01: ،، ESSAS MANHÃS AGITADAS,,
𝄒🦈 ִֶָ𝐔𝐍𝐃𝐄𝐑 𝐏𝐀𝐑𝐈𝐒. . .⭑ุ᎔
01: ESSAS MANHÃS AGITADAS
❝ COMO PÔDE PENSAR QUE
SUA VIDA ADULTA SERIA BOA? ❞
UM PARADOXO É CRIADO quando há uma contraditória, situação ou fala, com o objetivo óbvio de contrariar ou desafiar a lógica. Sendo em situações hipotéticas ou vívidas que se desmanchariam ao longo do tempo e permaneceriam sem uma resposta direta, assim como as águas desconhecidas do mundo. Não a que se encontra sendo ingerida no dia-a-dia da humanidade ou em vidas animalescas, mas sim as que escondiam espécies de animais e plantas que o ser humano desistira de compreender e estudar.
Mia sentia-se tão frustrada com a situação. Desde que atingiu idade suficiente para entender os acontecimentos ao seu redor, e descobrir que a NASA havia interrompido abruptamente seus estudos e investigação marítimas, sem uma resposta coerente e um motivo plausível dedicado à população mundial. Deixaram todos no escuro. O que poderia haver submerso nas profundezas oceânicas e marítimas que tanto assustou os profissionais, que nem mesmo arriscaram-se a dizer o porquê?
A Durand poderia compreender caso houvesse ao menos uma matéria para que ela pudesse ler quando atingiu a maioridade e uma mentalidade madura o suficiente. Porém, eventualmente ela poderia entendê-los. Talvez abandonar as águas profundas fosse o melhor, considerando o quão perigosas poderiam se tornar contra uma vida.
Os trinta e dois segundos exatos foram concluídos desde que os raios solares quentes abandonaram sua pele. Afundada na gelidez e escuridão das águas que fizera seus olhos arderem pelo contato que teve com o líquido. Mia enrolou os dedos finos em torno do próprio pescoço, com uma pequena esperança que de repente isso a soltasse e a fizesse voltar para cima. Os braços se encontravam emaranhados no atar fio que construía a rede.
Os lábios se separaram como reflexo do corpo e ela se engasgou com a água, agarrando a rede brutalmente para tentar arrebentá-la. Seu pulmão estava sendo tomado aos poucos pelo fluido, dando-lhe a sensação de morte prévia.
Os olhos se abriram com força. Seu corpo buscou por oxigênio, assim como em seu pesadelo. Mia engasgou enquanto chutava a coberta fina de cima de si e estendia a mão esquerda para acender a luminária ao lado da cama. As imagens ainda atingiam sua mente com força. As mãos tremiam levando-a a olhar para baixo, em direção a elas, encontrando as cicatrizes finas e quase invisíveis que enfeitavam suas palmas. Recordações de um passado no qual não conseguiria esquecer.
Levou dois minutos para conseguir se acalmar o suficiente para perceber que a luminária acesa não era mais tão necessária, visto que a breve iluminação natural solar ameaçava entrar no apartamento, caso não estivesse sendo impedida pelas cortinas escuras.
ㅡ Merda, merda, merda. ㅡ Xingou saindo de sua cama. Ela praticamente jogou seu corpo contra a cômoda, buscando o celular e acendendo sua tela. 7:46. Em seu quarto dia consecutivo de aula na PSL ela conseguiu se atrasar e perder a primeira aula.
A Durand sabia que não haveria quem iria buscá-la em casa e cobrar suas responsabilidades com o futuro e escolaridade, então estava sozinha. E nem mesmo seus tutores estariam preocupados ou ao menos interessados em saber o porquê dela não estar na aula.
Em que momento de sua adolescência estúpida ela pensou que sua vida adulta seria boa?
Mia sentiu uma ardência na coxa direita, possivelmente consequência da batida contra a quina de algum móvel enquanto se arrumava de forma apressada e desajeitada. Ela enfiou os cadernos com anotações dentro da mochila clara e resgatou o celular, enxergando uma notificação de Annie, sua amiga que morava no México desde o segundo ano do ensino médio de ambas.
Jogou o dispositivo dentro da bolsa escolhendo ignorar a mensagem por algum momento, ao menos até que chegasse à faculdade. A mulher tentou ignorar as batidas errantes do coração que não se tranquilizou desde que ela despertou naquela manhã.
