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⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀⩩⦙ 014 - Down The Line - José González

tw: o capítulo
a seguir contém
conteúdo sensível.

MANTENDO-SE O TEMPO INTEIRO EM ALERTA  para evitarem surpresas desagradáveis, os quatro irmãos seguiram Bobby até o porão. O velho caçador parou em frente a uma enorme porta de ferro, a qual Agnes havia ignorado completamente durante os dias que esteve na casa do homem e Robin chegou a notar, porém nunca fez perguntas ou teve sua curiosidade atiçada. Com um pouco de esforço, Bobby foi capaz de destravar a porta, sendo o primeiro a ingressar no cômodo secreto.

Mais do que depressa os quatro o acompanharam, sendo Agnes a última a entrar, ficando responsável por fechar a porta pesada. O cômodo não era uma sala qualquer, sendo o sonho de consumo de qualquer caçador experiente que conseguiu sobreviver durante anos no trabalho. Carregado com todos os tipos de armas possíveis e símbolos de proteção, o quarto era capaz de protegê-los de todos os tipos de assombrações existentes, desde fantasmas a demônios. Os irmãos Winchester trocaram olhares empolgados, enquanto Agnes perambulava pelo recinto com os olhos brilhando de admiração. Entretanto, Robin soava indiferente, estando desinteressada em tudo o que compunha o covil, ela revirou os olhos e acomodou-se na cama, sentando sobre a mesma com as pernas cruzadas enquanto torcia para que resolvessem o problema dos fantasmas, afinal, não tinha o interesse de passar a eternidade trancafiada naquele lugar claustrofóbico.

― Bobby, isso é... ― Sam começou a perguntar, mas foi interrompido por Bobby antes que pudesse terminar a sentença.

― Ferro sólido, totalmente coberto de sal. Cem por cento a prova de fantasmas ― O homem soava despretensioso, como se aquele tipo de construção fosse algo simples de fazer e todo caçador experiente possuísse no quintal de sua casa.

― A prova de qualquer coisa, você quis dizer ― Agnes tocou na parede, sentindo a textura grossa do ferro enquanto sorria encantada.

― Você fez um quarto do pânico ― Falou Sam tão admirado quanto Agnes.

― Quando? ― Perguntou a mulher mudando o foco de sua atenção para o padrinho.

― Na folga de fim de semana ― Desdenhou Bobby dando com os ombros. No fundo estava orgulhoso do trabalho e, principalmente, dos seus pupilos apreciarem o cômodo.

― Bobby? ― Chamou Dean sério.

― O que? ― Perguntou Bobby olhando na direção do Winchester.

― Você é incrível. ― Falou Dean sorrindo orgulhoso.

― Larga isso aí! ― Ordenou Bobby caminhando apressado até Agnes, mal tendo tempo de agradecer o elogio de Dean. A Eagles mais velha segurava a metralhadora em mãos, mirando para todos os lados enquanto fingia atirar. ― Vai acabar acertando alguém. Quantas vezes tenho que dizer que elas não são brinquedo?

― Credo, como você sempre estrega a diversão, Grande B. ― Agnes revirou os olhos e cruzou os braços na frente do corpo quando teve a arma retirada de suas mãos ― Além disso, pensei que merecesse uma arma legal. Diferente de certas pessoas não tenho um único fantasma atrás de mim.

― Não uma metralhadora ― Resmungou Bobby no mesmo tom que utilizava para repreender Agnes quando nova, fazendo os Winchester rirem. ― Agora pare de mexer nas armas e vamos no focar no que importa, temos trabalho a fazer.

Obedecendo a ordem do padrinho, apesar de contrariada por não poder ter a metralhadora, Agnes sentou ao lado da irmã mais nova na cama e começou a folhear os livros em busca do símbolo desenhado, sendo acompanhada por Bobby na missão. Enquanto isso Sam e Dean preparavam munições especiais, criando mais balas com sal no lugar da pólvora. Robin apenas acompanhava a movimentação com os olhos, estando muito preocupada para conseguir manter o foco na leitura. Durante o trabalho eles teorizavam sobre alternativas que poderiam ter feito os fantasmas levantarem dos seus túmulos.

― Viu? É por isso que não vou atrás de Deus. ― Disse Dean indignado, ele não havia aberto a boca desde o momento que começou a prensar as munições, estando pensativo e irritado.

― O que o cu tem a ver com a calça? ― Perguntou Agnes encarando Dean por cima do livro.

