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━━━━〔 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘵𝘸𝘦𝘯𝘵𝘺-𝘦𝘪𝘨𝘩𝘵 〕

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DISFRUTO

POINT OF VIEW

Savannah Boswell

Concentrou-se na voz calma e reconfortante do homem, ele nunca iria lhe fazer mal algum, os toques gentis e suaves que suas mãos reproduziam ao passear por toda a extensão de seu corpo ainda que fossem inofensivos, geravam uma reação automática e protetora vinda do cérebro da garota, tudo causado pela a ameaça de DK há duas semanas, quando pedira que Neela voltasse para ele e para que Savannah não se metesse mais na vida dos dois. Ele tinha usado mais do que a força bruta para alertá-la uma última vez, ameaçara seus amigos e sua família, essa tinha sido a última gota para que ela abaixasse a cabeça e aceitasse a derrota. Não havia sido uma trégua ou um cessar-fogo, estava longe daquilo, aquele assunto não fora encerrado; Savannah podia ver aquilo no rosto de Neela quando se comunicavam com troca de olhares pelos corredores do colégio, ela estava bem ainda que estivesse novamente com DK, mas como ela havia lhe dito uma vez "Não estou blefando", que podia significar "Eu ainda sei o que quero".

— Você está tensa, Savannah. — murmurou Han com os lábios contra a pele nua e estremecida da garota.

Savannah desviou o olhar de um ponto aleatório do quarto de Han e fitou-o. Não sabia se havia feito algum movimento demonstrando estar desconfortável ou novamente tinha ficado distraída em seus pensamentos, porém tentou disfarçar qualquer dessas impressões que tinha passado.

— Não tô não. — retrucou puxando o rosto preocupado de Han, delicadamente para um beijo apaixonado, ela sentiu o gosto do homem em sua língua, adorava senti-lo.

Ele desuniu os lábios dos dois com uma gargalhada leve e contagiante.

— Você é uma péssima mentirosa.

Savannah o avaliou por um instante e no outro acompanhou na risada:

— Certo... O que me denunciou?

Han colocou o cabelo para trás da orelha e esticou-se na cama com os braços atrás da cabeça.

— Você ficou fitando a parede sem esboçar reação alguma, enquanto eu estava dando o melhor de mim — respondeu fazendo seus lábios se erguerem em um sorriso divertido.

— Acabei com seu ego? — perguntou Savy, ele balançou com a cabeça suavemente e murmurou:

— Não é a primeira vez — disparou brincalhão.

A atmosfera do quarto ficou um pouco mais leve. Savannah recuperou-se ligeiramente do silencioso ataque de pânico e do turbilhão de pensamentos que lhe atacara há instantes antes, e depois aconchegou-se no abraço de Han.

— Mas falando sério, o que aconteceu? Eu fiz alguma coisa que você não gostou? — a voz dele quebrou o silêncio que havia se instaurado ali. O homem estava decidido a lhe arrancar qualquer coisa.

Ela desencostou a cabeça de seu peito e contemplou-o:

— Já disse que não — garantiu, porém observou que ele continuava cismado com aquele assunto. O olhar de Savannah passeou por um momento pelo rosto de Han, captando os lábios carnudos e que naquele instante estavam crispados, os olhos pretos e confiantes permaneciam um pouco cansados, ela depositou a mão ao lado direito do rosto dele e proferiu: — Hey, eu te juro como não foi nada... É só algumas preocupações do colégio, exames finais e essas outras coisas — a expressão de Han suavizou um pouco mais ao que os dedos dele se moviam para cima e para baixo nas costas da garota — Eu confio em você, e sei que jamais faria algo que eu não quisesse.

Ele acenou com a cabeça silenciosamente e Savannah agradeceu mentalmente por ele não ter persistido naquela conversa. Uma das virtudes de Han, ele não pressionava ninguém, assim como não gostava de ser. Portanto, quando ambos declaravam assunto encerrado, era assunto encerrado.

O quarto retornou ao silêncio de antes. Savannah escutava apenas a respiração lenta de Han, já que estava com a cabeça sobre o peito dele

— O que você tá pensando? — quis saber ela quebrando o silêncio, e em seguida olhou para cima apenas para vê-lo dar de ombros e torcer a  boca:

— Em como as coisas mudaram... — disse Han com uma voz plana — em tão pouco tempo.

Ela juntou as sobrancelhas.

— De uma forma boa ou ruim?

— Um pouco de cada. — admitiu Han fixando o olhar em Savannah — Quando eu cheguei aqui... Foi complicado. Eu ainda estava perdido e vivendo um dia de cada vez. Mas confesso que foi um pouco mais fácil de enfrentar o luto em um lugar que ninguém conhecia minha história, ou quem eu havia perdido — completou sem emoção. 