A escolha de biologia marinha surgiu com base em sua lealdade aos ancestrais da família, que cursaram e trabalharam na área durante décadas, decaindo apenas quando veio a vez da geração dos pais de Mia. Então, ela se tornou decidida a retomar o controle, mesmo que sua mente brigasse com ela para que largasse todos seus objetivos para que seu psicológico ㅡ ou o que restava dele ㅡ continuasse vívido.
Quando se sentou na cadeira da fileira do meio, uma das consequências por chegar fora do horário, a Durand começou a fazer anotações dos estudos e se organizar na sala de aula. Apenas alguns minutos mais tarde, o sinal ensurdecedor soou pelos corredores da PSL, anunciando a todos que mais um horário estava concluído. Tendo um tempo livre, ela decidiu vagar pela biblioteca em busca de um livro.
Contudo, estava sendo incomodada com os apitos do celular perdido dentro da mochila que Mia encontrou pouco tempo depois. Ela cerrou as sobrancelhas e entrou na conversa com Annie, lendo as mensagens com conteúdos sobre a cientista Sophia Assalas, curiosamente sendo uma das funcionárias da PSL que fora uma das influências indiretas para que Mia escolhesse aquela faculdade. A mulher avaliou os links do YouTube enviados para si.
O que é isso?
Está na faculdade? 😩
Inferno, ok...
Com tudo que estava acontecendo,
eu acho que você acabou não
sabendo de tudo que aconteceu
com a Sophia.
A Durand havia se sentado em uma das cadeiras envolvidas com um estofado macio e em tons de marrons. Mas soltou um suspiro para sair da biblioteca e empurrou as portas do banheiro feminino, entrando em uma das cabines. Os dedos buscaram o botão de discar chamadas e colocou o dispositivo no ouvido, esperando ser atendida.
ㅡ Do que você está falando? ㅡ Indagou assim que escutou a respiração e o ruído soar do outro lado.
ㅡ Uau, bom dia para você também, meu amor. ㅡ Mia identificou o sarcasmo na voz de Annie e revirou os olhos, desejando que a outra estivesse com ela para poder assistir sua ação. ㅡ Faz uns três anos mais ou menos que a Sophia e a equipe dela foram atrás de um tubarão, para estudar ele ou sei lá... ㅡ Bufou contra o microfone do celular. ㅡ O ponto é: a equipe dela inteira morreu, ninguém restou vivo. Apenas ela.
Suas palavras causaram um certo desconforto físico e mental em Mia, levando-a a franzir o nariz juntamente com a testa. Sua cabeça levou-a a se lembrar do passado de sua família por meros segundos antes de rebaixar o queixo e deslizar o pé pelo chão do banheiro minúsculo.
ㅡ E? Por que está me falando isso? ㅡ A Durand foi respondida apenas com o silêncio inicialmente.
ㅡ Foi ela, Mia. As matérias espalhadas por todo canto na internet e até mesmo jornais confiáveis conseguiram identificar o animal que atacou eles. ㅡ Annie pareceu puxar um fôlego, como se retomasse a coragem de volta a si para continuar. ㅡ Por mais que a Sophia nunca tenha dado uma entrevista ou sequer citou o assunto, os jornalistas ficaram sabendo que foi a Cath quem os atacou. O ataque ocorreu no norte do pacífico...
Um movimento único que fez seu pescoço estalar com a velocidade, foi o necessário para que Mia erguesse a cabeça. Mesmo que não conseguisse entender com clareza o que sua amiga estava lhe contando. Ela identificou o nome do animal, obviamente. A mulher fez questão de se manter próxima de Cath depois que ela e sua família a libertaram no mar novamente, há aproximadamente na mesma época. Engoliu uma saliva disposta a ignorar a dor de cabeça que surgia.
ㅡ Norte do Pacífico? ㅡ Soltou uma risada curta e quase inaudível, deixando claro sua falta de humor ㅡ Nós a deixamos no Índico, Annie. Sabe quanto tempo ela levaria para chegar no Pacífico, principalmente por não ser tão rápida?
A outra mulher cantarolou do outro lado da linha, em frustração com a teimosia da Durand e com certeza estaria a balançando pelos ombros caso estivesse presente. ㅡ É, eu sei exatamente que isso poderia levar mais de um ano. Mas aconteceu... E aparentemente ela estava de um tamanho diferente de quando nós a libertamos.
