
𝗽𝗿𝗼𝗹𝗼𝗴𝘂𝗲
˚•˚𝗟𝗜𝗚𝗛𝗧 𝗢𝗙 𝗛𝗢𝗣𝗘ꨄ
〘 𝗣𝗥𝗢́𝗟𝗢𝗚𝗢 〙
⥤★⥢
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Elizabeth estava encolhida atrás de uma maca, tentando controlar a respiração acelerada. Seu cabelo bagunçado caía sobre o rosto, enquanto seus lábios secos mal se moviam. Seu corpo inteiro tremia, como se cada músculo estivesse tentando resistir ao seu destino. O coração batia tão forte que parecia ecoar pela sala escura, enquanto sua mente estava um caos. Ela queria chorar, mas as lágrimas já haviam secado. A loira pensou em levantar e aceitar seu destino. Ela seria enviada para o labirinto, e não tinha como escapar disso. Mas a ideia de perder sua memória, de esquecer tudo e todos fez seu estômago revirar.
O som de uma porta rangendo quebrou o silêncio. Elizabeth olhou por cima do ombro, sentindo o sangue gelar. A porta se abriu, e um homem passou por ela. Era Jason. O coração de Elizabeth quase parou, e sua respiração ficou mais pesada.
── Elizabeth, sei que você está aqui. ── disse Jason, com a voz firme. Enquanto caminhava pela sala escura, com uma arma em uma das mãos. ── Sabe que não tem escolha, não sabe?
── Cala a boca! Você mentiu pra mim! Você e a Chanceler! ── gritou Elizabeth. Tirando um peso de suas costas a cada palavra que dizia.
── Elizabeth! Eu não tenho tempo pra te explicar tudo de novo. Você vai pro labirinto, e sabe que é pro seu bem. ── respondeu Jason, guardando a arma no bolso.
Ele deu a volta por uma escrivaninha, e então se aproximou da porta novamente. Fazendo um gesto para alguém do lado de fora.
── Por quê? Como ser mandada para um labirinto, sem memória, é pro meu bem? ── questionou Elizabeth, enquanto as lágrimas quentes escorriam pelo rosto.
A sala mergulhou em um silêncio estranho. Elizabeth olhou para trás, mas Jason já havia desaparecido. Por um segundo, a garota se sentiu aliviada, até que uma mão fria agarrou seu braço e a puxou para trás de uma parede.
── Shiu! ── sussurrou uma voz baixa.
A garota pensou que fosse um guarda, mas ao se virar, encontrou os olhos castanhos familiares de Thomas. Ele estava sorrindo, segurando-a pela cintura. Elizabeth não conseguiu se conter. Jogou os braços em volta dele e o abraçou com força. O calor do abraço era reconfortante, como se Thomas quisesse protegê-la de tudo. Por um momento, Elizabeth pensou estar segura.
── Não faz isso, pensei que era um guarda! ── disse Elizabeth, se afastando.
── Lizzie, você precisa ir para o labirinto. ── respondeu Thomas, sério, desfazendo o sorriso no rosto de Elizabeth.
── O quê? Por quê? ── perguntou Elizabeth, sentindo o desespero crescer.
── Lizzie... eu não quero que você me esqueça, e também não quero te esquecer. Pensar que estaremos no mesmo lugar, e comentar sobre algo, sem saber que já nos conhecemos... é horrível. ── ele fez uma pausa, respirando fundo, tentando segurar as lágrimas. ── Mas o pior é pensar que podemos mudar, que talvez não sejamos os mesmos, que talvez não fiquemos juntos. Mas não podemos fugir disso, Lizzie. Em dois meses, eu me junto a você e a todos os outros. Mesmo que não lembremos de nada.
── Não vamos nos lembrar de nós, Thomas! ── retrucou Elizabeth, tentando conter as lágrimas.
── Mas talvez, loirinha... a gente se apaixone de novo. ── Thomas sorriu de leve, colocando uma mecha loira de Elizabeth atrás da orelha. ── Aconteceu uma vez, pode acontecer de novo.
── E se não acontecer? E se eu mudar e você não gostar de mim?! ── respondeu Elizabeth, soluçando entre as palavras.
── Isso não vai acontecer. Você é única, Lizzie. É impossível não gostar de você. Sei que, de algum jeito, vamos ficar juntos. Mas você precisa ir.
── Eu não posso esquecer você. Já perdi meus amigos, meu irmão... agora vou perder você também. ── A voz de Elizabeth saiu fraca, quase um sussurro, enquanto as lágrimas escorriam livremente.
── Nós vamos ficar juntos, Lizzie. Pode demorar, mas vai acontecer. ── respondeu Thomas, puxando a garota para outro abraço.
O calor dele à envolvia como um escudo contra o frio cruel que estava por vir. E os braços fortes pareciam querer segurá-la para sempre. Por um momento, Elizabeth quis acreditar nisso. Quis acreditar que eles poderiam ficam juntos novamente, mesmo com as memórias apagadas. Mas era quase impossível.
Elizabeth se afastou dos braços quentes de Thomas com relutância, como se cada centímetro de distância fosse uma luta interna. Seus olhos encontraram os dele, e ela forçou um sorriso, embora a dor em seu peito fosse quase insuportável.
── Eu vou... porque você pediu. ── Sua voz saiu trêmula, deixando mais algumas lágrimas escorrerem.
Sem olhar para trás, ela se virou, dando passos pesados em direção à porta. Cada movimento parecia carregar o peso de uma despedida que ela não estava pronta para fazer.
Ao chegar à porta, seus olhos se fixaram nas duas figuras que a esperavam. A Chanceler estava parada com a mesma expressão fria de sempre, enquanto Jason, com um sorriso vazio, deu um passo à frente.
── Que bom que resolveu se render, Elizabeth. Vai ser melhor pra você. ── a voz dele era cheia de falsa gentileza, e a mão que ele colocou sobre o ombro dela parecia mais uma corrente invisível do que um gesto de conforto. ── Vamos, Eleanor está te esperando.
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➢┃001: Esse foi o prólogo, amores. Eu queria fazer um (prólogo) no começo de cada ATO (um, dois e três). E acho que todos os prólogos serão do passado.
➢┃002: Provavelmente todos os prólogos vão ser melhores que os capítulos.
➢┃003: Talvez eu poste os primeiros capítulos rápido, mas quando chegar perto do ATO dois eu vou demorar um pouco pra postar.
➢┃004: Só isso meus amores, beijo🤍💗
──emy.
Total de palavras:935.
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