Interessados no que Dean tinha a dizer, todos pararam seus afazeres para prestar atenção no Winchester mais velho. A loira acomodou-se com a coluna ereta na cama, Bobby baixou o livro e Sam parou de preparar o miolo das balas de sal. Como se soubesse o tipo de discurso que Dean protagonizaria a seguir, Agnes seguiu com a leitura, mas sem deixar de prestar atenção no melhor amigo.

― Se ele não existe, ótimo! Coisas ruins acontecem com gente boa, sem a menor razão, sem motivos, horrível, mal. Eu entendo, está bem? Mas se e ele está lá? Qual é o problema dele? Onde ele está enquanto gente inocente está sendo feita em pedaços? ― Reclamou Dean regressando para o tópico discutido alguns dias atrás.

― E lá vamos nós... ― Murmurou Agnes sarcástica.

― Agnes... ― Repreendeu Bobby em tom baixo.

― Não, deixa ela falar! ― Falou Dean olhando desgostoso para Agnes, estando determinado em discutir sobre o assunto, prosseguindo com seus argumentos ― Como ele aguenta cara? Por que ele não ajuda?

― Bobby... ― Disse Agnes dando a deixa para o padrinho.

― Não vou me meter dessa vez, ainda mais sobre esse assunto. Não chego nem perto ― Respondeu Bobby.

― Okay, vamos lá! ― Agnes suspirou fundo, abaixou o livro no colo e juntou as pontas do dedo, típico sinal de que viria com seus longos monólogos ― Coisas ruins acontecem com pessoas boas, assim como coisas boas acontecem com pessoas ruins. Mas isso não significa que no final eles não pagam, como você acha que os demônios agem? A vida não é justa, se a vida fosse justa a Robin ainda estaria estudando, o Sam teria terminado a faculdade e nós dois poderíamos ter tido uma infância normal. Infelizmente merda acontece. Mas isso não significa que Deus não seja justo ou que tudo seja culpa dele. Também temos o livre arbítrio, todo mundo tem. É óbvio que uma confusão grande aconteceria. Agora é nossa missão impedir, assim como é nossa missão parar essa coisa para que outras pessoas não tenham o mesmo destino que a Olivia ou coisa pior. E poderia continuar falando e falando, incluindo termos morais e éticos. Isso é filosofia e eu nunca gostei de filosofia. Agora, se você realmente quer uma resposta aceite essa: "Deus escreve certo por linhas tortas".

― Desde quando você virou uma devota? ― Perguntou Dean franzindo o cenho.

― Desde quando compreendi a dualidade do mundo. Terra, céu, dia, noite, som e silêncio. Treva e luz. Andam sempre dois a dois para dar equilíbrio. Há inverno e há verão. Essa é a primeira lição ― Terminou Agnes arqueando uma das sobrancelhas.

― Você acabou de citar Mulan? ― Perguntou Robin confusa ao ouvir as últimas frases ditas pela irmã, não acreditava que a mesma era capaz de conhecer desenhos infantis ou qualquer música que não fosse rock antigo ou indie.

― Não. ― Mentiu Agnes mordendo o canto do lábio.

― Eu tenho quase certeza que é Mulan dois ― Pressionou Robin tentando descobrir mais sobre essa faceta da irmã.

― Achei! ― Anunciou Bobby aos irmãos, interrompendo a conversa das Eagles e depositando o livro aberto na mesa de metal onde os rapazes trabalhavam, para que todos conseguissem ler as palavras. ― Marca da testemunha.

― Testemunha? ― Perguntou Agnes levantando abruptamente e aproximando dos amigos.

― Testemunha do que? ― Perguntou Sam tão surpreso e curioso quanto Agnes.

― Algum crime em especifico? Porque se for isso aposto que meus fantasmas apareceram ― Zombou Agnes tentando quebrar suas preocupações com uma piadinha.

― Do que não é natural. ― Respondeu Bobby trocando olhares nervosos entre os três caçadores experientes, lentamente ele lançou um olhar pesaroso para Robin, a qual roía as unhas nervosas e em seguida olhou preocupado para Agnes ― Nenhum deles morreu do que chamamos de "causa natural".

― Não... Deve estar errado isso aí ― Agnes tomou o livro das mãos de Bobby para poder ler a descrição do que a marca significava. ― A Robin não matou ninguém. Impossível, não faz parte da personalidade dela.

― Agnes... ― Dean chamou pesaroso, ele estava presente quando a fantasma atacou Robin no andar superior, sabendo parte de uma história sobre a loira que Agnes desconhecia.

