|Capítulo 22|
P.O.V Abigail Swan
Ainda estava processando o que Bella me contou: que seu namorado é um vampiro, assim como sua família. Minha ficha ainda não caiu, na verdade, a realidade de que vampiros existem. Eu achava que era apenas coisa de livros. Tudo estava confuso para mim.
Estava no meu quarto assistindo aulas de piano online. Eu sentia tanta falta de tocar, talvez fosse hora de voltar para Nova York, mas não queria deixar meu pai, Bella e, principalmente, Embry. Soltei um suspiro, fechei meu notebook e me deitei na cama. Escutei batidas na porta e murmurei para a pessoa entrar. Olhei de lado, vendo Bella meio sem jeito.
— Ainda está confusa? — perguntou ela, entrando no meu quarto e caminhando até minha cama, sentando ao meu lado.
— Achava que vampiros eram somente mitos e histórias — respondi, sentindo o peso das revelações.
— Eu sei. Parece surreal, não é? — disse Bella, olhando para o chão.
— Totalmente. E como você se envolveu com eles? — perguntei, querendo entender mais.
— Foi um pouco complicado. Edward e eu, bem, nos conectamos de uma forma inexplicável. — explicou Bella, seu rosto suavizando com as lembranças.
— Isso é... intenso — comentei, tentando imaginar a situação.
— Sim, é. E perigoso também — Bella admitiu, sua expressão ficando mais séria. — Mas não me arrependo de nada.— suspirei, tentando processar tudo de novo.
Me sentei na cama e olhei para Bella, tentando encontrar as palavras certas.
— Você está realmente bem? — perguntei, minha voz carregada de preocupação,Bella me olhou por alguns segundos antes de dizer algo.
— Estou bem, Abby. De verdade.— respondeu ela, havia algo na intensidade da sua voz que me deixou desconfiada, mas deixei passar. — Por que está tão preocupada?—perguntou Bella, eu hesitei, tentando reunir coragem para dizer o que estava pensando.
— Talvez... talvez eu devesse voltar para Nova York — murmurei finalmente,Bella ficou sem reação, seus olhos se arregalaram.
— Você está falando sério?— questionou ela—Vai embora de vez? E o papai? E... o Embry?
Eu não sabia o que responder, a decisão parecia ainda mais pesada agora que estava dita em voz alta.
— Eu... eu não sei, Bella. Está tudo tão confuso. Sinto falta de Nova York, do piano... mas não quero deixar vocês. — olhei para ela, esperando uma reação.
— Entendo, Abby.—Bella suspirou, seus ombros caindo ligeiramente—Mas você realmente acha que fugir vai resolver algo?
— Não estou tentando fugir — respondi, minha voz soando mais defensiva do que eu pretendia. — Só... estou tentando entender o que é melhor para mim.
— E o que o seu coração diz? — perguntou Bella, seus olhos fixos nos meus.
— Eu não sei.—suspirei, sentindo as lágrimas começarem a se formar—Parte de mim quer ficar, mas outra parte acha que preciso ir.— completei,
Bella se levantou e veio até mim, me envolvendo num abraço apertado.
— Seja qual for sua decisão, estaremos sempre aqui para você.—disse Bella—Mas pense bem, Abby. Às vezes, enfrentar nossos medos é o melhor caminho.
Assenti, sentindo o peso das suas palavras. Talvez fosse hora de encarar meus medos e descobrir o que realmente queria. E, mais importante, quem queria ao meu lado.
(...)
Entrei no meu quarto apenas de roupão, usando uma toalha para secar o cabelo. Ao pisar no chão, notei Embry mexendo nos meus livros. Fechei a porta do quarto e olhei para ele, incrédula.
— Embry?! — chamei, e ele se virou para me olhar. Estava apenas de bermuda, sem camisa.— O que você está fazendo aqui? — perguntei, tropeçando nas palavras.
— Vim te ver — respondeu ele, sorrindo. — E talvez ganhar um beijinho.
— Você invadiu meu quarto, mexeu nas minhas coisas e ainda acha que vai ganhar um beijo? — questionei, cruzando os braços enquanto me aproximava dele. Embry sorriu e arqueou as sobrancelhas.
