━━ 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐃𝐄𝐙𝐎𝐈𝐓𝐎

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OS DIAS PASSARAM rapidamente desde então. Harry ainda buscava informações sobre o ovo e todos os alunos da Grifinória não saíam de sua cola, querendo saber se ele finalmente havia descoberto o segredo que o ovo escondia. Um desses alunos era Hermione, que não havia saído de perto dele. Ela estava desesperada, parecia estar mais nervosa até mesmo do que Harry.

Ron não se envolvia muito, mas estava à disposição do amigo caso precisasse. Ele sabia que se envolver demais não seria bom para sua amizade com Harry, já que eles tinham brigado por causa desse assunto. Gina também estava nervosa, com medo de Harry se magoar ou se machucar. Hazel, por sua vez, estava cheia de emoções, estava sentindo tudo e mal conseguia entender o que estava sentindo.

A prova era na manhã seguinte e as coisas estavam animadas novamente em Hogwarts. Hazel não teve mais contato com Draco desde então e eles não se viram mais. As coisas estavam malucas para Hazel, ela estava se acostumando com as mudanças. As matérias estavam mais complicadas e o quinto ano estava cada vez mais próximo. A maioria dos alunos estavam focados no torneio, o que atrapalhava as aulas.

Hazel sentia saudades dele, sentia falta da risada sarcástica e irritante daquele loiro.

— Hazel? — Harry a chamou. Hazel o olhou assustada. — Finalmente! Sua mente parece estar em outro lugar. Está tudo bem com você?

— Sim, está... está sim. — ela balançou a cabeça, voltando à realidade. — O que foi?

— Cedrico quer me ver, ele não explicou o motivo. Bom, caso ele me mate, você vai se vingar. — ele brincou e Hazel riu, desacreditada. — É sério! Você vem? — questionou. Hazel confirmou e eles seguiram pelos corredores.

Harry explicou que estava nervoso, a prova estava mais perto do que nunca e a única coisa que ele sabia sobre o ovo até agora é que ele berrava muito alto e era capaz de deixar alguém com surdez.

Eles procuraram Cedrico, mas o garoto não estava em lugar algum.

— Harry! — uma voz sussurrou. Os dois olharam na hora e viram Cedrico escondido atrás de um muro. — É sobre o ovo. Eu descobri...

Hazel olhou para Harry animada, ele iria finalmente descobrir!

— Então, diga-nos! — Harry pediu.

— Bem, sabe o banheiro dos monitores... — ele disse discretamente. — Lá é um bom lugar para um banho, Harry.

— O banheiro da Murta? — Harry perguntou apreensivo.

— Sim, vá. Molhe o ovo, afunde-o, escute. — ele cochichou. — Adeus, Harry. Boa sorte no torneio, bom banho. Tchau... — ele olhou para Hazel.

— Hazel, prazer. — ela estendeu a mão para o garoto. Ele pareceu assustado mas sorriu e apertou sua mão.

— Cedrico, você me conhece, imagino! Tchau. — ele disse e se afastou, deixando os dois sozinhos.

— Nossa, ele ajudou bastante! — Hazel falou, sorrindo empolgada. — Agora você só precisa fazer o que ele disse.

— Então, é bom eu me adiantar, tudo bem você voltar sozinha? – ele interrogou aflito, estava tão animado quanto ela pra ouvir o ovo.

Harry correu pelos corredores, deixando-a sozinha. Hazel sorriu, feliz pelo irmão. Ela estava prestes a ir embora quando alguém a puxou pelo braço. Ela nem precisava se virar para saber quem era. Ninguém dava aqueles puxões repentinos em Hazel, exceto um certo loirinho.

— Oi. — ela sorriu ao vê-lo.

— Oi nada! Por que você está me evitando? Não fala comigo desde que saiu bêbada daquele baile. — ele questionou chateado. — Então você estava falando sério quando disse que, se soubesse do problema que isso iria causar, nunca teria aceitado o meu pedido? — ele completou. — É por causa dele, não é?

— Draco, respira! — ela segurou o braço dele. — Não estou te evitando.

— Eu te vi pelo menos umas oito vezes desde o baile, não quero saber de suas desculpas.

— Ei... — ela o olhou. — Desculpa por isso, minha cabeça anda ocupada demais.

— Deve estar pensando no Harry. — ele murmurou irritado, mas alto o suficiente para que ela ouvisse.

— Para de fazer com que nossas discussões acabem sempre no Harry! — ela disse aborrecida. — Eu já pedi desculpas, já te expliquei. Isso não é sobre o Harry, Malfoy. É sobre nós. Eu estou ficando cada vez mais cansada. Você poderia tentar fingir que não sente ciúmes dele. Ele não é alguém com quem você deva ter ciúmes.

— Então me diz por que você fica tão perto dele, Hazel? Você mal fala comigo, mas é engraçado que todas as vezes que te vi, você estava com ele. — ele se sentou no chão, sem olhar para Hazel.

— Eu não queria te magoar com isso, peço desculpas se o Harry é o motivo desse seu ciúme bobo, de verdade. De qualquer forma, estou falando com você agora, não é?

— Eu ouvi o que Cedrico disse. — ele disse indiferente. — Estavam falando do torneio, não é? Eu vi a maneira como Cedrico estava te olhando.

Hazel ficou nervosa por ele saber do ovo mas deu de ombros.

— Se isso te conforta, é apenas mais uma prova de que você está tirando conclusões precipitadas sobre o Harry.

Ela se sentou ao lado dele e estendeu a mão. Ele olhou por um instante e entrelaçou os dedos deles. Ela sorriu, mesmo que ainda não estivessem totalmente bem, estavam no caminho certo.

— Isso não tira o fato de que Cedrico te olhou de forma estranha... — ele riu.

— A gente está bem? Eu vou te procurar, sério. É que as N.O.M.s estão chegando no próximo ano e eu não admito tirar menos do que um "O". — ela disse preocupada.

— Você se preocupa demais, ainda estamos no quarto ano. — ele olhou espantado. — Parece que você está passando muito tempo com a Hermione.

— Olha, se eu fosse você, faria o mesmo! — ela recomendou, contente. — Obrigada por me procurar, a gente realmente precisava se resolver, tínhamos que conversar sobre isso. É uma pena que eu não tenha te visto. Sinto muito mesmo, acho que errei com você...

— Agora é você quem precisa respirar e se acalmar. Estou bem, só estou... mal. — ele admitiu, chateado.

Hazel olhou pasma. Ele acabara de expressar seus sentimentos para ela, e ele era Draco Malfoy. Ele nunca faria isso.

— Quem é você e o que fez com Draco Malfoy? — ela perguntou, surpresa.

Eles riram juntos e ficaram ali por um tempo, colocando os assuntos em dia. Falaram sobre as fofocas que estavam circulando por Hogwarts. Infelizmente, as aulas impediram que passassem mais tempo assim e tiveram que voltar às suas obrigações.

xoxo, vi.