ㅡ Olha... ㅡ Mia inspirou profundamente ㅡ Provavelmente você se confundiu, considerando tudo que você me disse não pode ser a Cath. Haveria apenas alguns meses de distância entre a libertação dela e o ataque à equipe da Sophia. ㅡ Seus olhos se direcionaram para a parede quando a porta do banheiro abriu-se em um ruído, indicando que não estava mais sozinha. ㅡ Eu preciso ir, meu tempo livre está prestes a terminar e ainda nem mesmo comi algo.
ㅡ O quê? Mia, espere... ㅡ A voz inconformada de Annie soou estrangulada e fina, a mulher retirou o celular do ouvido e apertou o botão de encerrar a ligação.
Lidaria com a raiva da amiga em outro momento ou dia, apenas precisava colocar algo em seu estômago para se livrar da sensação de mal estar e enxaqueca que ficava mais bruta a cada segundo. A Durand segurou o livro Aprofundamento em estudos Biológicos Marinhos com firmeza, e caminhou até a bancada que fora construída logo na entrada da biblioteca. Deixou o objeto sobre a bancada para que a funcionária pudesse identificar seu título e a mandou assinar uma responsabilidade antes de finalmente a libertar para ir embora.
Quando criança, Mia jamais poderia vê-se vivendo em uma cidade grande. A ideia a fazia ficar com mau humor apenas de pensar na hipótese. Porém, desafiou a sua versão mais nova e agora ela estava ali, batucando a ponta dos dedos contra um balcão quente pela quantidade de pessoas que ficaram escoradas nele sem tempo para o permitir atingir a temperatura ambiente que cobria Paris.
Fora um sufoco desconfortável até que ela conseguisse parar de se espremer entre as pessoas para alcançar onde poderia finalmente ser atendida. Maldito momento em que decidiu ter o resto de tempo precioso de seu intervalo no lugar mais disputado da região.
ㅡ O que a senhora gostaria? ㅡ A adolescente de dezessete anos a atendeu com um sorriso simpático no rosto, que Mia contatou como forçadamente treinado. Era impossível alguém ser feliz trabalhando em um lugar como aquele, escutando reclamações e xingamentos vez ou outra.
ㅡ Um achocolatado quente e dois donuts, por favor. ㅡ Seus olhos vagaram pela vitrine examinando os lanches em abundância, todos aparentemente apetitosos. Ela reajustou a postura, voltando ao normal.
E assim como em qualquer outra manhã em Paris, o clima encontrava-se ameno agradando a todos os compositores da sociedade e especialmente a mulher Durand. Que sempre adorou um ar fresco e não o calor insuportável.
Seu pescoço virou para sua esquerda logo após um sininho da porta soar indicando um novo cliente. Mia observou sobre o ombro o rapaz fardado com uniforme escuro da polícia entrando no local, as sobrancelhas franzidas deixando seu descontentamento com o dia explícito em seu rosto. Ela não o culparia, estava na mesma situação.
ㅡ Ótimo, militares... ㅡ A reclamação ao seu lado fez-a olhar em direção à garota atendente pela segunda vez. A mulher balançou a cabeça e ergueu os lábios em um sorriso simples.
ㅡ Também não gosta da área? ㅡ Mia observou seus pedidos serem colocados em sua frente, sobre o balcão. A adolescente se inclinou para frente, buscando não deixar ninguém mais escutar.
ㅡ Nada contra a área, mas absolutamente tudo contra quem trabalha nela. Geralmente estão envolvidos em uma quantidade excessiva de assédios por sua posição. E bem... Não é como se nós, mulheres, precisássemos de mais. ㅡ Deu de ombros enquanto se afastava mais uma vez, ela olhou sobre os ombros da Durand enquanto engolia uma saliva. ㅡ Vai querer algo mais?
Mia negou com um aceno e agradeceu ao seu atendimento. Se esmagou entre as pessoas outra vez para chegar no caixa, onde deixou notas suficiente para pagar seu lanche. Ela sentiu o celular vibrar no bolso do casaco, e o ignorou sabendo que possivelmente seria Annie ou qualquer um de seus outros colegas de classe. A contagem do tempo que ainda a restava começou a rodar como um cronômetro em sua mente.
Entretanto, quando ela passou ao lado das vitrines novamente para ir em direção a porta de saída, a Durand sentiu um baque chocando contra seu corpo, fazendo-a cambalear para o lado e derramar uma quantidade considerável de sua bebida em cima de outra pessoa.
