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006.

TEMPO ERA PRECIOSO e Hazel havia perdido quase duas horas analisando as imagens, estava quase para pedir uma pipoca mas a situação em que todos se encontravam não parecia favorável para um pedido assim e mesmo com tudo, ela ainda tinha bom senso.

Ela teve um sobressalto da cadeira quando, nas filmagens, uma sombra feminina apareceu no corredor, vinha correndo da direita e entrou no que futuramente seria seu local de morte, mas não tinha nada atrás dela. A mulher de cabelos escuros parecia exausta e que fugia a algum tempo, olhava para os lados desesperadamente e quando direcionou seu olhar para a porta que ela veio, os arregalou e soltou um grito. A câmera parou de funcionar. Como se tivessem coberto a câmera com um pano escuro, tudo abaixo sumiu. Cinco minutos depois tudo volta, e agora a pobre mulher está com sua cabeça esmagada, parecia pior do que foi dito pelo funcionário.

Hazel não se contentou, abriu todas as câmeras naquele horário, uma a uma. Mas todas que estavam a cinco corredores de distância do local ficaram em completo breu naquele intervalo de tempo. Frustrada, ela anotou o horário e foi em direção às escadas, indo para seu quarto.

Ela bateu uma vez na porta. Duas. Três. Não teve nenhuma resposta e estava a um minuto de esquecer sua educação e arrombar a porta. Mas a maçaneta girou e a porta foi aberta.

Dean Winchester estava parado na sua frente, não usava mais o terno do FBI, ao invés disso, estava vestido em uma camiseta verde musgo e o que mais chamou a atenção do anjo foi o fato do cabelo — e até mesmo a camisa — estarem molhados.

— Você...Você 'tava banhando ?

— Não ?

Ela entrou no quarto e fechou a porta atrás de si. Balançou a cabeça e riu pouco.

— Não tem problema.

— É água quente, nem sempre tem isso nesse motel que a gente fica. — Dean parecia tentar se justificar, como se tivesse feito algo absurdo e isso era uma graça da visão da outra.

Ela riu de novo, sentando-se na cama. Tirou os sapatos, seus pés estavam doloridos de tanto subir escadas — haviam interditado o elevador por uma das portas abrirem direto para o local do crime.

— Não 'tô te julgando. Fica a vontade, aqui nem é minha casa.

Ele sorriu.

— O que 'cê descobriu ?

Dean sentou-se na cadeira que ficava junto à mesa no canto do quarto, não olhou para a mulher mas sabia que ela o observava. E ela realmente estava, com olhos atentos a todos os segundos.

— Chega ai. — e indicou a cadeira ao lado para ela. E ela foi.

O homem puxou um caderno com poucas coisas escritas e entregou para o anjo ao seu lado. Os números escritos pareciam brilhar ao primeiro instante que a mulher os olhou, as datas destacadas em círculos indicavam que aquele era o quarto incidente em anos. 2008, 1908, 1808 e 1708.

— É o quarto "acidente" — fez aspas com as mãos — em trezentos anos. — ele informou, alternando entre abrir as matérias que encontrou e mostrar recortes de jornais para a outra — As três primeiras eram mulheres jovens, na faixa de vinte a vinte e cinco anos de idade. — e abriu as fotos e caricaturas das mulheres, com certeza tinha um padrão ali — Morenas, olhos verdes, cabelos escuros e médios.

Conforme ele ia descrevendo o padrão que se estabeleceu ali, Hazel sentia que o olhar que ele lançava era de dúvida. Não, não era isso que ele estava pensando mas ela também pensava o mesmo.

— O que você...

Sam abriu a porta de uma vez trazendo consigo uma cópia da autópsia em suas mãos.

— Vocês deveriam fechar essa porta. — alertou ele enquanto realmente a fechava — É perigoso, sabiam ?

— Ato falho — ela deu de ombros — o que tem ai ?

Ele se aproximou dos dois. Abriu o relatório e começou a passar as informações necessárias para a dupla.

— O nome dela era Amélia Weber, vinte e seis anos de idade. — e puxou a foto da vítima, colocando-a na mesa. Ela se encaixava perfeitamente no padrão das outras, Hazel estava começando ter um sentimento de culpa crescendo em seu estômago — Estava de férias com o marido, pretendiam ficar apenas uns três dias no hotel e iriam para outra cidade.