― Desembucha! ― Tremendo dos pés a cabeça, com um misto de raiva e preocupação, Agnes virou na direção da irmã mais nova, a qual encolheu contra a parede ― Co... Como a Lucy e o tal de Pierre morreram?

― Não foi minha culpa ― Chorou Robin cobrindo os rostos com as mãos.

― Não é o que eles acham ― Rebateu Agnes cerrando os pulsos ― Robin... Como?

― Suicídio. ― Respondeu Dean notando que Robin não iria dizer nada para a mais velha. ― Ambos os fantasmas da Robin cometeram suicídio.

― Por quê? ― Perguntou Agnes chorosa, mantendo o olhar sobre Robin que encolhia cada vez mais contra a parede e cobria a cabeça ― RESPONDE!

― Ano passado, durante o baile de primavera, resolvemos pregar uma peça no Pierre. Todo mundo sabia que ele era afim de mim, dei a entender que iriamos transar. Era uma pegadinha boba. ― Robin gaguejava entre as palavras ― Tirei minhas roupas, entrei no lago e ordenei que ele fizesse o mesmo. Foi quando todo mundo saiu do esconderijo que estavam, iluminando a bunda branca dele e rindo. ― Ela mordeu o lábio inferior e fechou os olhos, recordando com exatidão da cena e do sentimento que teve na hora ― Era uma brincadeira, também estava nua, todo mundo me viu sem roupa e nem por isso fiz drama. As fotos se espalharam pelo colégio, alguns dias depois descobrimos que ele havia se matado.

― Isso não foi uma brincadeira! Você foi uma completa imbecil! Nem o Dean é idiota a esse ponto, Robin. ― Agnes ergueu o tom de voz, apontando o dedo na direção da irmã ― Aonde você viu que esse tipo de humilhação seria algo engraçado?

― Olha quem fala! Até parece que você nunca faria uma brincadeira nesse estilo no colégio. Foi um trote. ― Robin tentou se defender, mas antes que Agnes pudesse responder algo, Bobby interferiu na briga.

― Agnes nunca fez esse tipo de brincadeira no colégio, ela era a aluna exemplar, ficava longe de confusões... ― Bobby defendeu a afilhada, erguendo a voz pela primeira vez para Robin ― O Dean está de prova, ela passava horas estudando para os exames porque não queria desapontar a professora favorita. A melhor amiga dela era a filha da diretora e frequentava a igreja aos domingos e o outro era um nerd esquisitão que adorava jogos de tabuleiros. Apesar da Agnes ser, bem, a Agnes, nunca fui chamado por mal comportamento.

― Não pode estar falando sério ― Resmungou Robin descrente de que a irmã já fora uma adolescente normal em parte da vida. ― Essa Agnes?

― Sim, essa Agnes! ― Defendeu Dean ao perceber que a Eagles mais velha estava abalada com a situação. ― Eu não sei qual a visão que tem da sua irmã, mas o Lorcan disse muita coisa irreal, coisas que ela não merecia ouvir.

― Chega! ― Ordenou Agnes mordendo o canto do lábio ― Não vamos tornar isso sobre mim. Agora, Robin, mais uma pergunta. A Lucy? Do que ela te culpa? E não ouse mentir, irei descobrir com ou sem sua confissão.

― A Lucy queria fazer parte da minha turma, mas ela não se enquadrava no padrão. A culpa não foi minha dela querer inventar de seguir receitas de emagrecimento da internet. ― Robin revirou os olhos ― A morte do Pierre eu entendo, mas a Lucy me culpar não. Ela sempre foi desajeitada e acima do peso.

― A menina era linda! ― Gritou Agnes para a irmã mais nova, levando a mão até a testa. ― E aposto que ela seria uma amiga melhor do que aquelas garotas com quem você andava.

― Eu não andava com elas, elas que andavam comigo ― Vociferou Robin irritada com as broncas da irmã. ― E a culpa não é minha deles me odiarem no pós-morte, não tenho culpa de ser tão popular.

Com fúria no olhar, Agnes não hesitou em aproximar da irmã e deferir um tapa sobre sua face. Desacreditava em como a imagem que possuía sobre Robin estava errada, de como ela não era o "anjo" que o pai adorava coloca em um altar. Apesar de saber que a irmã era popular, com vários amigos e tinha a vida dos filmes adolescentes americanos, ela não suspeitava que Robin fizesse parte das vilãs mimadas que só atrapalham a trama.

