falou, retribuindo o sorriso — 

— Entendo, ultimamente mal tenho tempo para mim. — Comento, girando o copo em cima do balcão — 

— Mas você está mais linda, desde a última vez que te encontrei. — Ele elogiou, solto um risinho — 

— Obrigada, Mason. Você também não está nada mal — Disse, rindo — 

— Ah, que isso, Emily. Eu estou um príncipe, isso sim. — Ele brincou, balanço a cabeça — 

— Que convencido, credo. — Faço uma careta, olhando diretamente para ele — 

— Estou falando fatos. — Ele afirmou, bebo um gole da minha bebida — 

— Claro, claro, você é um galã, né. — Brinco, olhando para frente — 

— isso é você quem está dizendo, devo um obrigado? — Mason perguntou, virei meu rosto para olhar nos olhos dele — 

— Talvez, mas você quem sabe, como agradecer. — Respondi em um tom divertido, ele riu — 

Mason se aproximou um pouco mais de mim. E por um momento me senti tão mal, por saber o que estava prestes a acontecer. 

Lando. Lando. Lando.

A minha cabeça gritava o nome dele nesse momento. Mas eu não estaria fazendo nada demais, nunca falamos de exclusividade entre nós. 

E porra, era o Mason Mount na minha frente. Quando irá aparecer uma oportunidade assim novamente. 

Quebrei o pouco centímetros de nossos rostos, e selei nossos lábios em um beijo ardente e desejado. Sinto a mão dele agarrar meu cabelos, levo minha mãos até a nuca dele aprofundando mais o nosso beijo.

Puta que pariu, que homem. 

Até o beijo dele era bom. Mason era um pedaço de mal caminho.

— Emily, você não sabe como você me deixa louco. — Ele murmurou entre meus lábios — 

Era tão bom escutar isso. Alimentava meu ego.

— Sabe, você beija bem pra caralho. — Argumentei, afastando-me um pouco para olhá-lo — 

Mason riu, limpando os cantos da boca dele.

— Eu sou bom pra caralho, em muitos outras coisas, Emy. — Ele se inclinou para sussurrar em minha orelha, fazendo um arrepio percorrer minha espinha — 

— É mesmo. Quem sabe algum dia você não me mostra, Mase. — Provoquei ele no mesmo tom — 

— Vai ser um prazer imenso, Sainz. — Ele falou em um tom malicioso, me encarando  — 

— Esses nossos encontros, não propositais, sempre rendem. — Brinco, mexendo no pingente do colar dele — E eu gosto como eles terminam.

Voltei meu olhar nos olhos dele que brilhavam com um intensidade profunda.

— Bom, se você quiser terminamos do jeito que você quiser, Emily. — Ele disse, olhando-me fixamente — 

Mordi o lábio inferior, sentindo a vontade de beijá-lo novamente crescer.

— Então pensarei sobre isso, Mase. — Respondi, sorrindo — 

Ele intercalou o olhar entre meus olhos e boca, passando a língua pelos lábios.

Mason selou nossos lábios em mais um beijo, que estava cada vez mais intenso.

— Emily… — Ouço meu nome ser chamado por Rosalina, separo-me rapidamente de Mason e olho para ela que estava com os olhos arregalados em minha direção — 

— Rosa, eu pensei que ficaria mais tempo na pista de dança.— Argumentei, levantando-me da cadeira — 

— Eu me cansei, mas percebi que você está bem acompanhada. — Ela falou, com um sorriso aparecendo nos lábios enquanto olhava de Mason para mim — 

É melhor apresentá-los, pelo menos por educação, e estou afim de amenizar o clima que estava pairando.

— Rosalina, esse é o Mason. — Falei com um sorriso, apresentando-os — 

Eles se cumprimentam e eu soltei um suspiro aliviada. 

— Já percebi que está bem, vou deixar vocês a sós. — Rosalina avisou, antes de desaparecer entre as pessoas novamente — 

Olho para Mason que me encarava com um sorriso sutil.

— Então você já está me apresentado para seus amigos? — Ele brincou, solto uma risada, sentando-me novamente — 

— Pelo jeito é o que parece. — Respondi no mesmo tom, tomando o líquido do meu copo todo de uma vez — 

Um certo sentimento de angústia, talvez, pairou em meu peito. Rosalina já sabia sobre mim e Lando. E ela iria me interrogar. Mas hoje pelo menos, foi um dia para esquecer isso tudo.

Eu tinha um Mason em minha frente, tenho que aproveitar e ligar o foda-se para tudo, pelo resto da noite.

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Abro os olhos com dificuldade, com a luz do sol batendo em meu rosto. Tento raciocinar um pouco, ao abrir os olhos por completo passo o olhar pelo quarto, arregalo os olhos ao ver, que esse não era o meu. Tento levantar-me mas um braço impede, olho para o lado vendo Mason, que dormia tranquilamente.

Maldito álcool.

Tiro o braço dele com cuidado a fim de não acordá-lo. Levanto-me, pegando as roupas no chão e as vestindo rapidamente.

Encaro Mason na cama ainda dormindo, os flashes de lembranças da noite anterior rondando minha cabeça.

Eu transei com ele ontem. Era um fato, já que os flash de memórias, me lembravam isso.

Caminho até a mesa de cabeceira procurando por algum papel e caneta para escrever um bilhete para ele, e consigo achar. Apenas deixei um pedido de desculpas por ter saído sem me despedir. 

Deixo o papel embaixo do celular dele. E pego minha  bolsa no chão e abro a porta do quarto, saindo o mais rápido possível.