— Eleanor, 'cê tem algo pra falar sobre isso ? — era a voz de Dean invadido seus tímpanos.

Ele havia acabado de chamá-la de Eleanor ?

— Bruxo ou fantasma ? — foi a única coisa que ela conseguiu dizer.

— Talvez um demônio. — Sam deduziu.

Dean retomou sua atenção para o notebook em sua frente e tomou a caderneta com anotações que Hazel havia acabado de colocar na mesa. Ele franziu o cenho quando começou a adicionar os dias junto dos anos dos acidentes.

— O primeiro foi quatro dias depois da inauguração do hotel. — informou ele.

Dessa vez, foi Sam quem franziu o cenho.

— Você não disse que tinha estado aqui na inauguração ?

— É, mas eu só...— ela fechou os olhos quando as peças se encaixaram em sua mente. Não fode, xingou quando pensou que talvez, aquilo tudo poderia ter sido culpa dela — Eu acho que é o fantasma de um bruxo.

— Ein ? — disseram em uníssono, mas só Dean continuou a falar — Que papo é esse ?

— Digamos que, hipoteticamente, eu tenha uma história com o fundador do hotel.

Os irmãos ficaram em silêncio por alguns segundos, esperando que ela continuasse, enquanto ela esperava que eles apenas a mandassem de volta para o céu à chutes.

— Desembucha. — disse Sam, sentando-se em uma ponta da cama. À essa altura Dean já havia virado sua cadeira para poder encarar o anjo que estava sentado na outra.

— Trezentos anos e alguns dias atrás eu conheci o fundador do hotel, Andreas Athanasius. Ele era um cara até que rico na época, não era meu tipo e eu nunca senti nada, mas ele parecia ter se encantado por mim. — ela começou a contar, sempre debaixo dos olhares atentos dos dois Winchester — Começou a me perseguir pela cidade e implorou para que eu ficasse em seu hotel, disse que eu ficaria no seu melhor quarto, com a melhor vista e as melhores servas para mim — ela sacudiu os ombros antes de continuar —, eu estava só de passagem, então não vi mal algum em ficar por lá por um período curto.

— E o que aconteceu ? — perguntou Dean.

— Eu fiquei. No primeiro dia, ele me levou para um área VIP ao seu lado para assistirmos o espetáculo que ele havia contratado para a inauguração. — disse ela, respirou um pouco e continuou — No segundo dia ele apareceu no meu quarto, disse que queria conversar e levou vinho, e...tentou se aproximar — balançou a cabeça, preferia esquecer aquilo — mas eu não deixei, não queria nada com ele. Andreas parecia ter ficado furioso quando saiu.

— Eleanor — chamou Sam — Quantos dias você ficou ?

— Três.

— E o que aconteceu no terceiro ? — o outro Winchester perguntou.

— Ele surtou. Disse que eu havia enfeitiçado ele, que me amava e que me faria dele de qualquer jeito. — Hazel ainda podia ouvir perfeitamente a voz dele gritando essas exatas palavras — Eu não passei a noite lá. Fui embora assim que ele saiu.

Dean soltou um grunhido voltando para o notebook mais uma vez.

— Você usou seu nome verdadeiro para ele ?

— Não. Eu falei que me chamava Agnes.

O Winchester mais velho soltou um suspiro exasperado. Agora, algumas coisas estavam começando a se encaixar para ele.

— Abigail foi a primeira. — ele informou. Sam alternava o olhar entre os dois, observando a expressão de concentração na face do irmão e a de culpa na do anjo — Augusta foi a segunda. Alicia foi a terceira e Amélia foi a última.

— Dean, você 'tá achando que...— Sam era inteligente, foi questão de segundos para ele notar também.

— A madrugada do terceiro dia. — olhou novamente para Hazel — Ele matou Abigail por acidente. — um aperto surgiu no peito da mulher — Ele queria matar você.

O quarto foi banhado por um silêncio horrível. O anjo tentava controlar suas emoções, mas sabia que elas já haviam atingido os dois quando viu que Dean passava a mão nos braços e pescoço desconfortavelmente, como se estivesse querendo tirar o sentimento de culpa de suas mãos, enquanto Sam tinha uma mão sobre o peito, como se o sentimento estivesse o sufocando.