— E seus amigos em Los Angeles? — Han a olhou um pouco surpreso por ela ter lembrado daquela informação, considerando que ele não comentava com frequência sobre os amigos, porém respondeu-a:

— Eles têm suas vidas, até pediram para que eu ficasse por lá mas... Vir para cá era a coisa certa a se fazer.

Se Savannah pudesse ver o futuro teria aconselhado seu eu do passado com aquelas palavras de Han. Contudo a vivência era necessária, se não tivesse ido parar ali não tinha mudado algumas de suas atitudes, ou pior não teria voltado a falar com seu pai. Mudanças eram necessárias, sendo elas planejadas ou não.

— Quer saber qual a coisa certa a se fazer agora? — perguntou Savannah a ele na tentativa de mudar o assunto.

Ele a olhou malicioso e puxou o quadril de Savannah um pouco mais para si:

— Que tal uma dica?

A garota riu e levantou-se da cama, e Han acompanhou-a com o olhar.

— Podíamos sair e nos divertir um pouco — sugeriu buscando o sutiã no chão do quarto e colocando-o.

— Podemos nos divertir aqui mesmo — retrucou Han com a voz arrastada como se fingisse preguiça.

— Desde quando você se tornou tão caseiro?

— E esse espírito festivo começou a se manifestar quando em você? — quis saber ele sentando-se na cama ao que ajeitava o cabelo.

— Só acho que deveríamos sair um pouco daqui, e espairecer. — comentou Savy gesticulando com a mão para o pequeno apartamento em cima da oficina. Nas últimas duas semanas, os dois passavam horas e horas concentrados em trabalhar na pintura do skyline de Han, por enquanto estavam focados apenas nisso e depois iriam iniciar o conserto do carro do pai de Savannah. Ela não negava que gostava daquilo, — ainda que conserto de veículos não fosse muito sua praia, aprendeu algumas coisas com o homem durante aquele tempo ali, entretanto sentia que precisavam sair para respirar o ar de Tóquio ao invés do odor de gasolina da oficina mecânica.

— O que você tem em mente? — Han indagou levantando da cama demonstrando que topava com a ideia de sair.

❏ ❐ ❑ ❒❏ ❐ ❑ ❒

O estacionamento do shopping estava consideravelmente lotado, diversas fileiras estavam preenchidas por veículos com casais, famílias e grupos de amigos. Aquilo era uma novidade por ali, considerando que o cinema drive-in não era mais tão popular no Japão atualmente. Savannah estacionou o Lancer Evo 7 em uma vaga reservada —, ainda que em cima da hora havia lembrado que Tosh tinha um primo que trabalhava por ali.

Em sua frente avistou o VW Touran verde de Twinkie, o Hyundai Creta Cinza de Reiko e ao lado destes os carros de Tosh e Kanji. Todos eles estavam em uma conversa animada do lado de fora de seus veículos, Savy suspeitou que esperavam ela e Han.

— Olha aí o cara! — vibrou Twinkie se desencostando do carro e indo em direção a Han que descia tranquilamente do banco carona, assim que visualizou o garoto um sorriso largo atravessou o rosto do homem e ele cumprimentou-o com aperto de mãos e um meio abraço.

— Quando vocês chamaram a galera para vir ao drive-in quase não acreditei — começou Earl se aproximando do casal recém-chegado, assim como Kanji, Reiko e Tosh — Uma saidinha sem rachas ilegais, mulheres e bebida? Tô surpreso.

Todos riram em coro e em seguida concordaram com Earl.

— E minha americana favorita, está de boa hoje? — disparou Twinkie virando-se para Savannah e passando o braço nos ombros da garota.

— Então vocês dois estão de boa novamente? — observou-o Tosh.

A garota abriu a boca para responder, porém Twinkie foi mais rápido: — Nunca estivemos melhor! Foi apenas um confronto de dois gênios fortes...

— Na verdade estava me referindo ao Han e ela — interrompeu-o gesticulando para Savy que possuía as mãos nos bolsos e ao homem que desviou o olhar de qualquer ponto aleatório do drive-in e retornou a conversa — Vocês estão em um tipo de... Relacionamento?

Savannah sabia que todos ali tinham conhecimento sobre o rolo entre ela e Han, contudo Tosh era o único que fazia questão de comentar abertamente e de forma constrangedora, sabia que ele possuía um certo interesse amoroso nela e até podia ser que aqueles tipos de comentários fossem intencionais, porém ela era uma pessoa um pouco reservada e incomodava-a um cara questionar coisas da sua vida pessoal ainda que em uma roda de conversa.

