━━ 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐕𝐈𝐍𝐓𝐄 𝐄 𝐂𝐈𝐍𝐂𝐎

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AS COISAS VOLTARAM AO NORMAL em Hogwarts após o fim do Torneio Tribruxo. Os alunos ainda estavam nervosos e amedrontados por tudo o que aconteceu, mas não podiam deixar que isso afetasse o resto do ano letivo, especialmente agora que estava chegando ao fim.

Aquele era o último dia de aula e para Hazel, foi o melhor ano escolar de sua vida, apesar das coisas ruins que aconteceram. Agora, ela não queria mais ficar pensando em como sua vida estaria "segura" se estivesse em Paris, mas sim em como está feliz ao lado daqueles que ama.

Harry e ela estavam ficando cada vez mais próximos, mas não conseguiam esquecer o problema que estava se aproximando cada vez mais: o retorno de Voldemort.

— Vamos até Hagrid... Acho que precisamos falar com ele depois de tudo isso. – Ron aconselhou, e todos concordaram.

Eles estavam indo em direção à cabana quando encontraram Cho, chorando sozinha sentada na grama. Harry hesitou em se aproximar, era óbvio que todos sabiam o motivo do choro da garota, pois ela era namorada de Cedrico.

Hazel sentiu um certo receio ao perceber que eles ainda estavam juntos, pois ele parecia estranho ao falar com ela. Ela nunca teve qualquer vontade de se relacionar com o Lufano, mas ele parecia pensar o contrário, tendo feito loucuras para tentar falar com ela. No entanto, para Hazel, tanto fazia naquele momento, pois ele estava morto.

— Sinto muito, Cho. Ele parecia... Bem, te amar muito. – Hermione se aproximou dela. Ao perceber que Harry estava com eles, Cho limpou as lágrimas e forçou um sorriso, fingindo que não estava chorando. – Temos que ir, tchau...

Ela se afastou da garota, puxando o pulso de Ron, insinuando para todos irem embora.

— Essa garota é uma iludida e uma impostora. – Ron disse, dando de ombros. Hermione o repreendeu, mas não adiantou muito, pois ele continuou. – Olha, ela queria o Harry, certo? De repente, decidiu que Cedrico era a melhor opção, e no final, Cedrico queria a Hazel.

— Bem, eu não sei se Cedrico me queria. – ela respondeu, ficando vermelha.

— Então, o que ele queria te dizer? Ele até te defendeu da Pansy. – Ron retrucou, levantando a sobrancelha.

Hazel deu de ombros, e eles continuaram a andar até chegarem à cabana de Hagrid. Lá, conversaram com Hagrid sobre como aquele ano havia sido agitado para todos, especialmente para Harry. As coisas estavam loucas. Hazel percebeu que essas loucuras já haviam se tornado comuns na vida do trio, mas ela não conseguia achar isso "normal", e aparentemente, Hermione também não.

— Quando chegar a hora, preciso estar pronto. – Harry se resignou.

— Não vai chegar a hora, Harry! – Hazel disse.

Hermione olhou diretamente para Hazel, engolindo em seco.

— Sempre chega a hora, Hazel... – ela se levantou. – A homenagem ao Cedrico está prestes a começar, Harry precisa estar lá.

Eles concordaram e subiram para o castelo, dirigindo-se ao Salão Principal. Dessa vez, não havia bandeiras e alunos animados, mas sim todos de pé, prestando luto a um ex-aluno de Hogwarts.

— Parece que chegamos a tempo. – Ron sussurrou, e eles se aproximaram, juntando-se aos demais.

O Professor Dumbledore estava falando, enquanto alguns choravam e outros ouviam, assustados.

— É por isso que Cedrico não morreu em vão. Cedrico Diggory morreu como um herói. Alguns me pediram para não revelar quem o matou, mas isso afetaria a glória do garoto, porque Cedrico foi morto por ele, Lorde Voldemort. – ele disse, e Hazel sentiu um arrepio percorrer seu corpo. As garotas ao seu lado começaram a chorar ainda mais, quase aos gritos.