ㅡ Desculpa! ㅡ O pedido arrependido alcançou seus ouvidos dois segundos depois. Ela não teve o trabalho de se virar para o jovem que havia batido contra ela, apenas bufou erguendo a cabeça para encontrar as sobrancelhas erguidas e olhos aguçados do rapaz recém chegado na lanchonete. Mia abaixou os cílios, a visão encontrando a mancha molhada de achocolatado sobre o uniforme masculino.
ㅡ Não foi a intenção. ㅡ Murmurou balançando a cabeça tentando ser educada ao máximo e não acabar sua manhã em uma delegacia. Sabia o quanto militares poderiam ser irritantes diante do poder que continham sobre a sociedade, assim como escutou minutos atrás e ela já havia tido uma oportunidade de experimentar uma vez. Erguendo o queixo, ela encontrou seus olhos estreitos mais uma vez.
ㅡ Imagino que não. ㅡ Acenou minimamente retirando as mãos de seus ombros, que nem mesmo ela havia notado. A Durand suspirou ergueu o braço, olhando em seu relógio preso no pulso. Ela passou pelo homem em silêncio imaginando que tudo já estaria resolvido, mas fora impedida durante seu trajeto. ㅡ Todas vocês sempre possuem uma visão tão baixa de nós?
Seu corpo parou a caminhada instantaneamente. As sobrancelhas se uniram antes mesmo de Mia se virar em direção a ele com uma ligeira confusão sobre sua fala. O policial apontou em direção à atendente, fazendo uma breve respectiva na mente da mulher sobre a conversa que teve segundos atrás.
ㅡ Nós apenas comentamos o que acontece conosco. ㅡ Balançou seus ombros uma única vez, seus lábios de curvaram para baixo em descaso. ㅡ Não é nossa culpa se a maioria do seus colegas possuem atitudes estúpidas.
ㅡ Mas não todos. ㅡ Ela o assistiu cruzar os braços em frente ao peito alto. Mia inclinou a cabeça com um sorriso sarcástico.
ㅡ Vai mesmo usar esse argumento raso e estúpido? ㅡ Seu tom continha uma falta de humor.
ㅡ Vai mesmo continuar usando essa linguagem?
A mulher cerrou as sobrancelhas, apertando o copo plástico rígido na mão e torcendo para que seus donuts não fossem amassados juntamente. ㅡ Essa linguagem? Ao que está se referindo?
ㅡ Não está dando uma palestra na faculdade... ㅡ Mia abaixou a cabeça assim que um barulho saiu de seu pulso. Ela cutucou o relógio com o indicador utilizando força mais do que o necessário contra a tela do objeto, desligou o despertador que a avisava sobre os últimos cinco minutos restantes para ela chegar na sala de aula.
A mulher empurrou os ombros para trás e olhou para o rapaz uma última vez antes de virar-se sobre os calcanhares. Ela ignorou a risada sarcástica que soou atrás dela e empurrou a porta, deixando a lanchonete no passado juntamente com o policial.
Seus ombros se encontravam rígidos sob o uniforme devido a tensão que percorria seu corpo por completo. A manhã estava se desenvolvendo de maneira agitada tirando toda a paz que prevalecia na base durante as primeiras horas do dia. Ele nem mesmo se lembrava de quando fora para casa e descansou por uma noite completa.
Mas, obviamente, a paz de todos era apenas temporária antes de uma nova ameaça surgir e os tirar de seus cantinhos. A delegacia havia recebido uma chamada sobre denúncia de mais uma bomba sob as águas do rio Sena, exatamente onde os competidores das Olimpíadas iriam nadar em um futuro próximo.
Adil e sua própria equipe haviam comentado sobre tal coisa, e como as atitudes da prefeita estavam sendo egoísta e perfeitamente direcionadas para o dinheiro e colocando-o em primeiro lugar na sua lista de prioridades. Aparentemente, a vida dessas pessoas estavam em último.
ㅡ Acontece com frequência essas coisas no Sena ou é uma coisa insólita? ㅡ A mulher a sua frente continha uma expressão de interesse enquanto estendia o microfone em sua direção pela quinta vez desde que o abordou. Adil sentiu vontade de soltar um suspiro, mas segurou-se.
ㅡ Sim, achamos bastante esse tipo de bomba no fundo do Sena. Junto com os colegas do antibombas do laboratório central da polícia, nós já pescamos centenas delas. E saibam que esses dois rapazes fizeram o certo chamando... ㅡ O ruído repercutiu em princípio, em segundo a voz feminina cortando a fala do homem.