— Qual é cara? Vai perguntar a posição sexual favorita deles dois também? — brincou Twinkie quebrando a tensão no ar que pairou por ali.

Ela riu agradecendo com o olhar para o amigo e ele apenas acenou com a cabeça. A americana deu uma rápida olhada em Han, que parecia mais desassossegado que nunca, agradeceu internamente por ele não pegar pilha alguma com Tosh. Conhecendo-o bem ele estaria segurando uma risada e alguns comentários divertidos sobre aquilo, mas ele não os soltaria ali.

— Tudo bem! Faltam alguns minutos para o filme começar — informou Reiko batendo as mãos —, Savy...vamos comprar os lanches?

A americana assentiu afirmativamente e piscou para Han enquanto afastava-se do grupo juntamente da outra garota.

Quando longe o suficiente dos rapazes, e na fila para comprarem pipoca, doces ou bebidas; Reiko conferiu rapidamente por cima do ombro e riu baixinho.

Humf... Essa foi a do ano!

Savannah balançou a cabeça e a acompanhou na série de risadas.

— Tosh consegue ser o rei da inconveniência e constrangimento quando quer — comentou dando alguns passos para frente a medida que a fila ia encurtando — Mas eu tô sossegada demais para me preocupar com ele hoje.

Reiko inclinou a cabeça para o lado e sorriu levemente.

— Eu notei isso. Vocês dois... Parecem bem. — observou dando uma rápida olhada de volta no grupo, fazendo Savannah a acompanhar e sorrir discretamente ao visualizar Han gargalhar alto sobre algo com Kanji e Earl, ele parecia bem novamente.

— É, acho que sim... — divagou a outra garota voltando a atenção para a fila e esticando o pescoço para conferir o que ainda tinha disponível de doces e bebidas na pequena lanchonete montada ali — Mas você e o Twinkie, ein? — Reiko a olhou indiferente e cruzou os braços ao que Savannah retornou o olhar a ela e dirigiu-lhe um expressão divertida — Não adianta fazer essa cara, vocês dois não me enganam.

— Você não deixa escapar nada, americana — ela balançou a cabeça rindo levemente e depois continuou: — Nós estamos nos curtindo um pouco, nada tão sério... Bom talvez ele queira, mas estamos dando um passo de cada vez, por conta do Earl também — seus olhos rolaram com impaciência ao tocar o nome do irmão.

— Ah, qual é, Reiko? Você não vai deixar de namorar ou ficar com um cara por causa do seu irmão, não é? — ela bufou baixo e encarou a mão — Você é responsável e tem o juízo perfeitamente no lugar. Tem o direito de sair com quem quiser. — a garota mexia a cabeça compreendendo tudo o que Savannah lhe dizia — Além disso, Twinkie é um cara legal, tudo bem que no aniversário de namoro de vocês ele te presenteie com alguma coisa contrabandeada e defeituosa, mas fora isso... Ele é uma pessoa boa — Reiko abriu um sorriso de agradecimento e Savy complementou o conselho —, e você merece ser feliz.

Sua amizade com Reiko não era a mesma se comparada com a de Neela, porém Savannah e a japonesa eram próximas, não apenas pelo fato de serem as únicas duas mulheres que integravam a equipe que trabalhava na oficina de Han, ou aquele pequeno ciclo de amizade, mas porque compartilhavam alguns gostos e pensamentos em comum; para a americana era sempre bom desfrutar da companhia da outra garota enquanto criava artes para alguns carros.

Boa noite, meninas! O que vão querer? — um japonês entusiasmado e comunicativo chegou em suas audições, fazendo-as cessarem a conversa e direcionarem as atenções ao atendente.

Não demorou muito para que retornassem a roda de conversa entre os rapazes, com bebidas, baldes de pipoca e doces.

— Ah, cara! Você trouxe balas Sweet Jelly? — a voz de Twinkie sobressaiu-se extremamente contente.

— O que foi? Não botou fé em mim? — disparou Reiko fazendo Han rir ao lado de Savannah.

— Cuidado, Reiko, vai viciar o garoto. — retorquiu Han ajudando Savannah, e buscando o balde de pipoca e um refrigerante médio nas mãos dela.

— É isso aí, Reiko, não vai querer que ele fique como o Han que não consegue ficar um dia sem aqueles Cuttlefish's snack's — alertou Kanji em um tom divertido obrigando todos a rirem e concordarem.

— Em minha defesa, eu tenho raízes coreanas além de um ótimo paladar para salgadinhos, não posso ignorar um dos melhores que eu já provei. — respondeu Han com uma voz brincalhona para os amigos.