Os rapazes se assustaram com o comportamento de Agnes, considerando que aquele tipo de ração seria impossível de vir por sua parte, principalmente de todas as coisas que havia sacrificado para Robin levar a vida que levava. Os três caçadores levantaram da cadeira, ficando prontos para enfrentarem o caos interno que assustava mais do que os fantasmas do outro lado da porta.

― Sabe por que você não tem fantasmas? ― Perguntou Robin retórica, estando furiosa por ter sido estapeada e ao mesmo tempo tão surpresa quanto os outros ― Pois as pessoas esperam isso de você, está no seu sangue! O papai estava certo esse tempo inteiro, você é um monstro Agnes e não pode me julgar. Aliás, belos olhos...

― Eu... ― Agnes ameaçou socar a cara da irmã ao ouvir o desaforo, escutar aquele tipo de coisa pela boca da Robin doía mais do que ouvir do próprio pai. Ao entender o sarcasmo sobre a mudança de cor do globo ocular, ela respirou fundo com os olhos fechados e baixou a mão, tentando evitar que o ódio tomasse seu coração. ― Eu não sou um monstro.

― Não, não é! ― Defendeu Bobby puxando Agnes para próximo de si. ― E você não sabe nada sobre sua irmã, Robin. NADA!

― Vocês também não ― Provocou Robin arqueando uma das sobrancelhas.

― Besteira! ― Rebateu Bobby estando prestes a discutir com a adolescente.

― Podemos resolver isso logo? ― Perguntou Agnes baixando o tom de voz e se jogando na cadeira onde Dean esteve sentado. ― As coisas estão passando do limite por aqui.

― Certo! Vamos voltar ao assunto. ― Concordou Bobby olhando para a afilhada que não escondia seu abalo.

― E o que sabemos até agora? ― Perguntou Agnes gesticulando para que eles prosseguissem.

― Esses fantasmas foram obrigados a se levantarem, eles estavam em agonia, são como cães raivosos. Não foi culpa deles, alguém os trouxe de propósito ― Respondeu Bobby.

—Quem? ― Perguntou Sam preocupado.

― E você acha que eu sei? ― Bobby bufou frustrado. ― Mas seja lá o que for, usou um feitiço tão poderoso que marcou a alma deles.

― Pelo que li quem fez isso possui grandes planos ― Recordou Agnes lembrando as linhas do livro que havia lido antes de Robin revelar seu lado macabro. ― O chamado "Levante das testemunhas" aparece em uma antiga profecia.

― Espere, espere. De que livro é essa tal profecia? ― Perguntou Dean aproximando de Agnes e massageando seus ombros, tentando relaxar a melhor amiga. Porém a mesma empurrou uma de suas mãos com asco.

― Ora, a versão mais conhecida é só para turistas, sabe como é. ― Falou Bobby. ― Mas resumindo, Revelações. Isso é um sinal rapazes.

― Um sinal do que? ― Perguntaram os Winchester em uníssono.

― Do apocalipse. ― Respondeu Agnes antes que o padrinho pudesse dar a resposta, ela levou a mão na testa e suspirou preocupada. ― Merda!

― Agnes, você está dizendo que é O Apocalipse. ― Dean se surpreendeu. ― Tipo apocalipse, apocalipse? Os quatro cavaleiros, pestilência, gasolina a cinco dólares, apocalipse?

― É, Dean. Esse mesmo. ― Assentiu Agnes cruzando os braços sobre o peito.

― O levantamento das testemunhas é o primeiro marco. ― Avisou Robin aos outros.

― Desde quando você começou a entender sobre o assunto? ― Perguntou Agnes olhando desconfiada para a irmã.

― Eu li. ― Mentiu Robin moveu os ombros com desdém, permanecendo irritada com o tapa levado.

― Certo. O que vamos fazer agora? ― Perguntou Sam tentando entender tudo sobre o que falavam e impedindo outra discussão em família.

― Vamos viajar. Grande Canyon, Jornada nas estrelas, hotel fazenda. ― Agnes respondeu sarcástica dando com os ombros. O nervosismo era aparente. ― Não sei, Sam. Que tal vermos nossas prioridades agora, tipo, sobreviver aos amigos de vocês?

― Ótimo. Alguma ideia além de ficar nesse quarto até o julgamento? ― Dean ironizou e cruzou os braços.

―Existe um feitiço. ― Bobby apontou para a página aberta do livro ― Ele manda as testemunhas de volta para o descanso. Mas está em Aramaico.

