㊙ 01. chiyo satõ, a hashira das nuvens.
𝐜𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐨𝐧𝐞 ৲ chiyo satõ, a hashira das nuvens.
Tanjiro Kamado teve a faixa branca finalmente retirada de seus olhos, permitindo sua visão voltar. Pela claridade do sol, depois de tanto tempo sem conseguir enxergar, ele teve que piscar lentamente para se acostumar novamente.
Entretanto, a cena que estava acontecendo na sua frente fez ele se acostumar com a luz rapidamente.
— Senhor Haganezuka, não foi minha culpa! O pescoço do Oni que era duro demais! — uma voz feminina e levemente meiga ecoava por todo o território.
— Eu vou te matar. — agora era uma voz totalmente familiar para ele.
Um pouco mais na frente, no território plano do lugar, uma garota de cabelo longo e platinado corria com uma velocidade absurda, enquanto atrás dela um homem alto e de máscara típica dos ferreiros corria ainda mais rápido.
— O que é isso? — Tanjiro arregalou os olhos, perguntando para ninguém em específico.
Entretanto, a mulher que havia o levado até a Vila dos Ferreiros respondeu.
— Essa é uma cena bastante comum por aqui. É quase como se fosse a diversão dos moradores.
— Certo... — o Kamado respondeu, sem ter certeza de ter entendido. — Muito obrigada por tudo! — ele sorriu para a mulher, que se curvou levemente e logo saiu.
Quando a atenção dele voltou para a dupla onde ele só conhecia o homem, a garota de cabelo platinado estava recebendo vários petelecos na testa pelo mais velho.
— Sua pirralha maldita!
— Senhor Haganezuka, não seja tão radical. Sou apenas uma menininha indefesa! — ela falou, enquanto ainda recebia os petelecos.
— Senhor Haganezuka! Para com isso! — Tanjiro correu até eles e quando o homem citado o viu, saiu correndo numa velocidade que daria inveja até nos Hashiras.
A platinada fez bico, observando o homem ir embora.
— Poxa.
— Você está bem, moça? Ele sempre exagera. — o Kamado se aproximou, olhando a mulher — Eu sinto que lhe conheço de algum lugar. — ele a observou curiosamente.
— Bom, eu sei que te conheço. Tanjiro Kamado, não é? E nessa caixa que você carrega tem uma Oni. — a mulher deu um sorriso para ele, que o fez corar.
Ela era linda.
— Então... Lembrei! — ele exclamou de uma vez. — Você estava com os Hashiras na primeira vez!
A mulher riu.
— Eu sou Chiyo Satõ, a Hashira das Nuvens. É um prazer te ver novamente, Tanjiro.
— Sabia! — exclamou novamente de uma vez. — O prazer é inteiramente meu, Senhorita Chiyo. De acordo com as ordens que recebi, eu preciso ir ver o mestre. Sabe me informar onde a casa dele fica?
— Sei sim. Você pode seguir reto e virar a esquerda quando chegar lá no final.
— Muito obrigada! — ele se curvou em agradecimento, antes de sair praticamente correndo para seu destino.
Chiyo tombou a cabeça levemente para o lado, sorrindo, antes de sair.
Um pouco mais tarde naquele mesmo dia, Tanjiro conheceu o pequeno Kotetsu, que estava sendo importunado por Muichiro Tokito, o Hashira da Névoa.
E mais uma vez, Chiyo estava sendo perseguida por Hotaru, que dessa vez carregava duas facas, uma em cada mão.
Tanjiro estava boquiaberto enquanto Kotetsu ria.
— Outra vez isso? — o caçador de Onis questionou.
— Sim. A Senhorita Chiyo acabou de voltar de uma missão rápida, e lá ela acabou lascando a espada que o Haganezuka havia acabado de fazer para ela.
— Ô. Nossa, ela ainda pior que eu em questão de danificar espadas. — Tanjiro soltou uma risada, coçando a nuca. — Mas ela não é uma Hashira? Acredito que ela poderia facilmente dar um fim nisso.
— Sim, ela é, mas o Haganezuka não liga para isso. Sem contar que olha pra ela, ela parece se divertir irritando ele.
O menino apontou, fazendo Tanjiro notar que de fato a Hashira estava rindo, como se o fato de estar sendo perseguida fosse a coisa mais engraçada do mundo.
E isso provavelmente deixava o ferreiro ainda mais irritado.
— Verdade. Bom, então acho que é bom a gente não se meter, não é?
— Acho que não. Senão, a gente acabaria sendo perseguido também. — Kotetsu respondeu, cruzando os braços.
Chiyo estava se servindo, de frente para Tanjiro e Nezuko, que estavam sentados do outro lado.
— Nezuko! Você é tão fofinha! Vem cá, vem, neném. — ela abriu os braços e Nezuko foi se arrastando, até estar no colo da mulher.
Chiyo apertou a menininha num abraço forte e a Kamado mais nova pareceu não achar ruim, pois estava com os olhinhos fechados, como se sorrisse largamente.
— Vocês são muito fofos. Lembram muito eu e minha irmã mais velha. — a Hashira sorriu, acariciando o topo da cabeça de Nezuko.
— Sério? — Tanjiro observou a mulher, enquanto comia um pouco de onigiri. — Me desculpe a pergunta, Senhorita Chiyo, mas como você se tornou Hashira?
— Ah, não precisa se desculpar! — a garota sorriu, comendo um pouco de seu jantar com uma mão, enquanto com o braço livre apoiava Nezuko, como se a Oni fosse um bebê. — Eu virei uma Hashira porque... Nossa, que pergunta! Acho que foi um conjunto de coisas. Minha família é composta por caçadores de Oni e isso passou para mim. Sempre senti vontade de proteger as pessoas e de que forma melhor que seguir os passos dos meus pais? — ela falava com ternura, observando Nezuko com carinho. — A primeira vez que eu salvei alguém, eles choraram e me agradeceram tanto, foi tão bom. É um pouco prepotente e egoísta isso, não é?
Ela riu.
— Mas, foi ali que me encontrei. Então treinei até meu corpo não aguentar mais e criei a respiração das nuvens. — Chiyo sorriu. — E agora, vendo essa menininha linda no meu colo, percebo que fiz a escolha certa. Nezuko é a esperança do mundo. Me desculpem ter sido contra no início.
A Satõ esperou uma resposta, entretanto ela não veio. Isso a fez levantar a cabeça e encontrar um Tanjiro com as orbes marejadas, como se segurasse o choro. Ele sorriu e foi para o lado da Hashira.
— Isso é lindo, Senhorita Chiyo! Muito lindo mesmo!
A Hashira arqueou as sobrancelhas surpresa, antes de sorrir largamente, tombando a cabeça para o lado.
— Na verdade, vocês são a esperança do mundo. — a platinada se corrigiu, fazendo um carinho no topo da cabeça de Tanjiro com sua mão livre. — Posso mostrar uma coisa para vocês?
Questionou e Tanjiro assentiu. Chiyo olhou Nezuko, que também assentiu, animada com a idéia.
— Então vamos. — a platinada riu, se levantando enquanto segurava Nezuko.
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