— Uma bobagem, não sei como esse velho acredita nas besteiras que esse Potter fala. – Hazel ouviu Draco dizer. Ele estava logo atrás do quarteto, rindo com sua turma.

Harry estava prestes a se virar, mas Hazel apertou seu braço tão forte que a marca ficou ali por alguns instantes. A última coisa que Harry poderia fazer naquele momento era chamar a atenção. As pessoas logo iriam pensar que ele havia dito isso a Dumbledore apenas para chamar a atenção de todos, pois era isso que Malfoy e a maioria dos Sonserinos e Lufanos acreditavam.

— Escuta, Potter! – Malfoy chamou um dos dois. Hazel se virou antes que Harry pudesse fazê-lo e se aproximou dele.

— Escuta você, não está vendo que estamos em um momento sério? Feche essa boca e pare de provocar o Harry, entendeu? – ela disse com rispidez. – Saia de perto de nós, seu rato grudento.

Malfoy riu sarcasticamente.

— Eu gosto de observar a vida desprezível de vocês.

— Então arrume outro passatempo. – ela disse e se afastou dele.

Dumbledore ainda lamentava a morte de Cedrico, mas precisava anunciar o vencedor.

— E o vencedor do Torneio Tribruxo é Harry James Potter, venha aqui. – ele chamou o garoto, e Harry se aproximou. Ele sorriu ao ver o garoto, mas a expressão de todos era séria. – Palmas para Harry. – Uma salva de palmas irrompeu, e Hazel sorriu orgulhosa por seu irmão.

— Depois de perder seu namorado, essa é a única coisa boba que te faz sorrir. – Draco voltou a falar. Hazel passou a mão pelo rosto, tentando se controlar, ela fechou a mão, prestes a socar o loiro. Ela ouviu os amigos de Malfoy rindo e passou por entre eles, empurrando Draco com força, dirigindo-se à porta do salão.

Harry a viu de longe, e ela sorriu para ele e acenou, indo para qualquer lugar que não estivesse relacionado a Malfoy. Ela estava cansada e sentia falta do antigo Malfoy, mas no final, ela já sabia como ele era.

Hermione também percebeu que Hazel estava indo embora e a seguiu, alcançando-a no meio do corredor.

— O que aconteceu?

— O Draco, Mione. Ele é um idiota. – ela respondeu.

— Hazel, todos sempre te disseram isso. Ele é assim, não sei o que você viu de bom nele. Não tinha como ele ser diferente com você, especialmente sendo irmã do grande Harry Potter, por quem ele morre de inveja. – Hermione abraçou Hazel, mas se assustou quando alguém se aproximou rapidamente com passos pesados.

— Quem disse que tenho inveja dele, sua sangue-ruim? – Draco apareceu novamente, mas dessa vez estava sozinho.

— Como você a chamou? – Hazel tirou a varinha das vestes e a apontou para o rosto de Draco. – Repita isso sobre ela mais uma vez, e eu farei você sentir a maior dor que já sentiu por todas as vezes que insultou a Hermione.

Draco deu alguns passos para trás e também sacou sua varinha. Hermione puxou Hazel e a garota foi com ela, não querendo mais confusão com ele. Na verdade, não queria mais vê-lo, nunca mais! Ele ficou para trás, observando as duas irem embora, enquanto Hazel respirava fundo e se controlava para não voltar lá e acabar indo parar em Azkaban. Pelo menos, as férias tinham um lado bom: ela não veria aquele loiro tão cedo.

— Te vejo na volta às aulas, Hazel Potter! – ela ouviu ele gritar, mas Hermione tentou confortá-la.

— Eu espero não te ver nunca mais! – ela retrucou aos berros e desapareceu de vista.

xoxo, vi.