― Deixe-me ver! ― Robin estendeu a mão para que pudesse ler o livro, porém Bobby hesitou ― Meu rabo também está na reta, não estou mentindo.

― Ela sabe ler aramaico ― Assentiu Agnes gesticulando para que Bobby entregasse o livro para a irmã mais nova. ― Ela é egoísta, pudemos notar.

― É, ele deve dar certo ― Bobby assentiu ao ler a lista de ingredientes que Robin havia traduzido para o inglês e lhe entregado.

― Deve? Ótimo ― Sam soou esperançoso.

― Se eu traduzi direito, temos tudo o que precisamos aqui na casa. ― Robin sorriu orgulhosa.

― E desde quando você sabe falar aramaico? ― Perguntou Bobby franzindo o cenho desconfiando ainda mais da loira.

― Você tem seus dons, eu tenho os meus. ― Robin sorriu sem mostrar os dentes. ― Aprendi com o papai.

― Desde quando o Lorcan sabe aramaico? ― Perguntou Dean confuso.

― Teve um caso, anos atrás envolvendo feitiços aramaicos. Robin achou interessante ― Mentiu Agnes para evitar uma longa lista de questionamento sobre alguns dons de Robin que trariam os seus a tona.

― Alguma chance de ter tudo o que precisamos nesse quarto? ― Assim como os outros, Dean não pretendia sair do aposento.

― E você achou que nossa sorte ia mudar assim? Do nada? ― Ironizou Agnes arqueando as sobrancelhas.

― Grandes partes dessas coisas estão escondidas nos pequenos esconderijos do Bobby, além de que o feitiço só funciona a fogo aberto, ou seja, lareiras e fogueiras ― Robin entortou os lábios.

― Lareira na biblioteca ― Sam sorriu nervoso.

― Ele acertou, eu mereço um prêmio ― Agnes piscou para Sam e levantou da cadeira, caminhou em direção ao armário e escolheu a arma que levaria para fora do quarto.

― Não é tão atraente quanto o quarto do pânico a prova de fantasmas, sabe? ― Ironizou Dean olhando da Robin para a Agnes.

Sam suspirou cedendo a ideia de sair para a caçada, afinal esse é o trabalho da família.

― Não temos escolha. ― Falou Robin pegando a primeira arma que encontrou.

― Nós não temos escolha, você tem. ― Agnes segurou a irmã pelos ombros, impedindo a loira de segui-los. ― Você fica aqui, caso a gente não volte quero que ligue para a Ellen e diga a ela para terminar o feitiço. Já foi de grande ajuda sendo uma babaca no colegial.

― Mas...

― Nada de mas, Robin ― Agnes a encarou profundamente, mesmo irritada com o comportamento revelado pela mais nova, ela ainda se preocupava com sua segurança. Afinal, Robin sempre foi sua protegida.

― Tudo bem ― Resmungou Robin batendo o pé como uma criança mimada.

― Você vai ficar bem ― Sam aproximou da Robin e colocou a mão sobre seu ombro por alguns segundos.

― Sam, espere ― Pediu a jovem, fazendo o mesmo parar na metade do caminho.

Sorrindo doce, ela correu para os braços do Winchester mais novo e, ficando na ponta dos pés, depositou um beijo quente sobre seus lábios enquanto o segurava fortemente pela cintura, o envolvendo em um abraço desajeitado. Mantendo os olhos abertos durante o beijo e sem corresponder ao ato, ele lançou um olhar nervoso em direção a Dean e Agnes, os quais riam da cena.

― Não, Robin! ― Ele a empurrou pelos ombros ― Estou lisonjeado, mas...

― Mas que porra foi essa? ― Perguntou Bobby irritado ao assistir a cena.

― Foi para dar sorte ― Disse a adolescente piscando com um dos olhos e afastando do maior.

― Vamos logo com isso. ― Resmungou Bobby irritado. ― Tranque a porta quando sairmos, Robin.

― Pode deixar. ― Assentiu Robin acenando em adeus.

Os três homens foram os primeiros a deixarem o quarto do pânico. Antes de sair, Agnes lançou um olhar cheio de desapontamento na direção da irmã mais nova. Porém, mesmo triste com as descobertas em relação à loira, ela correu em sua direção e a abraçou apertado sem dizer uma única palavra, deixando Robin sem reação. Obedecendo as ordens de Bobby, a loira fechou a porta do quarto do pânico, mesmo sem a pretensão de permanecer dentro do mesmo pelo resto da noite.


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