— Talvez louco por você — disse ele, me puxando pela cintura. Coloquei a mão sobre seu ombro, notando o quanto ele estava quente.
— Você não era tão quente assim — falei, confusa. Embry me olhou com um misto de nervosismo e diversão, puxando-me ainda mais perto.— Embry, meu pai está em casa — murmurei, tentando manter a compostura.
— Relaxa, ele deve estar dormindo no sofá — sussurrou Embry, aproximando seu rosto do meu. Sem perder tempo, ele me beijou. Era um beijo quente e intenso. Ele apertou minha cintura enquanto me guiava para trás, fazendo minhas costas baterem contra a parede.
Enquanto Embry me beijava, suas mãos apertavam minha cintura e eu estava cedendo aos poucos, puxando-o pela nuca sem querer interromper o beijo. No entanto, o som da porta se abrindo e a voz do meu pai me fizeram congelar.
— O que está acontecendo aqui? — perguntou Charlie, sua voz firme.
Eu e Embry nos afastamos rapidamente, ambos com os olhos arregalados e corados. Tentei encontrar palavras, mas só consegui gaguejar.
— Senhor Swan, eu... — Embry começou, mas sua voz saiu hesitante.
Papai nos olhou com uma expressão de choque e, sem dizer mais nada, fechou a porta atrás de si. Eu e Embry nos encaramos, sem saber o que dizer. O silêncio foi interrompido.
— Isso não foi como eu planejei.— Embry murmurou
— Eu também não — respondi, tentando recuperar o fôlego e o controle da situação.
Ambos continuamos vermelhos, sem saber como seguir a partir daquele momento constrangedor.
— Eu... — comecei a falar, mas fui interrompida.
— Acho melhor eu ir — disse Embry, sua voz carregada de constrangimento, eu apenas concordei com um aceno, e ele se afastou rapidamente, pulando pela janela.
Fiquei sozinha no quarto, me joguei na cama e passei a mão no rosto, tentando processar tudo o que acabou de acontecer.
(...)
Desci as escadas, ainda sentindo um frio na barriga. Encontrei meu pai sentado no sofá, parecendo relaxado.
— Oi, papai. Embry já foi embora — falei, tentando soar natural.
— Ah, é? Então, o que aconteceu no quarto?— ele levantou uma sobrancelha, tentei começar a explicar, mas ele me interrompeu, dizendo com um tom firme, mas compreensivo: — Olha, Abby, você tem direito de ficar com quem quiser. Eu sei que sou ciumento quando se trata da minha menina, mas eu confio em você. Só tome cuidado, ok?
— Eu prometo — sentei ao seu lado no sofá, agradecida. Ele passou a mão no meu cabelo, um gesto reconfortante.
— E, por favor, tranca a porta e avisa quando o Embry estiver aqui. — Ele fez uma pausa e, com um sorriso brincalhão, acrescentou— Entre nós, eu prefiro o Embry ao Edward. — soltei uma risada, aliviada com a conversa leve e o apoio dele.
Parei de rir e olhei para baixo, sentindo o peso das palavras que estava prestes a dizer.
— Abby? — chamou meu pai, seu tom preocupado.
— Pai, talvez eu volte para Nova York — falei, com a voz falhando. Olhei para ele, sentindo a dificuldade em minhas palavras. — Talvez esteja na hora.— ele
abaixou a cabeça, um suspiro escapando de seus lábios.
— Meu anjo, você só está aqui há alguns meses — disse ele, com a voz embargada. — Tudo bem, eu não vou te forçar a ficar. Você sente falta do piano?
— Sinto… — respondi, um nó na garganta. — Mas estou dividida entre ir ou ficar aqui.
— Eu vou te apoiar em qualquer decisão — disse papai, me abraçando de lado. — Eu te amo, minha princesinha.
— Também te amo, papai — respondi, sentindo um misto de gratidão e tristeza.
Mais um capítulo amores,espero que gostem e me desculpem pelo erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰
Me 20 curtidas amores.
Até o próximo capítulo amores ❤️ ❤️
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