Hazel se levantou da cadeira como um robô, desejava sair dali o mais rápido o possível mas o selo anti anjos que havia feito não deixava que ela simplesmente abrisse suas asas e desse o fora do local. Ela parou de andar quando sentiu uma mão forte segurar seu braço, olhou para o lado apenas para encontrar o olhar firme de Dean a encarando.

— Você não pode fugir.

E ele tinha razão. Mas ela queria tanto. Fugiria dali como sempre fazia quando as coisas se complicavam, era o que ela fazia de melhor. Fugir.

— Eu não vou. — sentiu o aperto diminuir — Só preciso tomar um ar. Eu juro que eu volto.

— Deixa ela ir, Dean. — falou Sam e foi aí que o mais velho dos dois irmãos soltou a mulher — Volte mesmo.

— Não se preocupem.

Hazel saiu do quarto deixando os dois irmãos trabalhando no caso. Lá saiu do corredor do quarto onde estava e desceu as escadas, passou por um ou dois funcionários que ainda tentavam acalmar os outros hóspedes, mas esses nem notaram que ela estava ali devido a euforia do ambiente. A mulher saiu do hotel e seguiu caminhando pelas ruas movimentadas, cheias de pessoas curiosas que queriam passar a faixa da polícia e perguntar o que havia acontecido ali, mas Hazel estava tão entorpecida em seus próprios pensamentos que mal podia ouvir o que as outras pessoas falavam.

OS BANCOS DE PRAÇA geralmente traziam conforto para ela, mas naquele momento parecia que ela havia sentado-se em uma moita de espinhos, mas aqueles não furam a pele, mas sim sua alma e seus sentidos. Já havia sido culpada de muitas coisas, muitas mesmo, mas nunca havia se envolvido diretamente em algo que afetasse humanos a ponto de ter aquilo como consequência, principalmente em um ciclo de mortes; e o pior era que não afetava apenas a vítima, mas também as pessoas ao seu redor, como ela viu o pavor no rosto daqueles que estavam hospedados no local.

Ela fugiria e os Winchester nunca mais teriam notícias suas.

Eles iriam resolver mais um caso e ficaria por aquilo mesmo.

Eles nem sabiam seu nome, o que era ótimo. Se não soubesse o nome, não teria a quem chamar quando fossem culpar.

Sumiria mais uma vez e nem céu, terra ou inferno lhe encontrariam. Havia tomado uma decisão de novo.

🌪️

AS ESTRELAS PINTARAM o céu conforme a escuridão tomava conta de tudo. Dean observava da janela o mesmo local que viu o anjo seguir caminho enquanto ia se distanciando do hotel. Ele já havia perdido as esperanças.

Eles estavam em silêncio desde que ela saiu do ambiente, passaram horas com um estranho sentimento de culpa remoendo em suas gargantas, a única coisa que não permitia que o quarto ficasse totalmente silencioso era o barulho das teclas do notebook de Sam, que digitava freneticamente sobre as lendas locais e o antigo fundador do hotel.

— Ela não vai voltar. — avisou ao irmão.

— Ela vai. — respondeu, sem tirar os olhos do notebook — Como é mesmo o nome dela ?

— Eleanor. — falou finalmente deixando a janela e jogando-se na cama.

Ele observou o quarto. Já havia notado a armadilha do diabo debaixo do tapete, os selos anti anjos na porta e na janela, mas olhando para o teto agora, notou que tinha outros sigilos que nunca havia visto. Percebeu então que o anjo não queria mesmo ser incomodado.

Ele grunhiu com raiva, haviam sido enganados por um anjo mais uma vez.

— Não existe nenhum anjo chamado Eleanor. — a som de Sam o tirou de seus pensamentos.

— Do que 'cê tá falando ?

— Acho que Eleanor é o nome da casca que ela usa.

— Você 'tá brincando, né ?

Ele viu o irmão negar com a cabeça, mas sua atenção se voltou à maçaneta da porta que estava se mexendo. Sinalizou ao outro e prontamente pegaram suas armas.

— Abre logo Winchester. — a voz amargurada da mulher soou abafada atrás da porta, mas um alívio percorreu os corpos tensos dos irmãos.

Ela havia retornado.

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