Procuro pelo meu celular na bolsa, assim que desbloqueio percebo, quinze chamadas perdidas de Carlos, e muitas mensagem, não era diferente com Rosalina. 

Pego o primeiro táxi que vejo em direção a minha casa, se passava das dez da manhã e Carlos me mataria.

Pago o motorista e saio o mais rápido possível do carro, caminho em passos largos até a casa. E entro, já sabendo que o sermão viria a qualquer instante.

— Emily Arabella! — A voz de Carlos soou brava, engoli em seco me virando para ver ele que estava com os braços cruzados e a expressão fechada — 

— Carlos, eu posso explicar… — Tentei falar falar mais logo fui interrompida — 

— Eu estou decepcionado com você. Eu não pensei que seria capaz de fazer isso com ele, mas parece que os sentimentos do próximo realmente não importa para você, Emily. — Carlos disse em um tom sério, estendendo o celular dele em minha direção — 

Pego o celular, que estava em uma matéria de fofoca. Onde falava que eu estive com Mason na noite anterior, volto a olhar para Carlos e entrego de volta o celular a ele. 

— Você sabe que nunca tivemos algo sério, muito menos exclusividade. Então, eu ter ficado com o Mason, não tem nada a ver. — Justifico, tentando soar firme — 

Carlos passou a mão pelo cabelo.

— Lily, você não percebe, né? E tudo o que Lando fez para você? Não foi você quem me disse que ele fez um jantar para você e se declarou, você não percebe tudo o que ele fez para você, para tudo ser jogado fora em uma noite como se não tivesse significado nada, Emily. Você está fazendo a mesma coisa com Lando o que você fez com Vinicius e o Pedro. Esse seu medo de não saber lidar com esse sentimento, irá prejudicar você de ser feliz. Não falo só por Lando e sim por todos, os que foram magoados por você. — Carlos falou me olhando diretamente, senti um bolo se instalar em minha garganta — 

— Eu não sou assim… eu não tenho culpa disso tudo, Carlos — Respondi em um fio de voz, sentindo as lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto — 

Passei por ele, não deixando ele nem responder, corro até meu quarto e tranco após entrar.

Eu nunca tive culpa por eles se apaixonarem. Nunca soube lidar com esse sentimento tão forte, muito menos retribuir da mesma maneira. 

Me jogo na cama, sentindo um soluço escapar entre meus lábios.

— Lily, me escuta, eu não quis te magoar. — Carlos falou do outro lado da porta —

— Me deixa em paz, Carlos! — Exclamo alto, sentindo meu peito doer — 

Escutei apenas o barulho de passos se afastando. Nesse momento, chorei compulsivamente. 

Não era por Carlos. Não era por Lando. Não era por Mason.

Era por mim. Por me sentir um lixo de pessoa, que apenas machuca quem demonstra amor demais. Eu odiava saber que não conseguia lidar com um sentimento que crescia em meu peito.

E machucar a pessoa era o único jeito, porque eu sabia ligar com o ódio mas não com o amor. 

Nunca soube o real significado disso.

Doía e doía muito.

Talvez eu não saiba, nunca lidar com isso. 

Escuto batidas na porta. Não sabia quanto tempo tinha passado chorando e muito menos pensando nisso tudo.

— Eu não quero ver ninguém! — Disse com a voz chorona, respirando fundo — 

— Abre, filha. Temos que conversar. — Ouvir a voz de minha mãe fez um alívio tomar conta de mim — 

Levantei-me e caminho até a porta, abrindo-a e vendo minha mãe, que no mesmo momento me abraçou fortemente.

Sentindo o carinho dela fez o choro voltar a se intensificar.

— Chora. Eu estou aqui e vou cuidar de você, minha garotinha. — Ela falou fazendo carinho em meus cabelos — 

O carinho dela sendo depositado em mim, fazia tudo ser mil vezes melhor.

Talvez nunca precisei dela como nesse momento.

— Me desculpa, não queria ter feito isso com ele… — Disse com a voz baixa pelo choro, ela me apertou mais no abraço — 

— Ele vai ficar bem. Mas e você vai ficar bem? — Ela afastou-se e segurou meu rosto para que eu olhasse para ela —

— Não sei, mamãe. — Respondi, em um tom embargado desviando o olhar para o chão — 

— Filha, você tem que superar isso e resolver esses medos que não deixa você sair das sombras deles. — Ela avisou calma, voltei a olhar para ela — 

Solto um suspiro, ela limpou minhas lágrimas que escorriam.

— E você principalmente precisa colocar seu coração em ordem. — Ela falou sincera. —

Eu precisava mais do que nunca. 

Mas fugir disso tudo no momento parecia, muito mais fácil e menos doloroso.

O medo era um dos meus piores inimigos para me decidir em qualquer coisa. 

Espero que Lando me perdoe, nunca quis magoá-lo. E se ele voltar a me odiar será o melhor, nunca deveríamos ter ultrapassado essa a barreira.

Talvez outra pessoa saiba o valorizar, como eu não soube.

Vinicius e Pedro foram dois homens incríveis na minha vida, mas no momento errado.

Mason talvez era alguém que eu pudesse tentar e deixar finalmente de lado esse medo. Ele parecia perfeito.

Ou talvez eu não mereça nem a mim mesma.

001. Agora, para quem gosta do casal, eu posso falar é só ladeira abaixo. Não esperem capítulos felizes entre eles.

002. Quem diria que o Mason apareceria assim. Rosa quem terminou mas foi Emily quem aproveitou.

003. Deculpa qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da Fanfic.

004. Tik Tok Biah.jr e Instagram Autorabiah_

005. Votem e comentem muito para liberação do próximo capítulo ser rápido. Bjos da Bia.