ㅡ Angèle para Adil. ㅡ Ele levou uma mão em direção ao walkie-talkie preso logo abaixo de seu ombro.
ㅡ Com licença. ㅡ Adil pediu virando-se minimamente para trás, cortando todo acesso da jornalista com a conversa e escutava suas próximas palavras.
ㅡ Eu cuido da imprensa, tá? O comissário nos espera para a reunião de segurança do triatlo. Vão indo eu chego depois. ㅡ A mulher comentou a alguns metros de distância. Ele balançou a cabeça olhando-a de longe, olhou para a figura feminina que o encarava ansiosamente com os materiais de jornal ainda em mãos. Adil ergueu a mão enquanto dava alguns passos para trás.
ㅡ Desculpa, ela vai continuar. ㅡ Apontou para a companheira de equipe que passou por ele com o rosto explanando sua inquietação, assim como o restante da equipe.
O rapaz cumprimentou alguns companheiros com acenos simples e palavras curtas, batendo levemente vez ou outra em seus ombros e costas. Os passos faziam um barulho baixo contra o cimento com leves ondulações sob seus pés, a brisa fresca que acompanhava a música natural criada pelo rio que passava logo ao seu lado, deixou o ambiente mais leve ㅡ caso tal coisa fosse possível naquele momento.
ㅡ Vamos indo. Voltar para a base. Reunião do triatlo. ㅡ Os outros policiais se sentaram dentro do bote ou encostaram-se contra suas bordas, preparando-se para partirem.
Adil dobrou os joelhos e apoiou uma mão no chão, impulsionando o corpo para conseguir cair de pé dentro do bote, causando leves ondulações na água. Ele cumprimentou a colega de trabalho de pele escura e cabelos extremamente curtos, parando ao seu lado com os braços cruzando.
ㅡ O que aconteceu com sua roupa? ㅡ Adil olhou-a sobre o ombro, encontrando seu sorriso divertido nos lábios enquanto ela ligou o motor e começou a dirigir. Ele suspirou balançando a cabeça. Moveu os olhos pelo rio e a ponte curvada para cima por onde passavam sob.
ㅡ Uma mulher desajeitada derramou em mim quando fui na lanchonete. ㅡ Seu descontentamento fora perceptível quando ele reclamou em voz alta. ㅡ E...
ㅡ Ah, sempre tem mais, não é? ㅡ Soltou uma risada baixa, sem desviar os olhos do caminho aquático. ㅡ O que aconteceu?
ㅡ Ela não gosta de militares. Aparentemente somos assediadores que abusam do poder.
Caro piscou os olhos quando o vento se tornou agressivo demais para seus olhos suportarem estando completamente abertos. Ela não pareceu exatamente surpresa com suas palavras, e se estivesse não demonstrou a ele.
ㅡ Bem, como uma mulher que trabalha dentro dessa área eu digo que você não pode a culpar, pode? ㅡ Ergueu suas sobrancelhas escuras. Adil a olhou por meros segundos antes de se distrair com as águas que começavam a se despoluir lentamente.
Talvez ele não pudesse culpá-la. Não que estivesse realmente tentando isso ou algo meramente parecido, mas seus comentários o deixou intrigado o suficiente para retrucar, e no fim nem mesmo conseguiu terminar a conversa de forma amigável. Balançou a cabeça para esquecer os acontecimentos matutinos e voltou a se concentrar em problemas verdadeiros e de maior intensidade. Não se encontrariam novamente, então seria melhor apagar a conversa que ocorreu de forma aleatória, mesmo que a intriga continuasse gravada em sua pele e interior.
⃝🦈 . ࣪01 - OI, MEUS AMORES! Primeiramente boa madrugada a todos vocês, ou bom dia para quem for ler pela manhã. Soltando o primeiro capítulo completamente fora de meu horário de postagem porque estava ansiosa demais para o feedback de vocês 😭
02 - Não é exatamente um início tão movimentado, mas tentei mostrar algumas brechas do passado de Mia para vocês e iniciar uma certa tensão entre nosso futuro casal.
03 - Muito obrigada pelo apoio que estão recebendo e principalmente como essa história está crescendo tão rápido! Vou ler e responder todos os comentários de vocês amanhã de manhã <3
04- Espero que vocês estejam gostando, e não esqueçam de me dizer o que estão achando. Beijos, até o próximo 🦈💙
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