— Qual é, Han? Eu gosto muito de você mas quando você começa esse papo de comida, parece um tarado. — Twinkie retrucou arrancando mais outra série de gargalhadas do grupo.

De repente algumas luzes do estacionamento desligaram-se uma por uma, alertando o público ali reunido que o filme iria iniciar.

Kanji despediu-se de todos informando-os que iria para uma festa, já que não tinha encontrado mulher alguma para aquele "programa mais romântico", Tosh afastou-se silenciosamente e murmurando "Bom filme" para os que ficaram, em seguida sumiu entre os carros, Twinkie e Reiko caminharam introvertidos em direção ao VW Touran esverdeado, na tentativa de não chamar atenção para o "rolo" deles, deixando para trás um Earl ligeiramente desconfiado e mal-humorado.

— Não quer se juntar a nós, Earl? Tem espaço no banco de trás. — brincou Han aguardando um contra resposta esbravejada do amigo por conta do convite. Porém ele gargalhou quando o garoto os deixou dirigindo-lhes apenas o dedo médio.

O estacionamento pareceu mais silencioso quando somente o grande telão irradiava um certo tipo de iluminação ali, e o áudio do filme transmitido soava via um rádio-frequência e sintonizado pelo rádio FM do carro.

Savannah deslizou no banco do passageiro, afastou o mesmo e esticou as pernas na tentativa de achar uma posição confortável.

— Coloca isso. — Han entregou a ela uma jaqueta que havia alcançado no banco de trás e em seguida ajeitou-se no assento encontrando uma acomodação agradável assim como a garota.

Quando por fim acomodados, aproveitando do lanche e observando os créditos iniciais passarem, sem dar muito atenção, Han decidiu quebrar o silêncio momentâneo instalado ali:

— O Spike Spiegel parecia ciumento há poucos instantes. — Savannah rolou os olhos e virou o rosto para encará-lo.

— Sabia que você ia soltar uma dessas quando estivéssemos sozinhos.

Ele riu baixinho enchendo a mão de pipoca e elevando uma por uma a boca com os dedos da outra mão, Savannah o observou por um longo instante, gravando cada centímetro do rosto do homem; seu sorriso de canto, o brilho em seus olhos... Havia algo naquela felicidade momentânea que irradiava na face dele no qual Savannah partilhava, que fazia seu peito preencher-se de um sentimento sem descrição ou explicação, contudo era algo bom, a presença de Han despertava um sensação que ela não sentia há muito tempo,  paz.

— O que você tanto olha, Savannah? — a boca dele se curvou em sorriso e inclinou a cabeça curioso.

Ela deu de ombros e dirigiu-lhe um sorriso sem jeito por ter sido descoberta.

— Apenas estou feliz por você estar aqui. — respondeu ela em um sussurro.

A atmosfera dentro do carro pareceu mudar de repente, o silêncio os atingiu por um longo momento diante da frase proferida pela a garota.

Quando alguns segundos se passaram, Savannah sentiu-se um pouco arrependida, será se tinha ido muito longe novamente? Uma frase como aquela pesava quase como um "Estou gostando de você", e não queria que soasse como aquilo, havia prometido que iria devagar, sem pressa ou cobranças.

Han sorriu timidamente antes de puxá-la para um beijo suave e calmo. O coração de Savannah aquietou-se, a ansiedade dissipou-se e ela permitiu-se sentir o gosto dos lábios dele nos seus, enquanto os dedos do homem seguravam o queixo dela.

No intervalo do beijo, ele olhou para a garota com firmeza e respondeu com um pequeno sorriso nos lábios:

— Eu também estou feliz por estar com você, Savannah.

O filme finalmente começou na grande tela e os dois ficaram em um silêncio só no carro ao que apenas escutavam o áudio transmitido pelo rádio-frequência.

Desfrutando o conforto do corpo um do outro, não viram o tempo passar. Estava tudo calmo e bem, Savannah queria que aquilo pudesse durar para sempre. Talvez fosse aquela sensação que ela não soubera descrever já que jamais tinha sentido antes até aquele momento... Amor.





˚·*'' to be continued ༻







nota da autora

🎐hallo, como vocês estão? espero que bem! um ótimo final de semana a todes.

o que acharam do capítulo? eu amo ele inteirinho do início ao fim, talvez seja um dos poucos capítulos soft's. além do mais é aqui que a gnt percebe (assim como a savy) que ele está gostando mesmo do han.

vamos aproveitar o cap, pessoal! pq nem tudo é um mar de rosas rsrsrs.


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